Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 28 - Uma luz no fim do túnel

Antes de sermos dois, a gente tem que saber ser um
Degustar um pôr do sol sozinho
Antes de pôr os pés, a gente tem que observar
Se vai dar pé ou só te afogar
...
Deixa puxar a rede
Filtrar o que interessa
O mar não tá pra pesca
Se o ódio nos divide
E o amor nos completa
Vamos juntar as peças
(2 e 1 - Supercombo)

🍂

O quê? Mas isso contraria tudo pelo que temos trabalhado esse tempo todo - vociferei - Se ele pegou Sarah por nutrir uma espécie de sentimento doentio de posse, e nos pediu para deixá-los em paz, por que agora decidiu pôr dinheiro na jogada?

- É isso o que estávamos tentando descobrir durante todo o dia - Scott respondeu, caindo sobre o sofá e cobrindo a face com as palmas das mãos.

Anthony apoiou o ombro na parede atrás de si e suspirou - Emma, o mais importante é que esse cara conhece o Scott e sabe dá relação dele com a Sarah, por que do contrário não exigiria esse valor tão alto dele.

- Ele sabe que eu faria e que daria o que fosse para tê-la de volta - os punhos cerrados destacavam o sentimento de puro ódio que cercava Scott - Maldito filho da puta!

- Pensem! - Anthony afastou-se da parede, veio até mim e tocou meus ombros, aumentando a tensão que existia entre nós - Com certeza esse cara esteve perto por muito tempo, vocês devem conhecê-lo.

Troquei um rápido olhar com Scott e depois encarei os olhos azuis de Anthony - Mas estamos esquecendo do mais importante, qual o sentido de pedir resgate tanto tempo depois do sequestro?

- Isso é uma coisa que nunca saberemos com certeza - sua voz calma me deixava agoniada - A não ser que possamos descobrir quem é esse criminoso - concluiu.

Por alguns segundos, o silêncio se fez presente e o ambiente foi tomado pela incerteza e pela angústia de não ter nenhuma pista ou rastro à ser seguido. Estávamos estagnados, dentro de um jogo ao qual não conhecíamos as regras.

- Eu preciso ir! - Scott anunciou, quebrando o mutismo que se estabelecia.

- Pra onde? - indaguei-o.

Dessa vez, a troca de olhares foi entre Scott e Anthony. Os dois pareciam omitir algo, como se preferissem agir pelas minhas costas ao me deixar saber do que se tratava o plano que tinham tramado.

- Podem desembuchar agora! - ralhei, cruzando os braços à frente do corpo - O que é que vocês estão escondendo?

Anthony suspirou, ciente de que não poderia me esconder qualquer coisa que dissesse respeito a Sarah - Eu sugeri algo ao King que pode dar certo - explicou - Mas, é complicado...

- Será que dá pra ser mais direto? - o cortei, irritada com tantos rodeios.

Scott deu de ombros - Falarei com meu gerente e amanhã mesmo estarei com o dinheiro em mãos. Tenham uma boa noite!

Sem esperar por minha réplica, ou qualquer objeção, ele abriu a porta e nos deixou, jogando sobre Anthony a responsabilidade de me explicar claramente o que eles haviam planejado durando todo o dia.

- Vocês piraram, foi? - esbravejei, enquanto o via se afastar da casa e entrar em sua Mercedes - Vão dar o que o cara quer. Foi isso que entendi?

Eu não podia acreditar no que meus ouvidos haviam absorvido. Eles iam mesmo atender o pedido de um maluco que não sabíamos, de fato, qual era a real intenção?

- Anthony, isso é uma loucura - voltei minha atenção para o loiro de farda - Já passou pela sua cabeça que esse cara pode querer o dinheiro pra fugir com a Sarah e sabe-se lá pra onde?

- Se acalme, Emma! - seus olhos me transmitiam uma tranquilidade maçante e precisei me segurar para não xingá-lo - Não vamos dar o dinheiro, mas se o que desconfiamos estiver certo, a transferência desse dinheiro será acompanhada por ele, em tempo real.

Uni as sobrancelhas sem enteder aonde ele queria chegar com aquilo - Explique melhor!

- Veja bem - ele sentou-se, indicando que eu também o fizesse - King e eu achamos que o sequestrador pode estar observando, de alguma forma, todos os passos daqueles que cercam a Sarah e que ao levar Lizzie, ele indicou indubitavelmente, que ela é o seu único objetivo.

- Continuo sem entender!

Será que era tão óbvio assim, ou me faltava um pouco mais de percepção avançada? Como eles chegaram a essa conclusão?

Anthony se ajeitou no assento - Não há motivos pra esse cara pedir dinheiro, exceto o desejo de fugir - abriu brecha para o que eu já desconfiava - Mas se ele quer tanto nos manter o mais longe possível, não acha que seria burrice exigir resgate?

- Ele sabe que vamos armar algo! - concluí - Então se está nos observando, vai entrar em contato quando souber que Scott retirou o dinheiro sem a autorização da polícia.

- Exato! - senti uma pontada de excitação atravessar seu semblante antes pesaroso e seus olhos emanavam confiança - Achamos que nossos aparelhos celulares podem ter sido rackeados, para vigiar nossas ligações, o possibilitando de ter acesso a tudo que falamos, então compramos outros descartáveis e passamos o dia discutindo o fato de Scott querer dar o dinheiro, pelos aparelhos antigos.

Era brilhante. Daquela forma, fariam o sequestrador pensar que Scott agia sozinho, julgando ser muito mais fácil chegar ao dinheiro sem o envolvimento da polícia.

- Você tem certeza que aqui não há mais nenhum objeto que possua câmeras? - minha preocupação era válida diante de tudo.

Ele meneou a cabeça - Absoluta! Mandei alguns policiais fazerem uma varredura e não encontraram nada. Acho que o objetivo da câmera do notebook ter sido rackeada era apenas pra observar a intimidade da Sarah.

Senti náuseas com o que ouvia - Meu coração aperta só em pensar que ela está nas mãos desse maníaco e pior, Lizzie também.

- Nós vamos achá-las! - Anthony me trouxe para seus braços e me envolveu de maneira reconfortante.

Seus braços fortes em torno de mim e o calor transmitido por seu corpo, se somavam a respiração ofegante, me atraindo cada vez mais para o conforto de seu enlace.

Aquilo era a porra de um paradoxo. Minha mente deveria estar focada apenas nas pessoas que eu amo, na minha família, em resolver os problemas que nos cercavam, mas lá no fundo, a única coisa que eu queria verdadeiramente, naquele momento, era me entregar para o homem em minha frente.

Juntei as forças que ainda tinha, me afastei e deixei o sofá. Caminhei até a cozinha sem deixar que meus olhos caíssem sobre ele novamente. Era preciso, não poderia resistir se nossos olhos se cruzassem outra vez.

Ele me seguiu, parecia obstinado, decido a transformar o que ainda me restava inteiro, em ruínas - Emma, não precisa fugir assim, sei que o que está sentindo é apavorante, eu também sinto medo, mas precisamos parar de driblar a verdade.

Parada em frente ao balcão da cozinha, não pude mais fugir, o encarei nos olhos e meu coração pareceu querer saltar para fora do peito. Minhas mãos suavam, minha respiração se tornou ofegante e se estivesse diante de um espelho, na certa veria minhas bochechas corando.

- Não estou fugindo de nada - nem eu mesma acreditava naquelas palavras - Só acho que deveríamos focar no plano pra trazer a Sarah de volta. Não podemos nos deixar abater.

Anthony aproximou-se ainda mais, apoiou as mãos sobre o balcão, me deixando presa entre seus braços abertos e me fazendo sentir o cheiro amadeirado do perfume que exalava. Sua simples presença era inebriante, o toque tinha poder de me desconectar do chão e me fazer flutuar pelo cômodo.

Fechei os olhos para fugir do contato visual, quando senti suas mãos emoldurando meu rosto, seu hálito fresco se fez presente, quando lentamente nossos lábios tocaram um ao outro.

Sua língua pediu espaço, quente e molhada, entrelaçando-se na minha com paixão. Inclinei levemente a cabeça e me deixei levar, me entregando aquela deliberada loucura, apenas me deleitando com o genuíno prazer que sua boca me causava.

O ar se fez necessário e interrompemos o beijo, mas me mantive com os olhos fechados, buscando em mim, palavras que pudessem fazer algum sentido. Estava atônita, queria afastá-lo, mas sabia que não conseguiria, não depois daquele contato tão íntimo e inconscientemente desejado.

Até o sumiço de Sarah, Anthony era seu namorado e embora as coisas entre os dois estivessem estremecidas e o motivo ser evidente, eu não podia ter permitido que aquele beijo acontecesse. Eu sou uma garota solitária, não me envolvo sentimentalmente com alguém à anos e o fato de Anthony mexer comigo de alguma forma, já é um grande sinal para que eu me afaste.

Abri os olhos e os seus me invadiram, tão afoitos quanto os lábios à pouco fizeram, mas neles havia uma certa urgência, talvez por uma fala tranquilizadora de minha parte.

- Me perdoe, Emma - ele deu de ombros e passou os dedos entre os fios de cabelo caídos sobre a testa - Mas já tem algum tempo que não consigo parar de pensar em você - olhou-me novamente - Não sei bem o que é, mas desconfio que seja essa sua postura desafiadora, durona e cheia de atitude, mas também carregada de altruísmo e incrivelmente linda o que me fascina tanto.

- Você só pode estar pirando - ri ironicamente - Antes da Sarah desaparecer, você estava perdidamente apaixonado por ela, se bem me lembro.

Ele suspirou - Foi um erro, mas não me arrependo - caminhou até mim - Se não fosse por isso, não teria conhecido você.

Dei de ombros e caminhei até o outro lado da cozinha, tentando me manter o mais afastada possível dele. Aquelas palavras estavam prestes a me fazer ceder e isso era inaceitável, pelo menos até que Sarah voltasse.

- Olha, sei que isso pode parecer uma tremenda balela - me seguiu, parando-se de frente para mim, outra vez - Mas quando eu conheci a Sarah, meu casamento havia desabado e eu estava em busca de algo que preenchesse o vazio que a Judith havia deixado - ele fez uma pausa, procurando os meus olhos para que vissem que os seus diziam a verdade - Sarah é uma mulher incrível, não foi difícil confundir os sentimentos e eu não sou bom em permanecer sozinho, assim como você, Emma.

Aquilo pareceu me atingir de tal forma que não pude mais segurar meu furor - Pensa que eu gosto de ser assim? - cuspi as palavras de maneira ríspido - Pois fique sabendo que essa foi a única maneira que encontrei pra não me magoar e não magoar ninguém. Ficar sozinho as vezes é uma escolha e outras vezes é apenas proteção, Anthony!

- Sinto muito - ele baixou o olhar, de veras encabulado - Acho que é melhor eu ir embora - deu de ombros - E mais uma vez, me desculpe pelo beijo.

- Você disse que a amava - o impulso me fez falar - Quem me garante que isso não é apenas um jogo pra ter as duas em suas mãos.

Ele retornou - Eu disse por pensar que poderia perdê-la se não o fizesse - seus lábios à centímetros dos meus, sua respiração cortada e os olhos azuis dançavam diante dos meus - O que eu não sabia, é que Sarah nunca poderia ter sido minha, por pertencer à outro e eu - fez uma pausa, tocando meu pescoço e afastando o cabelo de sobre os ombros - Bem, eu não sabia que sua irmã estava certa desde o início.

- Certa de quê? - meu coração batia acelerado e eu mal podia respirar.

- Que eu iria me apaixonar por você!

Anthony foi se aproximando e embora a imagem do toque de seus lábios novamente nos meus me fizesse vibrar de excitação, sabia que aquilo era errado, meu lado racional gritou um sonoro "não" e eu virei o rosto, impedindo que ele me beijasse.

Constrangido e totalmente desconcertado, o loiro afastou-se de mim e voltou para sala. Fiquei sem reação, era notório o seu desapontamento e mesmo querendo que aquela noite pudesse terminar de uma maneira bem mais agradável, não era correto, em meio a todo aquele caos, que eu me desse ao luxo de ceder aos encantos de um homem que dizia ser apaixonado por minha irmã.

- Eu acho que já vou indo - anunciou ele, deixando o assunto morrer lentamente - Preciso por as ideias no lugar e pôr o coronel Donald's à par do que estamos fazendo.

Fiquei alguns segundos ainda na cozinha, tentando assimilar o que havia acontecido alí. Cruzei os braços e andei até ele, os esfregando para me aquecer - Espero que dê certo!

- Eu também, caso contrário, King pode estar correndo perigo.

Uni as sobrancelhas - O que quer dizer com isso?

- Esse cara não está pra brincadeira, Emma - explicou ele, bastante temeroso - Ele matou Tyler Armstrong, um homem com mais de 1.80 de altura, com um único golpe e depois fez cortes dignos de um cirurgião, sem falar que me atacou, sem nem ligar pro fato de eu ser policial.

Depois disso, um frio na barriga me invadiu, as paredes do meu cérebro pulsavam e um turbilhão de ideais pareciam se juntar em uma possibilidade que não havia me passado pela cabeça até então. Parecia um filme, um documentário sobre tudo que havia acontecido com Sarah, passando bem diante dos meus olhos.

Deixei Anthony parado em meio a sala e fui em busca de meu laptop, dentro da bolsa. Sentei no sofá e apoiei o aparelho sobre o colo, pesquisei pelo nome que piscava como uma placa luminosa em frente à meus olhos e lá estava, a chave para todo aquele mistério. Eu o havia descoberto e precisava que ele soubesse disso.

Anthony avaliava meus movimentos sem entender absolutamente nada e de seus lábios saia a mesma pergunta repetitivas vezes - O que aconteceu, Emma?

Ignorando totalmente a presença do homem, vesti minha jaqueta e peguei as chaves do carro, anotei o telefone que o computador havia me fornecido e corri para fora de casa, sem deixar de ser seguida por ele.

Entrei no carro e antes que pudesse dar a partida, vislumbrei a outra porta sendo aberta e Anthony adentrando o lado do carona. Preferi não discutir, mas era Scott quem eu precisava ver.

Dei partida no carro e disquei os números. Meu corpo estremeceu e as mãos apertaram ainda mais o volante, movidas pelo ódio e pelo medo de que estaria pondo tudo à perder com aquela ligação,mas era um risco que eu precisava correr. Ao segundo toque, a voz masculina e ainda bastante familiar para mim, atendeu:

- Quem é?

- Você sabe quem é? - murmurei - E agora eu também sei quem você é!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro