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05


"Vocês acharam que eu não ia aparecer hoje? Os deuses me concederam esse tempo de manhã para atualizar esse bebê aqui."

Turin, Itália, já disse ainda outubro de 2015?


— Olha, eu deveria estar com a cabeça desregulada quando aceitei  essa bagunça no meu cafofo!

Giulia se encontrava claramente em seu estado natural: reclamando da humanidade. Sentada no balcão, observava a protuberância de farinha em meio a cozinha que havia limpado fielmente dois dias antes, dando um trato geral no cômodo. Ao seu lado esquerdo, Milene segurava o riso para não rir do desespero da amiga dramática, que estava se remoendo por ter aceitado conceber seu aposento para um lanche de final de tarde.

Karen, acompanhada de sua filha Suzie, de 11 anos, aproveitou a leva e disse que iria passar o sábado com as amigas de considerável data. Giulia adorava Suzie, mas as vezes esquecia que o demônio da Tasmânia vivia dentro do corpo da pequena, que não havia parado desde o momento que chegara no pequeno apartamento.

Bolo, as quatro decidiram fazer um bolo de chocolate. Era pouco mais de 4 da tarde e a cozinha estava uma bagunça, fazendo Giulia querer arrancar os finos cabelos. Mas enquanto um lado queria matar todo mundo, seu lado mãezona estava gostando da agitação, da bagunça, do caos em seu local que na maioria das vezes era tomada pelo monstro do tédio. Fazia a mesma se agarrar nos seus passado brasileiro, lembrando a época que tudo que tinha ela no meio era sinônimo de destruição.

— Esse bolo sai hoje? — Suzie indagou enquanto lambia com gosto a colher com resquícios da massa. — Daqui a pouco o jogo da Juve começa!

Milene sorriu, Karen repetiu o gesto e Giulia franziu o cenho, lembrando do jogo de seu time minutos antes do seu início. Pegou a forma da mão de Karen e colocou rapidamente no forno, ouvindo o grunhido de satisfação de Suzie.

— Só falar no time... — Karen chegou perto de Milene e cochichou, parando mais longe da brasileira para que ela não ouvisse.

— Dê um crédito. Giulia é doente na Juve desde os tempos de glória do Del Piero*.

— Agora a doença só vai piorar. E já propagou! Suzie é louca pelo Dybala. — Karen olhou para a filha, que corria junto com a Giulia pela casa.

— Todo mundo é louco pelo Dybala. — Karen protestou, sorrindo fraco para a amiga.

— Eu não, muito bebê. Prefiro o Cáceres. — Piscou afoita, enquanto Giulia passava por elas com um olhar curioso.

— Do que vocês estão falando? — Giulia indagou, cruzando os braços, sabendo que as duas juntas era geralmente um complô contra sua pessoa.

— Jogadores gostosos que eu queria na minha cama. — Karen falou e colocou a mão na boca, lembrando da filha. 

— Vocês duas juntas não valem uma. — Riu da situação, enquanto fazia sinal para as amigas irem para a sala.

— E qual o seu ídolo da Juve, Giu? — Karen plantou com a proposta de colher maduro.

Mestre Gianluigi, mí amor. — Falou cheia de orgulho, botando a mão no peito. 

— Mais algum na lista?

— Eu sei o que vocês estão querendo com essas perguntas, não vão ganhar nada com isso. — Falou rolando os olhos, enquanto se jogava no sofá. As amigas se acomodaram no menor, deixando o maior para ela e Suzie se esticarem o tanto que a folga permitia. O jogo já estava nos primeiros minutos, então os comentários estavam a todo vapor.

— A bunda do Cáceres foi feita em total parceria com o diabo, só pode! — Milene exclamou quando viu o Uruguaio com a bola deslizando no chão em um encontro com outro jogador.

— Milene! — Karen protestou, enquanto Giulia ria escandalosamente. Suzie olhou para Giulia e riu também, por mais que Karen achasse um absurdo.

— Você foi pior na cozinha, viu? — A italiana riu, recebendo uma almofada na cabeça.

— Vocês são podres. — Giu exclamou risonha, enquanto corria para ver a situação do bolo.

— Como se você fosse a beata da história. — Karen gritou, enquanto Giulia voltava com um garfo na mão. — Eita, ela agora veio armada. 

— Preste atenção nas suas palavras, querida. — Sorriu, apontando o garfo em direção a americana.

— Olha lá, o gol vai sair agora! Olha Giu, o Mario! — Milene apontou para a TV no momento que o croata chutou para a rede, mas a bola foi desviada. Todas gritaram em uníssono, enquanto a bola corria para fora do campo. 

— O gol dele sai hoje! — Karen falou convencida, enquanto Giulia ainda olhava para a tela vendo o rosto de insatisfação do croata por não conseguir o feito de abrir o placar. Um rosto que nem se ela arrancasse a cabeça fora seria capaz de se esquecer.

Segundo tempo. A Juventus havia aberto o placar com o ídolo de Suzie e Karen e o jogo tinha esfriado um pouco. Todas estavam cheias e lambuzadas com a calda de chocolate feita para colocar no bolo, mas metade dela foi consumida sem a massa. As três conversavam entre em si mas mantinha os olhares atentos na partida. 

— Cade o gol do amigo da Giu, gente? — Karen cutucou novamente, acordando o olhar demoníaco da brasileira.

— Marido da minha mais nova amiga, corrigindo. — Falou enquanto lambia os dedos. 

— Só não pode ser... como é que falam no Brasil? Talarica? 

— Vocês estão um saco hoje. Prestem atenção na merda do jogo! — Riu, mas ela sabia que a frase tinha saído no profundo ódio.

Enquanto as três discutiam em quem ia para o inferno primeiro, Suzie gritou com o esperado da tarde. Paulo Dybala em sua total habilidade passou pelo lado esquerdo da defesa do Atalanta e cruzou rasteiro com precisão, encontrando a perna ágil de Mandzukic, que apenas a empurrou para o fundo da rede. Todas gritaram novamente e Giulia aproveitar o momento para sorrir fraco enquanto a câmera mostrava a comemoração, balançando a cabeça negativamente segundos depois.

— Pronto, os gols das pessoas que esperávamos saíram! — Milene falou feliz, mas em seguida fez bico. — Pena que o Cáceres não é de fazer gol.

— A bunda dele compensa a falta de gols. — Giulia piscou, fazendo Karen a olhar com repressão pela quinta vez no dia com suas frases impróprias para os ouvidos de sua filha.

— Karen meu amor, sua filha ainda vai ver muita bunda, viu? não só ouvir, tocar principalmente. — Soltou e logo saiu correndo, enquanto sentiu de relance a almofada passar por ela a centímetros de distância de sua cabeça, agradecendo por ter um reflexo considerável.

Foi pulando até a cozinha feito uma criança, em busca de mais doces para sua total satisfação mas parou em frente ao bolo já pela metade, sofrendo com a falta de atenção repentina que sempre tinha. Pegou-se pensando no seu pai, ficando aliviada por sua viagem faltar pouco menos de um mês para se concretizar. Havia falado com o velho dois dias antes e ficou sabendo de sua melhora considerável no tratamento e isso tinha acendido suas esperanças de que seu pai iria melhorar e viver como uma pessoa normal de 67 anos viveria. 

Sentou-se em cima do balcão mesmo, pegando um pedaço de bolo melado em calda de chocolate e sorriu fraco, lembrando de sua adolescência sem freios no país natal. Ela tinha muita saudade, não esperava a hora de voltar e ficar os dez dias que pretendia passar. Paz, ela precisava da paz, mesmo sabendo do caos que suas terras respiravam. 

Uma sensação boa que ela sentia em baixa escala ao ver a imagem de Mario Mandžukić. 

