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𖤍𖡼↷ 𝐅𝐎𝐔𝐑𝐓𝐘 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓

AGINDO DE FORMA
IDIOTA

Alguns dias depois de tudo o que tinha acontecido, as coisas aos poucos foram voltando ao normal. Nós que acabamos perdendo aulas por conta da residência tivemos que fazer aulas de reforço para repor o que tínhamos perdido, o que não posso dizer que me agradou muito, mas sim que só serviu para me deixar ainda mais cansada. Pelo menos o que confortava meu coração era saber que aos poucos Eri estava melhorando, e que ela tinha pessoas agora para cuidarem dela de verdade. Quando entrei na mente de Eri para a acalmar naquele dia, vi coisas demais sobre o que ela tinha sofrido, e era impossível não sentir na pele a dor de toda a crueldade que ela tinha passado.

Mas eu tentava não pensar muito a respeito disso, precisava pensar que agora ela estava em boas mãos e sendo bem cuidada. Faríamos ela ser tão feliz que essa parte ruim de seu passado seria apenas algo a qual ela tinha enfrentado e sobrevivido. Eu esperava de verdade que Eri não ficasse remoendo o que tinha acontecido, que ela não continuasse com aquela culpa esmagadora que crescia dentro de si mesma, uma reação a tudo o que Overhaul já tinha causando dentro de sua mente.

Com um suspiro, fitei o céu que já estava começando a ficar alaranjado por conta do final de tarde, enquanto balançava as minhas pernas, sentada no banco e com um sorvete de chocolate na mão. Akira apenas arqueou a sobrancelha para mim, mas não disse nada. Meu irmão sabia bem para onde meus pensamentos estavam sendo levados, e ele nem precisava ser um telepata para entender exatamente o que eu estava passando. Bom, ele era amigo de Togata, Amajiki e Hado. Acho que Akira sabia exatamente por tudo o que tínhamos passado, mesmo que não fizesse ele se preocupar menos.

-O Togata senpai tá bem? - perguntei, desviando minha atenção para os olhos rosa escuro de Akira, exatamente iguais aos meus. Meu irmão apenas me fitou por um instante antes de dar um suspiro e abrir um sorriso.

-Mirio nunca se deixa ser negativo, mesmo que o mundo esteja esmagando seus ombros. - Akira disse, estalando a língua no céu da boca. -Ele está bem na medida do possível. Quer dizer, ele perdeu a individualidade dele, mas continua tentando ser positivo a respeito disso, vive tentando fazer com que a gente se sinta melhor, mesmo que seja meio impossível. Sabe, ele foi minha primeira amizade quando voltei para o Japão.

Me arrumei um pouco mais no banco para poder olhar Akira com atenção. Gostava de ouvir as histórias que ele tinha para contar, mas não porque fossem super emocionantes ou coisa do tipo, mas sim porque assim eu me sentia cada vez mais próxima de Akira, sentia que o conhecia cada vez mais, mesmo que ele já tivesse um lugar muito especial dentro do meu coração. Akira deu um meio sorriso para mim, como sempre dava ao se dar conta que eu me importava de verdade com tudo o que ele tinha para me dizer.

-Quando entrei na U.A no meio do ano passado, eu tava bem nervoso. Apesar de ter nascido aqui no Japão, passei muito tempo morando longe. Quer dizer, eu nem lembrava direito daqui. - Akira disse com uma careta, comendo a casquinha de seu próprio sorvete em uma mordida só antes de continuar, o que me fez fazer uma careta já que ele basicamente enfiou tudo na boca de uma vez. Akira deu risada da cara que eu fiz, migalhas voando para todo lado, me fazendo dar um gritinho.

-Que nojo, Akira, seu imundo! - chiei, dando um chute nele com meu tênis, tentando o derrubar do banco, mas no instante que ia fazer isso, ele teleportou, aparecendo do meu outro lado e me fazendo resmungar.

-Continuando. - ele riu, se sentando mais uma vez e me fitando. -Eu estava com bastante vergonha e não queria conversar com ninguém porque meu sotaque é bem nítido. Eu não queria, sei lá, acabar ficando excluído por ser de fora. Mas Mirio nem mesmo esperou eu sentar antes de puxar conversa, falando de uma forma tão animada que fez eu me sentir acolhido de alguma forma. Depois eu me aproximei de Nejire e de Tamaki, e eu nunca mais fiquei sozinho. Tudo isso graças a Mirio que decidiu que valia a pena insistir em um idiota com cara de assustado. Ele é uma boa pessoa e um bom amigo, por isso é tão doloroso ver o que aconteceu com ele. Mirio passou muito tempo tentando chegar no topo.

Akira estava claramente chateado pela perda da individualidade do amigo dele e ver meu irmão assim era um saco. Eu estendi a mão, apertando a dele de leve e com carinho e trazendo a atenção de Akira mais uma vez para mim.

-O que resta é termos esperança que tudo vai se acertar, Akira. Aizawa sensei disse que se Eri um dia conseguir controlar os poderes dela, pode trazer de volta a individualidade de Mirio. - eu disse e Akira assentiu. -Sei que pode parecer um futuro muito distante ou até impossível, mas precisa ter esperanças disso. Porque quando Mirio não conseguir ser a própria muralha de si, vai precisar dos amigos dele. E você é amigo dele, Akira.

Ele assentiu, entendendo perfeitamente o que eu estava falando. Akira olhou para o céu por um instante e então, deu risada, me fazendo franzir o cenho.

-O que foi?

-Nada, é que... Para uma pirralha que nem mesmo queria ficar perto de mim porque não queria ter nada haver com a mamãe, você se superou em ser uma ótima irmã. - ele riu e me olhou com divertimento, me fazendo revirar os olhos e o empurrar de leve.

Eu era grata por ter mudado de ideia em relação a me aproximar de Akira. Pois eu podia dizer com toda a certeza do universo que ele tinha sido uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida. E eu sempre seria grata por ele ter insistido tanto.

Shoto estava estranho comigo desde o dia em que voltei depois da missão. A princípio, achei que pudesse ser pelo cansaço dos treinos para tirar a licença provisória, mas até nos dias em que ele não tinha que ir, ficava o mais longe de mim possível, me fazendo ficar não só confusa, mas apreensiva também. Afinal, da última vez que aconteceu algo assim, foi quando eu namorava com Katsuki, e ele tinha se afastado para conseguir terminar comigo. Pensar que Shoto talvez fosse fazer a mesma coisa só me fez começar a ficar totalmente paranoica, me perguntando o que eu tinha feito de errado para causar aquilo.

-Eu tô falando sério, Katsuki! - falei irritada, dando um soco forte na perna dele quando ele começou a dar risada da minha cara após eu dizer exatamente isso para ele. -Não tem graça! Eu tô de verdade preocupada.

-Para de ser idiota, Jean Grey. Aquele meio a meio imbecil não vai terminar com você, ele é trouxa demais para sequer pensar em algo do tipo. - Katsuki disse arqueando a sobrancelha para mim e eu torci o nariz, revirando os olhos. -Ele tá é preocupado.

-Hm? E como você sabe disso, voz da razão? - eu zombei, dando um sorriso sarcástico para ele. Bakugo revirou os olhos.

-Porque passo mais tempo do que gostaria com esse merda! E eu não sou estúpido, diferente de você! - ele retrucou e eu me perguntei se seria tão ruim assim dar um murro na boca dele para ver se ele parava de encher tanto o saco. -Se ele não tá falando com você, vai lá e fala com ele. Acredito no seu potencial!

-Nossa, eu nem mesmo sei porque ainda procuro você toda vez que eu tô com algum problema. - falei irritada, jogando uma almofada nele e me levantando do sofá.

-Nem eu sei porque você acha que eu vou me importar. - ele disse e eu dei risada, porque essa frase não combinava nada com a forma como Katsuki agia comigo. Mas eu ia fingir que acreditava muito que ele era essa coisa ruim que fingia ser.

Shoto estava na cozinha, escutando atentamente Midoriya contar alguma história. Ele se virou para me olhar quando eu passei, e eu só precisei o encarar para ele saber exatamente o que eu queria. Esse era o resultado de tantos anos convivendo juntos, mesmo que Shoto às vezes fosse um pouco lerdo.

Eu fui até onde Yao-Momo estava fazendo chá e me inclinei um pouco na direção dela, dando um suspiro e chamando a atenção de Momo para mim. Ela apenas franziu o cenho em confusão.

-Você tem um chá capaz de acalmar os meus nervos? Porque acho que tô a beira de um colapso nervoso. - murmurei, fazendo ela ficar ainda mais confusa. Mas Yaoyorozu não perguntou nada antes de preparar um chá quentinho pra mim e passar a xícara.

-O que aconteceu? - Momo perguntou enquanto eu tomava um longo gole de chá. Eu suspirei.

-Eu odeio homens. Sabia que devia ter investido nas gatinhas da U.A. - reclamei, fazendo Yaoyorozu dar risada. -Claro, não da forma que Mineta faz, mas eu definitivamente deveria ter focado nas garotas. Tem umas bem bonitas na turma B, minha nossa.

-Atsuko, cada dia que passa, você me surpreende mais. - Momo riu e eu dei de ombros.

-Se não fôssemos amigas tão próximas, eu definitivamente investiria em você. - falei apontando para ela. Yao-Momo engasgou com seu chá, me fazendo rir. -E se eu não fosse tão apaixonada pelo Shoto, mesmo ele estando me ignorando esses dias. - murmurei infeliz. Yao-Momo apenas franziu o cenho.

-Bem, Todoroki-kun foi o que ficou mais preocupado, Atsu. Acho que você precisa entender que pra ele não foi só ver a namorada em perigo, mas como também a melhor amiga e a família dele. Quer dizer, você é a pessoa mais próxima que ele tem. Acho que é um pouco normal ele ainda estar receoso depois de, sabe, ver o quanto você ficou em perigo. - Momo disse e eu suspirei. Eu sabia disso, sabia disso tudo.

-Obrigada, Momo. Por, sabe, ser a voz da razão na nossa amizade. - eu disse, fazendo ela dar uma risada sincera antes de assentir e apertar minha mão com carinho.

-Disponha.

Fiquei mais um pouco conversando inutilidades com Yao-Momo até as meninas se juntarem a nós e eu conseguir sair de fininho para ir até meu quarto. Depois do dia cansativo de hoje e de todas as paranoias na minha mente, eu só queria um pouco de paz, me enfiar embaixo dos cobertores e me fingir de morta até a manhã seguinte. Mas percebi que não faria nada sisso quando vi Shoto parado na porta do meu quarto.

Com os olhos arregalados, agarrei o pulso dele e o empurrei para dentro antes que algum idiota visse algo e fizesse algum tipo de comentário imbecil. Shoto franziu o cenho para mim quando bati a porta atrás de nós e me virei para o fitar, arqueando a sobrancelha para ele.

-O que? - ele perguntou confuso e eu apenas suspirei, olhando para o teto por um segundo antes de fitar os olhos heterocromáticos de Shoto.

-Porque você tá me evitando? - falei, sem rodeios. As coisas entre eu e Shoto nunca tinham sido baseadas em dizer as coisas com jeitinho. Não, nós nos conhecíamos há tempo o suficiente para lidar com qualquer situação que fosse.

-Eu não tô te evitando. - Shoto disse e eu arqueei a sobrancelha para ele, sentando na cama.

Shoto se aproximou de mim, se sentando ao meu lado. Eu me virei para ficar cara a cara com ele.

Ele não disse com todas as letras, mas me deixou ver o que estava acontecendo. Shoto deixou sua mente completamente aberta para mim, e eu entendi o que estava acontecendo sem que ele precisasse dizer.

Com um suspiro, me aproximei mais dele, me sentando entre as pernas de Shoto. Ele não disse nada antes de levar as mãos até minha cintura e me puxar mais para perto de si, me fazendo passar as pernas ao redor dele e abraçar seu pescoço. Por um tempo, apenas fiquei fitando seus olhos, decidindo o que eu falaria.

-Desculpa te deixar preocupado. - falei com sinceridade, passando a mão pelo cabelo dele. -Mas, sabe, a gente escolheu essa vida. Sei que é uma merda esse sentimento de preocupação, mas não foi nem a primeira e não vai ser a última vez que você vai se preocupar comigo.

-Eu sei.- ele disse fechando os olhos enquanto eu afundava os dedos em seu cabelo lentamente.

-Mas preciso de você do meu lado, Shoto. Como você sempre esteve. Não me deixa sozinha. - eu disse e ele abriu os olhos para me encarar.

-Eu nunca vou te deixar sozinha, Atsuko. - ele falou, franzindo o cenho e me puxando, sua testa encostando na minha. Suspirei, segurando o rosto dele em minhas mãos.

Mas acho que tenho o direito de ficar preocupado com minha namorada. Ele retrucou, as sobrancelhas se franzindo. Eu ri, me inclinando na direção dele para o beijar.

-Sim, você pode, mas eu tô aqui e eu tô bem. - murmurei, beijando a boca dele, a bochecha, o pescoço. -Vai ser preciso muito mais que um vilãozinho de merda pra me matar, Shoto.

Ele apenas murmurou algo incompreensível, o que me fez arquear a sobrancelha e dar um sorrisinho para ele.

-Você é um idiota, sabia? Achei que você quisesse terminar comigo.

Ele franziu as sobrancelhas, confuso, um ponto de interrogação na testa dele.

-Porquê?

-Porque você não fala comigo, não se expressa! Fiquei paranoica. Achei que tivesse enjoado de mim ou sei lá, que estar comigo não fosse o que você imaginou que seria, não sei! Fiquei preocupada. - eu disse desviando o olhar por um instante. Shoto apenas me olhou confuso.

Ele não disse nada antes de se levantar, me fazendo dar um gritinho enquanto caia na cama. Fiz uma careta quando ele colocou as mãos no colchão ao meu redor e se apoiou na cama, me olhando de cima, o cabelo caindo no rosto.

-Eu alguma vez na vida enjoei de você? - ele disse me encarando seriamente. Estiquei a mão e puxei o cabelo dele.

-Sim! - eu reclamei, o olhando feio. Shoto estava com sua típica expressão de quem não estava entendendo nada. -Você me deixou de fora no festival esportivo!

-Eu pedi desculpas. - ele disse e eu suspirei.

-Eu sei. Eu só... Sei lá, Shoto! Você é minha família. Eu só tenho medo de acabar te perdendo de alguma forma. - falei com sinceridade. E eu sabia que ele sentia exatamente a mesma coisa.

Shoto não disse nada, apenas se inclinou na minha direção e me beijou. Bom, isso certamente era uma boa forma de superar os nossos problemas. Eu apenas soltei um suspiro, passando os braços ao redor do pescoço dele e o puxando.

Ele fez uma careta quando se desequilibrou e caiu, me fazendo dar risada. Sorrindo, eu o puxei para perto de mim e o abracei com força. Porque aquilo era tudo o que eu precisava.

Boa tarde povo bonito! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Se um dia vocês acharam que a Atsuko era hetero, estavam muito enganados KKKK
Enfim os capítulos de paz antes do caos, talvez eu poste mais hoje

Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!

Espero que gostem <3
~Ana

Data: 23/08/22

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