13 | wcs X sweet nothing
🚨 DEPOIS DE UM ANO, LUNA RESSURGE E ATUALIZA A FANFIC MAIS ESQUECIDA DO QUE O ÁLBUM EVERMORE DA TAYLOR SWIFT! 🚨
Oi, amoresssss! Eu demorei a voltar, mas eu sempre volto. Como muitos de vocês me pediram o capítulo do final da AFC, trouxe ele aqui pra vocês depois de muito perrengue. Espero que gostem e, POR FAVOR, NÃO DEIXEM ISSO FLOPAR SE EU NÃO EU ME MATO. Obrigada.
⚠ ️ IMPORTANTE: atenção aos gatilhos.
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PARTE 1
Na penumbra da noite de uma angústia incessante, um tremor perturba o corpo do tight-end do Kansas City Chiefs, deitado na cama ao lado da mulher que mais amava em sua vida.
Seu corpo ainda estava estático, enquanto as mãos formigavam e o peito doía, apontando a ansiedade que crescia em seu corpo e marejando os seus olhos, desejando apartar de si aquela agonia tão presente e devastadora.
Eu vou morrer.
É o único e principal pensamento que cruza a sua mente, tentando controlar a respiração entrecortada e desejando não pensar sobre o que havia acabado de presenciar, em sua mente. Ele já era um homem adulto, não podia sucumbir às baboseiras e dramas como se encontrava fazendo naquele momento.
Quando olhou para o lado, observando a imagem da loira, tranquila e absorta em seu próprio sono, ele a invejou por alguns segundos. Depois, buscou se tranquilizar ao lembrar que, ao menos, tinha ela ao seu lado. Era isso o que o motivava a seguir em frente, o motivava a lembrar que não podia desistir.
Taylor era o seu alicerce e ele também deveria ser forte por ela.
Mas então, ao fechar os olhos, Travis sentiu as pálpebras trêmulas e os arrepios constantes trazerem um frio descomunal para a sua pele, o que não foi capaz de fazê-lo conter as lágrimas. Reprimindo qualquer barulho que pudesse fazer, ele comprimiu os lábios, na tentativa de não fazê-la acordar e presenciar aquele episódio de crise, mas já era tarde demais.
— Babe? — com a voz rouca e sonolenta, Taylor o chamou.
Ele continuou em silêncio, querendo crer que ela estava apenas murmurando e que logo voltaria a dormir despreocupadamente como antes. Porém, ela abriu os olhos e, assim que viu o brilho sutil das lágrimas que Travis tentava a todo custo limpar de seu rosto, a cantora despertou no mesmo instante.
— Travis?! — preocupada, Taylor levou sua mão até o peito dele, confusa por encontrá-lo naquele estado, se assustando ao sentir as batidas fortes e aceleradas do coração dele debaixo de sua palma. — Meu amor, o que aconteceu?
Rapidamente, a loira afastou os lençóis e buscou alguma resposta na expressão do rosto do atleta, mas ele continuava imóvel, sem dizer uma só palavra e com a respiração acelerada, ao mesmo tempo em que curta e ofegante.
— Babe, olha pra mim… — Taylor sentou-se na cama, segurando o rosto dele entre as mãos e limpando as suas lágrimas. — Você teve algum pesadelo? Está se sentindo mal?
— Vá voltar a dormir, princesa. — ele segurou com delicadeza as mãos dela, beijando suas palmas e sentindo o gosto de suas próprias lágrimas na pele dela. — Eu estou bem, só preciso de um momento.
— Não, meu bem. — ela negou com a cabeça, esfregando os próprios olhos e mantendo-se desperta para verificar o que de fato estava acontecendo. — Não vou voltar a dormir até ter a certeza de que você está bem.
— Taylor… — o atleta virou o rosto, erguendo-se para encostar as costas na cabeceira da cama.
— Eu entendo se não quiser conversar agora, mas me deixe só ficar aqui… — ela pediu com afeto, sentindo o coração apertado ao ver a forma como ele buscava reprimir o próprio choro. — Me deixa te ajudar?
Então, percebendo que não conseguiria fugir do olhar atento dela e também não querendo causar mais preocupações, ele assentiu. Taylor se arrastou para o lado de Travis e, com carinho, o puxou para um abraço suave e atencioso.
Com o rosto apoiado no peito dela, Travis se sentiu instantaneamente aliviado, pois as mãos dela acariciavam seu couro cabeludo e quebravam a tensão de seu corpo, retirando o peso de seus ombros e o seu coração.
— Isso, meu amor, relaxe… — Taylor sussurrou, observando o movimento carregado que ele fazia ao respirar fundo. — Eu estou aqui com você.
O coração dele, por outro lado, voltou a acelerar, sentindo os olhos inundaram novamente ao perceber sua vulnerabilidade diante dela.
Travis não queria que Taylor o visse naquele estado, não queria dar a ela o mesmo motivo para que Kayla o rejeitasse, embora soubesse que a mulher que o embalava em seus braços jamais poderia se comparar ao tormento que havia passado com a ex.
Porém, devido ao desespero que crescia em seu peito, a mente do atleta se turvou por completo e o seu impulso falou mais alto do que a coerência de sua própria consciência, tomando-a em um beijo que Taylor não estava esperando.
Os lábios dele, de início, repousaram com carinho sobre a boca dela e, naturalmente, Taylor correspondeu ao seu gesto de intimidade.
O que se seguiu após isso, entretanto, não foi nada do que ela imaginava.
Rapidamente, Travis a tomou em um beijo urgente, o que não a incomodou de início, mas a deixou alarmada. Ela até tentou se afastar, mas os lábios dele surtiam um efeito poderoso sobre ela, o que a ajudava a ceder, mas algo em si falou mais alto.
— Babe, o que você está fazendo? — Taylor buscou ar, sentindo as mãos dele acariciando desinibidamente as suas coxas.
— Tentando relaxar. — perdendo-se em sua própria confusão, Travis afundou seu rosto entre o pescoço da loira e a capturou com um beijo envolvente.
— Travis… — transitando entre o desejo crescente e a necessidade de ser racional, Taylor não conseguiu se doar ao momento, sentindo a tensão de Travis invadir seu próprio corpo. — Travis, não.
As palavras dela o fizeram travar no mesmo momento.
Quando o atleta ergueu o rosto para olhar nos olhos de Taylor, ela estava confusa, assustada e apreensiva. Logo, no mesmo instante, o arrependimento bate em seu peito e toda a dor se transforma em um martírio ainda pior, ao perceber o que havia acabado de fazer.
— Você não está bem, Travis. — ela afirmou com certeza, passando as mãos pela própria camisola a fim de se ajustar novamente. — Não vamos fazer nada com você assim.
— Taylor, me desculpe, eu… — as palavras dele foram sufocadas pelo próprio choque, se sentindo um monstro por ter coagido-a. — Me desculpe.
— Me escuta, Babe. Eu não sei o que exatamente aconteceu, mas você está vulnerável agora e não precisamos consertar isso com sexo. — observando o pânico nos olhos do namorado, Taylor rapidamente discerniu que as intenções de Travis não eram maldosas, e sim uma tentativa de escape para os próprios sentimentos. — Nosso corpos não merecem ser usados como um meio de compensação, Travis. Seja lá o que for, não precisa ser assim. Não entre nós.
Taylor voltou a abraçá-lo, percebendo como ele havia se tornado estático, deixando beijos em seu rosto e se compadecendo da fragilidade que Travis lhe demonstrava. Era a primeira vez que o via naquela situação, não sabia exatamente como abordá-lo, mas faria o possível para que ele se sentisse seguro da mesma forma que ele sempre a fazia se sentir.
— Me desculpa… — ele finalmente se move, retribuindo o beijo dela, desta vez, em sua bochecha. — Eu não queria ter feito isso.
— Tudo bem, falamos disso depois. — Taylor o envolveu com mais força em seus braços, deixando que ele se aconchegasse em seu corpo até sua respiração ser normalizada. — Vamos cuidar de você agora, pode ser? Que tal se a gente descer pra fazer aquele chocolate quente que você gosta ou, se preferir, tentar voltar a dormir? Seja o que for, não vou sair do seu lado.
— Não acho que irei voltar a dormir. — Travis relatou com sinceridade, sentindo-se mais desperto e temeroso do que nunca para voltar a fechar os olhos. — E eu não quero te atrapalhar, pode voltar a descansar. Eu vou ficar bem, princesa.
— Se você não estiver bem, eu também não fico, Travis. — a cantora envolveu as mãos dele entre as suas, sentindo um calafrio ao notar as palmas suadas e trêmulas do tight-end. — Agora pare de ignorar o que está havendo, não é você que sempre reclama da minha teimosia? Eu te amo, não vou deixar você lidar com isso sozinho.
— Tudo bem… — ele cedeu, testemunhando o medo e a preocupação genuína nos olhos dela, desejando que ela ficasse tranquila sobre ele. — Eu também te amo, mais do que tudo.
— Eu sei. — Taylor lhe lançou um sorriso divertido, tentando descontrair o momento tenso, e o puxou pelas mãos. — Venha, vamos descer.
Com a motivação dela, Travis finalmente encontrou forças para se levantar e segui-la, bocejando o caminho inteiro até chegar ao banheiro, onde lavaram as mãos e ele pôde lavar o rosto, observando por poucos segundos o assombro em sua face, maldizendo a si mesmo por estar tão abalado quanto realmente parecia.
Taylor se mostrou compreensiva o tempo todo, além de solidária e prestativa, sempre com um sorriso gentil nos lábios e se apressando a preparar o chocolate quente para os dois, na tentativa de fazê-lo sentir a vontade. Enquanto isso, Travis ainda permanecia em silêncio, sentado na mesa como uma criança que espera com disciplina à hora de sua refeição.
Ele a observava em silêncio, pensando no quão importante era tê-la ali, ao seu lado.
Travis sabia que, em alguns dias, Taylor precisaria viajar para cumprir suas obrigações de trabalho e teria que deixá-lo, já que o atleta também tinha suas obrigações com o time e ambos sofreriam a falta um do outro, o que poderia lhe impulsionar a viver muitos mais episódios de crise se ela não estivesse ali ao seu lado.
A rotina costumeira não era de todo ruim, Travis era apaixonado pelo o que fazia, mas sentia o esgotamento e a pressão psicológica da autocobrança lhe arrancando, aos poucos, o seu real prazer em estar naqueles estádios junto com os seus colegas, realizando o seu sonho.
Porém, ali estava a mulher que amava, incentivando-o a buscar o melhor de si, disposta a segurá-lo pelas mãos sempre que uma insatisfação o fazia perder o ânimo, acreditando nele muito mais do que Travis poderia acreditar em si mesmo. A ideia de tê-la longe de si tornou-se angustiante, mas quando seus olhares se cruzaram, o coração dele se acalmou.
Ela ainda estava ali.
Desde o último relacionamento de longa data, Travis havia se tornado bom em suprir suas necessidades carnais seja com quem lá fosse, mas havia decidido fechar o seu coração e não buscar mais um romance que ele acreditava sequer existir, até que Taylor surgiu em sua vida com o seu universo glitteroso, seu perfume doce e aquela voz encantadora.
Ele não podia resistir à ela.
Taylor o havia apresentado uma vida repleta de possibilidades e ele podia notar como aquela relação havia sido crucial para que os dois saíssem de suas zonas de conforto e buscassem algo mais além, para voltar a acreditar e viver, de repente, uma nova e desconhecida experiência de amor.
Um amor que, a cada dia, se fortalecia ainda mais.
— Amor, está tudo bem? — Taylor se aproximou com as duas xícaras, pousando-as na mesa entre os dois. — Estou te sentindo um pouco distante.
— Sonhei com a minha aposentadoria. — quebrando o seu silêncio, o atleta sente a necessidade de se explicar, querendo diminuir o peso que havia trazido para os ombros de Taylor ou, simplesmente, apenas se esvaziar. — Na verdade, começou assim. Depois, vieram alguns flashes do meu passado e… de vez em quando, ainda me afeta. Não gosto de lembrar daquele tempo, então sempre acordo um pouco perturbado quando acontece.
Taylor inclinou a cabeça, demonstrando apoio para que ele prosseguisse, ouvindo-o atentamente a cada detalhe que ele lhe compartilhava. Antes de seguir, porém, Travis provou o líquido que fumegava na xícara e sorriu com satisfação.
— Obrigada, princesa. Está perfeito. — ele agradeceu, sentindo o coração aquecer ao notar o brilho tímido nos olhos dela. — Sonhar com a aposentadoria se tornou um paralelo um tanto quanto desconexo, mas angustiante. Sei que, algum dia, essa decisão será inevitável, mas… eu o sinto muito perto, Taylor. Não faço ideia do quanto mais irei conseguir aguentar esse processo tão cansativo, embora eu não me importo em ficar cansado, em me desgastar. Mas, para o time, eu sei que isso não ajuda. Sinto que não estou mais prestando para eles, meu desempenho já não é mais o mesmo, eu não tenho o mesmo vigor de antes e, mesmo que esse cansaço e a necessidade de parar seja uma consequência vital da vida, eu não quero fazer isso. Esse é o meu propósito, é pelo que eu escolhi viver, mas está fugindo das minhas mãos e eu não posso fazer mais nada. Eles não precisam mais de mim, não vai demorar até que todos percebam isso e, enfim, eu tenha que ir embora.
— Travis, todos eles precisam de você. — com o coração em frangalhos, Taylor arrastou suas mãos para encontrar as dele e o olhou no fundo dos olhos. — Infelizmente, meu bem, sabemos que não vamos poder fazer isso a vida inteira. Seria sobre-humano aguentarmos tudo o que fazemos até a nossa velhice, a juventude não é eterna, embora os sonhos sejam persistentes até o dia da nossa morte. Entretanto, o importante é aproveitar a chance da juventude para fazer aquilo que nos importa, para chegar em uma idade avançada e sentir que, ao menos, valorizamos cada segundo. E você e eu fizemos isso, Travis, com o maior esforço e dedicação possíveis. Ao invés de lamentarmos o quanto gostaríamos de ter feito mais, não seria melhor celebrar o quanto fomos úteis e relevantes no que nos disponibilizamos a fazer?
— Você, com certeza, tem muito mais a celebrar do que eu, Taylor. — ele soltou o ar, cansado e sem um pingo de esperança para esboçar à ela. — Mesmo que algum dia você pare de cantar, suas músicas vão continuar no repertório maciços de fãs que você construiu ao longo da carreira. Eu não sou tão relevante assim, princesa. Meu legado vai ser esquecido assim que um garoto jovem, como eu era no passado, assumir a minha posição até ficar velho, cansado e não ter utilidade alguma a não ser dar pitacos nos jogos. Eu não quero isso pra mim.
— Eu te amo, mas odeio sua autopiedade. Se vamos mesmo discutir isso, não se coloque como inferior, precisa lutar pelo seu valor, Travis! Você acha que eu também não me sinto dessa forma? Talvez você realmente não tenha noção do quão difícil é se manter relevante nessa indústria tão opressora e sexista, quando você tem 35 anos e não é mais um rostinho bonito para que os homens disfarcem o seu assédio como admiração, as coisas mudam e mudam para pior. — mesmo entendendo o ponto de vista e o sentimento de insuficiência de Travis, Taylor não estava disposta a apoiá-lo naquela narrativa. Precisava ser racional para não deixá-lo se autodepreciar daquela forma tão repugnante. — Entretanto, eu não canto pra viver, eu vivo pra cantar, Travis. E eu sei que vai chegar um momento que eu não vou mais ter tanta garra para ocupar meu espaço entre outros novos e grandes artistas, mas, quando eu parar, não quero ter esse sentimento de que precisei chegar ao fim por não ser mais útil ou relevante e sim porque eu cumpri o meu propósito como artista e pessoa. Quero olhar pra tudo isso e pensar que, mesmo com todos os altos e baixos, eu aproveitei cada segundo. Não deixe esse sentimento depreciativo tomar conta de você, Babe, eu sei o quão desesperador é perder a fé em si mesmo, mas não posso deixar que se machuque tanto com seus próprios pensamentos.
A boca dela disparou rapidamente os sentimentos que gritavam em seu coração.
Travis era uma das pessoas mais especiais de sua vida, era o homem pelo qual ela era perdidamente apaixonada, o homem que a havia motivado inúmeras vezes a erguer a própria cabeça, mesmo quando ela não sentia que podia fazer aquilo.
Ele era a sua força e, mesmo que estivesse confuso demais para aceitar as suas palavras, ela não iria desistir de fazê-lo voltar aos eixos.
— Quer que eu seja sincera mesmo? Os Chiefs são lendários, mas eles jamais conquistariam metade do que já têm se não fosse por você. Cada um de vocês exerce um papel fundamental pro time, mas sempre haverá um destaque para os mais resilientes. Você é tão atencioso, tão dedicado, Travis. É impossível não notar o quanto os seus colegas se espelham em você e na força que você possui. — fugindo da sua alta ética de empatia, Taylor o direciona uma sinceridade crua, o que leva Travis a compreender que ela não estava dizendo aquilo para massagear o ego dele, e sim porque realmente acreditava naquilo. — Não estou dizendo que eles não são capazes de seguir sem você, ninguém é insubstituível… Mas você é incomparável. Não importa o tempo que passe, se você estiver ou não naquele campo, sempre haverá um pouco de você ali. Na maneira como eles se comportam, na disciplina dos jogos, o suporte emocional, você construiu tudo isso. E, acredite, ninguém vai roubar isso de você.
Ela apertou as mãos dele e Travis suspirou debaixo da proteção dela.
— Sempre me preocupei se algum dia eu realmente atingiria um sucesso tão grande ao ponto de ser lembrada mesmo na minha velhice e, quanto mais sucesso eu tenho, mais percebo que só alcançamos verdadeiramente o coração daqueles que nos entendem, que podem se enxergar dentro de nós. — Taylor continuou, dividindo seus sentimentos com ele. — É por eles que seremos lembrados e, se uma legião de homens suados não se lembrar de você, nós, as pessoas que te amam, a sua família, vamos estar aqui. Eu nunca vou me esquecer.
Os olhos azuis da cantora brilham de emoção e algo dentro de Travis se parte ao meio, mas de uma maneira bonita demais para que ele pudesse reclamar.
A forma com que ela o desarmava de suas próprias queixas, que o fazia olhar para dentro de si sem que o seu medo e as dúvidas fossem maiores do que a excelência que ele poderia oferecer no que fosse, em seu jeito de ser, sentir, amar e realizar, era único e devastador.
Taylor tinha o poder de lhe desfazer em pedaços e, em um segundo após, juntar todos os cacos e refazê-lo novamente.
— Me desculpe, não queria ter soado tão deprimente assim, eu sei que pra você também não é fácil. Mas isso não diminui a sensação, entende? — com os pensamentos mais organizados na mente, ele expõe com mais clareza para ela e Taylor assentiu em concordância. — Mas você tem razão, em tudo. Eu ainda posso fazer mais e, enquanto isso for possível, vou lutar para que seja o meu melhor. Só foi uma noite ruim, não é uma vida inteira.
— Eu tenho tanto orgulho de você, Travis… — com o coração mais tranquilo, Taylor se permite sorrir e suspirar de alívio ao vê-lo retribuir o sorriso em direção à ela. — E, por favor, quando houver uma noite ruim outra vez, lembre-se de que eu estou aqui pra você. Mesmo quando eu não estiver perto, me deixe saber, eu com certeza ficaria mais preocupado em saber que o homem que eu amo está precisando de mim e eu não estou ciente do que se você me privar de te ajudar. Você não é um problema, Travis.
Novamente seus olhares se cruzaram e, naquele instante, o silêncio se tornou ruidoso.
Os olhos de Travis pareciam marejados e Taylor se compadeceu pela insegurança que via brotar no semblante do namorado, sabendo que Travis tinha questões profundas demais e que raramente, pela falta de costume e suas próprias barreiras, ele as compartilhava.
— Eu te amo. — é o único que ele consegue responder, mas o suficiente para que ela estremeça por completo. — Pode vir aqui agora?
O sorriso dela cresceu e, afastando as cadeiras, Taylor automaticamente se lançou ao colo dele, recebendo o abraço apertado de Travis e o acariciando com beijos suaves do topo da cabeça do atleta, usando o amor como uma força para combater a vulnerabilidade que ainda fluía do coração dele, ouvindo-o murmurar em seus braços como um gato que ronronava ao receber carinho.
— Travis, eu sei que talvez agora não seja o momento mais apropriado, mas não irei conseguir ficar em paz guardando isso pra mim. Ela… — Taylor respirou fundo, mordendo os lábios ao sentir o medo da resposta que receberia ao tocar naquele assunto. — Sua ex te aceitava quando isso acontecia?
O corpo dele tremeu contra o dela e Taylor se arrependeu por um momento, mas seu coração martelava mais forte em buscar entender o que havia acontecido, minutos antes, quando Travis havia tentado disfarçar o que sentia e compensar o seu choque emocional com sexo.
Ele apenas assentiu e, quando Taylor ergueu o rosto dele, era como se Travis estivesse anestesiado, mas ainda existia uma dor reprimida nos olhos dele e ela percebeu.
— Isso era frequente? — sua pergunta soou dolorosa.
— Um pouco mais quando estávamos no fim do relacionamento. As coisas não estavam boas em nenhum aspecto pra mim e, não sei, talvez ela nem mesmo pudesse perceber que eu estava em crise. — Travis a respondeu, reprimindo o que sentia ao lembrar dos tempos passados. — Eu tentava disfarçar, tentar deixá-la longe disso. Kayla nunca foi exatamente uma pessoa compreensiva e eu não sabia me abrir, então eu também não insistia para que ele tentasse me entender. Ela gostava porque eu ficava mais enérgico e eu, por outro lado, só pensava em compensá-la por ter que lidar comigo naquele estado. E hoje…
— Você tentou fazer o mesmo comigo. — a dor aumenta e Taylor sente o coração afundar no peito.
Com pesar, Travis automaticamente voltou a se culpar pela forma que havia lhe abordado, deixando o seu desespero falar mais alto do que a sua racionalidade e quase cometendo uma atrocidade sem limites.
Porém, antes que pudesse passar mais tempo se martirizando, Taylor voltou a despertar a sua atenção.
— Travis, você tem noção de que sofreu um abuso sexual? — a voz dela soou baixa, preocupada e em choque. Ele, por outro lado, apertou os olhos, como se não pudesse crer do que ela estava falando. — Não há como alguém olhar pra você nessa situação e não enxergar que há algo de errado, vocês passaram anos juntos, ela com certeza sabia o que estava acontecendo.
— Não, Taylor, eu queria. — ele tenta soar firme. Embora sentisse na pele as consequências que aquele ato o trouxera, Travis não se achava no direito de se sentir mal por nenhuma delas. — Além disso, era eu quem procurava ela. Não houve um dia sequer que eu pedi pra ela parar, eu só queria acabar com aquilo logo, embora eu não sentisse prazer nenhum. Eu não me orgulho do que fiz, mas Kayla não tem culpa.
