Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𖤍𖡼↷ 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐍𝐈𝐍𝐄

DESCULPAS

O coração dela voltou, vamos, continuem!

Essa foi a primeira coisa que escutei antes mesmo de conseguir abrir os olhos e, quando eu o fiz, um luz branca me cegou por um instante. Tinha um tubo na minha garganta, me fazendo engasgar no processo e eu sentia dor por todos os lados. Médicos ao redor da minha cama me fitavam por cima, colocando uma luz contra meus olhos, o que me fez piscar mais uma vez.

-Atsuko, está ouvindo a gente? Se consegue me entender, pisque duas vezes. - a voz do médico era clara e, mesmo que eu não conseguisse falar ou me mexer direito, consegui piscar duas vezes como ele tinha pedido. -Ótimo! Ela está respondendo, então sua consciência está de volta! Vocês teve três paradas cardíacas, estamos te encaminhando para a UTI.

Eu não conseguia assimilar direito o que ele estava falando, só sabia que não conseguia respirar direito, falar ou me mover. Sentia minhas pálpebras pesadas e uma imensa vontade de apenas fechar os olhos e dormir para sempre.

-Você vai ficar bem, querida.- a última coisa que escutei antes de abraçar a escuridão completamente, foi a voz suave e gentil da enfermeira. Então, veio o completo vazio.


Quando abri os olhos, estava sem aquele tubo que me ajudava a respirar na garganta, apenas com o inalador para auxiliar, mas meus pulmões estavam funcionando sem ajuda. Me sentia péssima; era como se um caminhão tivesse passado por cima de mim, e acho que era totalmente compreensível depois de tudo o que tinha acontecido e tudo o que eu tinha passado. Eu estava em uma cama de hospital, como esperado, com uma agulha no meu braço ligada ao soro para me manter hidratada. Quantos dias tinham se passado? Quanto tempo Toya tinha me mantido presa dentro de sua mente para morrer? O que tinha acontecido, o que eu tinha perdido, quem tinha morrido? Minha garganta estava seca e meus sentidos perdidos. Tudo aquilo porque Toya...

Eu não podia deixar meus pensamentos irem até ele. Pelo menos, não naquele momento. Enji jamais iria acreditar em mim se eu falasse a verdade, se eu mostrasse a ele, ele sempre acharia que Toya estava morto. Ele procurou Toya por anos; nunca achou nada. Justamente porque Toya estava vivo e se escondendo de todos nós. Enji jamais iria aceitar que Toya tinha se tornado Dabi e que era um vilão. Ele me culparia e me chamaria de louca. Não; seria ruim o suficiente, mesmo eu sendo uma telepata, era bem provável que Enji fosse desacreditar completamente de mim. Eu acharia outras formas de provar isso.

Eu acharia formas de acabar com Dabi e fazer ele pagar por seus crimes da forma correta. Se não existia uma redenção para Toya, ao menos ele deveria ter o que merecia por todas as coisas ruins que fez.

Eu não podia pensar demais, não podia associar Toya a Dabi, não naquele momento. Ou eu entraria em uma espécie de buraco que não conseguiria sair, me perguntando o porque alguém que eu tinha amado tanto fez algo do tipo comigo. Comigo. Não, eu me negaria a aceitar que meu próprio irmão, a pessoa que mais admirei, tinha feito algo do tipo comigo. Que tinha olhado para minha cara e me queimado. Que tinha sequestrado meu namorado e machucado meus amigos. Que tinha tentado me matar.

Eu tinha que focar em me recuperar do estado que Toya tinha me deixado e focar em ficar mais forte para o impedir de machucar mais pessoas. Pois não acho que Dabi vá parar por aí. Como Toya tinha deixado bem claro, aquilo era apenas o começo, um prelúdio do caos.

Quando recuperei a consciência completamente, senti um peso em uma das minhas coxas e uma mão segurando a minha. Piscando os olhos e com um pouco de dificuldade, me virei para olhar quem era.

Era Shoto; ele estava com a cabeça deitada no meu colo, seu lado esquerdo totalmente amostra, o cabelo caindo para o lado. Ele parecia estar em um sono totalmente inquieto e eu sabia muito bem o porquê. Quantas noites ele ficou sem dormir com medo de que eu morresse? As sobrancelhas franzidas em preocupação mesmo que estivesse dormindo me provava o quanto aquela situação quase tinha acabado com Shoto.

Meus olhos se encheram de lágrimas, pois eu tinha feito ele sofrer por agir de forma impulsiva. Shoto era meu melhor amigo, Shoto era a pessoa que tinha estendido a mão para mim diversas e diversas vezes, e era por ele que eu iria para o inferno. Mesmo que Toya tivesse me traído completamente, eu sabia que Shoto jamais faria o mesmo. O amor que ele sentia por mim e que eu sentia por ele era algo que jamais ia ser capaz de ser rompido, e eu tinha me dado conta disso naquele momento enquanto olhava para ele dormindo ali, do lado da minha cama, esperando.

E ainda com lágrimas deixando minha visão embaçada, estendi a mão para tocar de leve a parte vermelha do cabelo de Shoto, livrando ele de seu rosto e deixando aquela cicatriz nítida. A marca de queimado que trazia tantas lembranças ruins a Shoto, o fazendo odiar mais que tudo seu lado que lembrava a Endeavor. Mas não existia nada em Shoto que me fizesse sentir algo além de amor por ele, algo tão forte e tão intenso que eu não sabia dizer onde começava e onde terminava, ou explicar o como tinha surgido.

Deixei meus dedos deslizarem com carinho pela bochecha macia de Shoto, esperando não o acordar com isso. Todo o meu corpo doía e respirar era difícil, mas não me importei com isso enquanto olhava para meu melhor amigo. Ele sempre esteve comigo, em todos os momentos, nos mais difíceis, nos bons, nos que eu pensava em desistir. Shoto sabia me ler melhor do que ninguém, e ele jamais tinha deixado meu lado. Ver ele ali apenas me trazia a confirmação disso. E eu sabia o porque meu coração batia tão forte assim dentro do peito, me deixando claro que eu estava viva.

Lentamente, Shoto abriu os olhos. Ele me fitou, suas sobrancelhas franzidas em confusão e, então, ele se levantou quando se deu conta que eu estava acordada, seus olhos se arregalando. Eu teria dado risada se conseguisse, e até mesmo abri a boca, mas o que saiu foi um soluço quando comecei a chorar.

Shoto não disse nada, não perguntou nada, nem mesmo hesitou antes se sentar ao meu lado e me puxar com delicadeza para perto de si, me dando um abraço tão forte que minhas costelas doeram. Mas eu não me importei com isso enquanto me agarrava a camiseta dele, deixando minhas lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Desculpa, Shoto.

-Tá tudo bem. - ele respondeu, seu tom de voz me fazendo ter certeza que ele estava se segurando para não chorar. Eu nem mesmo me lembrava quando tinha sido a última vez que Shoto tinha demonstrado seus sentimentos daquela forma, quando ele tinha sido tão transparente e expressivo dessa forma. -Você tá bem. - eu não sabia se ele estava dizendo isso para me acalmar ou para convencer a si mesmo, mas eu assenti em confirmação para que ele soubesse que eu não iria a lugar algum. -Eu sinto muito, Atsuko. - ele disse baixinho, suas mãos deslizando pelas minhas costas e me apertando com força. Ele estava tremendo enquanto tentava não chorar na minha frente. -Você quase morreu e a culpa é minha.

-Não. - eu falei em voz alta, minha garganta rasgando quando o fiz. Me dei conta ali o quanto ela estava seca e dolorida, mas não me importei com isso enquanto me afastei de Shoto apenas o suficiente para segurar seu rosto com força entre minhas mãos, o forçando a olhar no fundo dos meus olhos. -Você me salvou, tá entendendo, Shoto? É por sua causa que eu consegui sair daquele lugar.

