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𖤍𖡼↷ 𝐄𝐒𝐏𝐄𝐂𝐈𝐀𝐋

-Eu queria que você pudesse acordar e ver que estou feliz. Mas vou te esperar.

PARTE 1

Acorde, Psique.

Acorde!

Minha cabeça estava latejando de dor. Sei que a primeira coisa que fiz foi gemer e me arrastar sobre os lençois macios, antes mesmo de minhas pálpebras se abrirem, a claridade do quarto machucando meus olhos por um instante. Fui forçada a piscar algumas vezes até finalmente conseguir entender em que lugar eu estava, presa dentro de um quarto branco deprimente com aparelhos bipando e agulhas espetadas no meu braço. Com o cenho franzido, não conseguia entender onde eu estava e como tinha ido parar ali. Quanto tempo eu estava naquele lugar? Eu não sabia dizer, e menos ainda o porquê. Sendo sincera, eu não conseguia dizer muitas coisas.

Sentia como se meus músculos estivessem falhando quando guiei minha mão até a agulha presa ao meu braço. Sem pensar nas consequências, eu a puxei, a arrancando. Gotas de sangue espirraram da minha veia, me fazendo xingar baixinho enquanto puxava o lençol para pressionar e estancar o sangue. Em alguns segundos pararia, eu sabia. Enquanto isso, dei uma boa olhada no quarto em que estava, e a julgar pela lousa branca cheia de anotações de remédio sobre a paciência "Atsuko Todoroki", eu podia dizer com certeza que estava no hospital.

Minha visão estava embaçada em partes, e me vi forçada a me arrastar para fora da cama em rumo ao quadro branco. Mas foi quando meus pés tocaram no chão que percebi meu erro; minhas pernas simplesmente falharam, me fazendo cair contra o chão brilhoso. Chiei de dor com o impacto dos meus joelhos fracos e de minhas palmas contra o chão, sentindo uma pontada de dor percorrer meu corpo. Mais uma vez, tentei me manter de pé, mas falhei ao fazê-lo, meu próprio corpo se obrigando a me responder. Com toda força que tinha, agarrei o metal da minha cama para me impulsionar para cima, forçando minha individualidade contra meus ossos e musculos para que me sustentasse de pé. Aquilo ao menos funcionou, mesmo que tivesse sido absurdamente difícil chegar até o quadro, me fazendo arfar desesperada em busca de ar por conta do esforço.

Paciente: Atsuko Fumiko-Todoroki
Quadro: Coma causado pelo efeito de uma individualidade, perdurando há três anos.

Três anos?! Senti meu mundo girar ao ler o que estava escrito ali. Eu tinha perdido três anos presa em uma cama?! Bem, aquilo explicava o motivo para eu não conseguir me manter de pé. De tudo parecer fraco em mim. Foi só eu me olhar no espelho que percebi a verdade: eu estava acabada. Os cabelos brancos se misturando ao loiro característico de mim, os ossos aparentementes em meu corpo devido a falta de peso e a expressão de cansada deixavam isso claro. Mas também tinha mais que isso faltando.

As vozes se aproximando fizeram meu coração gelar. Sem pensar duas vezes, usei o que restava de minhas forças para me jogar na cama, fechando meus olhos e fingindo ainda estar apagada. Foi bem a tempo de a porta de abrir.

-Eu entendo sua preocupação Dra Yumi, mas não houve nenhuma mudança no quadro dela nos últimos doze meses. Talvez seja a hora de começar a fazer considerações. - uma voz masculina odiosa soou e eu podia sentir a raiva de quem quer que fosse a outra pessoa presente naquela sala.

-É mesmo? Bem, eu não me lembro de ter pedido a sua opinião. Tente ter alguém que se importa presa em uma cama de hospital e depois disso podemos conversar. - a resposta que veio daquela voz feminina foi afiada como uma faca, e tive que manter toda minha compostura para não deixar um sorriso escapar. O homem ali dentro pareceu incrivelmente sem graça com aquela resposta que recebeu e deveria mesmo, independente do contexto daquela conversa.

-Olha, eu entendo, Yumi, mas eu sou o médico responsável por ela e infelizmente o diretor quer uma resposta. E eu não posso ficar ocupando um quarto desse hospital pra sempre, mesmo que ela seja Psique e a pessoa mais importante do mundo pra você. Sabe que eu não posso. - ele retrucou, o que fez a médica suspirar, aquela sua raiva se dissipando.

-Não é fácil do jeito que você acha que é. - ela resmungou.

-Eu sei que não. - ele retrucou. -Por isso vou te dar o tempo que precisa. Vou te deixar a sos para tomar uma decisão, Yumi. Mas preciso de uma resposta no final do dia. Você sempre tem a opção de a transferir para um outro lugar, mas será que vale a pena prolongar para sempre isso, Yumi? Se em três anos não foi possível achar algo capaz de curar o efeito dessa individualidade, eu realmente não sei que caminho podemos tomar para descobrir.

-Só... Me dá um tempo. - a mulher retrucou. -Me deixe sozinha cinco minutos.

Escutei a porta se abrir e se fechar, e tive que conter o susto quando uma mão macia tocou a minha com delicadeza e suavidade. Ainda assim, fingi estar dormindo, sentindo toda a tristeza dela se espalhar pelo quarto.

-Eu queria que pudesse me dizer o que fazer, como sempre fez. Eu deveria te deixar ir? Ou deveria continuar a lutar por você? Sabe, a verdade é que nenhum de nós aguenta mais te ver assim. Principalmente o Fuyuki. Os dias são difíceis sem você. Mas se precisar mesmo ir, eu entendo. Todos nós entendemos. Eu só quero que encontre a paz, seja ela onde for.

Não sabia porque as palavras dela faziam meu coração apertar tanto, mas faziam. Senti vontade de apertar de volta sua mão e a consolar, mas mantive meus olhos muito bem fechados até que o calor de sua mão abandonasse a minha e a porta do quarto fosse aberta e fechada mais uma vez.

Minha mente latejava com tanta informação e confusão. Eu não sabia o que estava acontecendo ali, eu não sabia o que deveria fazer e nem como tinha parado naquela situação. A única coisa que eu sabia, era que a ansiedade crescente em meu peito gritava para que eu desse o fora daquele lugar. E que fosse para o mais longe possível.

Por isso que, assim que tive total certeza que todos estavam longe dali, me joguei para fora da cama. Eu tinha esquecido que meu corpo estava funcionando muito mal, por isso fiquei assustada quando cai com um baque no chão, soltando um palavrão baixo. Massageando com força o braço onde eu tinha batido, percebi que aos poucos meu corpo estava voltando a fazer suas funções. Eu sabia que muito provavelmente isso se devia a minha individualidade ligada ao meu cérebro e o quão forte ela era. E não demorou muito para que eu conseguisse me manter fixa de pé, começando a vasculhar pelo quarto.

Aquele quarto era simplesmente deprimente; tudo em tons de branco de gente doente. Um incômodo se instalou dentro de mim e eu só sabia que precisava cair o fora daquele lugar antes que qualquer pessoa aparecesse ali. Por isso fiquei aliviada quando achei uma mochila preta dentro do banheiro que tinha dentro do quarto. Estava com o nome daquela médica, mas não me importei muito antes de tirar a calça, a camiseta e o par de tênis que estava ali dentro. E para minha sorte, tudo serviu perfeitamente em mim. Inclusive agradeci aos deuses pelo boné preto ali dentro, que escondia parcialmente meu rosto. Assim seria mais fácil de escapar daquele pesadelo de lugar.

O hospital estava agitado quando coloquei os pés para fora do quarto, e ninguém pareceu reparar muito em mim. Os que passavam na minha direção, eu simplesmente abaixava a cabeça para dificultar a visão do meu rosto. Não sabia se minha individualidade estava no seu auge e o quanto eu conseguiria usar ela.

Dei alguns passos, testando a força de meus ossos e musculos. Já estavam bem melhores do que quando eu acordei, e novamente percebi o quão forte minha individualidade poderia ser. Eu não precisava me preocupar muito com aquilo, só precisava de força o suficiente para sair daquele hospital e sumir de uma vez por todas.

Não foi difícil passar pelos médicos, pois pelo que entendi, um caso grave tinha chego na emergência e todos estavam correndo de um lado para o outro. Em pouco tempo, eu já estava na porta, passando para o lado de fora.

O sol queimou meu rosto quando eu sai, me fazendo piscar diversas vezes até me acostumar. Era como se eu não sentisse seu calor há anos, e a julgar o tempo que fiquei naquela cama, bem, eu tinha mesmo. Senti um pânico crescente em meu peito, fazendo o ar faltar e o desespero tomar conta; tudo parecia diferente e caótico, e eu não fazia a menor ideia de onde eu estava.

Aliás, eu não fazia ideia de muitas coisas.

Eu sabia que me chamava Atsuko.

Que eu tinha habilidades psíquicas e como deveria usá-las.

Mas o que mais tinha para saber além disso?

Era como se existisse uma sequência interminável de nós dentro da minha mente que estavam sendo impossíveis de desamarrar, mesmo que eu tivesse aplicado meus dons para tentar fazê-lo. Mas, novamente, eu não estava preocupada com isso naquele momento. Eu queria sair correndo o mais rápido possível. O desespero crescendo em meu peito só me fez ter mais certeza ainda disso.

Quando me virei para fugir daquele lugar, esbarrei com força em algo, caindo no chão e desmontando igual lego, de uma forma absurdamente patética até mesmo para meu corpo frágil e fraco. Soltei um palavrão, tentando recuperar o boné perdido, minhas mãos tremendo por conta da descarga de adrenalina.

-Ei, presta mais atenção! - a voz estava irritada, mas seus sentimentos foram perdendo intensidade conforme o horror e o choque tomavam conta. Ergui a cabeça apenas o suficiente para fitar olhos vermelhos como sangue. A mulher de cabelos escuros me envarava como se estivesse de frente para um fantasma, seu rosto perdendo toda a cor.

Ela estava claramente em choque, o que eu achei ótimo, pois me aproveitei disso para entrar em sua mente sem hesitar. Eu não era burra; se ela estava em choque daquela forma, de algum lugar ele deveria me conhecer. E era exatamente aquilo que queria descobrir em sua mente.

Memórias confusas me atingiram em cheio, uma onda de emoções diversas, e tudo ficou ainda mais confuso quando eu vi que em suas memórias eu estava lá. Amigas; nós duas éramos amigas. Aquilo me pegou tão de surpresa que perdi o controle de sua mente, deixando que ela pegasse de volta.

-Saí da minha cabeça! - ela rosnou irritada, conseguindo me colocar pra fora. Eu estava tão atordoada que deixei; deveria tê-la impedido, mas não o fiz. Deveria tê-la parado quando ela entrou no hospital gritando e chamando pela tal Dr Yumi, mas não o fiz. Por uns segundos, apenas observei aquela mulher que provavelmente me colocaria em enrascadas correndo para o mais longe possível de mim.

Aproveitei aquele momento de distração para me esconder. Eu sabia que não conseguiria ir muito longe com meu corpo fraco e debilitado, mas eu ainda tinha minha individualidade para me manter de pé e me enfiei no beco mais próximo, mas não longe o suficiente. Eu ainda conseguia ver a porta do hospital. Apenas observei aquela mulher aparecer mais uma vez do lado de fora, acompanhada de seguranças e enfermeiros, gritando meu nome.

Meu coração batia forte dentro de meu peito com aquela confusão. Quem era ela? Quem era eu?

Destrua tudo em seu caminho, Psique.

Eu queria gritar enquanto pressionava as mãos contra minha cabeça. O que era aquela voz que fazia minha individualidade pulsar e querer rasgar o mundo em dois? Que fazia minha pele formigar com desejo de ver tudo explodir? Que me dava a certeza que eu poderia destruir tudo em um estalar de dedos se me permitisse?

Não consegui controlar a onda de poder que escapou de dentro de mim, destruindo todos os vidros dos prédios ao meu redor, fazendo as pessoas da rua gritarem no mais puro desespero, sem saber de onde aquele ataque tinha vindo, se vilões estavam ali, o que estava acontecendo. Por um segundo, me senti péssima. Mas aquilo rapidamente passou, pois foi nesse momento em que aquela mulher me achou. E que o primeiro super herói apareceu, me fitando sem demonstrar nenhum tipo de sentimento.

Eu não conseguia me lembrar de nada, mas eu sabia quem ele era. A raiva crescente por super heróis cresceu em meu peito, minha individualidade estalando para atacar

Aquele herói era conhecido como Shoto.

E se era um herói, era um inimigo.

O meu ataque o pegou totalmente de surpresa, notei isso quando Shoto nem mesmo se defendeu da onda psíquica que o atingiu, o fazendo cair dois quarteirões para frente, só conseguindo frear quando usou seu gelo. A mulher ao seu lado deu um grito, seus olhos se arregalando no mais puro horror. Queria dizer que ela não precisava ficar assim, pois meu problema não era com ela, mas ela me fitava como se estivesse tendo a porra de um pesadelo.

-O que você tá fazendo?! - uma voz estridente gritou bem atrás de mim. Eu também sabia quem era o dono dos olhos vermelhos me olhando em confusão. Outro herói; porque eles apareceram tão rápido? Não era pra ser assim!

Pelo menos Dynamight teve a decência de desviar do meu ataque, diferente de Shoto. E atacar de volta, lançando uma explosão na minha direção, mas aquilo só serviu para me fazer rir enquanto criava uma barreira forte o suficiente para sua explosão parecer uma biribinha.

-Ah, por favor! Achei que heróis deveriam fazer melhor que isso! - eu cuspi, erguendo a mão e fazendo cacos de vidro se erguerem. Atirei todos em direção a Katsuki Bakugo, como se fossem tiros, em uma velocidade impossível de ser desviada. Que ele morresse logo de uma vez!

Dynamight soltou uma explosão tão grande e barulhenta que fez todos os cacos derreterem. Mas ainda assim, alguns chegaram a cortá-lo no rosto, deixando gotas de sangue em sua pele. Seu momento de choque e horror foi o que me fez ver a brecha que precisava para acabar com suas gracinhas pra cima de mim.

Eu estava pronta para ataca-lo mais uma vez quando um choque percorreu minha coluna, me fazendo dar um grito de dor e cair de joelhos. Era como se cada parte dos meus nervos estivesse sendo cutucada e ficando em estado dormente, e mesmo que eu quisesse e ordenasse, meu corpo não conseguia se mover.

Consegui erguer a cabeça o suficiente para ver a mulher de olhos vermelhos me fitando com a mais pura fúria, com um teaser em suas mãos, pronta para usar ele em nim mais uma vez. Provavelmente ela não tinha individualidade nenhuma, e ainda assim se arriscaria contra alguém que tem e muito mais forte que ela? Que coisa mais estúpida de se fazer.

-Se tocar no meu marido mais uma vez, eu te mato. - ela rosnou irritada. Que péssimo gosto dessa coitada... Como éramos supostamente amigas? -O que deu em você, porra?!

-Azami, sai daqui, caralho! Liga pro Fuyuki, agora! - Dynamight gritou, mas era tarde demais. Em um movimento rápido, um segundo de sua distração, eu já tinha aquela minhas mãos em seu pescoço. Ela arfou, chocada, engasgando com a própria saliva por um instante.

-Se você mexer um músculo, eu quebro o pescoço dela. - falei calmamente, olhando os dois heróis que estavam consideravelmente próximos de mim. Explosões na mão de Dynamight; fogo na mão de Shoto. Dei um sorrisinho; aquilo seria divertido. -E eu não quero fazer isso com ela.

-O que acha que tá fazendo, sua imbecil?! - Dynamight gritou, sua individualidade pronta para estourar. -Juro por Deus, se não soltar ela, eu vou...

-Vai o quê?! Me matar?! Vai fundo. - falei com um meio sorriso, apertando mais o pescoço dela em minhas mãos. Aquela altura, já tinham se aglomerado algumas pessoas para ver que merda estava acontecendo.

-Solta ela, Atsuko. - Shoto Todoroki disse, me fazendo o olhar com raiva e vontade de fazer seus neurônio fritarem.

-Não fale meu nome como se me conhecesse!

-Ele conhece, sua idiota do caralho! - a mulher gritou, nem um pouco assustada por eu estar com as mãos em seu pescoço. A raiva dentro dela chegava até a ser palpável, o que me pegou totalmente de surpresa. -Ele é seu marido, você perdeu a cabeça?! Cadê a Yumi, porra?!

Mas que porra essa idiota tá falando?! Como se isso sequer fosse possível! Dei uma risada cheia de sarcasmo para ela, o que significa serviu para deixar a mulher ainda mais irritada comigo.

-Usa sua individualidade, sua puta burra! - ela rosnou. -Eu não tô mentindo. Se você é tão fodona assim, vai fundo e olha.

E, por Deus, eu fiz exatamente isso, atravessando a barreira em sua mente e observando tudo o que ela queria que eu visse. Foi como tomar um soco no estômago ao perceber que, não, ela não estava mentindo. Eu era casada com um herói.

Naquele momento, a empurrei para longe de mim e cambeleei pra trás, levando as mãos para minha cabeça latejando de dor. Era como se duas memórias estivessem entrando em conflito, causando um imenso caos dentro de mim mesma. Qual era a de verdade? Qual era a de mentira? O que eu deveria fazer? E o que deveria sentir?

Você precisa acabar com isso, Psique.

O poder psíquico que explodiu de dentro de mim foi forte o suficiente para mandar longe todos ao meu redor. Só não causou um impacto maior em Shoto pois ele usou seu gelo para amortecer parte do impacto, o que foi de fato inteligente. Quase como se conhecesse cada nuance do meu poder e, sendo honesta, talvez conhecesse. E era esse talvez que estava me matando. Que fazia minha mente entrar em combustão enquanto meu corpo queimava com o esforço que eu estava fazendo sob meus ossos fracos e instáveis. Minhas mãos tremiam e eu não sabia dizer se era de exaustão ou pelo desespero. Aquela voz irritante na minha mente me dizia para destruir tudo ao meu redor. Mas meu coração me dizia outra coisa.

Nunca tinha me sentido mais perdida. Não saber o que estava acontecendo em sua própria mente era um merda. Eu era uma telepata! Deveria ser capaz de lidar com aquilo. Mas não sabia como. E ver todos me olhando com cautela, como se decidindo qual passo tomar a seguir, só servia para me deixar com raiva e irritação. Por que eles ainda não tinham me colocado contra o chão e me prendido de uma vez por todas?

Mas não. Dynamight estava agarrando aquela mulher contra si como se sua vida dependesse daquilo, como se eu fosse a matar a qualquer instante. Bem, eu se fato a tinha ameaçado, mas não faria aquilo! E Shoto estava me encarando com aqueles olhos heterocromaticos, e apesar da serenidade em seu rosto, a posição de ataque e os músculo tensos me diziam outra coisa.

Me preparei para acabar com aquilo logo, de uma vez por todas. Eu precisava sumir dali o mais rápido possível! Para longe daqueles heróis e de toda aquela merda. E foi por isso que acumulei todo o meu poder, preparada para criar uma ilusão forte o suficiente para me apagar do campo de visão de todos ao meu redor. Mas minha atenção foi totalmente desviada um segundo depois;

-Mas que porra tá rolando aqui? - a voz era descontraída, apesar de todo o rastro de destruição que havia sido deixado naquela rua e nas pessoas aglomeradas em desespero. Havia apenas a mais pura curiosidade e surpresa, e eu me virei para fitar o dono daquela voz. E o que eu dei de cara, foi mais um par de olhos heterocromaticos, me encarando sem nenhum receio, surpresa ou choque.

Muito pelo contrário, quem ficou em choque fui eu. Porque olhar para aquele homem de cabelos loiros, apesar das duas cicatrizes imensas que marcavam seu rosto, era como olhar para um espelho. Porque ele era como uma versão masculina minha! Aquilo me pegou tão de surpresa que me vi arregalando os olhos. Quem caralhos era ele?

Como se pudesse ler minha mente, ele deu uma risada, arqueando uma sobrancelha loira para mim, parecendo verdadeiramente estar se divertindo com a situação. Aquilo só me fez ter mais vontade de socar sua cara; o vi dar um passo em minha direção e fiz menção de atacar, o que o fez parar por um segundo para me analisar. Mas ele riu. Riu!

-Ah, por favor, não acha que tá muito velha pra isso não? - ele retrucou, cruzando os braços sobre o peito. Mas que audácia do caralho! -Vamos lá, já deu de show, né? Quem foi que fudeu com sua mente?

-Com quem acha que você tá falando seu pirralho sem educação? - eu disse cheia de raiva, minha telepatia fazendo tudo ao redor dele levitar. Mas ele não pareceu impressionado; apenas ergueu uma mão e automaticamente tudo o que eu tinha levantado caiu no chão mais uma vez. Pisquei, perplexa.

-Com a minha linda mãe. - ele disse piscando os olhos em falsa inocência. Escutar aquilo era como tomar um soco no estômago. Eu não só tinha casado com um super herói, mas tinha um filho com ele? Pior, um que claramente era um herói profissional? Só podia ser piada! -Alguém mexeu com a mente dela. Tem cinquenta mil nós dentro. - ele não estava falando para mim, mas foi nesse momento que percebi o toque praticamente imperceptível da individualidade dele na minha cabeça. Horrorizada, o tirei lá de dentro, fechando a porta. Aquilo o fez rir. -Ah, me poupe. Você não lembra nem quem é, acha que só isso vai ser suficiente?

-Fuyuki, para de brincar! Ela é uma bomba relógio, porra! - a voz de Dynamight era irritante e eu tive vontade de explodir ele, isso sim! -Pra que serve esse seu poder se não usa, seu pirralho irritante?!

-Ela não pode ficar muito tempo assim, Fuyuki, ela está totalmente desnutrida! - me virei o suficiente para ver olhos da mesma cor que o meu e uma garota com cabelos vermelhos e mechas brancas me olhando com horror.

-Eu sei, Yumi! E não fode. Não é porque vocês não conseguiram conter ela que eu não consigo. - ele retrucou e, sem mais nem menos, voltou a andar na minha direção.

Dessa vez, eu não fui pega de surpresa. Com o poder que eu havia acumulado enquanto eles ficavam de papinho, o lancei com todas as minhas forças na direção dele. Quem me garantia que ele realmente era meu filho e que aquilo não era só mais alguém mexendo em minha mente?!

Aquela onda poderosa de poder psíquico teria acabado com qualquer pessoa; era forte o suficiente para matar. Mas aquele herói apenas ergueu o braço para bloquear, e meu poder passou por ele como se fosse nada. Absolutamente nada. Fiquei tão perplexa que nem mesmo notei o quão perto ele estava de mim até suas mãos estarem na minha cabeça, me forçando a encarar seus olhos.

-Foi mal, mãe. Mas isso até que é divertido. - ele riu, e sem mais ou menos, escancarou minhas defesas mentais e invadiu minha mente, travando todo e qualquer movimento que eu pudesse vir a tentar fazer.

E eu nem mesmo tive forças para lutar contra seu controle enquanto ele ia em cada um daqueles nós e os desfazia com certa dificuldade.

E quanto mais fundo ele ia na minha mente, mais claro tudo ficava.

Puta.

Que.

Pariu.

-Ai meu Deus! - gritei, horrorizada, meus olhos se arregalando. Três anos. Eu tinha ficado apagada por três anos! E alguém tinha mexido na porra da minha mente enquanto isso. Com as mãos tremendo, segurei o rosto de Fuyuki, meu filho. Diferente da última vez que eu o vi, ele estava bem. E estava vivo. -Como você fez isso, garoto?!

Como ele sequer tinha entrado na minha mente se seu poder era telecinese?!

Fuyuki deu uma risada sincera.

-Oi, mãe.

Boa noite povo bonito!
Tudo bem com vocês?
Espero que sim!

Pra quem queria saber o
que caralhos tinha acontecido
com a Atsuko no final de
Hot Chocolate, aqui está!

E pra quem não leu Hot Chocolate
e tá totalmente perdido, prometo
que vão entender na psrte dois!
ou é só ler Hot Chocolate hehe

Dividi o capítulo em duas partes
porque eu tava doida pra postar
logo e ainda não acabei a parte dois.
Que saudades eu tava da Atsuko!
Espero que gostem!
Bjos na bunda
~Ana

Data: 08/05/24

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