Semana passada a sua mulher, Ivana, tinha passado na clínica, prolongando seu sofrimento. Mario não a buscou, mas Ivana falou muito sobre o marido e o relacionamento concreto deles, de vários anos. Giulia ficou na maior parte do tempo quieta, se sentindo um pouco culpada por sentir inveja da mulher que, pelas suas palavras, Mario parecia ser um homem extremamente responsável e carinhoso, apesar da carranca e do deboche estampado em sua face. Sua sorte foi de disfarçar seu descontamento, Ivana nem percebeu pois era adoradora das técnicas da brasileira. 

Mas era a vida, ela dizia. A vida e seu jeito de dizer o quanto era azarada.

Suzie apareceu na cozinha e quando avistou Giulia sentada no balcão, estendeu o braço e pediu para subir, pedido que a brasileira atendeu em segundos. Com a garota ao seu lado, abraçou-a de leve e deu um bolo a ela, deixando a calada por alguns instantes, o suficiente para a massoterapeuta voltar para a sua realidade. 

Milene e Karen apareceram na cozinha de supetão, curiosas pela demora da amiga da cozinha. Vendo a cena, Milene se prontificou e pegou um banquinho, sentando-se rapidamente nele, enquanto tentava desvendar o rosto de paisagem que a brasileira tinha no momento.

— O que estão fazendo aqui? — Karen quebrou o silêncio, se encostando no balcão.

— Vocês me seguiram! — Giulia respondeu dando de ombros, enfiando um pedaço de bolo na boca. — Estava lembrando do meu pai. 

— Quando você vai para lá?

— Final de novembro. — Falou convicta, já tinha reservado as passagens dias antes.

 — Vai passar quanto tempo mesmo? — Karen perguntou enquanto roubava um pedaço de bolo.

— 10 dias, por aí. O suficiente para preencher essa lacuna saudosa temporariamente.

— 10 dias sem você? Devo me sentir aliviada de sua acidez ou triste sem sua presença? — Milene exclamou com um ar de riso.

— Triste pois vai abaixar sua clientela. As madames semanais me amam! 

— Para de ser mal amada! Eu vou sentir muito a sua falta. Serão 10 dias tediosos sem sua presença.

— Eu também vou, por mais incrível que seja eu falar isso. — Após Milene, Karen também se prontificou.

— Eu também! — Suzie gritou do corredor, arrancando risos das três.

— Não sabia que eu era tão amada assim. E gente, são dez dias, não dez anos! Eu não vou morrer lá, espero que não.

— Não falar merda, você consegue? — Milene perguntou lançando um olhar bravo para a brasileira, que levantou os braços fingindo redenção.

— Sabe que para mim essa sinceridade toda só rola em enterro né? Essas juras aí. As pessoas só reconhecem o valor das outras quando não temos mais chances, quando elas vão embora pra sempre.

— Você é horrível. — Karen falou com a sobrancelha arqueada.

— Infelizmente Ka, ela tem razão. As pessoas não sabem o peso real das palavras. — Milene completou, o rosto aparentando certo desânimo. — Muitas palavras jogadas ao vento.

— Mas eu sei que pelo menos, vocês são bem  sinceras e melosas. Foi o que a Itália me deu de melhor! Vou sentir falta sim nesses dias, mas logo estarei de volta!

E em um abraço que significava toneladas de compreensão e harmonia, as três se juntaram, juntamente de Suzie, confirmando que existiam laços como o delas não poderiam ser rompidos.

E laços como esse estavam próximos de serem criados.

Momento curiosidades futebolísticas (VALEU WIKIPEDIA):

*O atacante italiano Alessandro Del Piero, citado por Milene, jogou na Juventus entre os anos de 1993 a 2012. É considerado por muitos um dos melhores jogadores italianos da história. O seu auge é parecido com o auge do Buffon, pois aconteceu na época que a Itália foi campeã do mundo, em 2006. 

(Já nesse tempo, Giulia era fã de carteirinha da dupla, mesmo ainda estando no Brasil, no auge da sua pré-adolescência.)

E ai, gostaram? Eu particularmente amo quando coloco as três em uma cena!

Voltarei assim que possível, não desistam de mim!

XO AND XO

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