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Capítulo 37 - Final

Lembro-me de rir, olhando para seu rosto
O jeito que você vira os seus olhos, o seu sabor
Você faz com que seja difícil respirar

Porque quando eu fecho os olhos eu vôo para longe
Eu penso em você e tudo fica bem
Agora eu estou finalmente acreditando
(As Lovers Go - Dashboard Confessional)

🍂

1 ano depois

— ...muitas felicidades, muitos anos de vida!

— E pra Sarah nada?

— TUDO!

— Então como é que é?

— É big, é big, é hora, é hora, é hora, ra-tim-bum! Sarah! Sarah! Sarah!

Assim que acendi a luz, me deparei com a música sendo cantada, junto a palmas e assobios, minha nova casa, toda enfeitada com balões e cartazes, muita comida, bebida e pessoas para todos os lados. Estava tudo tão lindo, que foi difícil conter a emoção.

Estavam todos lá, desde os meus familiares até os amigos mais próximos e fizeram tudo tão secretamente que a dois minutos atrás eu podia jurar que ninguém havia lembrado do meu aniversário.

Quando saiu para trabalhar pela manhã, Scott apenas se despediu de mim, como faz todos os dias e nem mesmo Lizzie me felicitou. Armaram tudo direitinho e eu não desconfiei de nada.

Desde que o inferno que vivi nas mãos de Shane chegou ao fim, Scott e eu decidimos nos casar, compramos uma nova casa e fomos morar juntos. Deixei o emprego no escritório para me dedicar a uma nova carreira e voltei a cursar direito.

Scott me deu o apoio de que sempre precisei e eu não poderia estar mais feliz, pois a um mês descobri que há uma sementinha crescendo dentro de mim, fruto do amor que sempre existiu entre nós.

— Obrigada, pessoal! — emocionada, eu não sabia nem mesmo como agir — Vocês são inacreditáveis!

Emma veio ao meu encontro, seguida por Anthony e carregando um enorme embrulho branco, com laçarote de fita vermelha que me impedia de ver seu rosto.

— O quê é isso? — ri ao ver a dificuldade que ela tinha em equilibrar a caixa que não aparentava ser pesada — Comprou um presente pra mim ou mais um guarda-roupas inteiro pro seu sobrinho? — alisei minha barriga, onde agora habitava o mais novo membro da família.

— Muito engraçada — Emma fingiu uma gargalhada — Já disse pra ir se acostumando, vou mimar muito ele — soltou o pacote ao chão — E não ouse tocar na caixa até eu mandar. Ouviu?

Ergui uma sobrancelha em dúvida, mas concordei, sabendo o quanto ela era irritante com ordens, embora minha curiosidade implorasse para saber de uma vez por todas o que havia naquele pacote gigantesco.

— Parabéns, Sarah! — Anthony nos interrompeu e me felicitou sorridente — E nos desculpe pela mentira, mas foi por um bom motivo.

— Achou mesmo que tínhamos esquecido? — Emma me abraçou.

— Pra falar a verdade, eu achei sim — confessei — Isso tudo foi coisa sua, não foi?

Ela levou as mãos à cintura e desviou o olhar para Scott que se aproximava carregando Lizzie nos braços — Na verdade, foram eles que tiveram a ideia, eu só executei.

— Feliz aniversário, meu amor! — Scott deu-me um beijo carinhoso e passou Lizzie para meu colo.

— Até você conseguiu me enganar direitinho — fiz cócegas enquanto a segurava.

— Parabéns, mamãe! — me abraçou toda orgulhosa de seu blefe — Eu sei guardar segredo melhor que a tia Emma.

— Epa! — minha irmã franziu a testa, fingindo estar zangada — Pensei que já tivéssemos esquecido aquele pequeno incidente.

Ela falava sobre o presente que compramos para Anthony no aniversário dele e Emma não conseguiu manter a boca fechada, o que deixou Lizzie extremamente brava, já que ela havia escolhido pessoalmente aquele relógio, que me custou os olhos da cara, diga-se de passagem.

Os convidados se aproximavam, um à um, para também me felicitar. Minha mãe parecia bem, devido as circunstâncias, não costumava sair muito de casa, então fiquei feliz com sua presença. Duas semanas após o desfecho de meu sequestro, ela pôde finalmente deixar o hospital e não houveram sequelas, mas claro que a falta que meu pai fazia atingiu não só ela, como todos da família. Ele era nosso porto seguro, o patriarca amado e superar uma perda como essa não seria nada fácil.

Hannah e seu agora esposo Steve também apareceram, acompanhados por Henry que, mesmo após toda a confusão, continuava trabalhando na empresa e nossa amizade se mantinha firme. Scott relutou, por ciúmes, mas acabou por entender que nada havia entre nós.

Os pais de Scott também se fizeram presentes. Nos tempos de escola, eles sempre nos apoiaram e estarmos juntos outra vez, foi uma grata surpresa para os dois.

Junto a eles estava Cloe, a irmã mais nova e que a muito Scott não mantinha um convívio amistoso. A família sempre foi uma das coisas mais importantes para ele e eu, melhor do que ninguém, sabia o quanto eles eram apegados durante a infância.

Quando Scott foi parar no hospital, após levar aquele tiro, tive que ser forte e comunicar o ocorrido aos seus familiares. Avisei aos pais e também liguei para Cloe, mesmo sabendo que ela e Scott não se falavam a bastante tempo, achei que ela merecia saber o que estava acontecendo.

Na ocasião, o motivo da distância dos dois, Gaye Macontyre o então marido de Cloe se opôs a vinda dela para Salt Lake Tahoe e consequentemente a ela visitar o irmão, mas ela surpreendeu a todos, pondo fim naquele casamento abusivo.

Ela abandonou sua carreira estressante no mundo da moda, já que sua fortuna adquirida durante esses anos em Nova York a tinha deixado com um estilo de vida bastante confortável e resolveu morar mais próximo da família, arrumando um emprego em uma das revistas locais.

— Muitas felicidades, cunhada! — cumprimentou ela e na hora tive uma ideia nada convencional.

— Como é bom tê-la aqui, Cloe — retribuí o carinho e puxei para longe dos pais e do irmão — Venha cá, quero lhe apresentar um amigo.

Ela me acompanhou até o outro canto da sala — Esse é Henry, ele trabalha na empresa, é auxiliar administrativo do senhor Montgomery — ela sorriu na direção do rapaz — Henry, essa é minha cunhada Cloe, a irmã mais nova do Scott — ele abriu um sorriso em resposta e foi a deixa para que eu os deixasse à sós, feliz por ter dado uma de cupido.

Voltei para o lado de meu marido e apreciei a festa. Lembrei-me do ano anterior e me senti satisfeita, por que mesmo tendo havido uma série de eventos ruins após aquele fatídico dia, foi por conta dele que hoje estamos todos aqui, comemorando a minha nova vida.

Todos conversávamos de maneira descontraída, nos divertindo, comendo e bebendo tranquilamente, quando Emma subiu e ficou de pé sobre o sofá, chamando a atenção de todos, utilizando um sino de Natal que enfeitava nossa árvore.

— Um minuto de atenção, por favor! — pediu e eu não imaginava o que viria à seguir — Meu presente que está aí no meio da sala ainda não foi aberto por um motivo especial — ela ergueu seu copo com água — Quero pedir que minha irmã e aniversariante do dia venha até aqui e faça as honras.

Fiz o que ela pedia, ainda em dúvida com o que me esperava naquele embrulho. Se tratando de minha irmã, qualquer coisa poderia surgir, até mesmo algo vivo e rastejante, já que ela adora répteis.

Puxei a fita vermelha e os lados da caixa desabaram, revelando ao centro dois pequenos sapatinhos de bebê, um azul e outro branco. Olhei para Emma e meu coração transbordava amor, numa euforia magnânima.

— Isso significa o que eu acho que significa? — perguntei tocando minha barriga já saliente por conta dos cinco meses de vida dentro de mim — Você também está grávida?

Ela balançou a cabeça positivamente, os olhos banhados em lágrimas e um sorriso enorme nos lábios — Do contrário, por que eu estaria bebendo água afinal?

Anthony a abraço por trás e também sorria, como alguém que acabava de conquistar o mundo. Era lindo ver o amor que ambos construíram e a felicidade estampada no rosto de minha irmã caçula.

— A Lizzie e o Noah vão ganhar um priminho — pus a mão sobre a barriga dela, nossos olhos brilhavam igualmente, se encarregando de revelar toda a emoção que sentíamos naquele momento.

— Esse é o melhor presente de aniversário que você poderia me dar — puxei Lizzie e Scott para junto de mim e os abracei — Você ouviu, querida? Sua tia Emma também vai ter um bebê — toquei o rosto de minha pequena e lhe beijei a bochecha.

— Eu já sabia — falou envaidecida — Mas tia Emma disse que eu não podia te contar, por que era surpresa.

Todos ao redor da sala riram com a fala tão adulta de minha pequena filha.

— Você está mesmo ficando boa em guardar segredos — comentou Scott, afagando os cabelos da menina.

O bolo foi cortado, o fim da festa se aproximava e os convidados iam deixando a casa. Eu havia tido o melhor aniversário que alguém poderia desejar e ao final, sobramos apenas Scott, Lizzie e eu, deitados todos juntos sobre o sofá da sala, num grand finale digno dos mais belos romances.

— O bebê está chutando! — anunciei, enquanto voltava para a sala, trazendo um balde de pipoca nas mãos. Nem bem sentei-me e os dois depositaram suas orelhas sobre minha barriga, na esperança de sentirem algo que a dias tentavam sem sucesso.

— Oi, Noah. É o papai — Scott falou, afagando o local que mexia sem parar, como se estivesse se comunicando mesmo com ele.

Lizzie ergueu sua cabeça e baixou o olhar, evidenciando que algo a incomodava.

— O quê houve, querida? — questionei, chamando também a atenção de Scott para ela.

A menina hesitou, olhou para o homem a sua frente e finalmente falou — Eu queria perguntar uma coisa.

— Então diga — Scott a incentivou, notando que a inquisição seria para ele.

— Eu estava pensando — iniciou ela, um tanto quanto encabulada — Teria problema se eu te chamasse de papai, assim como o Noah vai?

Meu coração apertou. Era triste saber que Lizzie ansiava por uma figura masculina em sua vida, pelo afeto de um pai e que isso lhe foi tirado de forma tão brutal, assim como o avô, que tentava suprir essa necessidade, após a partida de Tyler. Mas a resposta de Scott fez as cores voltarem ao meu arco-íris e me encheu de ainda mais certezas, ele era mesmo um homem maravilhoso.

— Nada me deixaria mais feliz, princesa! — ele a trouxe para seu colo e apertou fortemente — Você é e sempre será minha filha.

Eu passei pelo inferno da obsessão humana e sobrevivi. No dia em que deixei a prisão que fui mantida refém, jurei que perdoaria a todos que um dia me feriram e foi minha melhor escolha, meu coração está livre de ódio e só há espaço para o amor.

Shane pagou com a morte e não me alegro com isso, já Natasha e Judith estão respondendo por seus erros de acordo com a lei do homem e espero que ao final de tudo, possam se arrepender e enterrar no passado todo o mal que um dia causaram a mim e a qualquer pessoa, pois como diria Martin Luther King "O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, para um reinício."

Diante daquele momento único e lindo, distinto de qualquer outro já vivido, eu soube que, mesmo tento passado por situações terríveis, perdas irreparáveis e períodos obscuros pra sempre gravados em minha memória, eu não mudaria uma vírgula em minha vida.

Os ângulos podem estar todos errados, os castelos podem ter sido enterrado, a coroa caído inúmeras vezes de minha cabeça, mas o certo é que, não tenho vontade de voltar atrás e fazer tudo de novo e sim renascer, quantas vezes forem necessárias para ser feliz como agora!

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