Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

11


Turin, Itália, Dezembro de 2015.

Corpo Sano estava tranquila como a maioria dos seus dias de funcionamento, um movimento suficiente para fechar as contas do mês. Sentada em sua mesa, Karen procurava por tutoriais de tranças no cabelo no youtube e, á medida que achava um que colidisse com a sua prática zero, tentava produzi-las em Suzie sem sucesso. Quando a garota era dispensada da aula, batia seu cartão na clínica, rabiscando em seu caderno ou ouvindo música, e as vezes acabava sendo cobaia da sua mãe, como agora.

— Mãe, doeu! — Falou aos prantos, enquanto se balançava nas pernas da mãe.

— Eu preciso aprender para não doer mais! — Falou com superioridade, enquanto seu dedo enroscava novamente no cabelo loiro da criança. — Estou quase terminando!

— Sua mãe é péssima com isso, não sei como ainda tenta alguma coisa. — A voz da brasileira pairou sobre o local, enquanto ela chegava na clínica, dois dias depois de ter desembarcado em Turin.

Giulia chorou o necessário e deixou boa parte de sua alegria ser levada com as ondas. Agora era hora dela voltar, encarnar o lado Lanzianni da história, que não brincava em serviço.

Só brincava quando o trânsito resolvia engraçar para o seu lado, como hoje, fazendo a massoterapeuta quase ter um filho de nervoso por chegar tão próxima do horário de sua consulta nada peculiar.

— Bem vinda de volta! — Karen se prontificou, movimentando as mãos em sinal de comemoração, enquanto a brasileira se aproximava.— Já sabe quem é seu primeiro cliente, não é?

— Sim, eu já sei. — Disse de forma convicta, enquanto batia as unhas no balcão, olhando para o jaleco recém colocado. — Esse avental está apertado, que merda!

Karen deu uma risada alta enquanto olhava para Giulia, que estava com uma cara nada agradável. O famoso buchin cheio estava evidente no seu avental pequeno, parecia uma gestante em estágio inicial. A brasileira já até tinha ido um dia antes na academia para renovar sua assinatura pela terceira vez.

— Preciso ir para academia.

— Já ouvi isso umas cinco vezes. — Karen desafiou, enquanto Suzie gritava mais uma vez pelo cabelo puxado. — Calma Su, terminei!

Assim que Karen soltou a filha, a mesma deu um pulo enorme do seu colo e correu para o espelho, torcendo o beiço quando viu que a trança estava longe de estar boa.

— Prometo que faço uma em você no fim do expediente! — Giulia gritou e Suzie suspirou aliviada, enquanto Karen lhe dava um tapa no braço.

— Quer ela pra você?— Indagou, enquanto acompanhava a pivete saindo em disparada para a rua. — Suzie, não vá para longe!

Tarde demais, como um pássaro que estava sendo mantido preso, Suzie correu para fora do recinto, voltando alguns minutos depois, de celular na mão e serelepe. Quando a mãe viu a filha voltando, perguntou o porquê de estar tão agitada e segundos depois, a resposta apareceu entrando na clínica.

O croata entrou silenciosamente, segurando o celular na mão e uma sacola branca na outra. Vestia uma camiseta da Dolce Cabana nada clichê para os jogadores e nela existia a seguinte frase: Do it!. De resto, era o jeito Mandžukić de ser: calça jeans bem posta no corpo, sapatênis confortável, óculos que valia o salário de três meses da brasileira e um sorriso de canto incontestavelmente irresistível.

Ela precisava de bem mais do que os três copos de café que tinha tomado para aguentar o rebuliço que seu corpo sentira quando ele entrou no local.

Karen quis rir com a feição da massoterapeuta, mas teve que seguir a reta do profissionalismo, já que Mario se aproximava dela. Suzie logo chegou ao seu lado, saltitando ao mostrar o celular para a mãe.

— Ele tirou foto comigo! — Mostrou a foto no celular, toda animada.

Mario sorriu ao ver as duas no balcão, principalmente ao ver Giulia, que não sabia onde enfiar a cara, após babar por alguns segundos pelo atacante de forma perceptível.

— Senhor Mandžukić, que honra tê-lo por aqui. Giulia já está pronta para recebê-lo.

— Me chame de Mario, por favor. —Disse simpático, enquanto passava a mão no cabelo de Suzie, que o olhava com os olhos brilhando. — Eu só vou no banheiro antes, tudo bem?

— Claro, terceira porta do corredor, a sua direita.

Mario assentiu e foi rapidamente para o corredor, dando tempo para Giulia jogar a cabeça para trás e tentar mostrar ser uma pessoa calma. Karen por outro lado, só sabia rir, enquanto Suzie encarava a mãe como se ela fosse uma louca completa.

