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Faltava apenas um dia para o fim de seu sonho alado. Giulia já se sentia desesperada só de pensar que no dia seguinte estaria voltando para volta para São Paulo, embarcando horas depois para Turin novamente. Uma parte sua queria muito tacar o foda-se e ficar ali no Brasil, nem que fosse pra viver de vender água de coco na praia.

Mas seu lado racional pedia pela graça do senhor que ela tinha que voltar. Seu lado e algumas vertentes presentes nas terras italianas.

O skype se tornou peça chave e ativa para Giulia nesses dias. Milene e Karen sempre a chamavam para botar os assuntos para fora, ficando irritadas quando a brasileira atendia e estava na orla da praia, contemplando a beleza da cidade com uma lata de cerveja na mão. Milene principalmente, se julgava por não poder fechar a clínica durante alguns dias, enfiar Karen e Suzie no carro e partir para o aeroporto no momento que Giulia foi, mas não seria possível jogar tudo para o alto assim.

Pelo menos por enquanto.

Triste por ter que ir embora, Giulia permitiu-se fazer absolutamente nada no último dia, a fim de carregar suas energias novamente. Havia saído com os amigos dos seus pais, ficou por dentro das fofocas que vinham da família, principalmente de seu irmão, que havia aparecido na cidade pouco tempo antes de Giulia chegar, agindo de maneira estranha. Ficou no encalce do seu pai durante todo esse tempo, agindo como uma babá incessante que deixava o velho desesperado por um momento sozinho, sem a águia Lanzianni rodando por perto.

Enquanto se jogava na rede e pegava seu computador para bater papo com as meninas no horário que já haviam programado,  olhou para a barriga que havia criado nesses dez dias e riu feito besta, já imaginando sua volta sofrida para a academia. Ao escutar o apito do aparelho, abriu rapidamente a tela com um clique e deu de cara com Milene e Karen do outro lado da tela, em seus momentos de almoço.

A bonita jogada na rede e a gente aqui, trabalhando feito condenadas! — Karen brincou, enquanto enfiava uma garfada de macarrão na sua boca.

— Que nada! Vocês estão bem sem mim, estão até mais coradas!

Coradas de raiva. — Milene falou olhando torto, rindo em seguida. — Veio uma garota aqui insuportável, que queria falar comigo sobre a vida regaliosa dela! Eu mereço?

— Quem manda ter essa cara de nojenta? — Giulia cantarolou, enquanto movimentava seu notebook no colo, tentando mostrar sua barriga cheia. — Voltarei com surpresas!

Comeu um boi, foi? — Karen falou enquanto Milene ria.

Quem é o pai? — Milene retrucou.

— Vocês vão me ajudar a criar! Podem preparando o bolso para apadrinhar.

Giulia pelo amor de Deus, é mais fácil o Vesúvio ativar de novo do que você ter um filho. Nós que temos notícias para você!

— Milene você desencantou? Karen?

Deixa de coisa. É uma coisa relacionada a você, bobinha.

— Vão direto ao ponto, por favor! Sabe que eu não me aguento por ansiedade. — Giulia bufou, enquanto as meninas do outro lado da linha se divertiam.

Sabe o jogo entre Juventus e Palermo do ultimo domingo?

— Vocês foram né? vou arrebentar vocês quando eu chegar.

Suzie pediu, ela estava encantada demais. — Karen levantou os braços em rendição. — Não iríamos nem te contar, pois sabia que viria para cima da gente, mas... aconteceu algo que realmente não tem como esconder.

— Saibam que vocês estão me deixando louca aqui!Desembuchem logo, o que aconteceu?

Estávamos na parte de baixo novamente, onde havíamos ficado no outro jogo. — Karen iniciou a conversa, parando algumas vezes para tomar sua coca extremamente gelada. — A Juve ganhou de 3 a 1, gols do Dybala, Pogba e Mandžukić. O terceiro gol, do croata, na comemoração ele veio até onde estávamos e acabou nos reconhecendo!

Ele sorriu para mim! — Foi a vez da voz de Milene aparecer, mas ela não aparecia no vídeo. 

Mas minha cara Lanzianni, ele queria sorrir para você. Ele ficou te procurando!

Ele olhou para gente com uma cara confusa, como se realmente tivesse preocupado!

Isso foi genial, ele estava te procurando na multidão. Você consegue assimilar isso? — Milene jogou no ar e logo franziu os lábios, esperando uma resposta da brasileira, que por sinal, permanecia calada, olhando para a tela.

— Não, — Falou por fim, torcendo a boca em seguida. — Não consigo assimilar. Como vocês podem ter tanta certeza disso?

Elementar, minha cara Lanzianni. — Karen riu, enquanto imitava o personagem de Sherlock Holmes, segurando a caneta nos dedos. — Imagina agora a seguinte situação: No dia seguinte do jogo, Ivana Milukic, que não sabia da sua viagem, veio até aqui.

— Droga, eu achava que ela viria apenas na próxima semana. — Colocou a mão na cabeça, chateada por esquecer.

Ela veio de supetão, mesmo. E adivinha quem a trouxe para a clínica? Ele mesmo, Mario Mandžukić! — Milene intercalou, fazendo Giulia rolar os olhos novamente.

— Ela ficou surpresa quando falamos que você estava no Brasil, de férias, cuidando do seu pai. Mas a cara do Mario sabendo foi impagável! 

Ele ficou preocupado, Giu. Tanto que quando Ivana foi ao banheiro, ele chegou perto da gente e perguntou se estava tudo bem com você, que ele tinha percebido sua falta no jogo.

Quer mais alguma prova? — Milene falou desafiadora.

Giulia olhava pelo monitor ainda incapaz de raciocinar tal informação.

Acho que temos a resposta. — Milene falou por fim, enquanto dava um gole no seu suco de abacaxi. 

— Vocês não podem estar falando sério. 

Acha que a gente ia brincar contigo a esse ponto? Não somos tão ruins assim. 

— E o que vocês falaram? — Giulia perguntou com medo da resposta.

A verdade. Falamos que em poucos dias você estaria de volta. E claro, com essa informação, nem preciso dizer quem será seu primeiro cliente assim que voltar, além claro, da Ivana.

Silêncio.

Giulia piscou atônita, enquanto as duas riam de sua feição desesperada. Os dias de paz estavam sendo sugados assim que a frase foi finalizada. 

— Ok, eu realmente estou chocada. Mario passará comigo?

— Sim! Essa é sua chance!

— Chance?

— De começar um extra conjugal! Eu sei que é errado mas...

— Karen! — Gritou furiosa, — Você perdeu totalmente o juízo? 

— É, agora você foi longe demais. — Milene se virou, com um olhar de reprovação.

— Eu estou brincando! — Karen respondeu dando de ombros. — Mas vocês podem ser amigos, o Mario é muito fofo! 

Um gentleman. — Milene suspirou, apoiando o cotovelo na mesa. 

— Vocês são loucas, só isso que eu tenho para falar.

Você que é louca, tendo um homem desses assim tão perto e não faz nada.

— Os olhinhos dele brilham quando falamos de você. 

— Não tem como fazer nada, gente! Ele é um jogador de futebol, futebol! Mundos completamente diferentes. E ainda por cima, casado. Acham que isso já não é o suficiente?

— Mas vocês podem ser amigos! Os opostos não se atraem?

— Depende dos casos.  

— Amiga, não é todo mundo que tem essa oportunidade. Larga essa carranca aê!

— Vou pensar no caso de vocês. Aliás, vocês tem algo útil para me falar?

As duas suspiram, porém sabia que o leão tinha sido atiçado. 

— Amanhã você está voltando né? Para a nossa tristeza!

— E para a minha também. Sabe, dá muita vontade de ficar aqui, mas infelizmente não posso. Há uma linha muito forte com a Itália, construí minha carreira aí. 

Você não precisa largar de mão um lado. Viva com os dois, ou até mais que surgirem! — Karen começou a falar, cruzando os dedos em cima da mesa. — Quando eu saí dos Estados Unidos, passei pelo mesmo processo de complicação, mas a gente tem que entender que isso acontece com a maioria, é do ser humano. Sempre fomos nômades e possuímos essa capacidade incrível de adaptação, como eu tive, você teve. Se permita ser nômade, o mundo é pequeno demais para se estagnar em um só lugar. 

As três ficaram em silêncio, absorvendo o que a mais velha tinha dito. Giulia suspirou fundo e jogou a cabeça para trás, as palavras de Karen como um martelo em sua mente. De fato, ela estava certa, não poderia se prender tanto na Itália, quanto no Brasil. Ela não era uma mulher de ficar em um só lugar. 

— Você tem toda a razão, american woman. Amanhã estou de volta, enchendo o saco de vocês!

Ah não! — As duas riram, enquanto se levantavam das cadeiras. — Até amanhã, lindinha, aproveite esse dia com a sua família, a sua outra te espera de braços abertos!

Desligaram logo após, não deixando Giulia nem se prontificar, mas aproveitando o momento de resiliência com o orgulho, fechou a aba do skype e sorriu, se declarando para a tela em sua frente.

— Eu amo vocês.

SÓ DIGO UMA COISA PRA VOCÊS:

Essa onda de amor não é de ficar durante muito tempo por aqui, hein.

Peço para ficarem preparadas com o próximo capítulo.

XOXO

Ah, e quem quiser dar uma olhadinha no meu novo conto, autodeclarado All For You, está com dois capítulos disponíveis!

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