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𖤍𖡼↷ 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐓𝐇𝐑𝐄𝐄

SENTIMENTOS

A verdade é que Shoto e eu não estávamos exatamente nos melhores dias da nossa amizade, isso levando em conta que quando éramos mais novos, sequer conversávamos um com o outro já que Enji não queria que Shoto estivesse perto demais de nós. Mas agora, parecia ainda pior, pois o gelo que ele estava me dando era proposital, fazendo de tudo para ignorar minha humilde presença, mesmo quando eu tentava falar com ele. Até mesmo Fuyumi percebeu que o clima entre Shoto e eu não estava muito legal, e quando expliquei para ela o motivo, ela teve coragem de rir e falar que eu era muito cega. O que, sinceramente, não me fez entender absolutamente nada, e eu tampouco podia entrar na mente dela já que Fuyumi tinha me trancado para fora!

Eu estava irritada enquanto dobrava cuidadosamente minhas roupas para colocar dentro das malas, já que não faltava muito para o acampamento de verão. Se Shoto queria me ignorar, o problema era todo dele. Até então, eu não tinha cometido nenhum crime, e mesmo que Shoto fosse meu melhor amigo, eu não era obrigada a contar tudo o que eu fazia para ele. Eu sabia que não contar sobre Bakugo e eu para Shoto não tinha sido uma atitude errada, afinal, isso só dizia respeito a mim e a Katsuki. Se Shoto queria ficar bravo, ele teria dois problemas, o de ficar e o de deixar de ficar.

No fundo da minha alma, eu sabia o porquê de não ter dito nada para Shoto. Era tão estranho pensar em contar algo do tipo para ele, e eu não deveria me sentir assim, não é? Afinal, ele era meu melhor amigo, deveria ser a pessoa com quem eu mais me sentia confortável para falar sobre meus sentimentos. Mas tinha algo que me impedia de falar sobre sentimentos românticos em relação a outras pessoas para ele, e era tão confuso, eu apenas não conseguia enxergar o motivo disso. Ou me negava.

Eu não ia pensar nisso. Eu não ia me permitir chegar nessa profundidade. Afinal, eu estava feliz com as coisas da forma que estavam. Katsuki podia ser difícil de lidar na maior parte do tempo, mas ele era gentil e também era carinhoso, mesmo que poucas pessoas pudessem ver isso. Acho que sou uma das poucas privilegiadas por conseguir o enxergar por completo, todo aquele pacote explosivo e caótico, uma verdadeira dinamite que fazia realmente muito bem para mim.

Bakugo não era só alguém com quem eu me divertia e dava uns beijos, ele me ajudava a evoluir também, e eu não demorei para me dar conta disso. O apoio dele, todos os conselhos brutos de Katsuki, ele esteve ali para me ajudar quando eu não via mais uma saída. Acima disso, Katsuki não desistiu de mim, nem mesmo quando eu desisti de mim. Ele me fez perceber que eu não precisava odiar minha individualidade e que eu não precisava ter medo de ser rejeitada por conta dela. Era até mesmo chocante a confiança que Bakugo tinha em mim, me deixando permanecer em sua mente o quanto tempo eu quisesse, e mesmo que ele tivesse aprendido a me colocar para fora (já que me vi na obrigação de ensinar isso), Katsuki nunca o fez. Nem mesmo quando estava irritado.

Ele era especial pra mim, de uma forma que não achei que fosse ser possível quando nos conhecemos já que me lembro muito bem do quanto Bakugo me deixava irritada. Mas Kirishima tem razão quando diz que é tudo uma fachada e depois que você o conhece de verdade, percebe que Katsuki não é nada daquilo que as pessoas pensam sobre ele. Não que Bakugo se importe com a opinião alheia, de qualquer jeito.

Com um suspiro, apenas guardei minhas roupas dentro da bolsa, me jogando na cama logo em seguida para fitar o teto. Eu precisava mesmo colocar minha vida de volta no lugar, isso se em algum nomento ela esteve na droga do lugar. Parecia que tudo estava entrando cada vez mais em um buraco, e eu não sabia dizer se conseguia sair daquele fundo do poço. A cada dia que se passava, eu me perguntava mais quem era Atsuko Fumiko. Eu me perguntava se estava certa em relação a visão que eu tinha da minha família biológica. Tudo era tão, tão confuso e só parecia piorar mais e mais.

Na minha parede, existiam milhares de fotos grudadas ali. Fotos com Fuyumi, com Natsuo, com Rei. Principalmente com Shoto. Claro que nenhuma com Enji, já que ele nunca fez questão de ser bom ou presente de forma positiva na minha vida.

E tinha Toya.

Mesmo que ele fosse bem mais velho que eu, Toya sempre foi mais próximo de mim até que Shoto e eu virassemos amigos. Durante todos os momentos de crise, quando minha individualidade começou a despertar, a pessoa que me ajudava em todos os momentos era Toya. Ele era meu melhor amigo, a pessoa em quem eu mais confiava.

Aqueles olhos azuis que eu jamais seria capaz de esquecer.

E então, ele morreu.

Às vezes ainda fico me perguntando o como isso aconteceu. Ou o porquê. Ou se as coisas podiam ter sido diferentes se Enji não fosse um desgraçado. Mas eu não podia levar meus pensamentos para esse lado, caso contrário, tudo o que restaria em mim seria a raiva. E isso me levaria a um beco sem saída.

Com um suspiro, apenas analisei aquela foto tirada por Rei quando eu tinha três, quatro anos, ao lado de Toya. Fazia pouco tempo que estava morando com eles, mas eu já confiava absurdamente em Toya. Seus olhos azuis que sempre me transmitiram uma confiança inabalável.

Fotos, fotos e mais fotos. Às vezes, queria arrancar todas elas da parede e jogar fora. Às vezes, passava horas olhando para cada uma delas pensando em momentos que poderia ter feito as coisas diferentes.

-Atsuko, vem jantar. - a voz de Fuyumi me tirou de meus devaneios e eu fiz exatamente isso. Tentando a todo custo deixar o passado ser apenas o passado.

Apesar dos gritos de Iida, brigamos, corremos e lutamos com nossas vidas para ver quem ia entrar primeiro no ônibus. Katsuki não teve dó nem piedade ao empurrar Kirishima que estava muito feliz vindo sentar do meu lado para continuarmos uma fofoca que tínhamos começado mais cedo, mas Katsuki nem mesmo deu ao de cabelos vermelhos a chance de chegar perto antes de roubar seu lugar, o que fez tanto eu quanto Kirishima fazermos uma careta. Eu dei risada, e Bakugo me olhou como se estivesse me desafiando a o provocar, o que eu respondi erguendo as mãos em sinal de rendição. Tudo o que menos queria hoje, era caos, ainda mais vendo que Shoto já não estava lá muito feliz.

Iida não parava de gritar ordens, o ônibus estava em um caos completo, Aizawa sensei nem conseguia dar os avisos e tudo o que eu queria era me atirar pela janela quando o ônibus começou a andar, me fazendo ter certeza que aquela viagem ia me deixar louca.

-Você está fazendo aquela cara, Jean Grey. - Bakugo murmurou, agarrando minha mão e entrelaçando nossos dedos. Eu apenas arqueei a sobrancelha para ele antes de franzir o cenho.

-Você me chama de Jean Grey porque sou fodona que nem ela ou porque sou chata que nem ela? - perguntei arqueando a sobrancelha para ele e Katsuki se virou para fixar os olhos vermelhos em mim antes de abrir um sorriso puramente provocativo.

-O que você acha?- ele retrucou, me fazendo o empurrar para o lado. -Você poderia facilmente destruir o mundo se quisesse.

-Não exagera, vai. - eu ri, me afundando mais no banco confortável e dando um suspiro. -Essa viagem vai ser um caos do caramba. Mas acho que estão aprontando alguma coisa pra gente, não acha não?

-É a U.A. Eu não espero mais nada vindo deles. - Katsuki resmungou, o que me fez rir.

-Dá pra vocês, por favor, pararem de agir que nem um casal? Primeiro que é irritante, segundo que é estranho, e terceiro que fica fazendo eu me lembrar do dinheiro que eu perdi! - Kaminari gritou, se virando no seu assento para poder apontar o dedo para nossa cara. Eu apenas arqueei a sobrancelha para ele.

-An? Você tá querendo brigar, é isso mesmo? - Katsuki disse, já começando a se levantar, mas eu agarrei sua camiseta e o puxei para baixo se novo, o obrigando a se sentar do meu lado.

-Para com isso, Katsuki. - resmunguei antes de olhar Kaminari e abrir um sorriso sarcástico para ele. -Supera de uma vez por todas que você é burro, Denki.

-Burro! - ele gritou, perplexo, me olhando como se eu tivesse acabado de o dar um soco no estômago. Katsuki começou a rir com maldade da cara de Kaminari. -Ela me chamou de burro, Kirishima, você escutou isso?!

-Atsuko, você quer falar de inteligência sendo que tá namorando o Bakugo? - Hakagure retrucou de forma puramente provocativa, o que fez Bakugo erguer as mãos e explosões começarem ali.

-Como é que é, figurante? Repete isso se tem coragem! - ele disse, se levantando mais uma vez, e novamente eu o puxei.

-Se você não parar, vou te fazer dormir até a gente chegar. - falei irritada e Bakugo riu com sarcasmo, como se eu jamais fosse conseguir fazer isso. Mas ele também fez o que eu falei. -Hakagure, você só tá brava porque ninguém caiu na sua fanfic! Idiota, você deveria se preocupar com suas notas e não com minha vida! - Hakagure soltou um gritinho perplexo que me fez rir.

-Atsuko, você tá ficando babaca que nem ele! - Kaminari gritou, apontando para a cara de Bakugo.

-Como é que é? Repete! - Bakugo gritou.

-Porque vocês não conseguem não gritar? Nossa gente. - Yao-Momo disse um tanto indignada, torcendo o nariz na nossa direção.

Achei que barulho te incomodasse, Atsuko.

Foi claramente uma farpada, e apenas me virei o suficiente para encontrar os olhos de Shoto que já estavam em mim.

Melhores amigos; sim, mas até melhores amigos tem vontade de sair no soco às vezes e intimidade era uma merda. Shoto era uma batata na maior parte do tempo, não sabia demonstrar nenhum sentimento, emoção, nadinha de nada, mas comigo era totalmente diferente. O que me fazia querer morrer de catapora às vezes.

-O que aquele meio a meio desgraçado disse, hein?- Bakugo perguntou, me fazendo tomar um puta de um susto pois não esperava que ele estivesse prestando atenção. Fiz uma careta. Como caralhos ele sabia disso, afinal? -Você tá fazendo aquela cara, Jean Grey.

Eu odiava o como ele sabia me ler tão bem.

-Não me enche o saco. - resmunguei, o empurrando de leve e deitando a cabeça contra seu ombro, fechando os olhos.

Por pelo menos um instante, eu queria dormir em paz. Pois logo perceberia que paz seria a última coisa que eu teria durante aquela viagem.

Bom dia povo bonito! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Um capítulo mais tranquilo e sobre os sentimentos da Atsuko
Aliás, deixando claro que em relação ao mangá, nem tudo aqui na fanfic vai ser 100% fiel a ele por motivos de que tem coisas que eu quero muito mudar

Enfim, também passando pra avisar pra quem não viu que eu postei duas fanfics novas de bnha, uma com a Yao-Momo, e uma que é um collab com uma amiga e é com o Kirishima. Vão lá dar uma olhada depois <3

Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!

Espero que gostem <3
~Ana

Data: 04/08/22

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