— Só peço que não surte, ta bom?

— Vá pro inferno.

As duas trocaram farpas até Mario voltar. Giulia deu meia volta e fez sinal para que o croata a seguisse e ele logo fez, caminhando atrás dela até a última porta do corredor, que tinha um enfeite de patas de cachorro com o nome de Giulia ao centro, tudo bem delicado e fofo, totalmente o oposto da mulher que Mario via a sua frente.

Giulia abriu a porta e fez sinal para que Mario entrasse, porém ele recusou, pedindo para que ela passasse primeiro. Bufo por bufo, Giulia entrou, pedindo logo para que Mario se sentasse na maca, para o pré atendimento antes do procedimento.

— Bom, senhor Mandžukić... Já fez massoterapia alguma vez? Tem que ter esse prelúdio sabe, sempre aquela coisa chata antes da coisa boa, a massagem em si.

Ela sempre era descontraída com os seus pacientes, motivo principal de ser uma pessoa amada pela maioria. Mas estava sendo muito difícil e até Mario, que podia ser considerado um homem lerdo como a maioria, percebeu o modo robótico dela, mesmo vendo seu esforço para fazer daquilo algo natural.

Preciso fazer algo, pensou.

— Lanzianni, pode me chamar de Mario, está tudo bem, não estou tão velho assim. — Disse enquanto tirava os óculos, indo em direção a mesa, depositando-os ao lado de seu celular. — E Deus, dá pra ver o quanto está nervosa. Vamos tentar deixar tudo de uma maneira mais fácil de lidar, tudo bem?

Maldito sotaque malcriado, pensou novamente, pois pelo seu tom, parecia estar brigando com Giulia, que o olhava estática. Mas ao ver a ruga aparecendo na testa da brasileira, viu que havia cutucado a onça com vara curta.

— Desculp... — Tentou dizer, tarde demais.

— Eu estou ótima, você não sabe o que está falando! A formalidade faz parte do processo, me desculpe se isso te incomodou.

— Não me incomodou, mas... você está bem nervosa, é visível.

— Assim como a sua equivocação. Eu estou bem, só estou um pouco aturdida por problemas pessoais.

— Problemas no Brasil? — Falou em um tom mais baixo, mostrando que não queria brigar.

Giulia voltou a encará-lo, ainda um pouco impressionada com a sua vontade de dialogar mesmo estando um clima péssimo. "Largue essa carranca" lembrou de Karen a alertando. E então, engolindo uma parcela do seu desespero soltou um sorriso milagroso, soltando um suspiro baixo em seguida.

— Sim, problemas no Brasil. Você ainda não me respondeu, Mario. A propósito, pode trocar o Lanzianni pelo Giulia. Informal pelo informal.

— É a primeira vez que faço isso. Vai doer?

Giulia riu e logo explicou o processo da massoterapia com mais calma, o olhar atento de Mario de certa forma traçava uma linha tênue entre deixá-la em pânico ou tranquila. A oscilação era constante, chegando no seu clímax principalmente na hora de iniciar o procedimento:

— Você pode tirar sua camiseta, por favor?

Mario, fazendo o papel de pessoa mais calma do mundo, tirou a peça de roupa rapidamente, entregando-a para Giulia, que assentiu com a cabeça, enquanto se afastava e a colocava em um cabide posicionado perto da porta. Ao voltar seu olhar para o atacante, não deteve que seus olhos deslizasse para o torso desnudo e bem definido do croata, fazendo-a engolir em seco, sem nem ainda ter começado o procedimento. 

— Agora se posicione de bruços, ja já te arrumo da maneira certa.

Mario assentiu e começou a se virar, enquanto Giulia ia até ao pequeno local onde as coisas eram guardadas, um espaço menor da sala. Pegou toalhas, incensos, uma caixinha de madeira, óleos e essências e trouxe todas dentro de uma bacia de madeira. Mario estava todo torto e ela riu da cena lamentável, dizendo pra si mesma o quanto ele era desengonçado não apenas em campo.

Assim que colocou as coisas em cima da bancada ao lado da maca, abaixou-se para ver de o rosto de Mario estava posicionado da maneira correta para não haver dores desnecessárias. Ao vê-la abaixar, o croata sorriu e fez sinal de joia com o dedo, enquanto Giulia recusava o gesto, fazendo o oposto.

— Você está bem torto!

Suas mãos foram até as costas pálidas do atacante e rapidamente colocou-o de modo mais confortável e seguro na mesa, ouvindo como resposta um muito obrigada italiano repleto de sotaque do leste europeu.

— Se você tem agonia de dedos gelados passando pelo seu corpo, me fale! Eu passo óleo de amêndoas para esquentar um pouco e...

— Sou do leste, estou acostumado com o gelo em minha volta. Está tudo bem, gosto de dedos gelados apertando meu corpo.

Giulia respirou fundo para não entender de outra forma o que o comentário havia deixado subentendido.

— Cada louco com sua mania, não é? Eu detesto gente fria.

— De modo geral?

— De modo que não seja compatível comigo.

Enquanto explicava os níveis dos procedimentos, Mario assentia mesmo com um lado do seu rosto colado á mesa, estava adorando aquele momento cômico.

O cômico de fato era o esforço da brasileira de fazer aquilo mostrando uma falsa naturalidade.    Ele entendia que o fato dele ser famoso deixava-a cheia de dedos, mas queria fazer do seu maior objetivo fazer a mulher entender que ele era uma pessoa normal, que não havia problemas daquilo acontecer.

Homens e sua lerdeza.

Indícios de um choque de mentes á vista.

— Você está bem? — Mario perguntou, enquanto Giulia cuidava de uma parte ossuda de seu quadril. — Ai!

— Aqui está um pouco inchado, desculpe. É ossudo, mas dá pra ver uma protuberância, perto da coluna. Caiu no último jogo?

— Sim, diversas vezes. Foi um jogo violento.

— Soube que você foi pra cima de um cara do time adversário.

— As meninas te contaram?

— Eu vi as fotos. Que péssimo, acha mesmo que vale a pena brigar por isso?

— Claro que não, na maioria das vezes prefiro a paz. Mas só sabe quem vive. Ele me disse uma coisa que bateu no íntimo, não consegui engolir e deixar para lá.

— Você podia se ferrar com isso.

— Futebol é um campo minado, sempre acabamos pisando em algum local e bum! — Se mexeu, levando um leve tapinha no braço. — Desculpe.

— Faz parte. E eu entendo, não posso ser hipócrita. Se caso alguém mexe na minha ferida, não há como não revidar, dependendo da situação.

— Tenho certeza que não é. Ai! Isso realmente está dolorido.

— Você já passou no departamento médico do clube?

— Irei fazer isso assim que sair daqui.

— Mario, Mario... Vocês, jogadores, são loucos.

— Pelo menos temos pessoas boas como você por perto.

— Então sua perspectiva realmente mudou sobre mim?

Giulia de propósito, deferiu um pequeno tapa no ombro de Mario, que falou um ai por impulso.

— Talvez ela mude de novo.

— O que você pensava de mim antes de mudá-la?

— Que você era louca. Ai! — Protestou enquanto levava um aperto mais forte, de propósito.

— Mas você que bateu no meu carro. Quer dizer, me fez bater.

— Mas você estava muito descontrolada, então foi bizarro. Queria não trombar mais contigo.

— E agora? Mudou sua opinião sobre me ver?

Um silêncio ensurdecedor pairou sobre a sala, tendo como barulho apenas as batidas nos dedos feitas na altura da costela de Mario. Giulia realmente não sabia onde havia tirado essa coragem e tinha medo das consequências dela.

— Perfeitamente. Agora me sinto muito bem perto de você.

No momento que Mario respondeu, Giulia sentiu suas pernas vacilarem contra o peso do seu corpo, e por pouco não se entregou á força que a levava para o chão.

Ao mesmo tempo chocada, ela estava furiosa pela cara de pau de Mario responder aquilo como se fosse a coisa mais natural do mundo. E que de fato era pra ele, nem um dois sabiam o que se passava pela mente do outro

— Você é um canalha, sabia?

Como numa cena fofa com uma música abobada, a fita voltou e Mario franziu a testa, se virando para olhar para a massoterapeuta, que o encarava de braços cruzados.

— Oi?

Isso foi o que saiu, apenas um som de indignação.

— Isso mesmo, falar isso como se fosse a coisa mais natural do mundo.

— E não é?

Foi a vez de Giulia franzir a testa, ainda com os braços cruzados. Mario por sua vez, de bruços e mobilizado pelas pedras mornas colocadas na sua coluna cervical, a olhava confuso, tentando entender o que diabos havia acontecido.

— É super natural você estar casado e falar que gosta de ver outra mulher.

Agora foi a chance de Mario começar a rir, ligando finalmente os pontos. E disposto a se explicar, pediu com o dedo para que ele pudesse falar, mesmo naquele estado vulnerável.

— Acho que você entendeu errado, talvez seja isso que te deixe tão nervosa, certo?

— O quê?

