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Capítulo 2

Tw!
Mori sendo estranho (e nojento)
Crise de ansiedade

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Era um dia tranquilo. E bonito. Era final da tarde, o pôr do sol pintava um cenário belo e pacífico no horizonte, o céu se misturando harmonicamente em tons de azul, vermelho, laranja e roxo. Os pássaros voavam pela abóbada celeste, sem se preocupar com os dilemas intrincados e frívolos da humanidade. As pessoas andavam pelas ruas calmamente, algumas conversando em tons baixos e até mesmo as buzinas dos carros que passavam pareciam complementar o cenário de paz e calmaria do ambiente. No geral, parecia agradável.

E era um ótimo dia para cometer suicídio. Pelo menos, é o que Dazai pensa.

Decidindo fazer algo sobre isso, o garoto caminhava para a praia lentamente, arrastando os pés. Mori certamente não se importaria com uma pequena tentativa de suicídio antes do início de sua missão, certo? Se funcionasse, ele estaria livre disso. Se não, bem... seria um desastre, mas ele lidaria com isso. De qualquer forma, ele sai no lucro.

O moreno sentiu as pessoas passando por ele sem poupar outra olhada para o garoto de cabelos ondulados e roupas desgrenhadas. Era, de certa forma, uma sensação libertadora, poder andar livremente nas ruas sem ser reconhecido ou correr o risco de ser preso. Porém, ele não deixava de se sentir pequeno, impotente, fraco, vendo que as pessoas desse lugar não o temiam, como a maioria dos cidadãos de Yokohama - aqueles que o conhecessem e seus feitos, é claro - fariam.

Ele não permitiu que o desconforto de não ser reconhecido o dominasse e manteve uma expressão serena. Não precisou se demorar muito nisso, pois logo chegou ao seu destino. Dazai fez uma careta de nojo, vendo a quantidade de lixo que a praia acumulava, um odor pútrido e nojento sendo emanado no ar. Ele queria morrer, mas pegar tétano seria uma morte muito dolorosa. Ele percebeu, porém, que parte da praia estava limpa - ou melhor, no processo de ser limpa.

O garoto se aproximou, com o objetivo de chegar até o mar, mas parou quando avistou duas pessoas. Um homem alto e loiro, esquelético, de olhos azuis fundos e roupas largas. Um garoto - que ele presume ser da idade dele, talvez um pouco mais novo - de cabelos encaracolados de tom verde e olhos da mesma cor, com sardas e roupas de ginástica. Ficou claro que o menino é quem estava limpando a praia, a julgar pelo suor que escorria por sua pele. Dazai se virou para sair, afinal de contas, o que quer que fosse o objetivo daqueles dois não era da sua conta, mas parou quando ouviu a conversa vagamente.

— Midoriya, meu garoto! – O homem loiro aplaudiu. — Nesse ritmo, você não terá nenhum problema com o meu poder!

Agora, isso lhe chamou a atenção. E Dazai não era nada se não um bom apreciador de enigmas.

Com isso, ele se aproximou, escondendo-se atrás de entulhos e fazendo o mínimo de barulho possível, perto o suficiente para ouvir mais claramente o que seria dito.

— All M- Senhor! – Dazai estreitou os olhos, não perdendo o deslize que o garoto cometeu. — Obrigado! Espero poder atender suas expectativas! – Foi tudo o que o garoto falou. O moreno olhou fixamente para o homem, memorizando suas características. Algo clicou em sua mente.

Esse homem esquelético e quase que doente que via era, ninguém menos, que o herói número um: All Might. Claro, ele não tinha a confirmação disso e nem está disposto a ir atrás de mais informações disso no momento. Porém, cavando fundo em sua memória por características de All Might, ele percebe que elas batiam com as desse homem, somado ao deslize cometido pelo garoto. Era um pouco estúpido que eles conversassem assim em um local público, onde qualquer um poderia estar escondido os escutando, assim como ele mesmo estava fazendo. Os heróis eram realmente tão descuidados assim?

Mas muitos buracos ainda não foram tapados. Como e por que o suposto All Might estava assim? Todos aqueles músculos sempre foram falsos e não passavam de algum tipo de poder de transformação? O que ele quis dizer sobre o garoto não ter nenhum problema com o poder dele? Era algo transferível, de alguma forma?

E esse garoto, Midoriya, o que ele tinha a ver com o homem? Era uma espécie de protegido? Assim como ele mesmo era para Mori?

Ele estremeceu com o último pensamento, e esperou realmente que não. Ele não desejaria tal destino nem para o seu pior inimigo.

Pensar nisso não traria nenhum benefício para sua missão. Com isso em mente, Dazai enfiou a mão nos bolsos de sua calça de moletom e andou para longe da praia, fazendo questão de manter o barulho mínimo para que os outros dois não fossem alertados, não importa o quanto sua curiosidade coçasse sob a pele, implorando-lhe para descobrir mais.

Talvez suicídio no mar não fosse a melhor ideia, ele percebe. Ele não gostaria da água salgada entrando em sua boca e olhos e tampouco gostaria de agonizar nela.

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Dazai fechou a porta atrás de si, abaixando-se trocando seus tênis por uma pantufa. Adentrando na casa, ele se jogou no sofá e se permitiu soltar um suspiro. De alívio? De aborrecimento? De tédio? Ele não sabia dizer. Talvez fosse uma mistura dos três. Alívio por estar, mais uma vez, longe do convívio social, aborrecimento e tédio por não ter absolutamente nada para fazer.

Ele olhou de soslaio para o calendário que repousava na parede ao lado da geladeira. Havia passado apenas um dia desde que chegou em Musutafu e estavam no início de Março. Era final do ano letivo e ele deveria estar em uma escola, mas Mori garantiu que em seus arquivos constasse que ele estudou em casa desde os oito anos, então não teria problema com isso. O exame de admissão para a UA aconteceria em alguns dias, então ele ainda tinha tempo para se preparar adequadamente, o que incluía mandar um pedido para a escola para que ele pudesse utilizar ferramentas de apoio no exame prático.

Isso o fez pensar em suas opções. Não importa o quanto ele quisesse levar uma pistola, seria muito suspeito que alguém da idade dele soubesse manusear uma com tanta proficiência quanto ele, usando balas de borracha ou não. Talvez, mais para frente, ele pediria para utilizá-las, mas não podia arriscar levantar suspeitas antes mesmo da missão começar.

Outra arma que veio em sua mente imediatamente foi o Bō. Dazai não mentiria, ele não era o melhor em combate corpo a corpo, mas poderia se virar ao usar um bastão. Os arquivos mostraram os modelos de robôs usados e não demorou muito para identificar seus pontos fracos, sendo esses os pontos vermelhos que poderiam ser identificados na lataria destes. Era meio óbvio, visto que esses pontos iam ficando cada vez menos perceptíveis nos robôs, então claramente havia algo ali.

Um Bō, então.

Dazai se apressou para pegar seu celular e começar a escrever um e-mail para a equipe de suporte da UA. Quanto mais rápido enviasse o pedido, mais rápido receberia a resposta. Ele não estava preocupado para o caso de ser recusado, bastaria que ele ajudasse seus concorrentes. Não havia nada sobre uma pontuação para isso no arquivo que Mori lhe enviou, mas, por se tratar de uma escola de heróis, ele assume que teria algo parecido.

Ele suspirou de frustração quando errou mais uma palavra, percebendo que precisaria comprar um notebook logo, as teclas do telefone eram muito pequenas e davam pouco espaço para ele escrever rápido do jeito que costuma. Não demorou muito para que um texto de tamanho considerável estivesse adequadamente escrito e Dazai o enviou rapidamente. Olhou pela janela, percebendo que já era noite. Ele se espreguiçou, soltando um bocejo.

Estava prestes a se levantar para ir tomar um banho, e, logo depois, ir dormir, mas foi impedido pela vibração vindo de seu telefone. O moreno desviou o olhar para encarar a tela de seu aparelho, pegando-o, e congelou ao ver o remetente.

O contato de Mori brilhava na tela, como se estivesse zombando dele.

Seu dedo pairou por cima do botão de atender, milhares de possibilidades do porquê Mori estaria o ligando passando por sua mente. No quarto toque, ele finalmente atendeu.

— Diga. – Sua voz saiu mais áspera do que ele esperava e ele torceu para que seu chefe não conseguisse ouvir o receio em sua voz.

Suas esperanças não foram atendidas, aparentemente, já que Mori soltou uma risada maravilhada. "Ah, Osamu-kun! Espero que esteja feliz em ouvir minha voz de novo, já estou com saudades!" O homem falou, o tom falsamente doce em sua voz parecia estar gotejando veneno em sua língua.

Dazai apertou os punhos, fazendo o possível para não jogar o telefone na parede. — Nós nos vimos há dois dias. – Retrucou calmamente.

O homem do outro lado da linha cantarolou, mas não recuou. "Mas ainda assim, sinto falta do seu cabelo sedoso, do seu jeito petulante..."

O estômago de Dazai se revirou a medida que Mori prosseguia, mas seu mal-estar só se intensificou em suas últimas palavras.

"...Da sua pele macia."  Foi o que saiu de sua boca. O moreno mordeu os lábios, forte o suficiente para tirar sangue. Apesar desse desconforto que sentia, ele ainda pôde sentir seu estômago ficar quente, com a possibilidade de ser importante para alguém.

Ele queria atirar em si mesmo, enojado com a emoção intrusiva que se sentia. Ele sabia que Mori não era genuíno, ele não se importava com ele de verdade, apenas via um prazer doentio em quebrá-lo e reconstruí-lo, apenas para estilhaçar seus pedaços mais uma vez. Era triste, era nocivo. Ele odiava isso, mas não conseguia se soltar disso.

"Você também sente saudades de mim, querido?" Ele ouviu vagamente a voz de seu chefe, que parecia ter saído quase que em um ronrono, pelo telefone e quase conseguia sentir o seu sorriso malicioso.

Sua mente passou por diversas possíveis respostas.

"Não. Vá para o inferno."
"Sim. Por favor, venha me buscar."
"Você acha que sou humano pra sentir tal sentimento?"

Ele sentia que as três estavam certas, mas que também estavam erradas. Afinal, o que diabos ele sabia sobre sentir? Ele não passava de uma boneca, um demônio sem sentimentos. Mori fez questão de incutir essa certeza em sua mente, não deixando espaço para nenhum outro pensamento errôneo em relação ao assunto em questão.

Dazai sabia que o homem o estava provocando. Que ele queria vê-lo desmoronar. O que ele ganhava com isso além do prazer doentio proporcionado pela sensação de poder sobre alguém?

Sentindo o vazio imensurável em seu peito se expandir, ele percebeu que Mori conseguiu o que queria. Mas ele não daria essa satisfação ao homem, não.

Ele desligou a chamada, sem responder a pergunta que lhe foi feita.

O moreno depositou suavemente seu celular na mesa que ficava em frente ao sofá, antes de ir em direção ao quarto em que dormiria. Não se preocupou em tirar as roupas, apenas se jogou na cama e se enrolou nos edredons - que era um luxo que ele jamais pensou que conseguiria.

Sua respiração saiu entrecortada, frenética e desesperada, como se estivesse faltando ar. Ele fechou os olhos, desejando que morresse sufocado naquele momento. Ele se sentia patético, em crise por algo tão bobo quanto palavras? Ele era o Demônio Prodígio, pelo amor de Deus!

O moreno quase soltou uma risada embargada com a situação. Mori realmente o tinha em suas palmas das mãos, sendo capaz de esmagá-lo quando bem entendesse.

Não demorou muito para que a quantidade de oxigênio que entrava em seu cérebro fosse registrada como insuficiente e seus sentidos começassem a se bagunçar.

Apesar da situação em que se encontrava, Dazai se permitiu um pequeno sorriso vitorioso enquanto sentia sua consciência se esvair.

Ele não havia derramado nem uma única lágrima.

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