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𖤍𖡼↷ 𝐓𝐇𝐈𝐑𝐓𝐄𝐄𝐍

O PASSADO
DIZ "OI"

Estavam todos ansiosos para a semana que começaria nossa experiência de trabalho, mas eu não podia dizer que estava lá muito feliz como meus colegas de sala. Mesmo sabendo que tinha sido uma decisão inteiramente minha, saber que teria que trabalhar com Enji estava me deixando nervosa o suficiente para me fazer sentir náuseas. Eu não o vi diretamente desde o festival, e estava torcendo para ele já ter se esquecido do quão fracassada eu tinha sido naquele dia. 

-Não vejo a hora de finalmente começarmos nossos estágios! Vai ser tão legal! - Ashido disse de forma animada, mas acho que era difícil ver ela em um dia em que não estava animada com algo. De um certa forma, era bom, pois a alegria dela contagiava e conseguia tirar boa parte do meu baixo astral. -Vamos finalmente entender como é a correria da vida de um super herói!

-Dá pra entender o porque Aizawa sensei nos disse para escolher bem. A gente vai precisar tem muita responsabilidade. - Yaoyorozu disse pensativa e todas assentiram. -Você escolheu que agência, Atsu?

Dei um suspiro, me jogando um pouco para trás e deixando minhas costas encostar contra a grama, fitando as nuvens do céu azul por um instante. 

-A do Endeavor.- disse num murmúrio, mas não adiantou, pois todas elas escutaram já que exclamaram, surpresas.

-Bem, acho que isso até faz sentido. - Tsuyu disse. -Já que ele é seu pai, não é?

Torci o nariz.

-Ele me adotou, mas nunca vai ser meu pai. - falei sem pensar sobre as consequências de minhas palavras. E claro que o que eu disse apenas serviu para ativar ainda mais a curiosidade delas, podia notar isso pelo sentimento de todas que estava chegando até mim. Fiz uma careta. -Enji Todoroki não é exatamente o melhor pai do mundo, isso eu posso garantir.

-Isso explica muita coisa. - Uraraka disse, se sentando ao meu lado. -Todoroki-kun parece detestar o pai.

-Se tem alguém nesse mundo com direito para odiar Endeavor, essa pessoa é o Shoto.- suspirei, deslizando os dedos pelo meu cabelo em uma tentativa de me manter calma. Falar sobre isso apenas me fazia lembrar de tudo o que Enji tinha feito com Shoto e do como sempre fiquei vendo, incapaz de fazer algo. Covarde demais para me intrometer, mesmo que tudo em mim implorasse para que eu o fizesse. -De qualquer forma, pelo menos ele é um bom super herói, por isso escolhi a agência dele.

-Achei que fosse porque você e Todoroki nasceram grudados. - Jiro zombou e eu dei um sorrisinho sarcástico para ela. -Sério, dá facilmente pra dizer que são irmãos. Ou namorados.

-Namorados não, ela claramente gosta do Bakugo. - Ashido provocou com um sorriso sugestivo que me fez erguer o dedo do meio. Abri a boca para dizer o como aquilo era apenas imbecil e extremamente absurdo, mas não tive tempo o suficiente antes que elas entrassem em uma espécie de discussão sobre minha vida amorosa, algo que eu nem sabia que existia até elas começarem com aquele assunto.

-Acho que a Atsu combina mais com o Todoroki. É aquele romancezinho fofo e puro que a gente vê em livros super clichês! - Hagakure disse com um suspiro que me fez me virar incrédula para ela.

-Tá, mas ela e o Bakugo é meio que um enemies to lovers onde a gente nunca sabe se vão cair na porrada ou se vão se beijar. - Jiro comentou, me fazendo mais uma vez apenas querer morrer. Abri a boca para dizer algo, mas, mais uma vez, fui impedida pela euforia crescente das meninas falando sobre minha vida, comigo bem ali do lado escutando tudo.

-Concordo com a Tooru, acho que a Atsu-chan combina com o Todoroki-kun.- Uraraka disse e eu a olhei com minha melhor cara de "até você?". -Todo mundo já notou a forma que ele se preocupa com você! É bonitinho!

-Pode até ser, mas acho que já teria acontecido algo se fosse esse o caso, não? Eles meio que cresceram juntos. - Tsuyu completou, e a cada segundo minha vontade de morrer apenas crescia cada vez mais. Tanta coisa mais importante para falarmos, como os nossos estágios e nossas expectativas para eles, mas não! Elas queriam ficar falando sobre um assunto totalmente e completamente desnecessário, eu mereço mesmo uma droga dessas, não é possível.

-Gente! Parem com isso, Atsu está bem desconfortável com vocês falando assim sobre a vida dela. Sem falar que é indelicado. - Yaoyorozu ralhou, me fazendo a agradecer por ser uma pessoa tão sensata. -Quem tem que decidir de quem gosta é ela! 

-Verdade, Yao-Momo. E ai, Atsuko, qual dos dois? - Ashido provocou. 

-Porque você não vai se fu... - comecei, mas alguém nos chamando fez nossa atenção se desviar. Iida estava correndo na nossa direção e não parecia que ia parar, o que fez com que soltassemos gritinhos.

-Vamos, a aula vai voltar a qualquer minuto!- ele disse.

-Iida, ainda tem dez minutos de intervalo. - murmurei com um suspiro, fazendo elas darem risada. 

Pelo menos Iida ter aparecido ali e cortado aquele péssimo assunto foi o suficiente para fazer com que as meninas perdessem o foco daquele papo, esquecendo completamente sobre mim e começando a discutir algo totalmente aleatório. Se elas sequer soubessem da metade das coisas que já tinham acontecido, seria meu fim. Perceber que algo anormal acontecia entre Bakugo e eu não era exatamente tão difícil assim, mas de onde diabos elas tinham tirado que Shoto e eu poderiamos possivelmente ter algo? E porque apenas essa sugestão inofensiva foi o suficiente para mexer tanto assim comigo?

Quando as aulas acabaram, minha cabeça estava quase explodindo de tanta dor e a julgar pela expressão de todos como se a alma tivesse deixado seus corpos, todos estavam com o mesmo sentimento. Não sei quem foi que acabou sugerindo que fôssemos juntos tomar sorvete no caminho para estação e nem sei como todos acabaram incrivelmente concordando com a ideia, inclusive Bakugo. Se bem que acho que ele nem concordou, Kirishima que meteu ele no meio disso, ignorando os xingamentos de Katsuki.

-Bakugo tá meio estressadinho hoje, será que é porque você ignorou as ofensas dele o dia todo?- Kaminari disse bem do meu lado, com um sorriso que me dava a certeza que se eu falasse qualquer coisa, iria condenar a mim mesma. Apenas arqueei a sobrancelha para ele e dei de ombros.

Porque a cara de cú, biribinha? era impressionante o como era fácil entrar na mente de Bakugo quando ele estava estressado, ou seja, o tempo todo. Ele se virou para mim, as mãos com pequenas explosões, como se o que ele quisesse mesmo era me explodir.

-Já falei pra não entrar na minha mente, porra! - ele gritou, me olhando torto. Então, ele se virou para Shoto e marchou na direção dele, o que fez Shoto apenas olhar Bakugo sem nenhuma expressão. -Me fala como você faz pra tirar essa desgraçada insuportável da sua mente! - não era um pedido.

-Não. - Shoto retrucou antes de voltar a andar, fazendo com que Kaminari, Kirishima e eu caissemos na gargalhada, ainda mais quando Bakugo explodiu de vez, toda sua irritação com Shoto acumulada estourando de uma vez.

-Maldito! Desgraçado do caralho!

-Puta merda, Katsuki, como você nunca fica sem voz já que tá sempre gritando? Nossa, é uma espécie de milagre, né?- provoquei com um sorriso maldoso, me aproximando um pouco mais dele. Bakugo me fitou com os olhos vermelhos dele.

-Vou te explodir, Jean Grey maldita.

Você não pareceu querer fazer isso enquanto me beijava, né

A expressão que Bakugo fez... Apenas tive tempo de mandar para cima uma das explosões dele e eu sabia muito bem que essa tinha sido sem querer, mesmo que os outros tivessem achado que foi de propósito pela forma como olharam com repreensão para ele.

-Bakugo, você precisa aprender a tratar uma mulher, cara. - Kirishima disse com um suspiro, colocando a mão no meu ombro. -Perdoe ele por ser assim, Atsuko. - eu ri ainda mais com a cara que Bakugo fez e, por incrível que pareça, ele não respondeu nada. Como se o que eu tivesse falado para ele o tivesse colapsado pelo restante do dia.

Quando finalmente saimos pelo portão da U.A, fui pega totalmente de surpresa ao perceber que aquela mesma mulher do outro dia, a que tinha me olhado, estava bem ali, parada. Franzi o cenho em confusão; estranho, mas talvez fosse apenas uma coincidência. Talvez aquele garoto, provavelmente o filho dela, fosse aluno da U.A.

O olhar dela encontrou o meu e automaticamente a expressão dela mudou. Antes, ela parecia tranquila e serena, mas foi só seus olhos baterem em mim que tive certeza que seu problema era comigo. O desespero dela era tanto que tinha me alcançado e me atingido em cheio, me fazendo até mesmo parar de andar.

-Atsuko?- Kirishima me chamou, mas eu não conseguia falar ou me mover, como se o olhar dela fixo no meu me tivesse paralisado por completo. -Tá tudo bem?

-Esperem um pouco. - murmurei e Kirishima me olhou com confusão. 

Sai de perto deles, escutando Kirishima falar para o resto do pessoal esperar; atravessei a rua e, de forma decidida, caminhei até aquela mulher. Os olhos dela se arregalaram e ela olhou para os lados, como se procurando um lugar para fugir. Eu deveria ter voltado atrás e ido embora; mas, no entanto, não fiz nada disso, parando diante da mulher.

-Oi! Desculpa, mas... Eu conheço a senhora?- perguntei franzindo o cenho. Ela não me respondeu; subitamente, me senti estúpida. Eu estava apenas assustando aquela mulher! Eu era mesmo uma idiota, não era possível! -Foi mal, mas é que minha individualidade tem um lado empático e...

-Eu sei.- ela disse, baixinho. Automaticamente, senti todo meu corpo ficar em alerta. Aquela história estava só ficando mais e mais estranha. -Quer dizer, eu te vi na televisão.

Não era só isso e eu sabia muito bem, mas forcei um sorriso para a mulher.

-Eu fiz algo pra ofender você? É que seus sentimentos por mim são tão negativos que consigo sentir do outro lado da rua. - falei, sem mais ou menos. E me arrependi no instante seguinte, pois quando aquela mulher abriu sua mente para mim, eu vi demais. Bem, bem mais do que deveria.

Eu não quero essa criança!

Ela puxou você, eu não gosto disso.

Eu estou indo embora, por favor, me deixe ir.

Arregalei os olhos; o celular em minhas mãos escorregou, caindo no asfalto enquanto eu abria a boca e dava um passo para trás. Ela sabia o que eu tinha visto; mesmo sem querer, ela quem tinha me mostrado.

-Atsuko, você cresceu tanto... - ela choramingou, esticando a mão para tocar meu cabelo. 

Por puro reflexo, afastei a mão daquela mulher, daquela grande desconhecida, dando mais um passo para trás, meus olhos cheios de lágrimas.

-Não toca em mim. - falei, minha voz firme, sem sequer vacilar, mesmo que lágrimas de raiva estivessem escorrendo pelos meus olhos. 

-Eu não queria que você descobrisse desse jeito, filha! Eu voltei pra te procurar, mas não queria que...- ela começou, dando um passo na minha direção.

-Filha?! Mas que piada! - eu ri, com sarcasmo. -Eu nem mesmo tenho mãe! Eu nem sei quem você é! Por favor, vá embora. - eu disse, pegando rapidamente meu celular e me birando para me afastar, vendo que todos os meus amigos tinham parado e me olhavam de forma estranha. 

-Atsuko, espera!- ela disse, agarrando meu braço.

Quando me virei para me livrar daquele aperto, foi puro reflexo. Nem mesmo cheguei a tocar nela e tampouco precisei, pois uma onda do meu poder a atingiu em cheio, fazendo com que cambaleasse e se afastasse, os olhos arregalados.

-Não me toca. Fica longe. - falei, minhas mãos tremendo, meu cabelo começando a flutuar como se a gravidade fosse inexistente, algo que acontecia muito quando meus sentimentos estavam aflorados demais. Fazia anos que isso não acontecia, e eu sabia que era um aviso; eu estava prestes a explodir, e se isso acontecesse, ia dar uma bela merda.

-Me escuta! Por favor! - ela implorou, os olhos idênticos aos meus cravados em mim. Minha mão não parava de tremer.

-Eu não preciso te escutar! Eu não quero te escutar!- gritei, dando um passo na direção dela. -Eu nem te conheço! Sei apenas seu nome e que você me largou!

-Quem é essa mulher? - Shoto disse, bem do meu lado, e eu nem mesmo tinha notado sua aproximação. Olhei mais uma vez para aquela mulher, minha mãe, a pessoa que me abandonou antes mesmo que eu pudesse a conhecer. Shoto parecia saber a resposta para sua pergunta, mas esperava por uma resposta mesmo assim.

-Vamos embora.- murmurei. Shoto segurou minha mão na sua, franzindo o cenho. Ele sabia muito bem que aquilo tudo era um aviso que, se eu ficasse ali mais um segundo, o pior ia acontecer.

-Você foi adotada, não é? Por Enji Todoroki! - ela gritou, me fazendo parar de andar. Mais uma vez, olhei para aquela mulher que se dizia ser minha mãe. -Você deveria estar comigo, Atsuko...

-Cala essa boca! - era um comando. -Não abra a boca. - e ela não abriu. Os olhos dela se arregalaram ao perceber que não podia fazer isso, e ela tentou, desesperadamente, se livrar daquela ordem. -Não quero ouvir mais uma palavra vinda de você. Nem mesmo chegue perto de mim, ou não vai gostar das consequências!

-Atsuko-chan, que merda tá rolando aqui? - agora, o resto dos meus amigos tinham se aproximado, mas eu não me importava. Não conseguia ver nada que não aquela mulher.

-Atsuko, deixe ela. - Shoto disse. Eu o ignorei, meus olhos grudados naquela desgraçada, naquela infeliz que tinha me largado, me feito pensar a vida toda o quanto eu não valia nada. -Atsuko. - Shoto apertou minha mão com força.

-Deixa ela fazer o que quiser, porra!- Bakugo gritou para Todoroki com irritação. Então, Katsuki se virou para mim, e ele sabia coisa demais para entender a situação. -Essa velha é a sua mãe, não é? Aquela que te largou. Se for, então ela não merece que você se importe.

Ele estava certo.

Shoto não disse nada e eu não olhei uma segunda vez para trás antes de liberar o meu comando sobre aquela mulher.

-Me deixe explicar tudo, Atsuko. Seu pai...- ela começou, mas eu apenas ergui a mão e ela se calou novamente.

-Some da minha vida de novo. Vai estar me fazendo um favor. - murmurei, começando a caminhar para longe. Não olhei para trás para ver se os outros estavam me seguindo.

Eu ouvia as vozes deles me chamando, mas fingi demência. Fingi que nada estava acontecendo, porque se eu deixasse, acabaria chorando. Era um aviso silencioso para que me deixassem em paz. E eles me deixaram.

E quando estava longe o suficiente de todos eles, quando desapareci no segundo que se distrairam um pouco de mim, eu chorei.

Boa noite povo bonito! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Eu disse que ia ter tristeza, né?
Apenas isso que tenho pra dizer, logo mais teremos capítulos adicionais da desgraça da vida da Atsuko :')

Estou pensando em fazer outra fanfic de bnha, o que acham? E com quem vocês iam gostar que fosse?

Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!

Espero que gostem <3
~Ana

Data: 12/07/22

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