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Batizado


Graças a uma razoável quantia de dinheiro foi possível realizar o batismo do bebê dos marqueses na própria casa deles. Marcel e Ofélia apadrinhariam a criança, mas o francês ainda não tinha autorização médica para sair de casa. Na realidade mal saía da cama porque ainda estava em um doloroso processo de cura.

O nome do menino tinha sido escolhido alguns dias depois de ele nascer, se chamaria Benedicto Vitório, porque, segundo os pais, era um bendito fruto de seu amor e um sinal de sua vitória frente às piores adversidades da vida. Ofélia particularmente achou melhor que Gusmão Bartolomeu e Luz Marinho, as outras opções dos pais. Não que ela tivesse algo contra Gusmões ou luzes.

A casa estava toda preparada para o evento, com arranjos de flores brancas em vários lugares, e os pais, radiantes de alegria, passeavam entre os convidados com o menino nos braços, vestido em uma roupa completamente alva. Esperavam por Marcel que seria carregado até o andar de baixo.

Ofélia batia o pé impaciente enquanto olhava para a escada. Dentro em pouco viu Marcel sendo transportado, estava sentado em uma poltrona confortável que parecia pesada. Os seis homens tinham-no colocado no móvel depois de a noiva vesti-lo apropriadamente. Todos que estavam na sala olharam para o francês, que por sua vez sorria tranquilo. Ali, naquele cômodo, havia uma grande concentração de figurões que encaravam Marcel.

— Onde está Ofélia? — O francês falou alto enquanto vasculhava a multidão com os olhos, até que finalmente encontrou a mulher de tapa-olho. Ela tinha no rosto uma expressão de repreensão. — Ali está! Mon Dieu, quantas pessoas para o batismo de nosso Benedicto! Quero ficar ao lado de Ofélia.

— Colocaremos vossa senhoria em seu lugar fixo para o batismo. — Julião, que ajudava a carregar a poltrona, falou baixo, mas irritado. — Não me irrite, senhor Desfleurs. Tenho a capacidade de jogá-lo daqui.

— Não seja azedo, mon ami. — Marcel replicou e depois riu. — Um dia, quando estiveres doente, prometo atender a seus caprichos.

— Promessa é dívida, francês.

Rir ainda causava dor, mas era um prazer indispensável para Marcel. Assim que foi colocado em seu devido lugar, Ofélia se aproximou e depositou uma mão sobre seu ombro. Pessoas vinham cumprimentar ao francês enquanto lançavam olhares especulativos na direção da mulher.

A missa do batismo ocorreu com toda a pompa e detalhes necessários para que a sociedade e Deus reconhecessem aquela criança como cristã. Benedicto estava tranquilo e não chorou em momento algum. Marcel se virava impaciente com o traseiro dormente porque não deixava de ficar sentado já havia um bom tempo.

Chegou a imaginar que estava em sua falua, no meio do mar, somente com Ofélia e seus membros bons o suficiente para conduzir a pequena embarcação rumo à solidão.

Maldito fosse Thompson que fez aquilo consigo. O francês chegou a agradecer por o inglês estar morto de fato. Assim como aquele, outro inimigo poderia surgir atrás de si e desse ponto de vista era ótimo que não tivesse filhos, já que, como ele vira no caso de Clementine, crianças são passíveis de serem sequestradas. Não apenas isso, mas se ele morresse não gostaria de deixar um filho sem pai. Sabia que Ofélia seria capaz de terminar a vida sem ele, porém um filho era diferente.

Ao finar da cerimônia de batismo, os marqueses conduziram seus convidados para um farto banquete. De fato muito abastado. Havia uma mesa de metros e metros, abarrotada de comidas. Na verdade eram três mesas uma ao lado da outra, mas do mesmo modelo de modo que davam a impressão de ser somente uma. Estavam armadas debaixo de uma tenda de tecido, para resguardar os convidados do sol que fazia naquele horário do dia. Um séquito de empregados que fingiam ser escravos trabalhava a todo vapor para que o evento de batizado do pequeno Benedicto saísse dentro do planejado.

Havia muitas cadeiras e um espaço vão onde Marcel fora colocado. A logística de organização dos convidados tinha levado horas de Sorte.

Perto dos marqueses estavam os padrinhos da criança, organizados por ordem de importância na aristocracia do Império. Depois dos padrinhos estavam as figuras ilustres e por último as pessoas com quem Sorte e Azarado tinham interesse em estabelecer algum vínculo.

Antes de a refeição começar, Marcel bateu na taça para chamar atenção. Quando todos olhavam para si, o homem deu um sorriso de quem não tinha percebido as caras de fome.

Madames, mademoiselles, monsieurs... — Marcel começou a falar. — Todos podem me escutar com clareza?

As pessoas afirmaram que sim, as que estavam mais longe se levantaram de seus assentos para vê-lo porque Marcel continuava sentado. Ofélia, ao lado dele, se perguntava o que o francês tinha tramado. Ele parecia louco, mas não era. Todas as suas ações extravagantes tinham um motivo e essa certamente seguia tal padrão.

