Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𖤍𖡼↷ 𝐒𝐄𝐕𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐓𝐖𝐎

BRIGA DE CORREDOR

A primeira coisa que senti ao abrir os olhos, foi minha cabeça latejando de tanta dor, assim como todo meu corpo. Soltei um gemido infeliz ao perceber que estava no hospital; mas eu também não tinha tempo para me apegar ao fato do quão fodida eu estava já que eu precisava saber como meus amigos estavam. O desespero que corroeu meu corpo assim que despertei foi imenso; o que tinha acontecido depois que eu apaguei? Os vilões tinham fugido? E Shoto? Katsuki? Midoriya? Nejire? Mirio? O que tinha acontecido com eles? Eu precisava de respostas, e meu coração começou a bater tão forte dentro do meu peito que minha primeira ação foi arrancar a máscara de oxigênio do meu rosto e tentar me levantar.

-Não faça isso, Atsu! - pisquei os olhos surpresa quando escutei aquela voz; achei que estivesse sozinha, mas, ao me virar minimamente, pude ver o rosto bonito de Yaoyorozu me fitando, acompanhada de Tsuyu e Kyoka. Fazia muito tempo que eu não via elas; desde que entrei para a Liga dos Vilões como infiltrada, tinha deixado tudo isso para trás. Agora, tendo elas ali, ao lado da minha cama, me olhando com preocupação, a única coisa que conseguia sentir era vontade de chorar.

-Que bom que você acordou. Estávamos preocupados! - me virei na direção da outra voz, dando de cara com Kirishima. Ele me deu um sorriso sincero, e isso foi o que terminou de quebrar meu coração. Antes mesmo que eu pudesse perceber, já estava chorando. Pela saudade, pelo alívio de ver que eles estavam vivos e bem e por toda a culpa que eu carregava no meu coração pelas coisas que tive que fazer para me manter infiltrada na Liga. Pelo tanto de mágoa que eu gerei para meus amigos e pela forma que acabei os machucando. -Atsu...

Os quatro não hesitaram em me abraçar com delicadeza por conta dos meus ferimentos e eu nunca fui tão grata a eles como era naquele momento. O carinho por mim que emanava deles me envolveu como um cobertor quentinho, me trazendo um conforto que eu nem sabia que precisava naquele momento. Eles não estavam irritados, chateados ou decepcionados por tudo o que eu tinha feito; muito pelo contrário, só estavam preocupados com minha saúde e principalmente com minha saúde mental. Percebi isso pela forma como Kiri estava me olhando; da última vez que eu tinha o visto... Não tinha sido legal para nenhum de nós.

-Me desculpem. - falei, baixinho, escondendo meu rosto em minhas mãos. Por mais que eu tivesse feito tudo o que fez para salvar todos, ainda assim sentia vergonha por ter acabado machucando eles. Mais que isso, por ter feito eles acreditarem que eu tinha me tornado uma vilã, me aliado a pessoas que só tinha trazido dor e sofrimento para todos da nossa turma. Eu me sentia péssima por ter feito eles passarem esse tempo todo se perguntando o que tinham feito para me fazer mudar de lado, ou o porque jamais tinha notado nada de errado. -Eu não podia contar...

-A gente sabe, Atsu. Sabemos que estava infiltrada com o Hawks. - Kyoka disse, fazendo carinho nas minhas costas. -Mas que ideia, hein. Não fazia sentido na minha cabeça o diretor ter deixado isso acontecer. Mas aí...

-Aí descobrimos sobre seu pai. E sobre o Dabi. Ele é o irmão que você amava tanto, né? - Yao-Momo disse, apertando minha mão com carinho na dela. Eu apenas assenti, sentindo meus olhos queimarem com as lágrimas que eu me recusava a derrubar por causa de Toya e sua babaquice sem limites. -Você já sabia?

-Eu descobri no dia que ele tentou me matar no acampamento. - admiti, sentindo minha voz travar. -Eu me senti péssima, Momo. Vendo o que ele tinha se tornado. Achei que talvez eu pudesse... Sei lá. Tentar fazer ele voltar a ser quem era. Mas não dá pra salvar alguém que não quer ser salvo.

-Ele tentou matar você, Atsu. Mais que uma vez! E ele queimou o Todoroki. Ele nem tá conseguindo falar, teve a garganta queimada. - Kirishima disse e eu senti como se tivesse engolido areia. -Mas ele tá bem. Midoriya é o que ficou pior, está desacordado. Bakubro tá bem, mas ainda não acordou.

-Me sinto um lixo. Tentei evitar tudo isso, mas não deu certo. - falei, bagunçando meu cabelo. Eles me olharam com compreensão. -Foi um inferno. - sussurrei. -Achei que fosse morrer. Eu quis morrer.

-Não diz isso! - Momo me censurou, mas eu apenas ri, sem nenhum humor.

-Foi tanta pressão psicológica que acho que eu só sobrevivi porque o Hawks não me deixou morrer. - admiti. -Ele sequer está vivo por acaso? Estava bem mal da última vez que eu o vi.

-Sim, ele tá bem. Se recuperando. - Jiro revelou e eu suspirei aliviada. -Mas que as penas dele já eram.

