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🚨 Assim como uma fênix, Luna ressurge das cinzas e atualiza a fanfic que estava mais parada do que água contaminada pelo mosquito da dengue, OMG!!! 🚨
Brincadeiras à parte.
Oi, meus amoressss!!!
É tão bom estar de volta aqui. Sinto que preciso dizer que o motivo pelo qual vim com essa publicação foi o fato ESPLÊNDIDO de que alcançamos 25k nessa fanfic. Impressionante o fato de que vocês estão sempre aqui, lendo e relendo e fazendo isso crescer da maneira mais mágica que eu poderia imaginar. Obrigada! Esse capítulo foi feito à base uma ideia que tive recentemente, tentei moldar e ajustar da melhor forma, espero que gostem.
Ah, só um aviso: não me responsabilizo por nenhum surto logo abaixo e, desde já, peço um enorme PERDÃO pelas palavras super baixas. Passei muito tempo escutando o álbum novo da Sabrina Carpenter. Não é culpa minha.
Beijos, aproveitem! 🤍
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O fim do verão.
Para alguns, considerada como a mais elétrica e excitante estação do ano; Para outros, apenas dias marcados pela desestabilização do calor e a falta de tranquilidade que o clima fervoroso traz aos moradores, especialmente na cidade de Tennessee.
Nashville estava altamente aquecida, mesmo com os primórdios da ventania graciosa que chegava em poucos dias para a cidade, juntamente com o Outono próximo.
Os dias ensolarados estavam sendo marcados por sorvete de baunilha, tardes na piscina e banhos frescos durante a madrugada. Protetor solar nos ombros e óculos escuros no rosto, lábios com gosto de cereja e beijos ainda mais quentes do que o sol escaldante.
Era assim que Taylor Alison Swift se sentia, naquela época calorosa, em sua última pausa de férias antes do término de sua turnê bilionária no final do ano. Suas viagens silenciosas lhe retornavam o conforto de sua privacidade, ainda que tivesse sido pega em flagrante dias antes quando decidiu, por pura conveniência, convidar os amigos e familiares para uma sequência de dias em Rhode Island.
Não havia sido de todo ruim, ela sabia, já que havia se preparado para aquele mesmo tipo de situação ainda antes que realmente decidisse visitar a casa, antes pertencente à uma de suas musas inspiradoras, Rebekah Harkness, e passasse alguns de seus dias lá. Mas, no final, ela almejava poder se esvaziar longe de todas aquelas lentes e as matérias que escapavam junto das fotografias dos paparazzis.
Então, considerando-se a si mesma como especialista em fugas e cortinas de fumaça, a cantora se decidiu a aprofundar-se em suas raízes com um rápido, mas prazeroso, itinerário até sua cidade natal, onde poderia encontrar a paz necessária de sua amada vizinhança para circular em seus bairros favoritos com a proteção e comodidade que tanto almejava.
Porém, nada em seu maior conforto poderia suprir a ausência daquele por qual ela tanto ansiava. Aquele que havia roubado o seu coração e retornado para ela, não somente como um órgão fútil e carregado pela emoção desesperadora de se viver o amor dos seus sonhos, mas como um pedaço de esperança que batia contra o seu peito na intenção de que ele fosse o maior sinal vital de que o amor, no fim das contas, era unicamente a química e compreensão que se estendia nos olhares cruzados e abraços apertados. Tudo após isso era apenas uma consequência.
Dessa forma, longos minutos após ter despertado de seu sonho tranquilo e altamente bagunçado por um lapso de cenas desconexas, a loira decidiu-se movimentar os lençóis apenas para conseguir alcançar o corpo ao lado do seu, grande e imponente, que ocupava sozinho a maior parte daquele espaço compartilhado, o único pelo qual ela perdia toda as estribeiras e limites.
— Meu amor… — esbanjando doçura em sua voz, os lábios dela foram diretamente para os ombros do namorado.
Quase como se já estivesse acordado, o grande atleta da NFL, Travis Kelce, movimentou-se suavemente sobre a cama, se não fosse a força e a agitação inevitável que seus músculos, peso e tamanho não trouxessem junto com o ato.
Ele, antes de bruços, agora recostava sua nuca confortavelmente no travesseiro abaixo de sua cabeça, virando-se para ela com um sorriso preguiçoso, ainda de olhos fechados.
— Bom dia, minha vida. — com carinho, ela deitou os lábios na bochecha do atleta, passeando suas mãos entre o cabelo desgrenhado. — Mas que carinha é essa?
— Se você continuar me acordando assim todas as manhãs, pode ter certeza que não vou levantar mais da cama. — abrindo lentamente os olhos, ele levou os braços até a cintura dela e os enroscou ao redor da loira. — Vem aqui.
— Você ainda não me respondeu. — com um firme tom de exigência e a voz suave, ela continuou. — Vamos.
— Não é nada, você sugou todas as minhas energias, é puro cansaço. — descartando a possibilidade de algo ruim, Travis a tranquilizou enquanto levantava o tronco e bocejava ao encostar as costas na cabeceira. — Sua brincadeirinha de ontem me deixou arruinado, meus parabéns.
— Minha? Você quer dizer a nossa, não é? — sentindo-se falsamente ofendida, ela o olhou com indignação e se acomodou no colo dele. — Porquê eu não me lembro de escutar nenhum pedido para que eu parasse enquanto você literalmente empurrava a minha cabeça pra baixo.
— Não precisa dar detalhes. — um pouco envergonhado, Travis tampou o rosto, gesto que Taylor rapidamente desfez ao segurar nas mãos dele. — Admita, vai, você estava querendo mais do que eu.
— Se é pra assumir a responsabilidade, vamos fazer isso juntos. — ela apontou o dedo indicador, levantando a barra da camisola até o quadril, onde as marcas dos beijos nada gentis do atleta repousavam na pele da loira. — Você queria isso tanto quanto eu. Além disso, ainda não recebi meu bom dia.
— Bom dia. — tentando não olhar para o quadril à mostra, ele finalmente disse.
— Não, assim não. — abaixando a roupa, Taylor se apoiou nos ombros do namorado. — Do jeitinho de sempre.
Revirando os olhos enquanto sorria, Travis descansou as mãos na cintura da cantora e a trouxe para mais perto. Com uma sequência de beijos carinhosos, ele fez uma trilha desde a clavícula até o pescoço, abaixo da orelha, bochecha, ponta do nariz e, finalmente, os lábios.
— Bom dia, minha princesa. — abraçando-a assim que ela deitou a cabeça na curva de seu pescoço, Travis lhe direcionou o carinho que sua loira tanto apreciava. — Dormiu bem?
— Muito bem. — a resposta caiu como um repouso, demorando-se ali no peito do atleta até que a questão pertinente trouxesse um alarde à sua mente. — Não está se esquecendo de alguma coisa?
— Considerando que eu acabei de acordar, ainda não tive o tempo necessário para raciocinar muito bem. — ele sorriu relaxado, vendo ela levantar a cabeça para olhá-lo nos olhos. — Mas acho que não. Eu deveria lembrar de algo hoje?
Arqueando as duas sobrancelhas, ela o mirou com um olhar desconfiado e incrédulo. Depois, quando notou a expressão genuína e despreocupada no rosto do atleta, ela se desesperou internamente, controlando a vontade de dizê-lo exatamente sobre o quê o atleta deveria lembrar-se.
— O que foi? — percebendo a maneira como o corpo dela estava se preparando para deixá-lo, Travis a abraçou mais forte. — Está tudo bem?
— Sim. — esquivando-se com calma, ela se levantou, saindo sem pressa do colo do jogador. — Está tudo bem. Acho que vou preparar o café da manhã. Você desce depois?
— Claro, pode deixar. — ele também se levantou, aproximando-se para deixar outro beijo nos lábios dela, um que Taylor não correspondeu da forma que ele esperava. — Amo você, okay?
Balançando a cabeça em um aceno positivo, Taylor deu meio sorriso e, em seguida, lhe deu as costas, indo em direção à porta. Enquanto descia as escadas, ela balbuciava questões confusas em sua mente, assim como a ideia de que, talvez, pudesse ter sido um pouco precipitada com a ideia de que Travis fosse tratar aquela situação com a mesma importância que ela nutria.
Talvez fosse apenas uma brincadeira. Ele não podia esquecer. Ou, então, talvez tivesse mesmo esquecido, sua agenda e sua vida já eram lotados de datas e compromissos importantes, lembrar-se de tudo era uma missão complicada para qualquer um. Mas, sendo sincera, ela também não ficava nada pra trás em ser uma pessoa super atarefada e, mesmo assim, nunca iria se esquecer de algo que fosse importante para ela.
Seria, então, que realmente fosse isto? Ele não dava importância? Não, aquilo era inacreditável.
Depois de ir ao banheiro, abrir as portas da casa e alimentar seus legítimos filhos, vulgo os três amados e exaltados gatos que lhe acompanhavam para onde quer que fosse, ela finalmente se deu ao trabalho dos preparativos para o café da manhã.
De início, seria algo totalmente diferente. Uma refeição mais caprichada, bem adornada e com o puro toque de magia que acrescentava juntamente com o romantismo de cada momento íntimo de uma relação amorosa. Porém, dada aos fatos, talvez fosse melhor que ela se limitasse a apenas uma refeição comum e à uma esperança de que o seu alto e robusto namorado de corpo atlético fosse surpreendê-la com algo além daquela prévia decepção.
— Travis!? — com um ímpeto de voz, ela o chamou, vendo-o rapidamente descer pelas escadas. — Já está tudo pronto.
— Estou aqui. — respirando fundo, após a breve agitação, ele adentrou o espaçamento da mesa de refeições. — Meu amor, que cheiro gostoso!
— O pão está fresco e… — em um movimento rápido e repentino, Taylor perdeu as palavras quando Travis a pegou de surpresa e a encurralou naquele mesmo canto. — Ei.
— Não estava falando do pão. — os lábios dele deixaram um beijo calmo no pescoço dela e Taylor tentou conter o arrepio que subiu pela espinha. — Já disse que você está maravilhosa hoje?
— E eu não sou sempre? — quase esquecendo-se da mágoa, ela teve a atenção capturada por ele. — Me deixa passar.
— Ah, você é. — pressionando-a um pouco mais, ele a beijou na bochecha. — Amor da minha vida.
— Amor e importância vêm no mesmo pacote, você sabia? — disparando uma flecha sem direção, a questão soou como um espinho na carne de Travis. — Zelo, atenção, credibilidade…
— Eu sei. — intrigado, mas ainda inocentemente, ele afirmou. — Por isso que eu mantenho todas essas coisas por você.
— Me deixa passar, Travis. — ela pediu novamente, esquivando-se do beijo que ele tentou roubar. — Vamos tomar café.
— Tudo bem… — saindo do caminho, ele deixou que ela passasse. — Vamos tomar café, então.
Rodeando a mesa atrás dela, Taylor o olhou com suspeita quando ele puxou a cadeira para que ela sentasse, como se aquela atitude do atleta não fosse cotidiana. Ela sentou-se e, em seguida, serviu-se sozinha, assim como gostaria.
— Por que eu tenho a impressão de que você está irritada? — observando o comportamento dela à mesa, Travis pegou a jarra de suco e despejou o líquido no próprio copo. — Aconteceu alguma coisa que não te agradou?
— Não estou irritada. — com uma resposta rápida e curta, ela estendeu o copo para que ele pudesse encher. — Não aconteceu nada.
— Você parece irritada. — cauteloso, ele serviu o suco para ela e a olhou no rosto, mas Taylor não lhe devolveu o olhar. — Parece estar irritada comigo.
— Hum. — resmungando, a loira balançou a cabeça em negativo.
— Não gosto quando você murmura. — expressando sua sinceridade, ele tentou buscar a mão dela. — Se não quiser falar, tudo bem.
— Não quero. — tentando não reagir ao toque dele em sua mão, ela levou o suco até a boca e o bebeu de uma só vez. — Vá comer.
Ainda extremamente desconfiado, porém, também cansado da própria tentativa falha de fazê-la reagir positivamente, Travis deixou que ela tomasse o seu espaço. Ele não se alimentou do jeito que costumava fazer, foram apenas alguns goles do suco, metade da xícara de café e dois pedaços da fruta que ela havia cortado e deixado sobre a mesa.
— Não vai comer mais? — não conseguindo deixar a preocupação de lado, Taylor precisou perguntar. — Não tem nutrientes suficientes aí.
— Estou bem. — um pouco indiferente, mas ainda com uma gentileza fora do comum, ele descartou. — Posso usar o seu escritório? Preciso resolver algumas questões de trabalho, tenho um relatório para analisar.
