Epílogo
Era a primeira vez que Julião ia a uma jornada no alto-mar. Com Ofélia casada, resolveu que um tempo de aventura poderia ser positivo para si. O homem, escorado na amurada do navio, sentia o balanço do mar. Seriam como piratas sequestrando s odiosos navios negreiros.
O homem se virou de maneira brusca e acabou trombando em outra pessoa, que perdeu o equilíbrio e caiu desajeitada. Atencioso e educado, o Julião ajudou a mulher a se levantar. Ocorreu de tal maneira que ela ficou em pé com as palmas das mãos apoiadas no peito rijo e quente que ele tinha. Sem pudor a mulher fitou os traços do rosto bem feito e depois fixou seu olhar no dele.
— Sou Antônia... — Ela sorriu com os olhos ainda mirando aos dele.
— Nos conhecemos. — O homem disse em tom neutro enquanto ainda a segurava pela cintura.
— Você é um homem de boa figura... — Ela comentou.
— Mesmo? — Julião perguntou sem surpresa, afinal sabia que era bonito.
— Sem sombra de dúvidas. — Antônia tirou as mãos do peito dele e colocou ambas nas laterais do rosto do homem. — Se importa se eu te beijar?
O homem analisou o rosto dela por alguns segundos.
— Não, será um prazer. — Disse enquanto a puxava para mais junto de si.
Antônia e Julião se beijaram, primeiro com leveza, depois com ardência ao sentirem que suas bocas se encaixaram. Era o início de uma história de amor. Em um canto oculto, uma mulher inteiramente vestida em preto, sorriu satisfeita e aspirou o ar repleto do cheiro do mar. Um destino completo era algo que fazia seu humor ficar excelente.
Ela soprou os ventos.
Eu a acompanhei até o próximo sonho. A última despedida não existe de fato para aqueles que não conhecem os meandros do destino. Desejo à todes, muita sorte em seus caminhos.
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