— Você acha que não foi um abuso porque você não negou, mas, em alguns casos, o consentimento não anula uma violência. — a cantora tratou de ser cuidadosa com suas palavras, mas naquele caso, Taylor compreendeu que precisava explorar um novo campo em seu relacionamento com o atleta, um onde eles precisariam revelar seus segredos e dores mais profundas. — Travis, eu nunca contei detalhadamente isso para alguém antes, mas eu confio em você… E eu realmente acho que preciso te fazer entender o que estou falando.
Taylor respirou fundo e fechou os olhos, tomando coragem para compartilhar um dos momentos mais confusos e dolorosos da sua vida. Embora aquele pedaço da sua história fosse explícito ao público, existiam camadas muito mais profundas que ninguém, nem mesmo a sua família, fazia ideia de que fossem verídicas.
Porém, ao abrir os olhos e notar a intensidade de sentimentos que se desenrolava entre ela e Travis, o carinho e a compreensão que sempre disponibilizaram um ao outro, Taylor assumiu que poderiam usar suas dores para encontrar uma cura. Ou, ao menos, para que não vivessem carregando aquilo sozinhos.
— Quando eu tinha 19 anos, eu me envolvi com um homem muito mais velho que eu; o que não só manchou a minha reputação, mas também me trouxe consequências pessoais horríveis de se lidar. — os olhos de Travis se arregalaram, mas ele a abraçou contra o corpo e a permitiu prosseguir, enquanto Taylor tentava se manter tranquila diante do assunto. — Entretanto, eu também queria. Eu disse sim. Eu nunca neguei. Mas eu era ingênua, era frágil e ele sabia disso. Antes de qualquer dano físico, com ou sem o meu consentimento, ele me violentou emocionalmente. A intimidade, os beijos, os toques… Isso foi apenas uma consequência.
Taylor sentiu o nariz umedecer, um sinal claro de que estava se emocionando negativamente, então pestanejou para afastar as lágrimas e se concentrou no olhar encorajador de Travis, sabendo que, por mais assombrada que ainda pudesse se sentir pelo passado, o presente estava ali para lhe mostrar que não precisava mais viver com medo.
— Talvez a sua ex não tenha o peso nos ombros de ter ouvido você dizer que não estava bem, que não queria fazer o que estava fazendo, mas ela sabia, Travis. — Taylor tornou a dizer com extrema convicção e Travis passou a enxergar a situação por outra perspectiva. — E você pode negar, mas eu sei que isso ainda te machuca, que te causa medo. Se não fosse assim, isso não teria se repetido hoje. Eu nunca te vi tão assustado como agora, Travis. E isso me dói.
— Eu não fazia ideia disso, eu sinto muito, Taylor. — os olhos de Travis começaram a expressar dor e um arrepio de medo e arrependimento subiu pela espinha dele. — Eu me sinto a pessoa mais horrível do mundo por ter tentado te tocar dessa forma…
— Não, você não é. — ela o interrompeu antes que ele continuasse, não era o seu propósito fazê-lo se sentir culpado. — Isso foi o reflexo de um trauma e você não insistiu quando eu pedi pra parar, você não fez nada de errado, Babe. Não se preocupe comigo agora, eu estou bem e eu sei que sempre vou estar segura com você, tudo bem?
— Eu não queria parecer fraco. — ele confessou por fim, juntando as peçass do quebra-cabeça de sua propria mente, percebendo a receptividade que ela o disponibilizava assim como o apoio. — Kayla reclamava da minha sensibilidade e eu me sentia um idiota toda vez que isso acontecia, então prometi nunca mais demonstrar tristeza ao lado dela. Eu sabia que era isso o que fazia ela se afastar de mim, que era o meu defeito. Depois que acabava, eu me sentia fora de mim, mas ela não parecia irritada, então eu acreditava que era o certo. Eu só queria te livrar disso…
— Babe, seus problemas não me fazem te querer menos. Não precisa ter medo de ser sensível demais ou não comigo, isso não muda o que eu sinto por você e nem mesmo a forma como te vejo. — Taylor o tocou no rosto e fez um desenho carinhoso com o indicador pela barba do tight-end, desejando que ele ouvisse aquelas palavras não de sua boca, mas diretamente do coração dela. — Quando eu me apaixonei por você, me apaixonei por tudo o que você é. Seu jeito bobo, seu coração, o jeito que você é chorão e sempre me faz sorrir mesmo no meu pior momento... Eu amo tudo em você, até as imperfeições que você acha ser um defeito. Para mim, todas elas fazem de você o homem dos meus sonhos.
Travis tomou uma das mãos dela e a beijou, sentindo-se, instantaneamente, mais leve. Taylor era a pessoa mais preciosa de sua vida e ele não tinha dúvidas alguma sobre aquilo, nem pelo o que sentia pela cantora e muito menos pela mulher incrível que ela era.
— Quanto a Kayla, ela jamais mereceu você, mas eu sei que não precisamos entrar mais em detalhes sobre ela, pelo menos não por agora. — demonstrando um claro desgosto, Taylor expressou sua indignação sobre a ex do jogador, mas deixou aquilo de lado para focar nele. — Eu só quero que saiba que nada do que aconteça entre nós, nos nossos momentos de dificuldade, vai me fazer te enxergar como um homem fraco ou sensível demais. Além disso, eu não estou namorando um troglodita! Eu adoro tudo isso… E você é o homem mais forte que eu conheço. Em todos os sentidos.
Os lábios dela tocaram carinhosamente a ponta do nariz do atleta e, movidos pela atmosfera de conforto e intimidade que só existia entre os dois, Taylor e Travis encostaram suas testas e trocaram uma respiração profunda e, logo em seguida, suave.
As mãos dele, grandes e acolhedoras, acariciaram com ternura as costas dela e os braços de Taylor o rodearam em si, mantendo-o perto e seguro. Então, suas bocas se tocaram e o mundo ao redor deles desapareceu por alguns instantes, assim como a dor e a tristeza.
Debaixo da proteção dos lábios um do outro, eles sabiam que nada poderia ser forte o bastante quanto o amor que sentiam e compartilhavam, de corpo, alma e espírito.
— O que seria da minha vida sem você? — Travis sussurra contra os lábios dela, sentindo a leveza atingir seu coração quando ela sorriu, afetuosa e corada. — Você é uma princesa, sabe disso, não sabe?
— Por você eu sou tudo, desde que eu seja apenas sua. — Taylor o beijou na bochecha, deitando a cabeça no ombro do tight-end e suspirando ao sentir as mãos dele subindo até a nuca e fazendo um carinho em seu couro cabeludo. — Você é o amor da minha vida, Travis.
O coração dele acelerou contra a pele dela e Taylor sentiu o corpo se aquecer, não de desejo, mas de pura ternura.
Ela continuou com ele em seus braços, enquanto repousava em seu colo e Travis se manteve tranquilo junto da companhia dela. Quando suas xícaras se esvaziaram completamente, ele a tomou nos braços e a carregou até o quarto novamente, onde eles se deitaram juntos e, já ao início do amanhecer, decidiram aproveitar mais algumas horas de sono na cama.
— Você está melhor? — Taylor perguntou com cautela, fazendo um carinho leve nos braços do atleta.
— Estou. você faz tudo ficar melhor, Taylor. — a voz dele soou branda e calma, o que tranquilizou a mente da loira, sorrindo envergonhada pelo elogio. — Acho que só entrei em estado de choque porque tudo está acontecendo ao mesmo tempo, você sabe, voltar para Louisiana está sendo desafiador para mim.
Sentindo-se muito mais a vontade, Travis continua a compartilhar seus sentimentos com Taylor, deixando de lado as vozes incessantes que faziam turbulência em sua cabeça para admitir, para ela, que tudo aquilo era demais para ele.
— Quero ter a oportunidade de provar a mim mesmo que eu superei aquela fase, que fiz valer a pena, mas sinto que estou tão preocupado com o meu futuro e com o que o destino tem reservado pra mim que acabo esquecendo o que preciso priorizar agora. — Travis comprimiu os lábios, lembrando-se da etapa mais desafiadora de sua vida e de como precisou se reerguer para consolidar a carreira. — A final da AFC, o super-bowl, New Orleans… Foi lá que eu vi o meu sonho se esvair das minhas mãos e agora posso ter a oportunidade de fazê-lo acontecer no mesmo lugar. Isso está me tirando das órbitas, mas eu fico feliz por ter você aqui pra me fazer voltar aos eixos.
— Eu sei como isso afeta a sua ansiedade, e é totalmente compreensível que esteja tão aflito, não te julgo por isso. Também sei o quanto você ama o que faz e se dedica, mas só preciso ter a certeza de que não vai deixar isso afetar seu bem-estar e tudo aquilo que você já construiu até agora. — Taylor o puxou novamente para si, beijando seu rosto com carinho e o admirando por alguns longos segundos. — Você já fez coisas demais, se concentre para a final da AFC agora. Eu sei que você vai conseguir, eu confio plenamente em você e não vou parar de gritar e torcer nenhum segundo enquanto eu estiver naquela arquibancada.
— Se nós ganharmos, você vai descer pra ficar comigo? — com um misto de esperança e anseio, ele sorriu com ar de diversão e afeto. — Quero estar com você lá de novo.
— No mesmo instante, Babe. — Taylor promete, recebendo com meiguice o beijo que ele deixa em seus lábios.
Então, o momento volta a cair ao silêncio e, no meio da escuridão do quarto, seus olhos brilham e espelham o reflexo um do outro, reluzindo nas íris verdes e azuis.
— Eu te amo, Taylor. — ele suspira o nome dela, como se fosse o suficiente para que tudo nele voltasse ao estado de plenitude.
— Eu também te amo, Travis. — e, como em um passo de mágica, a voz dela silencia de uma vez todos os barulhos da mente dele.
— Muito mais do que você imagina. — Travis completa.
— Posso imaginar demais. — a cantora ironiza descontraidamente.
— Um pouco além do demais. — o atleta dramatiza com humor.
— Vamos dormir… — Taylor protesta em uma risada confortável, deitando a cabeça do tight-end em seu peito e o envolvendo outra vez em um carinho preguiçoso. — Respire fundo e descanse, amor. Prometo não sair daqui.
Em um gesto automático, movido pela atmosfera de conforto, cuidado e segurança, os olhos de Travis se fecharam instintivamente. Ele se aconchegou, da maneira que conseguia, nos braços dela e, mesmo que Taylor fosse bem menor e mais delicada que o atleta, Travis sentiu-se completamente acolhido por ela.
Naquela noite, Taylor não dormiu até se certificar de que o sono dele era tranquilo, observando Travis dormir e, só após isso, deixando as lágrimas caírem silenciosas pelo seu rosto.
Nunca havia imaginado o quão ferido Travis havia sido por seu passado e muito menos sua forma de lidar com a dor, de uma maneira tão destrutiva para o seu próprio corpo, tendo sua mente corrompida por alguém que sequer se importava o bastante para tentá-lo compreender.
Seu coração estava despedaçado por ele e, como muita das vezes havia sido cuidada por aquele homem tão amoroso, não hesitou, dentro de si, em demonstrar o mesmo apreço que sentia por ele.
Tinha a plena consciência de que Travis era um homem forte e resiliente, de que conseguiria enfrentar quais fossem os desafios da sua vida, em relação a sua carreira e o seu futuro, mas se perguntou quantas vezes precisou lidar com aquela percepção de violência e se confirmar com a ideia de que a culpa era totalmente sua.
Ao fechar seus olhos, ela fez uma prece por ele, para que os seus caminhos fossem mais claros, para que Travis pudesse continuar confiando nela para ser sincero com o seu próprio coração. Ela o desejava o bem, mais do que a qualquer outra pessoa, pois tudo nela se movia em favor dele.
Seu amor por Travis era tão grande e sincero que, naquela noite, toda a dor dele se transformou em uma dor que, agora, ela também sentia.
Entretanto, ao olhá-lo outra vez, ao lembrar-se do homem que ele era, Taylor tratou de acalmar o seu coração. Ela tinha a plena certeza de que tudo daria certo, Travis ficaria bem e, em poucos dias, eles voltariam com mais uma vitória para casa.
Ele só precisava confiar mais um pouco em si mesmo e, se não pudesse fazê-lo, ela estaria ali para incentivá-lo.
A luz do sol já começava a entrar pelas cortinas do quarto e, sentindo o cansaço da noite em claro lhe abater e a forma como ele continuava a dormir tranquilamente, sem indícios de outro pesadelo, Taylor cedeu ao sono.
Não sabia exatamente o que esperar do que estaria por vir, mas manteve a esperança de dias melhores. Sabia que, se continuasse ao lado dele, independente do momento, sempre encontrariam segurança em sua troca de olhares e palavras doces.
Mesmo quando o mundo estivesse prestes a acabar, o fim próximo e a decadência da vida presente, eles sempre correriam de volta um para o outro.
E Taylor, mantendo a sua promessa, continuaria ali.
PARTE 2
Os últimos minutos do jogo em busca do título Conferência Americana, prenúncio do super-bowl, se aproximavam no estádio do Arrowhead, pertencente ao Kansas City Chiefs.
O clima, desde o gramado até as arquibancadas, era de pura tensão e nervosismo.
Preso em seu próprio mundo, focado em fazer aquilo que mais amava, Travis não se permitiu perder sua linha de raciocínio um segundo sequer enquanto estava em campo. Estavam com vantagens sobre o time adversário, mas, em um segundo, tudo poderia acontecer.
Entretanto, todas as vezes que sentia a sensação aterrorizante da ansiedade lhe invadir, principalmente naqueles últimos momentos, Travis baixava a guarda para deixar que apenas um pensamento, não proveniente do futebol, pudesse invadi-lo.
Então, ele olhava para as arquibancadas e, em seu camarote exclusivo, mesmo de longe, podia ver ali todos os que amava e torciam por ele. Não somente isso, mas também podia prestar atenção na imagem doce e graciosa de Taylor que, com toda a certeza que tinha em seu coração, estava vibrando mais do que nunca por ele.
Travis queria vencer. Por ele mesmo, pelo time, por sua família e por ela. Contudo, lembrou-se das palavras de Taylor e assumiu a promessa de que, mesmo que não vencesse, não deixaria aquele peso de decepção cair sobre os seus ombros. Ele havia dado tudo de si naquele jogo, todo o seu suor e lágrimas, bastasse agora a vida recompensá-lo.
E, olhando para dentro de si mesmo, ele sabia que a sua maior recompensa não estava naquele troféu e sim na companhia da primeira e única mulher a arrebatar seu coração e mudar completamente a sua vida.
— Está tudo bem, querida? — uma voz suave desperta a atenção de Taylor, na suíte, enquanto a loira olhava fixamente para o campo. — Precisa de alguma coisa?
— Não, estou bem, obrigada! — percebendo a proximidade de sua sogra, Taylor lhe abriu um sorriso e a abraçou de lado. — Só estou um pouco tensa, acho que Travis está preocupado.
— Quem de nós não está, não é mesmo? — Donna murmurou entre um riso e Taylor assentiu. — Só precisamos que esses segundos passem mais rápido, estamos quase lá. Eu confio na vitória dele.
— Eu também. — Taylor apoiou, sem hesitar. — Sei que ele vai conseguir, só quero que ele se mantenha tranquilo, ao menos, o quanto conseguir…
Então, respirando fundo, Taylor soltou o ar demoradamente e apertou os olhos, sentindo a aflição quase corroer seu peito quando voltaram a partida. Donna, percebendo a tensão do corpo dela, aqueceu seus ombros em uma carícia materna e a cantora, por instinto ou conforto, deitou sua cabeça sobre os ombros da sogra.
— Obrigada por ser tão boa para o meu filho, Taylor. — em meio à atmosfera de euforia e aflição, Donna cria uma bolha de cumplicidade e afeto para as duas. — Eu sei que ele me pediu para ser discreta, mas Travis e eu temos uma amizade além da relação de mãe e filho. Ele me contou, em poucas partes, o que aconteceu recentemente. Não sei como Travis realmente reagiu naquela noite e muito menos o que você viu, mas obrigada por não ter deixado ele.
— Não precisa me agradecer, Donna. — Taylor ruborizou, um pouco mexida ao saber que Travis havia sentido a necessidade de falar sobre aquele caso com a mãe, evidenciando o quanto aquilo realmente lhe afetava e, em certo ponto, havia sido importante para ele receber o seu apoio. — Travis é o homem mais incrível que eu conheço, estamos nos ajustando um ao outro, a cada dia nos conhecemos mais e isso não me assusta. Gostamos de nos apoiar e não vai ser eu quem vou abandoná-lo quando algo não estiver certo, nunca vou permitir que ele se sinta sozinho.
— Você é realmente tudo o que ele fala. — Donna sorriu mais largo, admirada com a vermelhidão intensa nas bochechas da loira, sentindo o seu coração aliviado por conhecer a mulher maravilhosa que estava arrebatando o coração do seu filho. — Travis ama e confia em você, como eu nunca vi antes. E, seja por ser a mulher que o meu filho ama ou não, eu também confio em você, Taylor. É ótimo ter você aqui para torcer por ele comigo.
— Torcer e comemorar! — tentando escapar de seus próprios pensamentos, antes que tivesse um ataque de timidez, Taylor se envolve na descontração do momento e volta a se concentrar no jogo. — Não vamos sair daqui de mãos vazias, eu tenho certeza.
— Deus te ouça, filha. — Donna se alegrou do entusiasmo dela, compartilhando a mesma esperança.
— É melhor que ouça mesmo, antes que eu o visite. — falando mais do que a própria consciência lhe permitia, Taylor exasperou em um impulso. — Estou prestes a me matar.
Maneando a cabeça, a mãe de Travis deixou uma risada escapar, percebendo o quanto estava cada vez mais acostumada com o jeito espontâneo e livre da nora, algo que ela particularmente adorava e apreciava em Taylor.
A cantora podia não ter a plena noção, mas Donna nutria um carinho mais do que especial por ela, vendo-a mais como uma filha do que uma simples namorada de seu filho. Se tudo continuasse a dar certo — e ela esperava que sim — Donna ficaria muito contente em poder ver Taylor, oficialmente, se tornando um membro da família quando Travis pedisse a mão dela em casamento.
Havia uma naturalidade fascinante em Taylor e Travis em esbanjar o amor que sentiam um pelo outro, o que não fazia restar espaço para dúvidas alheias sobre seu romance genuíno. Ele a adorava e ela sempre fazia questão de retribuir o seu carinho à altura, seja onde quer que estivessem.
Juntos, a visão do casal impactava e irradiava alegria e sedução, ordenando aquela aura irresistível que pairava sobre os dois.
Sendo assim, debaixo daquela admiração e emoção, em completa sintonia, sogra, nora e todo o restante de seus familiares e amigos se concentraram nos minutos finais daquele jogo repleto de desafios. Taylor estava lutando para se manter tranquila, mas cada segundo que passava e os aproximava do fim lhe parecia angustiante.
Quando a oportunidade foi dada ao time adversário, na tentativa de uma jogada que poderia alterar o resultado dos pontos no placar até aquele instante, o coração da cantora parou. Não queria abrir os olhos para ver a possível tragédia, então manteve-os fechados, esperando ansiosamente pela vitória que sabia que viria.
Então, ouvindo o ruído de gritos ao seu lado, seus olhos embaçados encararam o placar finalizado, marcando mais um feito histórico do time pelo qual, particularmente, havia adquirido um apreço muito maior do que o esperado, fazendo o seu coração palpitar de alegria quando sua mente idealizou o sorriso que brotava no rosto do homem que ela sabia ter dado tudo de si naquela partida.
— Ele conseguiu. — ela sussurrou para si mesma, permitindo-se saltar sobre seus pés como uma criança ao ganhar um presente tão esperado.
Assim, os confetes começam a cair sobre o gramado do campo e ela cedeu à euforia completa, festejando com a sua família e os amigos presentes naquele camarote, sendo arrastada pouquíssimo minutos depois para fora da arquibancada em busca de se encontrar com o homem da sua vida, irradiando orgulho e felicidade por aquela conquista tão merecida.
Enquanto caminhava pelo campo, ao lado de Donna e sua amiga Brittany, Taylor sentia a adrenalina quase explodir suas veias, enquanto o sangue pulsava de maneira intensa e acelerava o seu coração freneticamente.
Lembrando-se da última vez que esteve naquela mesma situação, na última final, o amor e satisfação pelo momento apenas cresceu, notando o quão destemido aquele time, especialmente Travis, era ao conseguir chegar ali mais uma vez.
Ao lado das duas mulheres, a cantora observava e escutava atentamente o breve discurso dos jogadores, sentindo-se ligeiramente acanhada quando Travis lhe fez um gesto sugestivo enquanto estava no pódio, fazendo-a sorrir animada pelo que a noite reservava para os dois.
Haviam sido dias difíceis, entretanto, ela nunca havia perdido a esperança nele e, agora, torcia para que outros dias melhores os alcançassem. Taylor sabia que, ao menos naquela noite, o peso fugiria completamente de seus ombros, podendo desfrutar alegremente a vitória e resiliência que o esforço de Kelce havia gerado para si mesmo.
Nada poderia estar melhor.
Quando Travis finalmente foi ao seu encontro, após cumprimentar calorosamente a sua mãe, Taylor notou o coração transbordar ao senti-lo envolvê-la em um abraço apertado, sussurrando palavras de carinho um para o outro e fazendo-a sorrir por perceber, pela vibração do corpo dele, o quanto Travis estava feliz.
— Eu te amo tanto, estou tão orgulhosa de você! — Taylor murmura contra a força do abraço dele, afastando-se apenas alguns centímetros para segurá-lo pelo rosto e olhar dentro de seus olhos. — Veja só o que você fez! Isso é incrível!
Observando o brilho de entusiasmo e a alegria genuína que espelhava os olhos azuis de Taylor, o atleta se emocionou pelas palavras da loira e a tomou em um beijo, simples e repleto de carinho, afundando seu rosto na curva do pescoço dela apenas para encher os pulmões com o cheiro da fragrância licorosa que ela exalava.
— Obrigada por acreditar em mim. — ele sussurrou para que apenas ela pudesse ouvir. — Eu te amo.
— Sempre. — ela sussurrou de volta, no mesmo tom baixo, e ele a respondeu com um afago nas costas.
— Sempre. — foi o último murmúrio dele, antes de voltar a beijá-la e se envolver na descontração do momento.
O cenário que se desenrolava ao redor era de pura felicidade, os flashes das câmeras capturavam cada segundo, transformando o momento em uma eternidade emoldurada de amor e realização, enquanto Travis não poderia se sentir mais satisfeito e bem consigo mesmo.
Eles estavam em uma nova página, revelando-se um capítulo inédito de muitos mais desafios e imprevisibilidades, mas sabendo que, enquanto se mantivessem naquela harmonia e sintonia, o enredo jamais deixaria de ser atraente e envolvente.
O final, entretanto, ainda estava em aberto, esperando por um desfecho que somente o futuro poderia reservar.
Mesmo assim, toda vez que ouvia o som do riso e o entusiasmo genuíno que fluía da mulher pelo qual estava perdidamente apaixonado, Travis se esquecia de tudo.
Esquecia-se do futuro, passado e até mesmo do presente, onde a ganância e satisfação pela vitória tentavam roubar a sua atenção. Ele só se lembrava da vontade de manter todas as coisas daquela mesma forma, onde tudo era leve, saudável e cheio de paz.
— Eu já volto pra você. — antes de se separar da companhia da namorada para ir até o vestuário, Travis a puxou para mais um beijo.
— Eu sei que vai. — Taylor murmurou entre os lábios dele, se afastando com um sorriso bobo no rosto e seguindo o caminho até o camarote com Donna.
A noite, a partir dali, poderia continuar seguindo o mesmo fluxo tranquilo e festivo do qual estavam se alimentando, porém, como sempre previsto na atmosfera imprevisível daquele romance árduo, não poderia deixar de existir dificuldades a serem enfrentadas.
Porém, sempre lado a lado, Taylor e Travis teriam mais uma oportunidade de mostrar sua resiliência e paciência no amor.
***
Ao se juntar com seus amigos no camarote da suíte de Kelce, Taylor se envolveu em uma onda intensa de boas energias ao sentir a animação e visualizar os sorrisos radiantes que estampavam os rostos de cada um. Parecia um sonho, um pelo qual estavam esperando há muito tempo e, finalmente, agora era realizado.
— Você está tão bonita. — Scott Swift, o pai da estrela, a elogia quando a filha chega perto. — Gosto de te ver feliz e estou contente pelo Travis.
— Obrigada, pai! — encolhendo-se, Taylor se esconde nos braços do pai e sorri ao receber um beijo no topo da cabeça. — Também estou contente por ele, Travis queria tanto isso…
— E ele se esforçou pra conseguir. — Andrea, que estava a apenas poucos centímetros dos dois, se aproxima e se inclui na conversa. — Mas, não querendo alimentar fantasias, sinto que a alegria dele aumentou um pouco mais ao te ver lá, ao lado dele.
— Ah, não exagera, mãe. — Taylor migra de um abraço para o outro, beijando o rosto da mãe e tentando disfarçar o calor que havia subido em seu rosto com o comentário recente. — Só estamos muito felizes e realizados, precisamos comemorar o que eles fizeram hoje. É um pedaço de história!
— Você tem razão, foi um fenômeno. — Andrea concordou, não deixando de sorrir ao observar a forma como a filha parecia tão apaixonada ao falar do namorado. — E eu estou extremamente feliz pela felicidade de vocês, vocês merecem tudo isso e muito mais, querida.
— Obrigada, vocês são maravilhosos. — mais relaxada diante do olhar dos pais, Taylor suspira e olha ao redor, notando um singelo alvoroço na entrada da suíte. — Ah, acho que eles estão voltando…
Então, pouquíssimos segundos após, Travis se destaca entre os seus amigos e o ambiente todo vibra em aplausos e gritos, saudando mais uma vez a vitória do time vencedor daquela noite, conquistando mais um feito histórico no mundo do futebol americano.
Quando Travis se aproximou de sua família - incluso os familiares da namorada, que agora também eram os seus - seu coração não podia ter transbordado mais de orgulho por si mesmo ao ver a admiração que despertava naqueles que amava e o amavam na mesma intensidade, sendo acolhido com abraços e palavras que o incentivaram a manter o foco em seu destino tão sonhado.
— Foi uma performance incrível, eu mal posso esperar para o próximo jogo… — Austin, o irmão mais novo de Taylor, elogia a Travis mais uma vez. — Você e o Mahomes realmente fazem uma boa dupla em campo, todo o time é muito eficiente.
— Eu fico agradecido. — tentando manter a compostura, Travis sorri cordialmente, mas sem evitar transparecer o quão feliz estava por todo o acolhimento que estava recebendo. — E fico ainda mais agradecido por seu pai ter feito todos vocês bajularem os Chiefs. Até a Andrea!
— Isso é tudo culpa da Taylor. — Andrea se pronuncia, arrancando uma risada dos que estavam ao redor da mesa. — Ela não sabe se apaixonar sozinha, precisa arrastar a família inteira para qualquer um dos seus tipos de negócios.
A mãe da cantora ironiza, fazendo Travis rir ao lembrar o quando a família Swift era envolvida na carreira pessoal de Taylor e, além dos negócios legais, realmente eram uma família harmoniosa e sadia, o que lhe fazia sempre recuar com seus pensamentos e fazer o possível para causar uma boa impressão para os pais e o irmão que tinham um carinho enorme pela loira.
Na mesa, Ed e Donna Kelce dividiam espaço com a família de Taylor enquanto Travis comentava e respondia perguntas sobre o seu desempenho em campo, sentindo a falta de Taylor que havia feito questão de que ele se sentasse para descansar após o esforço árduo no jogo recente, algo pelo qual ele realmente era grato, mas quase gritou de alívio quando viu ela voltar.
— Aqui, amor. — ela estendeu uma bebida para ele e, com o auxílio de Travis, sentou-se ao seu lado, sorrindo quando ele passou a mão por sua cintura e a puxou para mais perto. — Está tudo bem?
— Estávamos comentando como cosmicamente passamos a usar os merchs do Chiefs depois de uma vida inteira torcendo pelos Eagles. — Austin provoca assim que a irmã se junta à eles. — Detalhe: disseram que a culpa era sua.
— Ainda torcemos para os Eagles, mas é uma questão de prioridades… — com um sorriso divertido e irônico nos lábios, Taylor dá de ombros e Travis gargalha. — Além disso, eu não obriguei ninguém a vir de vermelho!
— Não se preocupe, Tay, Travis também tem a sua parcela de culpa. — Ed apoia a nora, apontando para o filho que arregala os olhos com surpresa enquanto dá um gole no whisky que Taylor o havia trazido. — Afinal de contas, agora também usamos pulseiras da amizade.
— E amamos tudo isso. — Donna levantou uma das mãos, apenas para trazer a cordialidade para o assunto.
— Então estamos felizes, é certo? — Taylor, com o humor descontraído e contente pela interação fluida entre as famílias ali reunidas, ergue o seu copo que havia abandonado na mesa. — Um brinde aos Chiefs?!
O tintilar da batida dos vidros em conjunto ressoou pela suíte e, separando-se logo após em outros grupos, Travis e Taylor interagiram com todos os que estavam ali presentes, até mesmo os funcionários, alegres e despreocupados com o tempo.
Em dado momento, Taylor rodeou o espaço e fez questão de fazer a cada um posar para uma de suas icônicas fotografias, capturando o momento inesquecível daquela noite tão memorável.
Travis a observava, às vezes de longe e também de perto, o quanto ela parecia envolvida e familiarizada no mundo dele, sem deixá-lo criar dúvidas de que Taylor era a mulher certa para si.
Ela não o anulava, não o fazia ser algo a parte e sim algo pertencente ao espaço dela, se adequando ao ambiente dele, mas sem deixar de ser ela mesma e brilhar com a sua naturalidade. Sempre atenciosa, respeitosa, tão educada e encantadora. Taylor era tudo o que ele sempre havia sonhado, mesmo sem saber.
Toda vez que ela se aproximava, apenas para se certificar de que ele estava se alimentando adequadamente, curtindo o seu momento e se alegrando com os seus amigos, Travis ficava cada vez mais rendido sobre os cuidados dela.
Taylor era apaixonante e ele estava muito mais do que apaixonado por ela, a amava como nunca havia amado ninguém antes e nem mesmo sabia que poderia fazê-lo, não daquela forma tão submissa e hipnotizante.
Taylor tinha o poder de fazê-lo delirar, ela o tinha nas mãos pelo simples fato de ser tão amorosamente delicada e emocionalmente forte, desbravando o interior do tight-end por completo.
— Como você está se sentindo? — ela se aproximou novamente, aproveitando o momento em que ele estava parcialmente sozinho. — Quer beber outra coisa, babe?
Taylor não teve tempo de calcular os segundos que demorou até que Travis a puxasse para ele, mas ela sabia que havia sido rápido demais para que ela pudesse reagir. Então, ela apenas sorriu em um sobressalto e se agarrou nos ombros largos do atleta, olhando-o com um misto de surpresa e diversão.
— Já disse o quanto amo que me chame assim? — Travis cruzou seus dedos ao rodear a cintura dela por completo em um abraço apertado. — Aliás, já disse o quanto eu te amo?
— Já, muitas vezes, especialmente hoje. — jogando a cabeça para trás, o cabelo dourado esvoaçou pelo ar e Travis teve, mais outra vez, a certeza de que ela era a mulher mais linda do mundo. — Gosta mesmo de ser chamado assim, babe? Eu deveria te apelidar como um grande Urso.
— Você pode fazer o que quiser. — ele intensificou o abraço, fazendo-a perder levemente o ar e se inclinar para ele. — Vou continuar amando você incondicionalmente.
Então, sem aviso ou permissão, Travis deitou seus lábios sobre os dela e Taylor, em uma reação automática, o envolveu pelo pescoço e retribuiu o beijo com sutileza, surpreendendo-se quando o tight-end mostrou-lhe, pelo movimento ágil de entrelaçar sua língua à dela, que buscava uma profundidade maior naquele beijo simples.
Movida pela eletricidade do beijo, Taylor se rendeu à boca do atleta, deixando que ele a beijasse demoradamente, prendendo-a em seu peito e desejando tocar em mais do que apenas a cintura dela. Taylor, porém, percebendo a dimensão do desejo que crescia entre os dois naquele intensamente, decidiu recuar, respirando fundo para retomar o ar.
— O que foi isso? — ela perguntou, atordoada enquanto sussurrava.
— Só estou beijando a minha mulher, não posso? — ele a massageou na cintura, voltando a aproximar seu rosto ao dela. — Você é tão perfeita.
— Claro que pode. — ela sorriu, tendo dificuldade para continuar falando enquanto Travis continuava a interrompê-la com mais uma sequência de selinhos. — Mas não estamos sozinhos, Kelce…
— Se esse for o problema, vou resolvê-lo em um instante. — ele murmurou com ar de mistério, deixando Taylor confusa e, rapidamente, balançada quando ele a beijou no pescoço. — Vou te levar pra sair daqui.
— Como assim? — os olhos dela se arregalaram, enquanto Taylor olhava ao redor para se certificar de que ninguém estava presenciando os lábios famintos do tight-end decorando o pescoço dela. — Amor…
Sufocando um murmúrio de prazer, Taylor suspirou e Travis riu contra a pele dela, adorando ver o quanto a deixava desconcertada com um simples toque e um beijo. Então, ele volta seus lábios para as bochechas dela e decide recuar, sem querer deixá-la desconfortável diante dos seus amigos e familiares.
— Temos outra festa sendo organizada, fora daqui. — ele explicou, capturando a atenção dela. — Nossos pais não vão querer ficar aqui por muito tempo e, embora eu ame todos eles, não temos muita liberdade para ficarmos juntos. Vamos passar mais um tempinho a sós, apenas com os nossos amigos. Assim você não precisa ficar constrangida e retraída.
— E quando pretendia me contar sobre essa outra festa? — a loira ergueu uma das sobrancelhas.
— Eu acabei de descobrir, na verdade. — o atleta balançou os ombros e Taylor estreitou os olhos. — Fomos convidados, eu só estava esperando o momento certo de perguntar se você está bem com a ideia de irmos? Brittany e as outras meninas também vão, se isso te serve como motivação. Mas, se não quiser, podemos ir direto pra casa… Talvez seja a melhor opção.
— Nem pensar, Kelce. — Taylor afastou as mãos dele de sua cintura ao notar o olhar intencionado de Travis, corando ao sentir o calor se espalhar pelo corpo. — É uma boa ideia, logo logo eu preciso viajar para Los Angeles, então seria bom aproveitar mais um pouco antes que eu vá.
— Eu queria muito estar lá com você. — Travis respirou fundo, sentindo-se imponente. — Isso é uma droga.
— Não, é o seu trabalho. — a cantora balançou a cabeça, certa de que Travis tinha suas obrigações a cumprir com a preparação para o super-bowl e estava limitado a permanecer junto com o time. — E eu estou fazendo o meu, certa de que você vai estar me apoiando de qualquer forma. Está tudo bem, okay?
— Já estou doido pra ver você sendo o assunto mais comentado da noite. — ele brinca, com uma admiração e carinho real brilhando em sua voz. — Vou estar torcendo por você, princesa. E obrigada por torcer tanto por mim, você estava certa, isso é tudo o que importa.
— Eu estou tão feliz por você, é ótimo te ver sorrindo assim. — erguendo-se na ponta dos pés, Taylor penteou o cabelo de Travis para trás e lhe dedicou um sorriso apaixonado. — Tenho certeza de que, o que está por vir, para nós, é muito maior e melhor.
— Enquanto você estiver aqui, vou continuar acreditando nisso. — beijando-a na testa, Travis a envolveu em outro abraço e, logo depois, a tomou pelas mãos. — Vem, vamos aproveitar mais um pouco a nossa família antes de fugirmos daqui. Tenho certeza de que a noite ainda promete…
Taylor assentiu, seguindo-o de mãos dadas e exibindo, para si mesma e a todos ao redor, o amor que crescia entre ambos, aquela conexão tão forte e deslumbrante que se estendia desde os beijos, toques, olhares e declarações.
Com ela, Travis sempre se sentia vivendo o auge de sua existência. E, com ele, Taylor se sentia verdadeiramente realizada, a cada dia vivendo o sonho de amor verdadeiro que idealizada em cada uma de suas canções. Juntos, eles eram imbatíveis e, permanecendo assim, sabiam que seriam atemporais.
Eles seguiram a primeira etapa da noite em completa afinidade, tornando cada momento inesquecível diante de seus olhos, preparando-se para escaparem para outra atmosfera ainda mais envolvente e sedutora, unidos e alegres como o casal que sustentavam a base do apoio e devoção que dispunhavam-se um ao outro.
O capítulo daquela vitória estava encerrado, mas a celebração estava apenas começando.
Continua…
//
🚨 A narrativa deste capítulo tem uma ação contínua e a sequência de fatos será mostrada no capítulo 14 (próximo) 🚨
Vidas, postar esse capítulo depois de todas as emoções que enfrentamos no super-bowl doeu muito em mim. Porém, como sempre, continuamos a manter muito orgulho pelo nosso pai Travis, o divo é o maior dos maiores!
IMPORTANTE: sobre o tema/gatilho de abuso sexual, meu intuito não foi trazer desconforto à ninguém e me perdoe se fiz isso. Também vale a pena lembrar de que isso aqui é fictício, eu não estou e nem posso deduzir que aconteceram fatos tão obscuros como esses na vida da Taylor e do Travis, isso foi apenas (em partes) uma ficção. Espero ter a compreensão de todos quanto a isso.
O capítulo 14 é uma continuação direta desse, precisei dividir (segundo a opinião de vocês lá no insta) pra não ficar muito cansativo e, assim que estiver pronto, eu vou lançar aqui! Obrigada pelo apoio e o carinho de sempre, se cuidem e até mais!
Atenciosamente, com amor e carinho, Luna. 🤍
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