-Jiro! - Momo arregalou os olhos e ela só deu de ombros.

-O que? É verdade! Dabi fez um estrago nele. - Kyoka falou e eu apenas suspirei.

-Não vamos falar das coisas ruins. - Yao-Momo disse. Pela sombra que cruzou o olhar de todos eles, percebi que algo ruim tinha acontecido e eles não queriam me contar. Mas sinceramente, naquele momento, eu não precisava de notícias piores. Eu não queria notícias piores. Já enfrentaria o verdadeiro inferno graças a Ichiro, Toya e Shigaraki. As coisas não precisavam ficar ainda mais sombrias do que já estavam para mim.

-Ei, ei! - Kirishima protestou, tentanto me segurar, assim que comecei a deslizar para fora da cama. Eu o ignorei, conseguindo me esquivar de seu aperto. -Atsuko! Onde você pensa que vai?! Ficou maluca, foi?! Ainda tá ferida! Não pode sair assim!

-Não posso ficar aqui parada! Eu preciso ver o Shoto e o Katsuki! - retruquei, começando a sair do quarto antes que eles me trancassem lá dentro. Os quatro vieram atrás, protestando sobre eu dever ficar deitada na cama. Mas eu não conseguiria fazer isso e sabia muito bem.

De qualquer forma, não precisei sequer procurar por muito tempo. Assim que abri a porta e saí para o corredor, comecei a escutar gritos. Gritos esses que eu conhecia muito bem. Não sei quem foi que fez a pior expressão, mas nós seguimos o som até encontrar o dono daquela voz.

Katsuki claramente deveria estar deitado já que ele tinha sofrido ferimentos sérios e bem piores que os meus. Mas lá estava ele, parado no meio do corredor, com Sato e Mineta tentando o segurar, gritando com uma garota que deveria ter nossa idade e que o olhava como se Katsuki fosse a coisa mais insignificante do planeta Terra. Aquilo quase me fez dar risadaz principalmente porque Katsuki estava extremamente e totalmente irritado com ela.

-Por que a primeira coisa que você faz depois de quase morrer é arrumar briga no hospital? - falei, incrédula. Katsuki se virou para me fitar, seus olhos vermelhos cravando em mim.

Da última vez que nos vimos, ele tinha deixado claro o quanto me odiava e me desprezava. O quanto jamais iria me perdoar pelo que eu tinha feito. Tinha machucado como o inferno, mas eu aceitaria isso, pois sabia que Katsuki não voltaria atrás de suas palavras. E eu me preparei para toda a sua maldade, seu desdém, sua rejeição, tudo isso.

Então, sim, eu fiquei totalmente surpresa quando ele marchou na minha direção e, ao invés de me socar, como achei que faria, Katsuki me abraçou. Com tanta força que me fez chorar um pouco.

-Sua burra do caralho. - ele reclamou e eu ri, uma risada meio chorosa enquanto o abraçava de volta, com cuidado porque eu conseguia sentir a dor dele pelos ferimentos.

-Estúpido, você deveria estar deitado. - eu murmurei. Katsuki riu com desdém.

-Sem fazer você acordar? O caralho. Você e o Deku de merda, se acham que vão se livrar assim tão fácil, estão enganados. - ele retrucou, me analisando em busca de algo fora do lugar.

Eu tô bem, Katsuki. Falei em sua mente, apertando sua mão com força. Ele revirou os olhos.

-Ah, que bonitinho, você sabe ser gente quando tem garota bonita envolvida. - a menina que estava falando com ele desdenhou, abrindo um sorriso tão maldoso que me fez lembrar de Katsuki.

-Cala a porra da boca, garota do caralho! O que você quer, hein, porra? - ele gritou, a olhando com tanto ódio que me fez piscar.

-Você tá no meio do meu caminho, seu heroizinho de merda! - ela retrucou com raiva. Dava pra perceber que estava preocupada e procurando por algo, e como não conseguia achar, estava totalmente frustrada. E claramente estava irritada com Katsuki, fosse lá o que ele tivesse feito para ela.

-Você tá bem? - perguntei, atraindo a atenção dela pra mim. Ela me olhou da cabeça aos pés, mas não de um jeito ruim. Na verdade, parecia mais era estar me admirando, o que me fez forar um pouco já que eu estava toda cagada.

-Ela é definitivamente gata demais pra você. - a garota riu enquanto olhava de Katsuki para mim. -Eu só tô tentando achar minha garota, mas esse babaca de merda tá atrapalhando! Já não basta ter salvo a vida do meu irmão, ele ainda fica no meu caminho, como que faz pra tratar bem um imbecil desses?

-Você tá brava por que ele salvou seu irmão? - Kiri perguntou, incrédulo. A menina deu de ombros, como se isso não fosse nada demais. Como se ela não tivesse acabado de declarar que preferia ter o irmão morto. Não que eu pudesse julgar...

-Meu irmão é homofóbico. Eu gosto de peitos. Deveria ter deixado ele morrer pra Liga dos Vilões, mas heróis só servem pra fazer merda mesmo. - ela retrucou, colocando uma mecha do lindo cabelo preto atrás da orelha. Katsuki pareceu perto de a explodir, suas mãos pipocando com a individualidade.