-Seu coração parou três vezes, Atsuko. - ele disse, a voz vacilando, os olhos mostrando o quanto Shoto estava perdido, triste. Arrependido. Por isso, eu segurei ele com mais força, tentando mostrar que eu estava ali, que estava viva, que era real e não apenas uma ilusão de sua mente.

-Eu lutei. - falei baixinho, minhas bochechas molhadas. Abaixei o inalador que me ajudava a respirar, e Shoto até tentou me impedir, mas não o deixei. Olhei seriamente para Shoto. -Lutei porque queria viver. Eu não queria morrer sabendo que você ia ficar se culpando por isso. Desculpa fazer você sofrer, mas eu tô aqui agora.

-Não faça isso nunca mais. - ele murmurou, encostando a testa na minha. Dessa vez eu ri antes de passar os braços ao redor dele e o abraçar com força, tremendo um pouco enquanto deixava toda aquela dor sair de dentro do meu peito.

Fiquei com medo de perder você. Aquele pensamento de Shoto foi o suficiente para fazer algo dentro de mim se partir completamente. Para me fazer perceber tudo o aquilo que eu me negava a enxergar.

Tinham tantas coisas não ditas entre Shoto e eu. Tantos sentimentos que a gente afogava e socava lá no fundo de nossas almas, pois sabíamos que seria difícil demais lidar com isso. Eu queria ser corajosa o suficiente para enfrentar o que eu sentia de verdade, mas era uma covarde, e nem mesmo ter quase morrido era o suficiente para fazer eu ser sincera comigo mesma.

Mas melhores amigos não deveriam sentir uns pelos outros o que eu sentia por Shoto. Naquele momento em que eu estava tão quebrada e frágil, me dei conta disso, mesmo que fosse me esquecer e fingir que nada havia acontecido no dia seguinte. Eu enterraria meus sentimentos verdadeiros lá no fundo, os mataria para sempre.

Mas ali, naquele momento, depois de quase ter morrido e o deixado para sempre... Eu me via na obrigação de, pelo menos uma vez na minha vida miserável e patética, ser sincera com ele.

Eu te amo, Shoto. Desculpa te fazer tão, tão mal assim.

Eu estava sendo sincera. Eu amava Shoto de uma forma tão forte, tão verdadeira e tão pura que daria o mundo inteiro para ele se isso o fizesse se sentir melhor naquele momento. Mas eu sabia que nada disso tiraria o peso que ele estava carregando em seu coração, então tudo o que eu podia oferecer a ele, era meu amor. E torcer para que fosse o suficiente para Shoto.

Mas eu sabia que era.

Ele não ousou se afastar para me fitar, pois nós dois sabíamos que aquilo seria um erro. Por isso, Shoto apenas deslizou as mãos pelas minhas costas mais uma vez e me apertou com carinho. Era como se ele dissesse "eu sei, eu também te amo" sem falar com todas as letras. Como se ele tivesse tentando colocar seus sentimentos para fora, mas não fosse fazer isso.

Mas eu também não precisava que ele o fizesse.

Você nunca me fez e nunca vai fazer mal, Atsu. Os pensamentos de Shoto direcionados para mim eram como um sussurro carinhoso que me fez sorrir e chorar ao mesmo tempo.

Eu preciso de você mais do que imagina, Shoto Todoroki. Era isso o que eu queria dizer a ele, mas não disse.

Porque iriam sempre existir dezenas de palavras não ditas entre ele e eu.

Bom dia povo bonito! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Primeira vez da Atsuko sendo minimamente sincera sobre o que sente e escrever esse capítulo machucou minha alma :')
Não precisam me matar!!! Ela ta bem viva e ok, viu?

Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!

Espero que gostem <3
~Ana

Data: 09/08/22

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro