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Onde menos se imagina

Mirtes se sentia ainda muito tocada pela confissão de Igor e resolveu ir para o quarto onde tinha se arrumado mais cedo. Queria checar se sua figura ainda estava composta o suficiente para continuar na festa.

Abriu a porta do quarto vazio, entrou e a fechou novamente. Tirou a máscara e se viu no espelho. Estava um pouco vermelha de chorar, por isso passou um lenço úmido no rosto, limpando o sal das lágrimas. Deu também uma última conferida nos cabelos.

Quando ia sair do quarto a maçaneta se mexeu. Como a porta abria para dentro, Mirtes se afastou dando espaço, imaginando que era Camila.

Porém não era. Em lugar de uma das pessoas de confiança, entrou um jovem loiro que logo tratou de tirar a máscara revelando sua identidade.

— Cristiano? — Mirtes perguntou assustada porque ele nem mesmo fora convidado para a festa. — O que faz aqui? Aliás, o que faz em minha festa se não foi convidado.

O rapaz agarrou Mirtes pelos braços e segurou com força, abaixando o rosto para ficar no nível do dela.

— Vim acertar as contas, garotinha estúpida. — Falou com rancor.

— Você está louco, me solte. — Mirtes articulou sem demonstrar emoção.

— A louca aqui é você, pequena meretriz. — Cristiano arremessou Mirtes contra o chão acarpetado.

Mirtes ficou com o rosto encostado no piso. Batera forte com a cabeça, o corpo molenga demonstrava que ela estava desmaiada.

— Ora, vejam só, não aguenta nem mesmo um golpe. — O rapaz riu cheio de si. — Não pense que vou parar de te dar uma surra por isso. Se ninguém te ensinou, eu mostro como uma mulher deve se comportar.

Cristiano se abaixou para virar Mirtes. No mesmo instante a menina sacou uma pequena faca de lâmina retrátil que sempre trazia oculta nas roupas, desdobrou e acertou um golpe na barriga do rapaz que caiu ajoelhado enquanto gritava de dor. Mirtes se virou de lado para não ficar embaixo dele, levantou e chutou a costela de Cristiano fazendo com que sentisse ainda mais dor, porque sua sapatilha tinha bico de metal. Tanto a lâmina quanto a sapatilha foram presentes e Ofélia.

Cristiano agarrou o tornozelo de Mirtes e puxou, derrubando ela no chão e fazendo com que ela soltasse a lâmina, mas ela começou a mexer os pés sem parar chutando o ar para evitar que ele se aproximasse.

Alguém bateu na porta.

— Mirtes...

Assim que ouviu a voz de Marcel a menina gritou.

— AJUDE-ME!

Marcel abriu a porta de pronto e entrou se deparando com a cena de Cristiano tapando a boca de Mirtes.

— Miserável! — Marcel partiu pra cima do rapaz e acertou um chute forte fazendo com que ele caísse de costas no chão. Marcel tinha o quádruplo da força de Mirtes.

O francês se ajoelhou sobre o pênis de Cristiano, segurou a garganta dele com uma mão e com a outra enfiou um dedo no corte que Mirtes tinha feito. A menina assistia tudo com a lâmina em mãos, uma vez que a tinha recuperado.

— Parece que alguém fez questão de vir a uma festa para a qual não foi convidado. Resolveu testar minha paciência. — Marcel sorriu enquanto abria mais o machucado com o dedo, rasgando carne e pele.

Cristiano queria gritar, entretanto não podia porque Marcel tirava todo seu ar.

— Marcel, como você soube? — A voz de Mirtes estava embargada pelo susto.

— Estava de olho em você a noite toda, Mirtes. — O francês contou. — Queria que você desfrutasse de seu aniversário com liberdade, por isso não te dei orientações.

— Obrigada, Marcel. — Mirtes agradeceu.

— É meu dever. — Marcel sorriu para ela. — Quer se divertir um pouco?

A moça olhou sem entender, mas aceitou porque confiava em Marcel.

— Sim.

— Corte este lençol e faça tiras de tecido. — Marcel apontou com o queixo para o lençol da cama.

Mirtes fez como ele disse.

Cheio de técnica, Marcel virou Cristiano de bruços e amarrou as pernas e os braços dele para traz, o deixando imóvel. Levantou-se então e limpou a mão suja de sangue, na bacia, depois tratou de pentear os cabelos olhando no espelho que tinha preparado para a menina.

Enquanto isso Cristiano esbravejava.

— Francês miserável, você acha que vai casar com ela? — Disse irado. — É uma vagabunda e a irmã uma monstra estranha.

Mirtes chutou a costela de Cristiano mais uma vez, fazendo ele urrar de dor.

— Eu ia jogar ele lá fora, mas faça as honras, ma cherie. — Marcel falou para Mirtes.

— Ele parece muito pesado. — A menina analisou o rapaz no chão imaginando como arrastá-lo.

— É tudo uma questão de jeito. — Disse Marcel, levantando um polegar e fazendo cara de sabedoria extrema.

O homem ensinou a Mirtes como arrastar um peso maior que o dela e supervisionou enquanto a moça puxava Cristiano pelo piso do quarto e depois pelo corredor. Quando desceram as escadas, o francês foi na frente. Falava para Mirtes ter cuidado com os degraus e estava pronto para segurar caso ela escorregasse, mas só a ela. Cristiano rolaria escada abaixo.

Quando chegaram ao pé da escada, as pessoas começaram a gritar, se amontoar, falar e algumas até desmaiaram pensando que Cristiano era um cadáver. Todos foram atraídos pela bagunça. Muitos vieram da sala de jogos onde os homens jogavam e fumavam charuto, ou da sala onde as senhoras conversavam. Quando Ofélia chegou, Mirtes já começava a arrastar Cristiano pelo chão do salão enquanto Marcel a acompanhava.

O francês ergueu a cabeça para os convivas e abriu os braços em um gesto largo antes de dizer:

— Achamos uma pessoa que não foi convidada. Um patife! E ousou atacar a aniversariante, então pensamos ser conveniente ensinar porque não devemos ir onde não somos bem vindos.

Azarado, Pedro e Ícaro pararam em fila, vindos da mesa de jogo. Estavam ombro a ombro de braços cruzados na frente do peito e riam enquanto observavam Mirtes passar por eles arrastando Cristiano completamente amarrado. Sorte observava, também sorrindo e com as mãos nas costas pelo peso da barriga. Clementine olhava com ar de blasé. Adália acudia uma senhora que passara mal. Bianca, de braços dados com Francisco, demonstrava sua aprovação, e Ofélia estava dividida entre a preocupação e o orgulho.

Até os músicos tinham parado de tocar para ver o escândalo.

Quando Mirtes chegou à entrada, as forças faltaram para jogar Cristiano para fora.

— Não consigo. — Falou para Marcel.

— Estou orgulhoso, minha estimada. — O homem falou para que todos ouvissem. — Espero que qualquer pessoa pense dez vezes antes de tentar te violentar.

O coração de Ofélia disparou diante da informação e ela foi amparada por Clementine.

Mirtes entrou novamente no salão alinhando a saia do vestido e Marcel voltou para falar com Pedro, Ícaro e Azarado.

— Vossas Graças e cunhado, o que acham de uma aposta inovadora? — Marcel propôs. — Aquele que arremessar o traste mais longe, leva meu melhor vinho.

O burburinho no salão ficou forte outra vez.

— De minha parte está aceito. — Ícaro disse alongando o pescoço.

— Sou particularmente muito atlético, portanto, o vinho será meu. — Azarado sorriu e piscou com um olho para Sorte. A mulher suspirou.

— Não acho que eu vá ganhar, mas pelo bem da diversão eu aceito. — Disse Pedro.

— Senhor conde! — Adália gritou de lá de dentro e Pedro olhou imediatamente.

— Somente dessa vez, Dalinha. — Falou para a esposa em tom de desculpas.

A mulher dispensou o assunto com uma mão.

Ícaro ganhou, pois tinha mais prática erguendo peso. Não raramente carregava bezerros nas costas, por isso tinha o tipo de força adequada para aquele desafio.

Mirtes acalmou Ofélia ao explicar que nada de pior acontecera. E o baile seguiu seu curso, entrando para a história da corte e sendo o assunto excitante que prometera ser desde seu planejamento.

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Ma cherie: minha querida

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