A cena era a mais cômica possível: Mario cheio de pedras na coluna, impedindo sua movimentação na mesa e Giulia parada na sua visão, com o os braços ainda cruzados acima do estômago. Ele queria rir, estava finalmente lendo os pensamentos dela e ela queria fazê-lo engolir cada pedra que estava na suas costas.

Não era possível ela ter sido a ingênua da história.

7×1 para o croata.

— Talvez eu tenha sido mal interpretado.  Estou casado, amo minha mulher. Porém adoro conhecer gente nova. Você Giulia, apesar de parecer no início uma pessoa desequilibrada, parece ser incrível e... pessoas como você a gente tende a querer por perto. Eu estava a fim de mudar minhas perspectivas.

— E  você mudou, não é?

— Completamente. Mas...

— Que ótimo. Hora de tirar as pedras.

Giulia estava ainda muito brava consigo mesma e tudo que ela desejava era despachar Mario dali antes que ele visse qualquer sintoma de seu desespero.

Tirou as pedras calmamente e se afastou, de longe avisando Mario que agora só faltava mais uma coisa. 

— Agora vire de barriga para cima, por favor. Preciso olhar para ver se não há contusões perto do baço.

Mario se virou e tentou ler a feição da brasileira, que era totalmente enigmática. Se sentiu culpado por estar nessa situação tensa, mas de fato não havia o que fazer. Ele não poderia evitar que sim, a brasileira fazia seu peito palpitar, mas que era apenas isso, uma vergonha leve.

Não tinha como ser outra coisa, pensou.

Giulia agora teria que passar pelo maior desafio, massagear o homem olho a olho, dentro daquele clima tenso que havia sido criado no local. Fechou os olhos e respirou pela boca, antes de arrumar o croata corretamente na mesa e começar a pequena drenagem que fazia no peito.

As mãos de Giulia deslizavam com facilidade no corpo ossudo de Mario e ele totalmente pensando em como ela estaria se sentindo incomodada, fechou os olhos e ficou quieto, pensando em coisas aleatórias. Giulia suspirou de alívio e ao mesmo tempo pensou em enfiar uma faca no dorso do atacante, tamanha raiva que sentia no momento.

E ao mesmo tempo, seu lado libidinoso queria subir em cima dele e finalmente beijá-lo da maneira que sempre desejou em silêncio.

Mas ela não podia. 

Continuou a massagem pelo tempo necessário e quando viu que havia terminado, quase deu um pulo para trás de tanto desespero. 

Sacanagem ter esse corpo, Mandžukić, pensou raivosa, enquanto pegava uma toalha para enxugar as mãos úmidas pelo óleo. — Finalizado!

Mario abriu os olhos e ao olhar para a brasileira, viu seu olhar fulminante para ele, fazendo-o se virar de novo para o lado oposto. 

— Qual o seu feedback? — Virou se para o croata sorridente, torcendo de leve os dedos.

— Ivana não mente quando diz que você tem mãos de anjo. É o melhor que você possa imaginar!

Giulia sorriu triste, mas se sentiu aquecida com o comentário aparentemente positivo do croata. Passou a mão no cabelo preso e deu uma piscadela para o atacante, que sorriu em resposta.

— Obrigada.

Mario sabia deixar Lanzianni sem palavras.

Não sentindo seus pés no chão, a brasileira fez menção para ele sair da sala e resolver as pendências com Karen.

— Você não vai sair?

— Preciso ir ao banheiro. — Mentiu, enquanto se aproximava dele. — E já acabamos por hoje. Quando quiser voltar, será bem vindo.

— Obrigado mais uma vez, Giulia. — Estendeu a mão e Giulia o repetiu, apertando-a de leve.

— Pois não, Mandžukić.

O croata saiu de cena rapidamente, deixando a porta entreaberta e aproveitando o momento filme de drama, Giulia fechou a porta e encostou na mesma, descendo seu corpo até o chão, como em feito em filmes.

"Como eu pude ser tão trouxa?" balançou a cabeça em total negação, ainda não acreditando no ocorrido. E revoltada consigo mesma, prometeu a si evitar o croata o máximo que pudesse e se fosse possível, tirá-lo completamente de sua vida. 


FIM DA PRIMEIRA PARTE.

Antes que vocês comecem a me xingar:

Eu avisei.

Mas bora ver o lado positivo dessa bagaça: Ainda estamos em 2015, a história ainda dará longos pulos... 

E em breve, daremos boas vindas a segunda parte, a última parte da história.

E claro, não posso deixar de afirmar o que o título do livro significa né? D E S T I N O. Rs

XOXO procês, até a próxima parte!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro