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𖤍𖡼↷ 𝐅𝐈𝐅𝐓𝐘 𝐓𝐖𝐎

FAMÍLIA TODOROKI

Fomos todos parar no hospital e, para minha grande infelicidade, Dabi e Ichiro tinham conseguido escapar. Todo o meu corpo estava dolorido e cheio de hematomas pela luta, e agora, eu tinha uma nova cicatriz no corpo, localizada na minha coxa. Minha cabeça doía e eu não consegui me mexer direito naquele primeiro dia, sequer conseguia ficar consciente, era como se o uso excessivo da minha individualidade tivesse feito neu cérebro parar de funcionar. Mas pelo menos, eu estava viva. Seja lá o que Dabi e Ichiro tinham pretendido fazer comigo e com minha mente, não tinham conseguido. Mas eu sabia que foi por muito pouco que eu não fui derrotada por eles.

Não sabia dizer quanto tempo ficamos naquele hospital, sem receber visitas de ninguém. Bom, sem contar as visitas de Hawks, o que era um pouco peculiar. Ele aparecia e ia embora antes que eu acordasse, mas eu sabia que ele estivera ali. Talvez ele se sentisse um pouco culpado por eu ter lutado contra dois membros da Liga dos Vilões sozinha. Bom, não era como se aquilo tivesse algo haver com ele, não quando aquela luta foi algo tão pessoal assim. O que era uma verdadeira de uma merda.

Fiquei brincando com o anel pendurado na correntinha que estava no meu pescoço, a única coisa que as enfermeiras me deixaram ficar com, já que meu uniforme tinha rasgado inteiro e meu celular foi destruído no meio da luta. Eu estava inquieta porque não aguentava mais ficar parada ali naquela cama sem fazer nada, queria voltar logo para U.A e treinar minha individualidade, minha resistência, expandir meu poder. Porque eu sabia que aquela não havia sido a última luta que tive com meu pai, mas apenas a primeira. Sabia que quando nos enfrentassemos de novo, um de nós sairia morto. E eu não queria ser essa pessoa, sinceramente.

Fiquei surpresa quando bateram na porta e ela se abriu, revelando Enji. Ele estava bem mais ferrado do que eu tinha ficado, completamente enfaixado e engessado. Ele me olhou, como se tivesse esperando por uma permissão para entrar, e eu sabia que ele estava se sentindo culpado o suficiente pelo que tinha acontecido comigo. Afinal, foi ele que me levou junto e as coisas terminaram da forma como tinham terminado. Mas também não era culpa dele, Enji nem mesmo sabia que um Noumu iria nos atacar e que Dabi e Ichiro iriam aparecer. Por isso, apenas suspirei e assenti para que ele entrasse logo.

Sabia que não dava para fugir para sempre das conversas difíceis. Sabia que uma hora ou outra, mesmo que eu não quisesse, teria que escutar o que Enji tinha a me dizer. E a julgar pela determinação que emanava dele, também sabia que a conversa seria longa. E que pela primeira vez durante minha existência, Enji seria completamente honesto comigo. Era isso que eu esperava depois de tudo o que tinha acontecido, não queria palavras de desculpa ou coisa do tipo, eu só queria que ele me contasse toda a verdade.

Enji se sentou ao meu lado e eu me ajeitei mais na cama em que estava para poder o fitar melhor. Um silêncio se estendeu entre nós, como se ele não soubesse por onde começar. Por isso, decidi fazer aquilo por ele.

-Eu não te culpo pelo que aconteceu comigo, se é o que quer saber. - eu falei e era sincera. -Eu sabia muito bem como era a vida de um super herói quando decidi entrar nesse mundo. Então, sem ressentimentos. Poderia ter sido pior, tanto pra mim quanto pra você, mas estamos aqui, não? Sentir culpa não vai ajudar a melhorar as coisas, Endeavor. - eu falei, pegando ele completamente de surpresa. Por um tempo, Enji apenas me fitou.

-Me esqueço constantemente que você não é mais uma garotinha de quatro anos precisando de ajuda. - ele murmurou e eu apenas torci o nariz. -Fiquei bravo quando você me enfrentou daquele jeito na minha agência, porque ia totalmente contra tudo o que você sempre fez. Achei que tivesse alguém colocando coisas na sua cabeça, mas então, me dei conta que você só estava sendo honesta. Porque fui eu que falhei com você durante todo esse tempo, usando como desculpa o fato de querer fazer você ser forte. Eu realmente sinto muito por isso, Atsuko.

Pisquei os olhos, surpresa. Nunca em toda minha vida eu imaginei que Enji falaria algo assim e seria tão sincero. Talvez Fuyumi estivesse mesmo razão, talvez ele estivesse tentando mudar. Mas precisaria bem mais que algumas frases bonitas para apagar todo o caos que ele trouxe para minha vida, ou a forma como deixou meu psicológico abalado e fez eu me sentir inferior a tudo e a todos.

-Eu queria sua aprovação. Até eu perceber que não precisava ter a sua aprovação, mas que eu precisava apenas da minha própria. - eu disse, esfregando o rosto para impedir que lágrimas caíssem. -Você nunca fez eu me sentir como parte da família, mas é o pai que eu tenho. Eu não consigo te desculpar tão fácil assim, mas eu posso fazer um esforço. De qualquer forma, você é melhor do que meu pai biológico.

Enji pareceu ficar ainda mais apreensivo do que já estava com a menção de Ichiro. Eu passei a mão pelo meu cabelo, o puxando de leve para me manter calma.

-Me diga a verdade. - eu pedi, o olhando seriamente. Enji desviou o olhar.

-Não queria que tivesse que carregar o fardo de ter um pai criminoso, por isso deixei você acreditar que ele estava morto. Era o caminho mais fácil, percebo agora o quanto eu errei ao fazer isso. Deveria ter dito a você quem seu pai era. Ele nem sempre foi uma pessoa ruim.

"Ichiro foi o mais próximo de um amigo que eu tive, e ele era a pessoa boa e gentil que você achava. Chegava a ser até irritante, e era insuportável o como ele não conseguia me deixar em paz. Mas, sim, era um amigo. Não sei em que momento ele começou a mudar. Eu estava obcecado com... Minhas próprias coisas. Mas ele mudou completamente e se tornou um criminoso. Me deixou puto eu nunca ter percebido isso até ser tarde demais para qualquer coisa. Eu o joguei na prisão e me certifiquei de fazer com que todos achassem que estava morto. Pareceu a escolha correta na época. Eu não adotei você por pena, Atsuko. Ou culpa. Adotei você porque julguei ser a melhor coisa a se fazer. E não me arrependo disso, mesmo eu não tendo sido a melhor pessoa do mundo pra você ou para minha família. E mesmo que você não se sinta acolhida, você faz parte da família."

Eu não disse nada para Enji por um longo tempo, e sabia que não precisava. Apenas deixei que as palavras dele entrassem em meu coração, querendo de verdade acreditar que as coisas pudessem ser diferentes entre nós, que Enji pudesse mudar e se tornar uma pessoa melhor. Talvez eu fosse uma idiota por acreditar nisso, mas eu preferia ser uma idiota a achar que ninguém merecia uma segunda chance. Enji tinha errado e muito, e eu não o perdoaria tão fácil ou esqueceria tudo o que ele fez. Mas eu estaria ali para observar ele se tornar algo melhor.

-Tem algo que eu queria muito poder te contar. - falei, minha voz vacilando. Eu podia julgar Enji por nunca ter me contado que meu pai estava vivo se eu estava escondendo dele que Toya também estava vivo? Mas isso era algo que eu ainda não podia falar, pois apesar do discurso de Enji, eu tinha medo. Mais que tudo, eu não queria que tudo isso mudasse. -Queria poder te dizer sem medo de você não acreditar em mim. Mas eu não consigo. Não ainda. Espero um dia conseguir.

-Espero conseguir te mostrar que mereço sua confiança, filha. - Enji disse com sinceridade e eu apenas assenti. De alguma forma, apenas por aquele momento, um grande peso já tinha sido tirado dos meus ombros.

Ficamos dois dias no hospital até finalmente recebermos alta e permissão para ir para casa, onde Fuyumi nos esperava com um jantar familiar ao qual eu não estava psicologicamente preparada. Hawks tinha me pedido mais desculpas do que eu gostaria que tivesse, o que me deixou extremamente sem graça e constrangida.

Mais do que qualquer outra coisa, eu queria poder voltar para U.A. Eu podia até ter ficado sem celular e o como me comunicar com meus amigos nesses dias, mas sabia que provavelmente estavam morrendo de preocupação por minha causa, já que eu realmente tinha aparecido na televisão no meio da luta contra meu pai e Dabi. Não posso dizer que fiquei muito feliz de me ver tomando uma surra, apesar de a mídia estar elogiando meu empenho e minha força de vontade, e todo aquele blá-blá-blá insuportável que eu fiz questão de ignorar totalmente.

Durante nosso caminho até em casa, eu não disse nada para Enji e ele não disse nada para mim. Fiquei brincando com o anel na correntinha, o que fez Enji olhar de forma curiosa, mas ele não perguntou nada.

Quando enfim chegamos, dei uma desculpa de que precisava ir no banheiro, porque sabia que logo ia ter uma bela briga entre Natsuo e Enji. Eu apenas me olhei no espelho por um instante, suspirando, encarando a cicatriz no meu braço gerada pelo fogo de Toya. Eu tinha parado de cobrir ela em algum momento, mas agora, tudo o que eu mais queria fazer, era manter aquilo escondido de todos. Eu não aguentava olhar aquilo e lembrar de tudo o que Toya tinha se tornado e do que estava fazendo. Quantas pessoas tinha matado e machucado.

Lavei o rosto, mandando esses pensamentos para longe. Suspirei; precisava focar na família que eu ainda tinha ali comigo.

Escutei a voz alterada de Natsuo antes mesmo de entrar para a sala de jantar. Fiz uma careta, porque claro que ele já estaria discutindo com Enji.

-Nossa, a gente podia comer primeiro e brigar depois, né? - falei com um sorrisinho quando entrei, meus olhos encontrando os do meu irmão.

Silêncio. Eles ficaram em um profundo silêncio me fitando. Olhos heterocromáticos estavam grudados em mim e eu franzi o cenho por um segundo até ser engolida em um abraço.

Fiquei meio sem graça, não sabendo exatamente onde colocar as mãos enquanto ele me abraçava com força o suficiente para fazer o ar faltar dos meus pulmões.

Olhei para Fuyumi em busca de socorro, mas ela apenas franziu as sobrancelhas em confusão, como se estivesse perguntando o porque eu estava fazendo aquela cara. O que me deixou ainda mais confusa.

-Shoto ficou muito preocupado com você. - Fuyumi disse e eu apenas pisquei, me afastando do abraço gentilmente e fitando aqueles olhos heterocromáticos por um instante, um olhar que parecia ser capaz de ver minha alma.

-Er... Assim. Eu... Tipo... - respirei fundo, olhando para todos. Porque ninguém mais estava confuso ali? Fitei aqueles olhos que me encaravam mais uma vez, minhas sobrancelhas franzidas enquanto eu fitava o garoto na minha frente. -Mas quem é você?

Não quero ser assassinada!
Se vocês acharam que a Atsuko ia lutar contra um telepata anos mais experiente que ela e bem mais forte sem sair com algo fora do lugar, vocês se iludiram muito, gente :')

Eu nem ia fazer isso, eu nem ia fazer o pai dela voltar dos mortos, mas esse gostinho adicional de caos me pareceu perfeito para o momento. Atsuko e Shoto estavam felizes demais juntinhos e namorando

Sim, a Atsuko não citou o Shoto o capítulo todo porque esqueceu dele. Sim, ela também voltou a cobrir a cicatriz porque o motivo de ela ter parado tinha sido ele, se ela não lembra dele, logo, sente vergonha de novo. Sim, muita coisa vai mudar pra ela por causa desses efeitos colaterais, justamente como o Dabi tava planejando ;) matar pra que se podem fazer ela só esquecer, não é mesmo? Quem sofre mais, quem se fode mais nesse rolo todo? Veremos nos próximos capítulos da novela

Amo vocês, não me odeiem <3

Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!

Espero que gostem <3
~Ana

Data: 26/08/22

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