— Devo anunciar oficialmente minhas intenções de me retirar do mercado de possíveis maridos. — As palavras do homem fizeram com que Ofélia virasse a cabeça de maneira brusca para olhar em seu rosto.

As matronas afiaram a audição para não perder nenhuma das palavras do francês. Na verdade não queriam perder nem mesmo respiração ou gestos. Enquanto isso o homem apalpava o interior da própria roupa e resmungava, mas logo sua expressão ficou positiva.

Marcel pegou a mão direita de Ofélia.

Mon coeur, — ele falou e ela sentiu o coração disparar porque viu a intenção nos olhos dele — uma vez que você já aceitou não há mais chance de recusa, porém, quero fazer saber, a todos os nossos queridos amigos, que em pouco tempo as casas Weirtz e Desfleurs irão se unir através de matrimônio.

— Marcel... — Ofélia não sabia o que dizer. Nem pôde lidar com a onda de sentimentos que a invadiu. Começou a tremer, o homem segurou a segurou mais firme pela mão, tirou o tapa-olho da mulher e sorriu o mais reconfortante e sincero dos sorrisos.

— Depois devolvo seu tapa-olho. Acho um charme, contudo quero ver ambos os seus olhos para depois me gabar do quão apaixonadamente eles estão brilhando para mim. — Marcel explicou com sorriso faceiro.

Algumas pessoas colocaram uma mão sobre o peito porque ainda não sabiam que Ofélia enxergava de ambas as órbitas.

Ofélia sorriu. Marcel puxou uma caixa de jóias de dentro de sua roupa e a abriu, mostrando um anel bonito que tinha um diamante pequeno em seu cume. Era uma jóia muito delicada que ela já vira antes, no dedo de Sorte. Ofélia olhou para a marquesa que sorria enquanto segurava a mão do marido. Azarado também sorria, parecia orgulhoso.

— Eu não tinha uma jóia de família e quando pedi a nossos amigos que me ajudassem Sorte nos presenteou com esse anel que era da mãe dela. — Marcel contou. — Eu não podia imaginar melhor forma de anunciar ao mundo que amo você do que com a benção de nossos amigos queridos.

Ofélia riu emocionada, o marejar de seus olhos já começava a correr pela face.

— Ofélia, meu amor por você é mais forte que a tormenta do oceano, tão profundo quanto o mais assustador dos abismos e mais leve que o ar. Amo-te para a vida toda e nada pode nos separar, nem mesmo a morte. — Os olhos de Marcel também ficaram marejados. — Eu não quero perder nem mesmo mais um instante de vida longe de você. Então por favor, tenha misericórdia e case-se comigo.

— Já o aceitei e aceitarei mil vezes se preciso for, porque também amo você. — Ofélia respondeu enquanto Marcel colocava a aliança em seu dedo.

As lágrimas correram pelo rosto dela em um raro momento de fragilidade diante da sociedade e as pessoas ficaram ainda mais perplexas por ver que a Dama de Ferro chorava. Também em ver que aquela mulher que parecia seca, amava. As pessoas se espantaram ainda mais ao ver o casal de Diamantais chorando. Aqueles dados ao mexerico sentiram os pés tocarem as nuvens.

Nenhuma daquelas pessoas entenderia o longo e tortuoso caminho que Ofélia e Marcel percorreram até chegar ali, onde podiam juntos desfrutar da felicidade de seu amor. Miséria, abuso, mortes, armadilhas e toda sorte de obstáculos se puseram em seus caminhos. Ofélia e Marcel eram as provas vivas de que corações partidos se recuperam, que a vida continua mesmo depois dos piores golpes na alma. Além, eles eram sinal de compreensão e respeito.

Por tantas coisas o casal de Diamantais chorava... Porque Ofélia arriscou toda sua segurança, enquanto ainda era desprotegida, por uma verdade que quase a matou. Porque Marcel esperou por anos sem nem mesmo tocar outra mulher, ainda que não tivesse perspectiva de estar com aquela que amava, e eles sabiam aquela verdade já que o francês vivera com eles. Apesar do descaramento do francês, de seu carisma, e de sempre iludir um sem número de senhoras, ele não foi além dos salões.

Por fim ali estavam eles, subindo até o próximo degrau de sua felicidade.

Quando terminou de colocar o anel no dedo de Ofélia, Marcel pediu para que ela se aproximasse como se fosse lhe contar um segredo ao pé do ouvido, mas na verdade a beijou.

Ação que fez uma senhora ao lado de Mirtes tampar os olhos da mocinha, mas o sorriso nos lábios dela mostrava que tinha visto e que seu coração transbordava de alegria por aquilo. Tudo que Mirtes queria era que a irmã fosse feliz, e parecia que finalmente, depois de tanto sofrimento, suas preces foram atendidas.

Quando o francês soltou a noiva, os convivas ofereceram uma salva de palmas como cumprimento.

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Mon ami: meu amigo

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