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Agradecimento


Meu maior desejo era agradecer ao anjo que me salvou. Ansiei, mas não posso. Não sei dizer o que era real, por quantos dias estive perdida no tempo? Quando abri os olhos vi o céu azul. Completamente azul, sem a menor nuvem branca. Senti o calor do sol queimar meu rosto, fazendo com que a pele ardesse temperada por sal do mar. Sentei-me sentindo a areia fofa da praia, pensei que estava no paraíso, se é que uma pessoa com tantos pecados poderia ir para esse lugar.

Antes, quando vi os olhos desesperados de Marcel postos em mim, eu soube que era meu fim. O convés quebrou debaixo dos meus pés e a madeira escorregadia graças à chuva não forneceu mais suporte ou aderência. Soltei minha arma enquanto via homens correrem para segurar Marcel, que queria correr em minha direção. Agradeci por isso. Ainda assim doeu ver o desespero do homem que eu amava, ele se debatia e gritava. Enquanto ainda podia vê-lo, eu disse que o amava.

Era isso que eu queria que ele soubesse mais que tudo: que eu o amava do fundo do meu coração, com minha alma, espírito e corpo. Amor real, que atravessou os anos, e soube reconhecer nele o companheiro que eu precisava. E nada na minha vida era tão forte quanto meu amor por alguém. Enquanto caía na água junto com os destroços, desejei com todas as minhas forças que as pessoas não deixassem Marcel me seguir para a morte. Que eles tivessem energia para segurá-lo.

Olhei para baixo enquanto caía e vi a face dele no oceano. Era igual minha última recente impressão de si, nervoso, desesperado, com os cabelos molhados caídos sobre a testa.

Senti uma terrível dor quando meu corpo se chocou contra a água do oceano. Coisas em mim se partiram completamente, senti enquanto se fragmentavam. Tentei nadar apesar de minha deficiência, mas algo pesado se prendeu no meu vestido e começou a me puxar para baixo. Enquanto sentia a água cada vez mais fria, o último ar de meus pulmões foi expelido. Lembrei-me do rosto das pessoas que amava e mentalmente me despedi. A água escura era minha última visão.

Na água fria surgiu uma luz rápida que ficava cada vez maior, se aproximava de mim.

Fiquei incrédula ao ver uma figura feminina coberta de fogo parando logo a minha frente. Fogo. Queimando debaixo da água e sem machucá-la. As íris de seus olhos também eram de fogo puro e seus cabelos brancos dançavam na água. Estava vestida com camisa e calças pretas. A figura estendeu uma mão em minha direção e fez uma bolha de ar ao redor de minha cabeça.

Eu estava confusa, meus pulmões queimavam porque eu tinha bebido água demais.

Ela me abraçou e me beijou. Seu fogo não me queimou. Senti que ela puxava toda a água de meus pulmões. Parecia insuficiente, então a mulher, se é que posso chamar assim, deixou de ser fogo e ganhou características que se espera de uma sereia. Em seus maxilares surgiram guelras e ela aumentou a bolha de água a nossa volta. Não sei como, mas a mulher rasgou minhas roupas. Para tal era necessário uma força que nem sei descrever. Todas as peças foram partidas, como se fossem papel, me deixando nua na água do mar. Tremi de frio. Ela se tornou fogo novamente e seu fogo me aqueceu.

A mulher me segurou com firmeza e começou a nadar para cima em uma velocidade vertiginosa. Ela saltou do mar como um golfinho e me segurou nos braços. Pensei que iríamos cair de volta, contudo em suas costas se abriram asas finas feitas de água. Lindas asas que não me deixavam ver além delas. A mulher ganhou aspecto mais humano. Meu corpo estava mole, cansado, caído. Ela me olhou com seus olhos caridosos e sérios enquanto me levava além das nuvens tempestuosas. Quando passamos por elas, a mulher se cobriu de fogo novamente. As asas, antes de água, se tornaram enormes asas de fogo.

Foi quando desmaiei. Se é que uma pessoa morta pode desmaiar.

Acordei ali, olhando para o céu. Olhei para meu próprio corpo e vi que estava vestida com roupas pretas. A mesma calça e a mesma camisa que a mulher usava. Olhei para os lados, não vi ninguém, nem mesmo pegadas.

Mas havia duas armas de fogo, munição e uma faca.

Levantei-me cambaleando um pouco e peguei as armas. Comecei a andar na direção contrária ao final da praia que eu nunca vira antes. E ouvi o característico som de tiros.

Imediatamente reagi assumindo a postura para atirar e investigando os arredores. Havia um grande barranco que não permitia ver além. Encostei-me ao barranco e investiguei a situação. Avistei uma espécie de galpão abandonado com quatro homens na porta. Eu conhecia dois deles. Eram mercenários do Rio de Janeiro e não tinham boa fama. Se eles estavam ali significava que algo de ruim ocorria lá dentro. Tive certeza quando Honória foi jogada para fora com o corpo completamente ensanguentado.

Eu não sabia se deveria interferir já que a mulher não era flor que se cheire. Até que vi um dos mercenários chutarem-na.

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