— Você sabe que pode. — descartando a petição desnecessária, ela afirmou.
— É bom ouvir uma resposta sua. — ele acenou e, em poucos segundos, levantou-se da mesa.
Logo após a saída do jogador, Taylor se manteve só enquanto tentava, por si mesma, reorganizar os próprios pensamentos. Embora estivesse mesmo, lá no fundo, chateada com a situação, ela sabia que não deveria ter transparecido tanto do que sentia para Travis, principalmente considerando o fato de que ele parecia, verdadeiramente, não estar inteirado do motivo importante pelo qual aquele dia deveria ser recordado. Era especial para ela. E, por esse e vários outros fatores, ela queria que, ao menos, ele se recordasse que ela dava valor à data; Ainda que, talvez, ele não fizesse o mesmo.
Respirando fundo, ela também se levantou e encerrou por ali a própria refeição matinal. Tirou a mesa e tratou de pensar em qualquer coisa prática que pudessem comer pela tarde, no horário do almoço, mesmo que já soubesse que, se continuasse com aquele pensamento nublado tomando conta da mente, fome iria ser a última coisa a sentir naquele restante de dia.
Rodeando a casa, Taylor tentou ocupar a mente com muitas coisas. Ela usou dois aparelhos da academia, nadou por uma sequência de 45 minutos na piscina, brincou com os próprios gatos e até mesmo perdeu tempo no celular, analisando uma quantidade desnecessariamente grande de vídeos gerados por sua própria fanbase na Internet.
Durante todo o resto do dia, ela passou daquela mesma forma, sozinha enquanto Travis estava trancado em seu escritório fazendo qualquer coisa que fosse mais importante do que aparecer diante dela e consertar algo que, somente na cabeça da loira, estava quebrado. Ela revirou os olhos para si mesma e tratou de se repreender pelo próprio drama, dizendo para o seu eu interior que ela não deveria agir como uma criança afetada ao se frustrar por não ganhar um presente de Natal.
No horário do almoço, ela preparou uma receita vegetariana e esperou que Travis fosse vir de encontro à ela, mas, depois de meia hora esperando, ela assumiu que talvez ele tivesse ficado ressentido pela reação negativa dela e se lamentou sozinha. Ele não havia descido e nem dado sinal algum de que se juntaria à ela, mas Taylor não ia deixar, mesmo orgulhosa, que ele perdesse outra refeição. Acima de tudo, o cuidado e carinho por aquele homem sempre prevaleciam, mesmo quando ela não quisesse que aquilo ocorresse.
Então, movida pela solicitude e apreensão, ela preparou o prato do atleta e subiu até o próprio escritório, onde certamente o encontraria. Mesmo sem precisar de permissão para adentrar as portas do seu próprio espaço, ela bateu e o chamou na porta, escutando apenas um murmúrio do outro lado.
— Essa cadeira não comporta o seu tamanho. — foi a primeira análise que ela fez ao ver o atleta de frente ao seu computador, com a postura totalmente incorreta. — Oi.
— Oi. — levantando os olhos em direção à ela, Travis tratou de erguer o corpo. — Sinto dizer que não comporta mesmo.
— Você não foi comer. — indo direto ao ponto, ela ergueu o prato e, só aí, Travis havia notado que ela trouxera a sua refeição. — Aqui. É pra você.
— Me desculpe, eu não queria ter te deixado sozinha, eu não prestei atenção no horário. — conferindo novamente a hora no canto da tela do computador, Travis percebeu que realmente havia ultrapassado o limite de tempo. — Não senti muita fome ao decorrer do dia, talvez isso tenha atrapalhado. Mas obrigada, de verdade.
Estendendo a mão, ele tomou o prato que ela lhe oferecia e a bebida numa taça cara demais para um simples almoço de escritório. Entretanto, desde que havia recebido a comida, ele não tocou nela. Pelo contrário, a refeição ficou naquela bancada junto com a bebida e o seu olhar continuou direcionado à ela, ao mesmo tempo em que Taylor se recostava na parede mais próxima do cômodo e o devolvia o olhar com uma serenidade sofisticada e, ao mesmo tempo, nula.
— Senti sua falta durante o dia, sabia disso? — tentando puxar assunto, ele incita uma conversa.
— Bom, não parecia. — o falso tom de humor brilhou em sua voz.
— Me desculpe por isso, então. — retratando-se enquanto pisava em ovos com a cantora, ele esticou o braço em direção à ela. — Me perdoa? Vem aqui.
Fazendo força para mover as pernas até chegar à ele, Taylor parou diante de Travis com os braços cruzados, apesar da feição do rosto estar parecendo mais calma do que antes. Ele a abraçou pela cintura, ainda que sentado e ela de pé, e a beijou na lateral do quadril que escapava dos shorts curtos do qual ela usava para aquela ocasião normal do dia.
— Babe… — aquele suspiro foi a prova exata de que ele havia conseguido desestabilizá-la, ainda seguindo com aquele beijo marcante na pele da cantora. — Travis.
— Vou continuar te beijando até você dizer o que está havendo. — ignorando a murmuração dela, Travis arrastou a ponta da língua até a cintura da loira e a trouxe para mais perto. — Eu conheço você, conheço bem demais para saber que há algo de errado.
O par de olhos azuis o olhou com incredulidade e desafio. Os braços de Travis se firmaram ao redor dela e a puxaram para baixo, até que ela se sentasse sobre o colo dele. Então, parando com as provocações, ele foi direto ao local onde cativaria todas as palavras dela, nem que fosse forçado a fazer com que a língua dela pronunciasse o seu nome com a febril e árdua força de seu orgulho encruado.
— Você acha mesmo que eu esqueci? — após soltar os lábios dela, ele sussurrou enquanto a olhava profundamente nos olhos. — Um dia ao seu lado é memorável demais para qualquer um. Mas um ano, é como viver o paraíso da eternidade. Eu nunca me esqueceria disso.
Levando a mão esquerda até o bolso, ele puxou uma pequena caixa de veludo e abriu em frente à ela, revelando um anel de compromisso decorado por pequenos e quase imperceptíveis cristais de ametistas e um caprichoso diamante rosa no meio da jóia. Brilhava e reluzia, assim como a película da lágrima fina que cobria, agora, a íris azulada da loira.
— Feliz aniversário de namoro. — como uma carta na manga, ele se orgulhou com a expressão de surpresa no rosto dela. Seu plano havia dado certo, era o que ele achava, até ela o esmurrar pelos ombros. — AI!
— Você tem noção de que eu passei o dia todo achando que você não se lembrava mesmo do nosso aniversário? — com um par de lágrimas descendo sobre o rosto, ela franziu o cenho. — Nunca mais faça isso comigo, Travis. Eu pensei que você não se importava.
— Meu bem, eu não te disse nada porque queria te fazer uma surpresa. Agora eu vejo que foi uma péssima ideia, eu não sabia que estava tão triste assim. — retratando-se, Travis rapidamente impôs a voz e a afirmou com seriedade. — Eu planejei uma noite inteira pra gente, pedi ajuda das suas amigas pra tentar de agradar do melhor jeito possível e eu estava prestes a ir te encontrar, mas fiquei acumulado aqui dentro. Isso também é importante pra mim, pode acreditar que sim.
— Sério mesmo? — tentando não sentir vergonha das próprias lágrimas e o claro ressentimento, ela olhou para o anel novamente e o rosto ardeu em um rubor violento. — Você fez isso tudo pra mim? É por isso que estava trancado aqui?
— Não fiquei trancado aqui por causa disso, eu realmente precisava corrigir algumas coisas do trabalho, já que deixei algumas pendências por conta da nossa viagem até aqui. — levando os polegares até o rosto dela, Travis limpou o rosto molhado da namorada e a beijou na bochecha, sentindo o gosto familiar de sal daquela umidade causada sobre a sua pele. — Quando tudo estivesse tranquilo, eu apareceria com o anel, flores e todas as outras coisas que eu sei que você ama. Até mesmo os gatos. Eu juro.
— Meredith não ia aceitar tão fácil. — tentando tranquilizar a própria mente depois de contestar que ele realmente não havia se esquecido, ela suspirou. — Isso está parecendo um pouco idiota agora, não é? Me desculpa.
— Não, é compreensivo. Eu sei o quanto você aprecia essas datas porque elas não são simples datas, falam de momentos que são especiais pra você. — buscando os lábios dela novamente, ele colheu aquele mesmo suspiro e reivindicou uma suave respiração para os pulmões dela, antes de roubar o seu fôlego. — Eu sou o homem mais afortunado do mundo por viver cada segundo desses dias ao seu lado. Esses momentos não foram apenas momentos para mim também.
Ainda com os olhos marejados, ela sorriu timidamente e o abraçou até que o corpo se cansasse da força de rigidez dos músculos ao tentar apertá-lo entre os braços. Travis a manteve em seu colo até que ela chegasse ao ponto de conforto que lhe fizesse acalmar os próprios ânimos, o que certamente funcionou pela fala que saiu de sua boca em seguida.
— Eu te amo. — a declaração, já muito bem conhecida por ele, escapa dos lábios dela. — Feliz aniversário de namoro.
Novamente, a serenidade recai sobre o casal, enquanto o abraço se intensifica e, em seguida, se afrouxa em uma comodidade mais do que prazerosa e íntima. A caixa daquela mesma joia magnífica fora aberta novamente e, em uma cena cerimonial e apaixonante, o homem de grande estatura fez sair a antiga aliança do dedo anelar de sua preciosa companheira e agora, com a mão desnuda dela, ele posicionou o diamante e as ametistas para o lugar pertencente para o qual foi criado.
— Por que outra? — intrigada, além de fascinada pelo quanto a joia havia caído bem em sua mão, ela o perguntou repleta de atenção. — Seria essa uma renovação de votos? Não somos casados.
— Não somos casados ainda. Mas sim, acho que a ideia é quase essa. — beijando a costa da palma da mão da loira, ele entrelaçou seus dedos e a direcionou um olhar cheio de afeto. — Eu ainda me lembro do primeiro voto que fiz a você. Eu te disse que tentaria. E, a partir do momento em que você me permitiu tentar, eu fiz de tudo para que valesse a pena. Assim como no início, isso nunca vai mudar. Vou continuar tentando te conquistar, todos os dias da minha vida, nem que eu seja taxado de idiota ou então um louco. A cada troca de alianças, seja de mais um ano sendo seu namorado ou o seu marido, não será apenas a renovação de um voto, mas a afirmação de que a minha tentativa ainda é e sempre vai ser você.
— Eu esperaria todo esse lirismo de mim, acho que estou um pouco em choque. — interpretando uma gargalhada bem-humorada e sadia, ela mesma o trouxe para mais um beijo, calmo e quase poético de tão doce, fervente e sutil ao mesmo tempo. — É o presente mais lindo que já ganhei de alguém, obrigada. Você realmente me surpreendeu.
— É a convivência. — as mãos grandes voltaram a repousar ao redor da cintura da loira e, imediatamente, todo o local foi elevado ao aconchego daquele amor puro e inteligível. — Agora, você ainda precisa me responder. Aceita me acompanhar pelo resto da noite que eu preparei para nós dois?
— Planejou mesmo uma noite pra gente? — um pouco desacreditada e desconfiada, ela lhe lançou meio sorriso. — Onde?
— A pergunta está submetida à necessidade de uma resposta clara: sim ou não. — não atendendo ao alarde da curiosidade da loira, ele continuou. — É uma surpresa, meu bem.
— Eu tenho ansiedade, Travis. — ela disse, como se fosse óbvio. — Você não pode simplesmente me deixar à deriva dos meus próprios pensamentos.
— Eu te faço um chá até lá. — não dando trégua, ele a beijou novamente e riu quando ela se levantou do colo dele, um pouco insatisfeita por não ter sido respondida. — Esteja pronta às 19h.
— Não disse que vou. — claramente zombeteira, ela o olhou por cima dos ombros antes de sair pela porta. — Trate de comer dessa vez.
— Eu sei que você vai. — não se deixando abalar, o atleta puxou o prato para perto de si e tentou voltar a atenção para o computador que ainda estava ligado. — Te vejo às 19h.
A porta fora fechada educadamente, deixando o tight end sozinho outra vez naquela sala de escritório e, agora, com um sorriso satisfeito e tranquilo no rosto para voltar ao trabalho antes de finalizar sua tarde e dar início ao que tanto ansiava para mostrá-la. Já ela, ansiosa novamente, mas agora com o coração e a mente em paz, corria com um ímpeto adolescente pela casa em busca do caminho mais rápido para chegar até o próprio quarto.
Quando abriu a porta do aposento, não demorou muito para que ela se jogasse na cama e, agarrando os travesseiros, começasse a se debater de felicidade entre os tecidos de algodão. Erguendo a palma da mão, ela visualizou novamente aquela linda e adorável pedra preciosa e respirou fundo, como se o coração acelerado estivesse não somente agitando-a por dentro, mas sufocando toda e qualquer fonte de ar que pudesse existir dentro de si.
Tudo nela transbordava aquela nova sensação de ternura e afabilidade, algo que, realmente, somente Travis poderia lhe causar, fazer existir e efetuar. Era ele, correndo por suas veias, explodindo sua mente e dilacerando seu coração, bem ali, ou onde quer que fosse.
Tudo nela transbordava ele, como um oceano tomado pela força das ondas impetuosas de uma paixão imprevisível e louca. Tudo o que movia ela era composto pela mesma emoção que ele nutria ao senti-la, como dois espíritos guiando uma só alma. Como se tudo nele também transbordasse a mesma força que ela carregava e distribuía com a sua graça e benignidade. Um para o outro.
E ele, no fim das contas, era feito dela.
***
Pontualmente no horário marcado, às 19h, Taylor descia as escadas enquanto se apoiava no corrimão adornado como em uma maldita cena de um filme clichê, percorrendo com os olhos pelo assoalho do chão antes que as íris azuis encontrassem os olhos dele, esperando por ela com o maior dos olhares de admiração que algum dia a cantora pudesse ter recebido em sua vida.
Ele tentou fazer com que a reação fosse simples e nada exagerada, mas vê-la debaixo de um vestido longo em um marsala escuro profundo era demais para ele. Alças finas, quadril e cintura modelados, um recorte perigoso de uma fenda na lateral esquerda do vestido, deixando à mostra a base da coxa e o restante do comprimento das pernas, junto de um par de saltos altos e os mesmos lábios, acentuados por um vermelho cereja vibrante, despertando a total atenção dele.
— Você se esforçou. — chegando perto, o timbre suave e atraente da voz dela o desnorteou. — O corte caiu bem em você, Kelce.
Ostentando um sorriso orgulhoso na face, ela mordeu os lábios e estendeu a mão para tocar no cabelo dele, agora crescido o suficiente para o bel-prazer dela, sem notar que Travis não havia esboçado reação alguma ainda além daquela clara e evidente admiração e desejo ao visualizá-la em sua frente, com os olhos marcados por uma linha d'água negra, o cabelo escovado com pontas onduladas e o delicioso perfume doce que exalava de cada ponto quente característico do corpo dela.
— O que foi, estou tão bonita assim? — provocando-o, ela chegou ainda mais perto, praticamente colando os seus corpos. — Se eu soubesse, teria escolhido algo mais simples.
— Você sabe que é linda. — ignorando a presunção dela, por seu próprio bem, Travis respirou fundo antes de levar suas mãos até acima da cintura da loira. — Nada do que você vista ou deixe de vestir vai mudar isso. Você é perfeita.
— É mesmo? — sorrindo cinicamente, ela arrastou as mãos para o antebraço do atleta e o acariciou com a ponta das unhas, o anel brilhando em seu dedo com um imenso capricho. — Então me diz o quanto eu sou linda pra você.
— Quer que eu te fale ou te mostre? — reduzindo a voz a um nível baixo, ele sorriu de lado enquanto massageava o corpo dela com a palma de suas mãos. — Quer que eu faça você sentir?
O olhar desinibido da cantora provocou um calor atrevido no interior do jogador, seguido de um balanço positivo da cabeça dela em resposta à ele. Sendo assim, retirando as mãos dela, ele agachou perante ela como se fosse fazer um grande pedido, ou então, acabar com toda a resistência que ela pudesse guardar dentro de si, desarmando-a com apenas uma investida.
— Cada parte sua é magnífica. — olhando-a de baixo, com a cabeça erguida, Taylor parecia inalcançável para ele. — Desde isso…
A boca dele resvalou-se sobre o joelho dela, subindo em um beijo imparável por a pele descoberta pelo decote da fenda, até chegar à coxa e se surpreender com um detalhe inusitado e ardiloso demais para ser comentado naquele momento. Então, ele seguiu com os lábios até chegar sobre o tecido do vestido no busto, as mãos percorrendo a parte de trás do corpo dela em apertos firmes, os glúteos, a cintura e novamente as costas.
Vê-lo naquela posição, abaixo de si enquanto era acariciada por seus lábios, foi um golpe extremamente baixo a ser lavado pelo tight end à cantora. Ela precisou se manter firme durante aqueles segundos perigosos, ao mesmo tempo que ele continuava a subir com a boca, arrastando-se no topo dos seus seios enquanto sua mão massageava os seus ombros e, finalmente de pé outra vez, ele alcançava o pescoço dela.
— Até isso. — e, sem delongas, os dedos circundam o pescoço dela até os lábios vermelhos ficarem entreabertos e os seus olhos faíscassem de lascívia. — E isso também.
A maneira como ele a beijou, com uma força e avidez inesperada, fez com que Taylor quase caísse para trás, se não fossem as mãos dele a segurá-la possessivamente. Ela teria reclamado, se fosse em outro tempo, pela forma com que ele a pegou desprevenida, mas admitiu que estava com saudade de ter sentido aquela eletricidade toda durante o dia em que estiveram distantes um do outro.
Então, agora que o tinha para sua total disposição, aproveitar tudo o que ele poderia lhe proporcionar era mais do que uma ideia agradável para ela, seria como a recompensa de uma caça ao tesouro onde ela, somente ela, poderia e seria capaz de ganhar.
— Eu amo você. — Travis diz, logo após soltar os lábios dela como se não tivesse acabado de tirá-la do eixo. — E eu amo tudo em você.
— Eu também te amo, de todos os jeitos. — tentando recuperar o fôlego, ela o abraçou e, em seguida, ergueu o corpo para lhe deixar um beijo na bochecha. — Inclusive, já disse que amo ver você assim? Ternos caem bem em você, babe.
— Não usa esse tom de voz… — além de se sentir verdadeiramente garboso pelo elogio, agora ele estava se sentindo à deriva do desejo de agarrá-la novamente. — Eu quero conseguir te levar pra sair, senão vamos ter que perder mais uma noite na cama.
— Eu não negaria, mas tudo bem. — soltando-se daquele abraço, ela ajeitou a própria roupa e passou a mão pelos cabelos, antes de puxar um pequeno espelho na bolsa minúscula que Travis sequer havia notado nas mãos dela, conferindo o batom nos lábios e o restante da maquiagem. — Vamos indo?
Despreocupada, ela voltou à postura de antes e se pôs de frente a ele ao esbanjar confiança e serenidade. Ele a admirou com um sorriso bobo novamente e acenou, concordando que era chegada a hora de sua partida, fazendo crescer ainda mais um pouco a ansiedade da loira.
Eles seguiram de mãos dadas até o carro, enquanto, durante o caminho, conversavam sobre a noite que lhes esperavam. Taylor soube, através do namorado, que a surpresa havia sido preparada à semanas atrás, mas ajustada para outro cenário quando Taylor decidiu passar alguns dias na cidade Natal, fazendo Travis mudar toda a rota dos planos com a ajuda de ninguém mais e ninguém menos do que a própria mãe e o pai da loira.
Além disso, Travis também havia se esforçado para obter um pouco mais de ajuda jurídica, como o contato pessoal com a responsável pelas relações públicas da cantora, a amável e intimidadora Tree Paine, que não havia medido esforços para ajudá-lo a organizar uma noite segura e confortável para os dois, assim como as diretrizes da pequena viagem que eles fariam, ainda que Taylor não soubesse daquele fato, pelo dia seguinte naquela mesma costa.
— Eu não sei para onde estamos indo, mas se foi preciso de tanta ajuda e observação assim, quero acreditar que vá valer a pena. — bloqueando a tela do celular, Taylor apoiou a cabeça nos ombros do atleta ao tempo em que eles seguiam caminho dentro do carro. — Estamos indo pegar o jatinho?
— Jatinho? — ele perguntou, confuso.
— Eu vi as malas. — direcionando-lhe um sorriso espertalhão, ela disse com a animação de quem havia desvendado um mistério. — Vamos lá, além disso, você não achou mesmo que eu não notaria a falta de algumas peças de roupa no meu closet? Espero que tenham escolhido bem. É uma viagem?
— Tudo bem, você venceu. — entregando os pontos, ele riu derrotado. Taylor gargalhou e roubou um selinho de seu homem, agora um pouco desconcertado. — Sim, é uma viagem. Mas não usaremos o seu jatinho dessa vez.
Foi o último que ele disse, deixando-a com aquela mesma pulga atrás da orelha de antes, mas sem revelar a ela o que a loira tanto queria saber. Eles seguiram confortavelmente até o destino final, onde seus seguranças lhe deixaram de frente a uma trilha desconhecida para a loira.
— Eu não consegui prestar atenção direito no caminho que percorremos até aqui, mas eu sei que é distante da cidade. — assim que desceu do carro, com o auxílio do namorado, ela concluiu. — É mais fresco aqui, quase úmido. O clima estava mais quente antes.
— Não tem problema, a gente esquenta ele mais tarde. — lançando-lhe uma cantada piamente cafajeste, ele cativa uma gargalhada dela. — Vem, só vamos precisar andar mais um pouco.
— Vão ficar com a gente? — educadamente, ela perguntou para os seguranças logo atrás enquanto ainda estava perdida. —
— Não será necessário, Senhorita. — um deles responde à pergunta da cantora, se afastando mais um pouco para que o casal seguisse em frente. — O senhor Kelce cuidará de tudo, já está combinado. Ficaremos em alerta caso precisem.
— O Senhor Kelce é confiável o bastante para cuidar disso sozinho? — bem humorada e provocativa, ela volta a conversar com o guarda-costas. — Vocês disponibilizaram pontos de comunicação estratégicos para que eu possa me esconder e acioná-los quando estiver em perigo?
— Que falta de fé em mim. — fingindo estar afetado, ele parou o passo e ela riu alto, arrastando-o para que seguissem novamente à frente. — Fale para ela, por favor!
— Não se preocupe, a Senhorita está em boas mãos. — o segurança tranquilizou, sorrindo com a boa energia que o casal transmitia ao seu redor. — Mas, se precisar, vamos estar aqui em um segundo.
— Obrigada! — ainda sorrindo, ela agradeceu e enroscou os braços ao redor de Travis. — Amor, acho que estou um pouco nervosa.
— Não precisa ficar, já estamos quase lá, vem aqui. — colocando-se atrás dela, Travis cobriu-lhe os olhos com a palma das mãos e guiou os passos dela com o impulso do seu corpo. — Estávamos andando dentro de um túnel. Talvez agora você já comece a ter uma ideia de onde estamos.
De olhos fechados, a escuridão poderia potencializar a sua ansiedade e nervosismo, mas Taylor se sentia estranhamente segura daquela forma, sentindo o calor do corpo do namorado atrás de si, protegendo-a e lhe guiando por aquele caminho desconhecido; Mas altamente confiante de que ele estava se dedicando ao melhor para ela e aquela noite mágica que se iniciava com uma sequência de beijos corrompidos e risadas que faziam cócegas na alma, assim como deveria ser e, afortunadamente, era e é desde o princípio.
Em poucos segundos, Taylor sentiu uma brisa diferente soprando contra o corpo. A barra do vestido se levantou poucos centímetros do chão, o cabelo passou para trás dos ombros e o barulho cortante do vento quase a assustou quando chegou em seu ouvido.
Travis a libertou de suas mãos, antes vendando os olhos da cantora, e a abraçou totalmente por trás, beijando o ombro desnudo da loira e esperando a sua reação. O primeiro que ouviu foi o som de um suspiro forte, quase como uma respiração profunda e, depois, um riso cheio de descrença e animação.
— Você alugou um Iate? — ela finalmente diz em uma pergunta.
Sorrindo o mais largo que conseguia, Taylor sentiu as bochechas doendo enquanto ainda admirava a vista em sua frente. A noite, ali naquele lugar, parecia ainda mais bonita. O céu estava limpo e sem sinais de chuva, estrelas brilhantes e aparentes decoravam a negritude ao redor da lua, resplandecendo a visão daquela grandeza da galáxia sobre o mar um pouco mais a frente.
— Eu comprei o Iate. — sussurrando no ouvido dela, Travis fez Taylor estremecer. — Ele é seu agora.
— Não. — a descrença falou mais alto, ao passo que ela se voltava para ele em um impulso rápido e desesperado. — Nem fodendo.
Incrédulo pela entoação que ela trouxe ao palavrão inesperado por ele, Travis riu e a puxou pela cintura. Ele não era acostumado a ouvi-la xingar com tanta frequência e, todas as vezes que acontecia, era sempre por um motivo de muita indignação e se tornava extremamente engraçado em certo ponto, à não ser quando ela assumia a postura brava e nada delicada do qual ele estava acostumado. Mas ali, agora, ele não conseguia discernir o que ela estava sentindo.
— Travis, você não pode ter feito isso. — com os olhos arregalados, ela se agarrou aos ombros dele. — Amor, eu estou falando sério, depois do anel e das flores, Travis, aquilo já havia sido caro demais!
— Esse relógio no meu pulso que, aliás, foi você quem me deu hoje pela tarde, também não foi nada barato. — defendendo-se, ele baixou o rosto para beijá-la, mesmo que ela ainda estivesse em choque demais para retribuir o beijo. — As pessoas não saem para comprar diamantes numa feira de esquina.
— Tudo bem, okay, foi uma compra grande, MAS UM IATE!? — ela quase gritou, ignorando o fato de que os seus seguranças, metros atrás, estavam ouvindo a conversa dos dois. — Isso deve ter custado uma fortuna! Meu Deus. É lindo. Mas..
— Princesa, relaxa, não custou nada além do mínimo que você merece. — segurando-a pelo queixo, Travis a fez olhá-lo dentro dos olhos. — Eu poderia sim ter alugado o Iate, mas estive pensando em nós dois e nas nossas viagens futuras. Pensa por um lado, podemos usufruir dele sempre que quisermos. E você vai ter todo o conforto que precisa sem precisar se preocupar com mil e uma burocracias. Se te conforta, a única coisa que eu aluguei foi essa parte da costa.
— Não acredito nisso… — fechando os olhos, ela balançou a cabeça e apenas recebeu o beijo que ele deitou sobre os lábios dela. — Babe, de verdade, isso é incrível. Inacreditável. Eu queria muito fazer você devolvê-lo, mas não iria adiantar nem mesmo se eu tentasse. Obrigada.
— Faço de tudo pra te ver feliz. — voltando a abraçá-la, Travis a trouxe para o seu peito e distribuiu beijos pelo topo da sua cabeça. — Você quer entrar pra ver?
Sem forças para dizer qualquer coisa racional, ela apenas sorriu e acenou positivamente, saindo delicadamente daquele abraço forte e segurando nas mãos do seu destemido e imponente namorado. Antes de seguirem, Travis fez sinal para os homens à sua retaguarda e, dali por diante, Taylor e ele seguiram juntos à sós, assim como ele almejava.
Não havia nenhuma outra embarcação naquele local, somente o iate da cantora e o mar sereno que era praticamente dividido em um lago deserto, se não fosse por suas águas salgadas, privado por aquela noite apenas para o deleite do casal, seguindo à uma pequena ilha a metros de distância.
Ele ajudou-a a subir e, em seguida, foi junto dela para dentro do compartimento de embarque. O ambiente era amplo e espaçoso, com o pavimento do chão feito em madeira clara e os móveis em tons de bege e branco. Todo o local estava iluminado por uma luz amarelada e confortável aos olhos, assim como a decoração aconchegante preparada para o casal em celebração da data mais importante de seu relacionamento.
Travis havia optado pelo mais simples, apesar de todo o capricho e cuidado com os detalhes. Ele sabia que ela amava as flores, mas não pediu que deixassem pétalas jogadas ao chão, ao contrário, pediu vasos para ficarem distribuídos por todos os cômodos, criando assim um ar romântico do qual nunca havia lhe pertencido, mas que agora se desdobrava para esbanjar apenas para o deleite de sua amada.
Empolgada e ainda sem acreditar que aquilo era mesmo real, Taylor observava cada detalhe com encanto, apertando ora ou outra a mão de Travis entre a sua como um claro e evidente sinal de que as palavras haviam sido roubadas de si, até que eles chegaram até a mesa posta, ao lado onde a vista do céu e o vento da brisa noturna eram presentes, e a loira encontrou um belo e adornado jantar posto diante dos dois.
Haviam velas protegidas por uma espécie de lamparina ao redor, sem risco de serem interrompidas pelo vento, um balde de gelo com champanhe, vinho e conhaque, louças nobres e o nome de cada um gravado na ponta das toalhas sobre os assentos. Para o jantar, estava servido salada caesar, risoto caprese, torta de morango e uma variedade das frutas que ela mais gostava para desfrutar na sobremesa.
— E aí, o que você achou? — mesmo ela já tendo dado sua opinião, Travis queria ouvi-la dizer. — Você gostou?
Taylor parou novamente para observar o ambiente. Rodeou a mesa, atenta a cada detalhe presente ali, olhou para o céu, deu meia volta pela borda do barco e respirou o ar fresco que soprava do mar para a embarcação, voltando-se para ele e caminhando em sua direção.
Tudo ali em volta era digno de apreciação e cativante demais para qualquer um, mas ele só conseguia prestar atenção nela e naquele caminhar forte e elegante, a maneira como o corpo dela seguia um ritmo calmo e quase soberbo por tamanha confiança e graça em cada passo. No final, ela sorriu e os seus olhos azuis brilharam intensamente.
— Não sabia que você era tão romântico. — amenizando o clima de tensão, parando a poucos metros dele, Taylor cruzou os braços e jogou a cabeça para o lado. — O que vai vir depois, você vai batizar uma estrela com o meu nome?
— Se fosse para batizar o nome de alguém em homenagem ao seu, eu com certeza o faria. — acatando a sugestão humorística dela, Travis a imitou ao cruzar os braços. — Mas com um de nossos filhos, não uma estrela.
— Nossos filhos? — surpresa, ela arqueou uma sobrancelha e, devagar, continuou a caminhar até a ele. — O que te faz pensar que teremos um?
— Um não, eu quero vários. — decidido, ele tentou não se intimidar com o olhar provocativo dela, olhando-o com o queixo erguido. — Vamos encher a casa de menininhas loiras e garotos que com certeza vão puxar o gênio maravilhoso do pai.
— Não quero que meus filhos sejam cafajestes igual a você. — sem descartar a possibilidade do acontecimento, ainda que fosse um pensamento muito distante a ser pensado, Taylor embarcou naquela onda aconchegante de intimidade. — E, óbvio, irei proteger as minhas garotas de qualquer jogador de futebol que possa aparecer em seus caminhos. Não quero que elas percam a cabeça igual a mãe.
— Ah, sim, até mesmo porque você não vai poder contar para elas o jeito que eu te faço perder a cabeça. — ousando, ele também se aproximou até colidirem um contra o outro. — Ou então como você implorava pra perder ela.
— Kelce… — sorrindo de lado, a voz dela saiu em um tom perigoso.
— Eu poderia fazer você implorar de novo, bem aqui e agora. Sabe, também preciso dizer que gosto de te ver assim. — descendo o olhar para os decotes do vestido, Travis a devorou sem nenhum pudor ou vergonha. — Essa cor cai bem em você, Alison.
— Sério mesmo? Bom saber. — tocando o peito dele, ela se apoiou e se pôs na ponta dos pés, fazendo ele automaticamente descruzar seus braços e lhe segurar pela cintura. — O vestido não é a única coisa dessa cor.
Erguendo o máximo do rosto, ela alcançou o pé do ouvido do atleta e praticamente ronronou aquela última frase, baixo e suavemente, adoçando a própria fala de um jeito extremamente impudico e atrevido.
Travis, na mesma hora em que se arrepiou com a opugnação da mulher em seus braços, tentou roubar dela mais um veijo para que aliviasse a sua carne daquele desejo irrepreensível do qual se acomulava dentro dele mais e mais a cada novo movimento da cantora, mas ela esquivou-se e se afastou com um sorriso ainda mais largo e descarado.
— Vamos comer? — ela sugeriu, provocando em Travis a menção de uma resposta nada indecente. — Afinal, vamos passar a noite aqui ou ainda iremos navegar para outro local?
— Não, meu bem, vamos ficar aqui esta noite, por segurança. — ele a tranquilizou, rodeando a mesa e puxando a cadeira para que ela se sentasse. — Espero que você goste.
— Ah, esqueci de mencionar. — antes que se sentasse, ela o alcançou em um beijo carinhoso e quase longo demais para o seu autocontrole. — Eu amei. Cada mínimo detalhe. Você é incrível, Travis.
O atleta lhe respondeu com um sorriso espelhado, tão contagiante que ela não conseguiu deixar de sorrir junto. Ela se sentou à mesa e, após deixá-la devidamente acomodada, Travis fez o mesmo. A mesa não era extensa ao ponto de separá-los por muitos centímetros, apenas o bastante para que a variedade de pratos fossem distribuídas entre os dois, mas ainda assim, eles permaneceram mais próximos do que nunca.
Ao redor, eles estavam abraçados pela escuridão total do mar em sua volta, exceto pela iluminação do próprio Iate, resplandecendo aquela fonte de luz em um feixe feito na água abaixo deles. Naquelas últimas noites de verão, o calor começava a se esvair lentamente, deixando apenas uma sensação confortável de calidez e uma brisa febril que, certamente, se tornaria mais fria dali a alguns dias; Trazendo a lembrança de que deveriam aproveitar aquela despedida da estação cruel e impetuosa do qual havia aproximado aqueles espíritos de ar e fogo.
Afinal, dois elementos como estes eram um tanto incomum, imprevisível e curioso demais para a ciência da astrologia. E, ao mesmo tempo, a melhor combinação existente, se fossem assim regidos pelo princípio da constelação primária. Aliás, apenas um componente era capaz de alastrar as chamas. Afinal, o ar é composto de oxigênio e, sem o oxigênio, não há fogo para que se incendeie.
Era uma necessidade perigosa. Ele potencializava o que havia de mais instigante e ardiloso nela e a mesma, por sua vez, o trazia a mais clara e presente emoção da constatação de um fenômeno vivificante e envolvente, fascinante assim como a força da combustão que emanava de seus olhos azuis e as brasas que fluíam dos sussurros que escapavam de seus lábios vermelhos.
Raios solares estavam presentes nos fios loiros de cabelo e, tudo o que ela precisava, era que Travis lhe trouxesse o incêndio. Ele era o seu fôlego, seu impulso e o vento que espalhava a flama incessante do seu interior. Ela poderia respirá-lo, refazê-lo e destruí-lo. Mas, dentre todas essas coisas, ela escolheu a mais sutil e, sem saber, a mais aprazível e dilacerante para ambos.
Ela passou a amá-lo.
E ele, por si mesmo e pela própria conduta de devoção àquela que havia lhe trazido de volta à vida, nunca mais seria livre. Estava amarrado e agarrado a paixão irresistível em cada curva quente o bastante para fazê-lo se atrair por cada centímetro da estatura óssea daquela loira, deixando-o com a mente febril e o coração bagunçado. Era o mesmo sentimento, queimando e se alastrando.
Ele também a amava.
***
— E pra você, como foi viver o ano mais caótico da sua vida? — com o sorriso mais frouxo e tranquilo possível após as inúmeras taças de champanhe, Taylor direciona a pergunta para o jogador em sua frente. — Como foi ter sua vida ainda mais exposta, ser julgado por informações falsas, ter que ouvir meu nome sendo mencionado em cada entrevista do seu próprio trabalho e ser perseguido por minha conta?
— UAU, eu esqueço o tanto que você consegue ser autodepreciativa. — gargalhando, ainda que um pouco preocupado por saber que aquele era realmente o ponto de vista dela, Travis tentou amenizar o clima. — Sabe que eu não vejo nada disso assim. Minha vida já era exposta o suficiente e, mesmo que não fosse, se for pra deixar algo exposto, quero que saibam que eu amo você. Eu nunca vou reclamar de afirmar, quantas vezes for necessário, em cada entrevista, cada notícia ou ação em público, o fato de eu estar apaixonado por você. Eu não sou o único a me arriscar aqui. Eu sei que escutar que você arruinou o futebol, a cada vez que aparece naquele estádio, também é difícil. Mas você está lá por mim, não é? É o mesmo que eu faço por você.
— Ah, eu já estou acostumada a receber ódio apenas por existir, Travis. — mesmo que aquilo fosse um fato verídico muito triste de sua vida, enquanto falava, Taylor não parecia afetada. — Mas ter que trazer alguém para essa mesma bolha se torna muito mais doloroso para mim do que passar por isso sozinha. É como se eu nunca pudesse te dar a paz que você precisa. Que nós precisamos para ficarmos juntos.
— Não quero ficar aqui especulando quem foi que te fez acreditar que precisa ser doloroso. Quando duas pessoas estão dispostas a fazerem dar certo, as coisas simplesmente se ajustam. — deixando o copo de conhaque de lado, ele tocou a perna dela por debaixo da mesa e a acariciou com delicadeza, trazendo a panturrilha dela para colocar sobre a base do seu próprio joelho. — Se continuar achando que deve agir e ser como um Deus na vida de alguém, você nunca vai se sentir realizada. Há pessoas que não têm paz por conta própria, não vai ser você que vai mudar isso. Pessoas infelizes não conseguem se tornarem felizes perto das outras, ao contrário, elas apenas sugam a felicidade alheia e te adoecem. Você não precisa dar paz a ninguém. Ao contrário, precisa de alguém que esteja disposto a aceitar que você não pode fazer isso.
Os polegares dele se arrastaram pelo calcanhar e, em seguida, abriram a fivela do salto, libertando o pé dela da sandália alta e cintilante. Ao tempo em que ela sentia as mãos de Travis enluvando os seus dedos e massageando as suas juntas com extremo carinho e sensualidade, Taylor levantou seus olhos para mirar dentro dos de Travis, descobrindo a esfera âmbar e esverdeada dos orbes dele bem atentos aos seus.
— Você tem razão. Acho que, de todas as coisas que eu desejo proporcionar a alguém, no final, acabo não cumprindo com nenhuma dessas promessas. — ela relaxou o corpo, colocando a outra perna também acima da dele, fazendo-o tirar o outro salto e voltar a atenção para ela. — Não sou boa em presentear. Eu gostaria de ser um pouco mais humana, de me sentir mais humana, mas acho que sou sensível demais para isso. Sabe, você me deu um diamante. Um Iate. Flores. Champanhe e um vinho branco. Eu só queria um amor de verdade.
— E eu posso te dar isso. Assim como posso te dar todas essas outras coisas. Eu sei que você preza pelo essencial, mas, se for para pensar a fundo, você não se contenta só com ele. Você não quer o básico, Taylor. E não vai ser eu quem vai te dá-lo. — o toque subiu até a base das coxas, a mão dele estava quente e firme de um jeito que Taylor não imaginava sentir, não tão repentinamente. — Você não é uma mulher que vive pelo essencial. Você quer algo além, algo maior, algo que te faça acreditar que você é digna. Você entrega algo para as pessoas que elas não podem materializar. Não é justo que você receba somente o básico por isso. Os esforços que eu faço é so para te relembrar que você precisa sim ser presenteada, precisa ter demonstrações de afeto além de um “eu te amo” e uma noite de sexo. Tudo o que você me deu, até aqui, vale muito mais do que toda a fortuna que eu possa esbanjar. Você sabe disso, princesa. Você vale mais do que isso.
— É engraçado que você me exalte tanto dessa maneira. Eu gosto do jeito que você me endeusa. Principalmente porque tudo o que eu posso te dar parece muito banal para qualquer um, menos para mim. Menos para você. — chegando no topo da fenda do vestido, Travis o arrastou para cima e descobriu a coxa dela, mesmo sem visualizar a pele debaixo daquela mesa, subindo com os apertos até que ela suspirasse. — A única coisa que eu posso te dar sou eu. As pessoas acham que eu dedico músicas à elas, álbuns, poemas. Mas tudo o que eu faço é um reflexo de mim mesma. Acho um pouco vergonhoso quem escuta os acordes que eu produzo pensando em qualquer outra pessoa que já passou ou está na minha vida. Todos eles, todas as letras, todas as notas, elas falam de mim. É tudo sobre mim. E eu poderia te dar tudo isso, tudo o que me está incluído em mim, mas você talvez não ficaria contente apenas com ele.
— Se eu não estivesse mesmo contente, eu não perderia todas as noites que tive ao seu lado sussurrando no seu ouvido o quanto eu amo você. Eu não perderia tempo limpando as suas lágrimas e te abraçando quando as coisas dão errado. Amar você, para mim, significa amar cada um dos seus detalhes. — puxando-a estrategicamente, a cadeira da loira se aproximou ainda mais do atleta, fazendo o contato de suas pernas ficarem ainda mais íntimas. Ela segurou a taça de champanhe na mão com mais força e Travis pôs a mão na parte interna, próximo à virilha dela. — Se tudo o que você puder me dar é você mesma, quero eu acreditar que todos os seus detalhes se incluem nisso. E, se eu ainda não tenho conhecimento de todos eles, por favor, eu quero descobrir. Eu quero que você me dê tudo de si, Taylor. Porque eu já sou seu.
Mesmo que estivessem altamente cercados pela atmosfera sensível daquela conversa, a nuance sensual dos detalhes daquela cena que se desenrolava entre ambos trazia um ar carregado de tensão sexual para a noite. As velas estavam quase pela metade, o champanhe já tinha acabado e tudo o que havia restado era uma garrafa de vinho pela metade e aquele copo de conhaque com gelo sobre a mesa.
O cheiro das flores estava marcante, rosas vermelhas e tulipas brancas. O batom dela ainda estava intacto, os olhos pintados de preto e o cabelo esvoaçante se movendo ao vento. Os olhos dele se penduraram na visão da boca dela entreaberta, respirando fundo a cada movimento que ele fazia em sua perna, desejando tocá-la de uma maneira que certamente a faria fraquejar.
— Eu posso te dar tudo. Meu amor, meu conforto, minha tristeza. Posso te dar as minhas mágoas, minha raiva, minha esperança… Posso te dar filhos, uma legião de gatos e uma música com o seu nome. Eu posso te dar o meu ódio, minha devoção e qualquer coisa que você me pedir entre quatro paredes. — saindo da base interna, Travis se infiltrou por dentro do vestido até alcançar a linha da barra da calcinha que ela usava, suscitando na loira uma surpresa inesperada e um calor que subia da ponta dos pés até a bochecha. — Meu corpo, minhas noites, meus sussurros. Posso te dar o meu clímax, gritar o seu nome e contar quantas vezes nós conseguimos chegar juntos até lá. Posso te dar o meu coração, te contar meus segredos mais sombrios e te incluir nos meus sonhos mais selvagens. A única diferença entre todas essas condições é que você não precisa de nenhuma delas, Travis.
Devagar, ele fincou os dedos na barra da peça e a deslizou para baixo, observando a reação dela, ficando cada vez mais corada e séria, com os olhos flamejantes em direção à ele. Quando Travis finalmente conseguiu pegar a peça em mãos, passando dos tornozelos dela, ele sorriu e o corpo vibrou de excitação.
Era exatamente como ela havia descrito. Da mesma cor do vestido, exceto pelo detalhe de renda praticamente transparente. Pequena demais para cobri-la da forma como ele imaginava, as alças eram finas e, naquele tecido, certamente caíam como uma segunda pele no quadril da loira. A boca dele salivou e, quando ele passou a ponta da língua nos lábios, Taylor se sentiu úmida.
— Eu já sou sua. — retomando o fôlego, ela completou a fala de antes. — Você tem tudo de mim.
— Minha. Certamente, tenho tudo de você. — deixando orgulhosamente a peça íntima dela sobre a mesa, Travis tocou outra vez a perna desnuda da loira. — Mas agora…
Voltando a escorregar com as mãos para dentro do vestido dela, Travis seguiu devagar até a fonte de desejo da cantora e Taylor se arrepiou por completo, segurando-se na base da cadeira e o olhando com os olhos arregalados. O corpo dela estava quente e, quando ele a acariciou, os dedos dele deslizaram pela carne escorregadia dela.
— Travis, por favor. — ela soltou uma lufada de ar.
Ela não sabia pelo o que ela estava pedindo. Olhou em volta e, debaixo daquele céu escuro e as águas desertas, uma baixa provocação daquelas ao ar livre intimidou um pouco a sua conduta correta. Ela não soube se estava implorando para que ele parasse ou então para que continuasse, agora que o corpo já estava preparado o suficiente para receber os seus gestos nada inibidos de carinho.
— Vai ter que me mostrar tudo o que você pode dar pra mim. — ele passou do clitóris para baixo e ela tremeu outra vez.
— Amor… Caralho, Travis. — ela revirou os olhos, sentindo-o entrar em seu núcleo vagarosamente. — Meu Deus…
— Seu corpo… Você disse que era meu, não disse? — de repente, a voz dele se tornou mais grave e rouca do que de costume, o que não ajudou em nada à cantora manter algum autocontrole. — Se suas músicas são apenas sobre você, eu quero escutar você cantando elas no meu ouvido. Quero que você cante como é bom gozar pra mim. Você está me escutando, Alison?
— Por favor, Travis… — ela pediu novamente, fechando os olhos e soltando um suspiro forte. — Aqui não.
— Não estamos em público, não há ninguém ao nosso redor. Ninguém pode nos ver aqui, ou você acha mesmo que eu não pensei nisso antes de te trazer pra cá? — com um sorriso safado, ele tirou o dedo de dentro dela e afastou suas mãos, estendendo em direção ao rosto e a boca da mesma. — A não ser que você grite, ninguém vai escutar a gente. Você vai precisar gemer bem baixinho. Consegue fazer isso pra mim, princesa?
Perdida no meio da linha tênue entre a apreensão e a excitação, Taylor precisou vistoriar novamente o ambiente ao redor e, depois de não pensar muito ou o suficiente para que se sentisse mais temerosa, ela se entregou ao desejo do momento. Claro, jamais poderia resistir aquele tom de voz repleto de sedução e o sorriso de lado de Travis, quase fazendo-a gritar para que ele lhe fizesse chegar ao ápice o mais rápido possível, mesmo sabendo que ele não faria aquilo.
Travis gostava daquela tensão das preliminares, gostava da aventura, de alimentar as expectativas. Ele gostava de fazer devagar para que quando finalmente estivessem juntos, um dentro do outro em sua totalidade, ele pudesse enfim fazê-la conhecer o paraíso. Ele não lhe daria um prazer rápido, fácil. Ela sabia, e sabia muito bem daquilo. Então, a menos que não quisesse acabar com todo aquele calor que invadia o seu corpo, Taylor precisou ceder, pelo seu próprio bem.
Ela afastou a própria cadeira e se levantou, com as pernas praticamente nuas e o vestido todo amassado. Quando chegou perto dele, Taylor o empurrou poucos centímetros para trás e se pôs entre ele e a mesa, mirando-o de cima enquanto Travis focava os seus olhos no dela.
— Tire isso. — mudando rapidamente a expressão de temor para uma de confiança e ganância, ela o ordenou, apontando para o terno. — Não quero nada cobrindo os seus braços.
Ainda mais excitado que antes, Travis sentiu o próprio sexo doer quando ela apoiou as mãos na borda da mesa e se inclinou para trás, assim que ele tirou o terno e a blusa social, deixando seu tronco, o peito, as costas e os braços totalmente à mostra. E, sem delongas, ela ergueu totalmente a perna que era exposta pela fenda, apoiando no ombro do atleta que rapidamente levou uma das mãos para o membro rijo e, a outra, se apoiou naquela mesma coxa à mostra.
— Se quer mesmo que eu goze pra você, vai precisar se esforçar mais um pouco, Kelce. — afastando mais os joelhos, ela lhe deu total visão da sua intimidade descoberta e sorriu astuciosamente quando Travis apertou com mais força o próprio sexo entre as mãos. — Não, não… Dele eu cuido depois. Agora, você só vai usar as mãos em mim.
— Como você quer? Quer que eu te foda com a minha boca? — quando ele perguntou, ela se limitou a apenas assentir, vendo os olhos dele brilharem em resposta. — Acha que vai conseguir se controlar enquanto eu estiver chupando você?
— Prometo que vou ficar bem quietinha. — ele a segurou pela cintura e trouxe o corpo dela para mais perto, fazendo-a sobressaltar. — Do jeitinho que você quer.
Balançando a cabeça, ele sorriu com os olhos e subiu mais um pouco o vestido dela, encontrando o que havia hora antes visto bem ali, quase como uma cinta liga presa em sua coxa, uma corrente fina de ouro com vários pequenos e quase imperceptíveis cristais transparentes. Um leg chain que circulava a parte daquela pele, antes coberta, e agora totalmente à mostra para ele.
— Posso saber o que é isso? — passando o indicador pela corrente, apertada demais para a quantidade dos músculos na perna dela, Travis perguntou com bastante interesse. — Você tem andado bastante safada ultimamente, não acha? O que aconteceu com aquela mulher tímida e cheia de vergonha de meses atrás?
— Ela nunca existiu, você só não tinha deixado ela com tanto tesão assim para perceber isso antes. — assim que Travis beijou a pele por cima do fio dourado, Taylor segurou a borda da mesa com mais força. — Mas, se quer saber, nunca tinha usado uma dessas antes. Espero que tenha gostado.
— Ficou perfeito. — ele acariciou em volta e mordeu, sem muita força, a pele um pouco acima dali. — Não quero que tire. Quero fazer você gozar com ela.
Foi o último aviso que ele lhe deu antes de afundar o rosto na cavidade dela e sentir os primórdios do gosto suave e prazeroso que fluía unicamente dela, arrastando a ponta da língua com supremacia e demora por cada centímetro da intimidade dada de bandeja apenas para ele. Ela mordeu os lábios, sentindo-o escorregar pelo seu ponto mais sensível e esfregar as papilas digestivas ali até que ela finalmente cedesse à um gemido rouco.
— Seu gosto é uma delícia, nunca vou me cansar de provar ele. Se eu pudesse, passaria o dia inteiro com a minha língua dentro de você apenas para manter a lembrança do seu gozo na minha boca. — afastando o rosto para poder voltar a olhá-la nos olhos, mesmo que os olhos dela estivessem agora fechados, Travis se preparou para uma nova tentativa de prazer à ela. — Mas acho que eu posso melhorar.
Esticando a mão até a mesa, ele tornou a pegar o próprio copo de conhaque que havia deixado pela metade e, sem muita demora, tomou todo o restante do líquido alcoólico presente no material de vidro, restando apenas um dos cubos de gelo entre os seus dentes. Então, aproveitando o fato dela não estar visualizando o que ele estava prestes a fazer, ele foi direto ao ponto perfeito para ludibriar a mente dela.
— TRAVIS! — sem conseguir conter, ela o chamou em um tom de voz alto demais. — Puta que pariu.
Quando ela sentiu a pedra gelada em contato com a própria intimidade, uma sensação nova de tremor e excitação invadiram o templo de seu corpo, não imaginando um dia poder viver algo tão inusitado e surpreendentemente bom como aquilo. Travis pressionou o gelo sobre o clitóris da mesma e, com suavidade, deslizou ali de cima para baixo até que a pele dela recebesse o prazer da ardência e dormência alucinante sobre aquela sensibilidade.
— Baixinho, princesa… — assim que o conteúdo finalmente derreteu, deixando apenas a boca dele com aquele mesmo frescor, Travis se dedicou à ela com bastante veemência. — Não quer que todos saibam o que estamos fazendo, quer?
De alguma forma, sentir o toque frio e, ao mesmo tempo quente pela agilidade do movimento da língua dele sobre ela, foi como receber um choque instantâneo no corpo, a queda e subida de temperatura oscilando em poucos e torturante segundos, uma sensação térmica de loucura e insanidade.
Com os lábios presos em cada parte dela, todo o suco de excitação que ela lhe proporcionava, agora, passava a ter um sabor licoroso. A mistura alcoólica e o líquido quente que escorria de dentro dela se tornava a substância mais embriagante do qual ele podia sequer se lembrar de algum dia ter experimentado. A cada nova sucção, o desejo de saciar a sede de bebê-la por completo aumentava, assim como cada gemido sôfrego que ela lutava para reprimir, reduzindo os sons de sua voz à suspiros abafados e respirações entrecortadas.
— Me toca, Travis. — atordoada, mas ainda não totalmente satisfeita, ela suplicou, levando a mão esquerda para o topo da cabeça de Travis, enterrada no sexo encharcado dela. — Eu quero gozar pra você.
Com um dos dos braços, ele circundou por completo os quadríceps da cantora, deixando à visão de seus bíceps saltados ao redor da perna dela, mantendo-a inteiramente segura nos braços dele. Acatando o pedido da mulher da sua vida, ele espalhou a lubrificação dela com os dedos pela parte externa e, em seguida, entrou devagar com dois dedos de uma vez para a vagina dela, fazendo-a se remexer sobre a palma da mão dele.
— Isso, Babe, bem devagar… — puxando-o pelo couro cabeludo, Taylor fez com que ele levantasse o rosto para ela. — Que gostoso.
A boca dele estava tomada, totalmente molhada, assim como o bigode e a ponta do nariz vermelho, mostrando as evidências do trabalho bem feito que havia sido executado nela. Quando Travis chegou no fim da penetração com os dedos, ele brincou com as digitais dentro dela e as dobrou, explorando o canal apertado com maestria.
— Rebola pra mim, princesa. — voltando a sair e entrar novamente nela, ele lançou a ordem, atingindo-a um pouco mais firme do que antes. — Me deixe saber o quanto a sua boceta está pronta pra mim.
— Quer que eu me mova como se o seu pau estivesse dentro de mim? — praticamente sem fôlego, Taylor retomou a postura autoritária, mas ainda submissa à vontade dele. — Quer saber como eu gostaria de ser fodida por ele agora?
— Você entendeu direitinho. — evacuando, ele deslizou totalmente para fora e entrou outra vez, interrompendo o contato pela metade. — Goza pra mim, Taylor.
Agarrando-se nos ombros dele, Taylor sentiu as pernas fraquejarem e não soube discernir se era reação do próprio desejo ou uma leve cãibra por conta da posição má favorecida. Entretanto, quando encontrou o refúgio do toque dele, ela não hesitou em jogar a cabeça para trás e balançar os quadris em um movimento circular, sentindo os dedos grandes de Travis alcançando lugares perigosos do centro dela, mapeando o caminho que só ele tinha poder de conhecer da maneira mais íntima declarada por ela, aquecendo o coração da cantora em cada batida descompassada.
O atleta voltou a posicionar a língua na região sensível do sexo dela e Taylor choramingou, recebendo uma bomba de estímulos violenta demais para fazer com que ela resistisse por muito tempo. Ela rebolou, sobre os dedos e o rosto dele, as mãos esbranquiçadas por fazer tamanha força ao segurar nas superfícies próximas à ela, apenas para não cair vergonhosamente ao chão toda vez que atingia um pico novo de prazer, como se tudo dentro dela estivesse derretendo e dissolvendo-se por um só lugar.
— Só mais um pouco… Ah, isso, Travis! — bêbada de tesão, ela revirou os olhos e olhou para as estrelas no céu acima de si, sem conseguir focar em nenhuma das esferas brilhantes, apenas na angústia prazerosa de sentir a boca dele sugando e os dedos fodendo a sua boceta escorregadia. — Porra!
Sufocando o grito do êxtase, ela mordeu o próprio braço até que o corpo terminasse de liberar toda a descarga elétrica gerada com o clímax extravagante que havia recebido. O corpo dela estava trêmulo e os olhos lacrimejavam, deixando sua visão turva por alguns segundos. Travis, percebendo o estado instantâneo que ela se pôs, logo após ele retirar os dedos e a boca da intimidade dela, a puxou pela cintura e a fez sentar sobre o seu colo.
— Então esse era o seu presente? — segurando-a pelo rosto, ele afastou os cabelos molhados pelo suor que escorria da testa dela e a beijou no pescoço. — Você se tremendo pra mim, com a boceta encharcada depois de eu te fazer gozar… Devo dizer que estou mais do que satisfeito.
Deixando que ela se recuperasse, ele não exigiu nenhuma resposta, apenas permaneceu admirando a forma como o rosto dela se iluminava com a saciedade total, fazendo suas bochechas rosadas assumirem um tom mais quente de vermelho, os olhos azuis escuros pela ação da pupila dilatada e a respiração ofegante fazendo o corpo dela balançar de uma forma apavorantemente sensual.
O tight end dos Chiefs segurou no braço que ela havia mordido para sufocar os seus gemidos e teve o impulso de beijar, delicadamente e com carinho, a marca avermelhada dos dentes dela cravados na pele esbranquiçada, seguindo com o mesmo carinho pelos ombros até chegar ao queixo e a boca da loira.
— Eu te amo. — amolecida, ela não consegue segurar as próprias palavras. — Amo você, muito além do que você imagina.
— Esquece o que eu disse antes. — segurando-a pela nuca, ele a puxou para outro beijo, terminando-o com um encostar de suas testas juntas e respirações trocadas. — Esse é o melhor presente que eu poderia ganhar.
A boca dela voltou para a dele e, em segundos, o espaço recaiu sobre um estado de graça e plenitude total. A língua dela agora testemunhava o seu próprio sabor, na língua, nos lábios e na saliva que conectava o beijo fervoroso entre os dois. As mãos dele, ao redor dela, a pressionavam com firmeza contra o corpo dele. E, sem deixar o ritmo cair ou então o corpo ceder ao cansaço, ela precisou de uma nova tática para recompensá-lo.
— Olha para mim. — segurando-o pelo pescoço, enquanto Travis a posicionava perfeitamente em seu colo, com as mãos possessivamente sobre os glúteos da cantora, ela cativou a atenção dele novamente. — Você vai acabar comigo essa noite.
— Não me parece um pedido. — atrevido, ele puxou mais o corpo dela para baixo, fazendo-a sentar sobre a excitação dele. — Poderia me explicar melhor?
— Ah, sim, eu vou. Eu não estou pedindo, estou mandando. — apertando o toque no pescoço dele, Taylor aproximou os seus lábios e o mordeu no inferior, recebendo um tapa forte que ele lançou em sua bunda, sobre o tecido do vestido. — Ah, acho que já entendeu, não é?
Ele bateu novamente e ela sorriu, como uma figura diabólica atraente, deixando Travis ainda mais agitado e ansioso por dentro. Devagar, ela friccionou o sexo descoberto por cima da excitação dele, coberta pela calça, e gemeu na boca do atleta quando os seus lábios encostaram um no outro.
— Você vai me levar pra dentro daquele maldito quarto, me carregar no colo como se eu fosse a porra da sua rainha e vai me fazer gozar de novo, quantas vezes a gente conseguir. — com um rebolado forte, ela se esfregou até que o tecido de alfaiataria estivesse molhado com a sua umidade, fazendo Travis soltar o ar pesadamente pela boca. — Você vai me foder como se eu fosse uma puta e me beijar como se eu fosse a sua esposa. Na posição que você quiser. Do jeito que você quiser. Está me escutando, Kelce?
Sem esforço algum, ele se levantou da cadeira com ela no colo, segurando-a pela base das coxas enquanto ela, diante da reação corporal dele, não fez nada além de apoiar os braços sobre os ombros fortes e deslizar as unhas pintadas de vermelho pelos braços do namorado, deixando uma linha esbranquiçada que se tornava, logo após, rapidamente vermelha com o arranhão.
O vento estava soprando um pouco mais forte, mas aquilo não o impediu em nada em continuar olhando-a nos olhos, caminhando com ela para dentro do compartimento do Iate sem nem ao menos tropeçar em qualquer canto ou ponto cego, como se ele já conhecesse aquele lugar como a palma de sua mão, assim como ele conhecia cada um dos segredos do corpo dela.
Assim que chegaram na suíte do Iate e fecharam a porta, Travis a desceu de seu colo e a pressionou contra a parede, escutando um grito quase mudo vindo da boca dela, tateando o corpo dela sem cerimônias ou demora, passeando por cima do tecido daquele vestido exuberante que, mesmo passando por todos os limites de prazer que ela havia alcançado, nem sequer havia sido retirado do corpo da loira ainda.
— Já disse o quanto você fica ainda mais gostosa a cada dia que passa? — pressionando as maçãs do rosto dela com uma só mão, ele a fez olhar para cima, o queixo erguido e um sorriso de lado brincando nos lábios dela. — Esse vestido te deixou magnífica. Em cada mínimo detalhe. Mas eu não posso mesmo esperar pra ver o que tem debaixo dele.
— Vá adiante. — com a voz espremida, ela se atreveu a provocá-lo. — Eu o comprei apenas para você tirar.
A última frase atingiu a cabeça dele como uma flecha cravada em sua fronte, o golpe final para que ele finalmente perdesse todas as estribeiras quanto à ela. Os dedos correram velozes para as alças do vestido, mas, ao descê-las, ele o fez com calma e satisfação, sentindo a visão do corpo dela ficando nu à sua frente causando um desfastio alarmante dentro dele.
Sem a peça íntima, tudo o que realmente cobria o corpo dela era o tecido marsala, exceto pelo leg chain que ainda estava preso em sua coxa e, assim como Travis já havia decretado antes, ele permanecia com a ideia de não tirá-lo dali, não antes de realizar tudo o que sua mente imaginava com ela.
Os seios dela saltaram em direção à ele assim que a peça desceu para baixo, Travis lambeu o vão entre eles e desceu imitando o movimento de retirada do vestido, beijando o corpo dela pelo busto, cintura e as pernas, até o tecido estar caído totalmente no chão, libertando-a e a deixando livre para ele.
— Quero que você guarde ele. — com cuidado, ele tirou o vestido do chão e o colocou sobre uma das poltronas no quarto. — E, toda vez que você vê-lo, seja em uma mala ou em um dos seus closet's, quero que se lembre exatamente do jeito que eu te fiz gozar usando ele. Entendido?
Apoiando as costas na parede atrás de si, ela apenas concordou com a cabeça, sentindo a temperatura ambiente abraçar o corpo dela e, em contato com a saliva que havia restado dos beijos que ele deixou em sua pele, arrepiar cada ponto beijado pelo atleta. Ele se afastou e tirou os sapatos, as meias e, em seguida, abriu os botões da calça.
— Não precisa de ajuda? — com um sorriso sugestivo, ela olhou diretamente para o zíper que seguia o botão abaixo. — Quer uma mãozinha?
— Quer mesmo me ajudar? Tudo bem. — caminhando em passos lentos até a ela, ele a pressionou novamente contra a parede e roubou um beijo de sua boca. — Mas eu não quero uma mãozinha.
Com a palma das mãos, ele apalpou os seios dela e, em seguida, beliscou os mamilos, fazendo-a grunhir em resposta ao seu toque. Então, subindo pela clavícula, ele voltou a segurá-la pelo pescoço e a puxou para baixo, fazendo-a se ajoelhar naquele mesmo chão diante dele.
Ele pensou em dizer algo, mas assim que ela se ajoelhou, automaticamente as mãos foram para a barra da calça dele abaixo, ajudando-a tirar a peça pelos tornozelos. Ela arranhou as coxas do atleta e, com a boca, beijou o pênis ereto sobre o tecido da cueca, não perdendo muito tempo para também puxar aquela peça para baixo. E, assim que ele esteve totalmente descoberto, ela o segurou entre as mãos e deslizou a língua pela cabeça, abocanhando em seguida mais da metade do comprimento para dentro da boca.
— Isso, minha gostosa. — com as mãos nas dianteiras das orelhas dela, Travis acariciou o rosto da loira enquanto ela o olhava com os olhos maléficos e cheios de fogo. — Engole o pau do seu homem.
Ela girou a língua, recuou e voltou a pô-lo para dentro novamente, ditando um ritmo em sincronia com a mão que o estimulava na base e a boca que subia e descia no topo, tirando um grande proveito da visão de Travis revirando os olhos e ficando mais e mais ofegante a cada vez que ela fazia mais pressão com os lábios e aumentava a velocidade do movimento das mãos.
— Chega. — afastando-se dela, Travis fez com que ela parasse com a provocação e a trouxe para ele novamente, até chegar nos lábios dela. — Você ainda precisa ter o que merece.
Girando-a, ele a pôs de costas para ele e a abraçou por trás, levando-a até a cama onde ele a pôs com o corpo curvado no colchão, ainda de pé, com a bunda empinada e o rosto praticamente afundado nos lençóis e travesseiros. De costas, ela olhou para trás, por cima do próprio ombro, e encontrou o olhar de Travis em sua direção, cheio de cumplicidade e travessura.
— Então é assim que você quer me foder? — balançando os quadris, ela sorriu com safadeza. — Quer mesmo ter toda a visão da minha bunda pra você?
— Exatamente. Quero olhar pra ela enquanto o meu pau estiver dentro de você. — revelou ele, acendendo um pensamento indecente na mente dela. — E, toda vez que você fizer uma gracinha, você vai receber um tapa pra te lembrar quem manda em você.
— Você não manda em mim. — descartando a presunção dele, Taylor lhe cortou as asas.
— Eu não teria tanta certeza, quer testar? — massageando os glúteos dela com a palma das mãos abertas, ele apertou a carne macia e, em seguida, deixou outro tapa estalado que a fez gemer baixo. — Afinal, não foi você quem disse que queria ser fodida como uma puta?
— A sua puta. — desafiando os próprios limites de sanidade, ela ousou. — É o que eu quero.
— Minha puta. — ele desferiu outro tapa, dessa vez deixando a pele dela instantaneamente vermelha. — Se é isso o que você quer ser hoje, vai precisar se comportar como uma. E vai fazer tudo o que eu quiser.
Com a mão esquerda, ele a segurou pela cintura e se posicionou atrás dela, fazendo a majestosa junção de seus sexos naquele encaixe preciso e confortável, verificando a lubrificação da loira antes de empurrar, cuidadosamente, o membro para dentro da intimidade dela, adorando o som que escapou da boca dela no mesmo momento em que ele decidiu seguir até o fim do comprimento.
— Puta que pariu, você é tão boa. — com a pressão satisfatória do sexo dela ao envolver o dele, Travis pronunciou em um gemido rouco. — Que boceta deliciosa você tem.
Com as mãos livres, ela agarrou os lençóis e os apertou com força. Travis, porém, não estava disposto a fazer com que fosse fácil para ela daquela vez. Então, antes de começar a se movimentar dentro dela, ele esperou ela acostumar-se e, em seguida, puxou os braços dela para trás, segurando-os nas costas dela, sem deixá-la ter nenhum controle da situação.
— Quero você assim, mãos para trás. — soltando os pulsos dela, acreditando fielmente que ela obedeceria, Travis enrolou o cabelo dela com uma das mãos e o puxou para trás, fazendo as costas dela se arquearem. — Bem quietinha enquanto eu fodo você, entendido?
— Sim… — com a voz fraca, ela responde em um sopro.
Na primeira estocada, ela fechou os olhos e mordeu os lábios. Ele estava indo deliciosamente devagar, explorando o interior dela com destreza, fazendo-a sentir cada centímetro dele dentro de si em uma penetração quente. Na segunda, ela precisou abrir os olhos novamente, dessa vez, havia sido mais curta e rápida, balançando o corpo dela em um tremor prazeroso. Na terceira, ele foi fundo, com uma batida forte capaz de fazê-la gritar. Então, ela gemeu alto.
— Eu falei pra você ficar quieta, caralho! — com a mão enroscada no cabelo dela, ele a puxou, e com a outra disponível ele desferiu outro tapa na pele macia e empinada em sua direção, fazendo-a gritar novamente. — Você quer mesmo que eu acabe com você, não quer?
Olhando novamente para trás, ela lambeu os lábios e lhe direcionou um aceno positivo, nada afetada pela reação dele, fazendo Travis se sentir ainda mais provocado. Então, ele soltou o cabelo dela e empurrou o resto do corpo da mesma para o colchão, levando sua mão para tampar a boca dela e a penetrando mais forte.
— Acha mesmo que eu estou brincando, hum? — falando ao pé do ouvido dela, quase a esmagando com o seu peso, Travis fechou ainda mais a mão sobre o rosto dela e se certificou em apenas deixá-la respirar pelo nariz, sem poder se livrar dele. — Agora você vai saber o que é ser tratada como uma verdadeira puta.
Sem mais delongas, ele foi ao fundo na intenção de fazê-la delirar. Sem prepará-la para acatar o ritmo rápido das estocadas, Travis passou a bater o sexo duro contra a intimidade úmida da loira, abafando os gritos dela que agora eram apenas murmúrios mudos, sentindo o calor do vaivém aumentar gradativamente a cada estocada.
Apoiada na cama, aquele era o único ponto de refúgio para o corpo da loira, em pé com as pernas trêmulas ao receber o membro do atleta dentro de si, sem nenhuma piedade. Mesmo sendo firme demais para qualquer resistência dela, Travis não estava lhe causando nenhuma dor além do desejo latejante com as estocadas profundas, fazendo um barulho inconfundível toda vez que seus corpos batiam um contra o outro. Ela tentava gritar para aliviar a tensão que se acumulava em seu corpo, mas estava impossibilitada. Então, a cada novo movimento, mais e mais à beira da loucura ela chegava.
— Não acredito nisso, já quer gozar, tão rápido assim? — conhecendo os sinais do corpo dela, quando Taylor enrijeceu o corpo e o apertou com o próprio canal, ele soube que ela já estava perto. — Agora não.
Sem aviso, ele saiu totalmente dela, tirando também as suas mãos do corpo e destampando a boca da loira que, assim que esteve livre, despejou um lamurio que saiu de sua voz nos lençóis de algodão, sentindo o corpo todo queimando e se lamentando pela interrupção do ato.
— Amor… — com um som de choro, ela ergueu o rosto em direção à ele e voltou a empinar-se. — Por favor.
— Pede. — agachando-se atrás dela, Travis deixou um beijo molhado no sexo da loira e esfregou sua cara ali. — Do jeitinho que eu gosto.
— Por favor. — fraquejando novamente, os olhos dela se encheram de lágrimas, uma pura reação do desequilíbrio de emoções e sensações que vibravam em seu corpo. — Ai, Meu Deus!
— Assim não. — com a ponta do nariz, Travis esfregou o clitóris sensível e a fez revirar os olhos novamente. — Me peça pra te foder de novo.
— Fode a boceta da sua puta, Travis. — quase como se estivesse zangada, ela o olhou com uma expressão baixa e esgotada. — Agora.
Motivado pela reação e a ordem dela, Travis sequer reclamou da autoridade que ela retomou para si novamente, pelo contrário, ele a segurou pela cintura e jogou o corpo dela para cima da cama, subindo juntamente e encostando o corpo na cabeceira logo atrás, sentado e estendendo a mão para ela.
— Se quiser isso, vai ter que fazer por nós dois. — enquanto ela se posicionava por cima dele, Travis aproveitava para admirar novamente a corrente dourada presa em sua coxa, apalpando a pele sem pudor. — Me faça gozar junto com você.
Com as pernas ao redor da cintura dele, Taylor sentou realizando o encaixe ao mesmo tempo, descendo até senti-lo totalmente dentro dela outra vez. Ela o beijou no pescoço e o deixou com uma mordida bem ali, subindo em direção aos seus lábios e demorando-se em um beijo violento.
— Senta gostoso pra mim. — ele pediu e, em um segundo após, ela começou a cavalgar com um rebolado lento. — Isso mesmo, meu bem. Mostra o quanto você é gostosa.
Passando a mão pelo próprio cabelo, ela prendeu os fios acima da cabeça e desceu com as unhas pela traqueia, olhando-o nos olhos com a expressão de quem já havia abraçado a morte de bom grado, como se nada mais pudesse pará-la. Travis, para não soltar uma sequência de xingamentos e lufadas de ar, prendeu a boca em um dos seios dela e a segurou pela cintura.
— Lembra da primeira vez que nós transamos? — com a voz baixa, ela segurou nas mãos dele e as colocou para cima da cabeça do atleta, empurrando-o para trás. — É fascinante perceber que você nunca deixou de me olhar com o mesmo tesão de antes.
— Está me perguntando se eu lembro da primeira vez que você me fez gozar sentando pra mim, logo depois de confessar que queria que eu te comesse com força? — passeando com a língua pelo mamilo, ele abocanhou e o soltou outra vez. — Ah, sim, eu me lembro muito bem. Impossível não sentir tesão com você implorando para ser arruinada.
— Eu já estava apaixonada por você. — abrindo a boca para liberar um suspiro, ela subiu e desceu novamente, acompanhando o olhar de satisfação dele. — Mas depois daquilo… Você fodeu comigo. Em todos os sentidos.
— E eu foderia você quantas vezes mais fosse necessário. Quantas vezes você quisesse. — erguendo os braços e abraçando-a pelo quadril, Travis levantou o corpo para dá-la melhor apoio. — Quantas vezes você aguentasse. Só pra te ver se entregando pra mim.
— Por mim, pode continuar fazendo isso. — com um sorriso grande, ela fez um movimento rápido o bastante para puxá-lo até o fundo novamente e fazê-lo gemer pesadamente. — Sempre vou estar entregue a você.
Com maestria, a loira ditou a velocidade do rebolado junto com a sincronização de suas respirações, fazendo durar e prolongar aquele momento único de intimidade profunda, beijando-o nos ombros e sussurrando as palavras mais sujas e excitantes que pudesse no pé do ouvido dele. As costas do tight end ardiam com os arranhões que ela deixava, fazendo-o se excitar ainda mais, sentindo o próprio membro pulsar calorosamente dentro dela.
— Não para. — alucinado, ele a apertou ainda mais entre os braços.
— Eu não vou. — beijando-o devagar, ela o desnorteou com o ritmo acelerado dos seus quadris. — Não até você chamar o meu nome.
Decidida a atingir o ápice novamente e provocar um êxtase arrebatador para ambos, ela se dedicou com vigor à sua tarefa, usando todas as táticas e ousando em novas maneiras de dar ao seu homem o prazer que ele tanto merecia, segundo à ela.
Queria demonstrar o quão orgulhosa ela estava somente por ser dele, por ter a certeza que nenhuma outra teria acesso à toda aquela verdadeira escultura fenomenal que era o corpo e a alma bondosa do atleta. Tudo ali era dela, feito somente para ela. E ela nunca desperdiçaria tamanha dádiva.
— Caralho. — jogando a cabeça para trás, ele se lamentou, sentindo o sangue subir para a cabeça e a vista embaçada. — Princesa…
— Aqui. — puxando-o novamente para ela, Taylor colou suas bocas. — Fale.
Ela não conseguiu contar quantas vezes mais sentou sobre ele, perdida no próprio calor crescente no baixo ventre, quando ele a abraçou de uma forma que a fez perder o fôlego e, em seguida, a fez liberar toda tensão sexual presa dentro de si, caindo em fluidos que estremeceram todo o corpo dela com uma eletricidade inumana.
— Taylor. — e, então, tudo parou.
Como se o arco do prazer estivesse finalmente cercado e traçado, a esfera fechou-se em uma fonte impiedosa de êxtase, acompanhando o orgasmo múltiplo compartilhado entre ambos. Travis, ofegante e enlouquecido, descansou a cabeça sobre os seios dela antes que Taylor o fizesse deitar a cabeça sobre os travesseiros e se juntar a ele no colchão, respirando fundo e com dificuldade.
— Você é maravilhosa. — verdadeiramente extasiado, ele a puxou para o seu colo. — Incrível.
— É, eu sei disso. — balançando os ombros, ela riu e o beijou calmamente. — Você também é incrível pra mim, Travis.
Sem perder o contato de seus corpos juntos, Taylor e Travis descansaram por alguns minutos no silêncio daquela suíte, até que o corpo voltasse ao normal e as batidas do coração se acalmassem. Então, eles se beijaram por mais tempo do que o necessário para que seus lábios ficassem dormentes e suas risadas começassem a ecoar pelo ambiente, levando-os a se levantarem e irem em direção ao banheiro, caindo debaixo da ducha que compartilharam no banho, trocando suas roupas e recolhendo as que antes estavam no chão.
A madrugada se iniciava, mas o sono ainda não havia chegado para o casal. Ao invés de dormirem, Taylor e Travis voltaram para onde a mesa de jantar ainda estava posta, mesmo que praticamente vazia, e se sentaram sobre o deck do assoalho, com as pernas cruzadas e os corpos lado a lado.
— Pensando bem, você tem razão. — falando no vazio do silêncio, Taylor deitou a cabeça sobre o ombro do atleta. — Vamos aproveitar bastante esse Iate.
— Se formos aproveitar do mesmo jeito que fizemos horas atrás, serei extremamente feliz em te acompanhar em um cruzeiro. — bem humorado, ele brincou e recebeu uma cotovelada na costela. — Você aguentaria uma semana?
— Longe da terra firme? — franzindo o cenho, ela negou, certa de que não sobreviveria muito tempo no meio de toda aquela água. — Não mesmo.
— Eu não estava falando de terra firme. — o sorriso dele aumentou.
— Ai, Travis! — revirando os olhos, ela soltou uma gargalhada forte. — Eu te odeio.
— Não, não odeia não. — beijando o topo da cabeça dela, Travis a abraçou de lado e trouxe a cabeça dela para o seu peito. — Eu sou o amor da sua vida.
Convencido, embora realmente estivesse certo, ele se gabou e ela não o respondeu, deixando apenas a brisa da noite fresca abraçando os corpos enroscados abaixo das estrelas fazer o seu som com o movimento do mar. A camisola lilás de linho fino cobria até um pouco acima do joelho dela, juntamente com Travis e o seu apenas costumeiro shorts e nada além, observando a vista do mar aberto em um silêncio confortável e inerente.
— Amor, deixa eu te fazer uma pergunta. — certo de que cativaria a atenção dela, Travis a chamou e Taylor levantou o rosto para ele. — Existe a tradição de fazer, no início do ano, tudo aquilo que você quer continuar fazendo até o findar dele. Então, basicamente, acho que vamos ter que repetir isso mais vezes, não é?
— Primeiramente, você é realmente um tremendo cafajeste. E segundo, a tradição é sobre o ano novo, não estamos em janeiro. — rindo da audácia do próprio namorado, ela negou com a cabeça e pensou, por um segundo, sobre nunca ter encontrado alguém com o espírito tão leve e atrevido ao mesmo tempo como o de Travis. — Mas, se formos pensar no nosso aniversário de namoro como um dia tão nobre quanto o fim da translação de toda a terra ao redor do sol, talvez possa fazer sentido.
— Por mim, eu aceito. — como se fosse uma missão de vida, ele impôs a voz. — Poderíamos fazer um tratado. Veja só, os seus fãs iriam adorar tanto quanto eu.
— Claro, você é o maior deles. — fazendo charme, ela jogou o cabelo para o lado e, em seguida, bateu de forma teatral na testa do jogador. — Seu idiota, pare de pensar em sexo pelo menos uma vez na vida.
— Depois de você, eu paro. — ele cutucou.
— Sai de perto de mim. — batendo em seus ombros, Taylor o empurrou. — Sai.
— Jamais. — ignorando-a, ele a prendeu em seus braços e fez cócegas no corpo dela até que ela cansasse de rir e cedesse à trégua. — Nunca vou sair do seu lado.
Desferindo beijos sobre o ombro nu de sua amada, Travis se demorou na suavidade da pele dela sob os seus lábios, deixando-a instantaneamente calma debaixo de sua carícia. Ela voltou a repousar sua cabeça no peito dele e, movida pelo impulso, buscou a mão dele para entrelaçar com a sua, observando a junção de suas palmas e, estranhamente, atingindo um ponto de sensibilidade dentro do próprio peito.
— Eu te amo. — ela disse baixinho, depois de um tempo, e Travis soube que, de todas as vezes que ela já havia dito aquilo antes, aquela foi a mais pura e sincera. — Eu amo muito você.
— Eu sei disso, princesa. Eu também te amo. — com os dedos da loira entre os seus, Travis escorregou com as digitais pela mão aberta dela e fez um carinho único por meio das linhas das pregas palmares. — Para ser sincero, enquanto eu me preparava para te trazer aqui, desde a compra do Iate até o jantar, eu estive pensando em como tudo poderia ter sido diferente se eu não tivesse tentado. Sei que costumo dizer que passei a tentar depois que você me deu ingresso para isso, mas eu estive tentando ter você desde o momento em que, por ocasião do destino ou alguma força sobrenatural, você despertou um interesse em mim, sem nunca ter-mos nos visto antes.
— Eu também penso. Acho que é uma clara e evidente explicação da teoria do caos, afinal. — despontando um riso, ela sentiu o coração acelerar com a contestação dos fatos. — Penso sobre como minha vida seria se, naquele momento, tão confuso e desconectado, eu não decidisse fazer um show naquele estádio. Se você não tivesse decidido tentar me dar aquela pulseira e se, futuramente, nunca existisse a chance de você trocá-la por uma aliança. Se você nunca tivesse me mencionado naquele podcast e eu nunca tivesse tomado coragem pra te chamar em uma conversa. Tudo poderia ter sido diferente. E, afortunadamente, agradeço por eu não ter me privado de encontrar um homem que me faz feliz e realizada, de todas as formas. Mesmo no meu pior momento, você viu a melhor parte de mim. Eu não quero imaginar o que seria de mim sem você do meu lado.
— Acho que não consigo imaginar. — voltando a segurar a mão dela entre a sua, Travis a trouxe para beijar sua palma e, logo depois, sussurrou mais um mar de palavras sobre a pele e o coração dela. — Eu poderia imaginar muitos mundos diferentes, perspectivas, outras vidas, possibilidades e outros universos, paralelos e distantes. Mas, de alguma forma, mesmo assim, todos eles continuam incluindo você. Jamais existiu e existiria um universo em que eu não te amaria, Taylor. E jamais existirá um.
Sem que fosse muito surpreendente, o coração dela acelerou mais um pouco, ao ponto de doer o peito, mas confortavelmente sadio. Ela ergueu os olhos para ele e não se importou em demonstrar que estava prestes a chorar, com os olhos marejados e a respiração mais forte do que de costume. Ele deixou uma quantidade amorosa de beijos no rosto dela antes de capturá-la pelos lábios, saciando a alma da mulher que tanto amava e adorava com um beijo cheio de conexão e devoção.
— Em qualquer ficção. Tempo, espaço e órbita. — ela completou, com um sussurro que só ele foi capaz de ouvir. — Em todos eles, eu também amo você.
Os olhos dela brilharam com mais intensidade, mas as lágrimas não caíram, ao contrário, ficaram resguardadas como a lembrança da ternura que sua alma recebia agora, com ele beijando a sua testa e voltando a embalar o corpo dela em um abraço apertado. O coração dela se aqueceu e ela percebeu que deveria sempre ser assim.
Desde os primórdios do relacionamento até todo o processo vivido naquele primeiro ano, era como se Travis houvesse traçado o destino de uma vida toda ao lado dela.
Taylor e a sua presença magnífica eram uma arma poderosa e traiçoeira na mão de qualquer um. Autodestruição e quebrantamento era uma das emoções que ela despertava nos corações daqueles que a tocavam, que buscavam, sem sucesso, tentar senti-la por completo.
Loucos demais para conseguir discerni-la e não inteligentes o bastante para embarcar na jornada de cada nuance de pensamentos que se desenrolava na mente ansiosa e terna dela.
Ela era um mistério, uma ameaça e quase uma esperança. Sábia o bastante para descrever o maior dos mais complexos sentimentos que pudessem existir entre os humanos e tola demais para entender o próprio coração. Delicada e perigosa como uma flor de bela-dona. Era antídoto e veneno ao mesmo tempo. Tudo o que qualquer um temia e, ao mesmo tempo, desejava.
Somente um era capaz de suportar tamanha magnitude, expansão e dimensão de detalhes. Somente um poderia mantê-la em suas mãos, sem temer se ela, em um futuro distante, pudesse se revelar uma bomba relógio ou uma granada prestes a explodir. E, ainda que o fizesse, estava disposto a se manter no mesmo lugar de destruição, certo de que ela o resgataria da morte.
Somente ele era capaz de poder chamá-la de sua. Companheira, amiga, amante e confidente. O homem mais fraco da humanidade, com o coração dilacerado e desiludido, sem perspectiva alguma de um futuro onde pudesse encontrar alguém que fosse capaz de amá-lo por completo, agora estava totalmente entregue, assim como deveria ser.
Todo o silêncio, paciência, antecipação e apreensão. Espera e desespero. Nomes gravados em tatuagens douradas, mãos trêmulas e vinhos jogados na banheira.
Tudo aquilo moldava um só propósito, o único motivo pelo qual o par de seus corações batiam em sincronia e sintonia, espelhando na luz do mar o maior fenômeno da astrologia, natureza e divindades celestes. Só uma coisa importava. Só uma era necessária.
Eles.
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De verdade, QUE SAUDADE eu estava de escrever essa fanfic. Eu tinha deixado ela em off por conta do processo de escrita da fanfic nova "SLUT!" mas, de repente, essa semana eu tive uma ideia e precisava colocar ela pra fora, então decidi vir me expressar aqui, onde vocês sempre acolhem cada uma das minhas ideias e decisões. Agradeço muito a quem permaneceu aqui, mesmo com as one-shots paradas e sem atualização. Agradeço aos leitores e amigos que surgiram após cada capítulo, eu amo muito vocês. De verdade, amo muito mesmo.
Espero muito que vocês tenham gostado do capítulo e espero continuar podendo aparecer aqui de vez em quando, vocês aliviam um bocado da minha ansiedade e isso é ótimo pra mim. Obrigada por serem os melhores leitores que eu poderia ter! Obrigada tbm a cada um que me acompanha lá no insta e tá sempre acompanhando tudo de pertinho, minhas moots maravilhosas <3
Desejo a todos tudo o que há de bom na vida, saúde, alegria e mimos da nossa loira favorita! Kkkkkkkkkk um beijo, galera. Se cuidem, bebam água e, por favor, rezem, orem, batem tambor, colocam a performance de Willow pra trocar em favor à saúde da autora de vocês, sério mesmo. Tá crítico. (O que não é novidade, né, amores) UM BEIJO!
PS.: quero desejar também um feliz aniversário para as minhas queridas leitoras e amigas @alis0nswift @MarleneB_ amo vocês.
Att; com todo amor do mundo, Luna🤍
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