-Me escuta aqui, sua vagabunda...- ele começou, mas eu o cortei.

-Tá, você sabe que quarto ela está? - perguntei. A garota revirou os olhos e bufou, frustrada.

-Esses médicos do caralho não me dizem nada! - ela grunhiu. Eu assenti.

-Vou te ajudar. - falei, fazendo Katsuki me olhar com indignação. Ele até iria protestar e provavelmente arrumar mais uma briga com a garota, mas eu o cortei. -Cala boca, vai logo atrás do Midoriya e não enche mais a garota. Ela tá preocupada com alguém que ama, você não pode julgar ela quando saiu da cama todo fodido pelo mesmo motivo.

-Tsc. Foda se. - ele murmurou antes de dar as costas e prosseguir seu caminho. É, algumas coisas realmente não mudam.

Me virei para a garota bonita que me olhava de forma curiosa. Me aproximei dela, meio sem graça pois sabia que ela estava me olhando assim por ter me achado gata. Seus pensamentos deixavam isso bem óbvio.

-Qual o nome da "sua garota"? - perguntei arqueando a sobrancelha.

-Liz Tsukumo. - ela respondeu e eu assenti.

Não foi difícil usar minha individualidade para descobrir, através dos pensamentos de uma enfermeira, qual era o quarto onde ela estava. Apenas segurei o pulso da garota e a arrastei pelos corredores comigo.

-Qual seu nome? Você é aspirante a heroína também? - ela perguntou de forma curiosa. -Você tá bem machucada.

-Sou. Meu nome é Atsuko. - respondi, olhando ela e dando um meio sorriso. -Um dia você vai me conhecer como Psique.

Ela riu, uma risada divertida e sincera.

-Nome legal. Tenho certeza que você vai ser um ponto fora da curva, os outros como aquele seu amigo explosivo lá atrás são todos idiotas. - ela falou revirando os olhos e isso me fez dar uma gargalhada. Ela era divertida. -Eu sou a Azami, aliás. Não é por nada não, se eu já não fosse apaixonada por alguém, facilmente daria encima de você.

Eu senti meu rosto corar violentamente. Quase ninguém me fazia gaguejar, mas ela fez.

-Ah, você namora, saquei. - ela riu. -Relaxa. Eu já tenho dona. Espero que pro resto da vida.

Dava pra ver mesmo que quem quer que essa Liz fosse, Azami era realmente apaixonada por ela. Fazia eu me lembrar de tudo o que eu sentia por Shoto.

-É aqui. - falei, parando diante da porta. Azami me olhou uma única vez com seus olhos vermelhos antes de abrir a porta com tudo.

Uma garota loira estava sentada na cama. Não tinha muitos machucados e até parecia bem. Mas foi o sorriso imenso que ela deu ao ver Azami que me fez perceber que ela tinha acabado de ficar mil vezes melhor.

-Zaza, eu estava preocupada! Onde diabos você tava?! - a garota começou a tagarelar sem parar, mas Azami foi determinada até onde a loira estava. E sem esperar por mais nada, simplesmente a beijou.

Não sei quem ficou mais chocada, eu ou a garota. Eu por estar presenciando tudo de camarote e a garota que definitivamente não esperava por aquilo.

-Porra, tava preocupada pra caralho! - Azami disse se afastando. -Não ouse morrer sem eu me declarar pra você, sua vagabunda!

-Azami? - a loira riu, e seus olhos brilhando significavam só uma coisa: ela sentia exatamente a mesma coisa que a garota de cabelos escuros que tinha acabado de a beijar como se o mundo pudesse acabar no instante seguinte. -Tá, eu realmente amo você, mas quem é aquela gata ali?

Os olhos das duas cravaram em mim e nunca me senti tão exposta, mesmo estando vestida.

-Ah. É a Atsuko. - Azami disse, me observando. -Ela me ajudou a achar você. Valeu, "Psique".

Eu apenas dei um meio sorriso.

-Boa sorte ai com o namoro de vocês, porque agora quem precisa achar o namorado sou eu. - falei acenando pra elas. As duas apenas riram e nem mesmo esperaram eu fechar a porta antes de voltarem a se beijar. Meu Deus, espero que Shoto e eu não sejamos assim tão melosos um com o outro na frente dos outros.

Shoto;

Eu realmente precisava achar ele. Eu precisava saber se ele estava bem. Eu precisava o abraçar e eu precisava...

Bem, eu precisava de muitas coisas. Principalmente de terapia.

Mas foquei em apenas uma coisa naquele momento: achar Shoto. Pois tudo se resolveria logo depois disso.

Bom dia povo bonito! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Postando mais um capítulo pra compensar o tempo que fiquei sem postar nada. E sim, gente, eu tive que colocar a Azami porque não superei que acabei Hot Chocolate. Pra quem não sabe, a Azami é minha protagonista da minha fanfic com o Bakugo, no mesmo universo que essa, leiam, ela já tá finalizada!

Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!

Espero que gostem <3
~Ana

Data: 27/01/23

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro