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Capítulo 21 - Não desisto de você

Só essa noite eu vou ficar
E nós jogaremos tudo fora
Quando a luz bater em seus olhos
É porque pra mim está tudo bem
E se eu
Eu sou direta
É tudo por sua causa
Apenas esta noite
(Just Tonight - The Pretty Reckless)

🍂

Já em casa, depois de um dia extremamente difícil, tomei um banho e jantei com minha filha, ouvindo ela falar sobre a escola e os novos amigos que havia feito. Fiquei feliz em saber que ela estava finalmente voltando a ser a menina esperta e alegre que sempre foi, muito embora a tristeza pela recente morte do pai jamais fosse desaparecer totalmente.

Depois de colocá-la na cama, desci e sob a luz do abajur da sala, sentei-me no sofá e resolvi ler um livro. Fazia dias que em minha cabeça não havia espaço para mais nada além de tentar descobrir quem era o autor de todo o famigerado plano de me enlouquecer.

Apenas cinco páginas foram lidas. Me perdi em meio às palavras, não consegui focar no que lia e o livro me parecia um amontoado de letras que eu não era capaz de decifrar.

Após chegar em casa, vinda do escritório, toda a briga envolvendo Anthony e Scott vinha me deixando inquieta. Teria eu sido muito dura com Anthony? Essa era a pergunta que não queria calar.

Scott era meu chefe, eu precisava do emprego, mas no fundo, ainda existiam sentimentos que eu não conseguia lidar direito. As palavras dele mexiam comigo e seria insidioso de minha parte tentar ocultar isso.
Anthony no fundo era apenas uma vítima de minha inabilidade de compreender a mim mesma.

Ele estava me ajudando da melhor maneira possível e o que eu fiz foi uma completa falta de consideração, fora que desde que o conheci, ele sempre se mostrou um homem destinado a me fazer o bem, nunca o contrário.

Depois de muito pensar, vi com clareza o que deveria fazer. Iria até o apartamento de Anthony assim que o dia amanhecesse e antes que ele saísse para o trabalho, pediria desculpas pelas palavras rudes e retomaria de onde paramos, afinal, Scott e o que quer que eu sentisse por ele, deveriam ficar enterrado como uma lembrança aprazível da adolescência e nada mais do que isso.

🍂

Acordei com o mesmo pensamento que adormeci. Então, liguei para Emma e pedi que ela deixasse Lizzie na escola, enquanto eu teria a minha conversa com Anthony.

Minha filha ainda dormia, quando Emma adentrou minha casa, vestida com seu conjunto de moletom e tênis de corrida, enxugando o suor que escorria por sua face, causado pela corrida matinal que ela jamais abandonaria.

- E então, supondo que você tenha me contado tudo sobre a luta King vs Ricci e sobre a pretensão dos dois - começou ela, fazendo uma pausa para se hidratar - Por que escolheu o homem da lei?

- Porque percebi que fui injusta com ele, que tudo que fez foi apenas por ciúmes e que eu ocasionei isso, por ter me mantido ao lado de Scott, sabendo o que ele sente por mim.

Emma sorriu estupefata - E você não sente nada? Qual é, Sarah. Por que é tão difícil admitir, o Scott ainda mexe com você.

- Para com isso - a repreendi - Eu vou falar com o Anthony, nós vamos ficar juntos e Scott vai ter que entender que eu fiz minha escolha.

- Escolha burra, você quer dizer. Não é? - Emma repousou sobre o sofá, afim de aguardar Lizzie que terminava de se aprontar.

Bufei, organizando meu material de trabalho e pegando as chaves do carro sobre o móvel - O que você pensa não me importa, até porquê passou a vida inteira defendo Scott como se ele fosse perfeito. Se te interessa tanto, fique com ele pra você e me deixe fazer minhas próprias escolhas.

Lizzie apareceu e o silêncio se fez presente. Emma sabia o quanto eu odiava discutir esse tipo de assunto na frente de minha filha e respeitava isso. Dei um beijo de despedida em minha pequena e sai, seguida por Emma.

- Só pra você saber, eu gosto sim do Scott e o defendo por que sei que embora não seja perfeito, o que você também não é, ele te ama e faria tudo pra te ver feliz, assim como eu - esbravejou - Ele é um irmão pra mim, você deveria saber disso.

- Emma...

Percebi que a magoei no exato momento em que ela deu-me as costas e trancou a porta sem deixar que eu falasse mais nada. Jamais quis insinuar que ela sentisse algo a mais por Scott, sei que o amor que ela sente é apenas fraternal, mas as palavras simplesmente se encaixaram de maneira errônea e a machuquei sem nem notar.

A manhã já havia começado de maneira ruim, eu não podia deixar para depois, precisava falar com Anthony e arrumar as coisas antes que nada mais fosse corrigível.

Dirigi até o apartamento, tentando me concentrar no que diria, qual a melhor forma de me desculpar e principalmente, como faria para convencê-lo de que Scott não representava nenhum perigo à nossa relação, já que nem eu mesma tinha essa certeza.

Cheguei ao prédio e adentrei o elevador, sem nem mesmo me anunciar. O porteiro me conhecia, então não tive problemas em subir até o apartamento.

Toquei a campainha e aguardei, mas não esperava pela recepção que teria, quando a bela loira de olhos claros, com toda a superioridade que julgava ter e um sorriso irônico dançando nos lábios me atendeu, vestindo apenas um hobby de cetim vermelho.

- O que deseja? - ela apoiava a mão na maçaneta da porta, enquanto me fitava com ar de quem sabe que ganhou a guerra - Anthony está no banho.

Meus olhos ardiam, mas eu não me dava o direito de chorar, não na frente dela. Precisava sair daquela situação, mas não havia uma forma proeminente de deixar o local sem ser alvo de ridicularização.

- Eu espero - forcei minha entrada e o semblante chocado de Judith me mostrou que eu a havia irritado - Se não se incomoda, pode avisá-lo que estou aqui?

- Sarah? - Anthony finalmente apareceu e parecia bem surpreso em me ver - O que faz aqui?

- Só vim para conversar e me desculpar por ontem, mas já vi que está ocupado - olhei para Judith e sorri forçadamente - Eu volto outra hora... Quem sabe nunca?

- Eu não fui atrás de você porque estava dando um tempo pra que se decidisse - ele segurou minha mão -
A Judith veio aqui pra resolver assuntos de trabalho.

- De hobby? - revirei os olhos - Me poupe Anthony.

- É, Tony. Nos poupe - zombou a mulher - Fale a verdade, diga a ela que não consegue viver sem mim.

- Cala a boca, Judith - exclamou ele - Sarah, me desculpa por isso, essa maluca deve ter visto você pelo olho mágico e vestiu essa droga de roupão que devia estar em alguma gaveta por aqui, só pra você pensar que estávamos juntos.

- Você não pode estar falando sério, depois da noite que tivemos juntos você vai fingir que nada aconteceu - ela gritava e gesticulava parecendo ofendida com o que ouvia - Você é ridículo.

Judith nos deixou a sós, indo em direção ao quarto de Anthony e não pude mais me manter estável, desmanchei-me em lágrimas e sair dali era meu objetivo, mas Anthony segurou-me pelo braço e puxou-me para si.

- Acredite em mim!

No instante em que nossos corpos se chocaram, o ódio me consumiu e desferi um tapa violentamente contra a face do homem, me libertando de seu enlace, correndo para o elevador e em seguida para fora do prédio.

Queria ser capaz de voltar no tempo, mais especificamente para o dia que todo aquele inferno havia começado. Queria nunca ter saído de casa naquele dia, ter comemorado a droga do meu aniversário como em todos os anos anteriores, sem festa, sem bebida e principalmente, sem homens capazes de destruir meu coração ainda mais do que eu julgava possível.

Saí do apartamento de Anthony destruída, me sentindo traída, sem perspectiva alguma e sem ânimo para trabalhar, mas a vida seguia, eu precisava ser forte e me manter de pé, por minha filha.

Enquanto dirigia, em direção ao trabalho, fiquei com a sensação de que alguém estava me seguindo. Adentrando a via expressa, notei um carro fazer o mesmo trajeto que eu. Não sabia bem a marca, muito menos o modelo, mas pelo retrovisor pude notar que era um modelo esportivo.

Virei a esquina em direção ao escritório e o veículo prata continuava em minha cola. Aquilo estava me assustando e eu não sabia o que fazer para despistá-lo, então acelerei o carro em busca do prédio que era meu destino.

Meu coração acelerado freou junto com o carro, assim que finalmente entrei no estacionamento do prédio em que se situa o escritório. Alí eu estava à salvo, mesmo se quem me perseguia quisesse me fazer algum mal, dentro da empresa isso não seria possível.

Subi e ainda um pouco aflita procurei por minha mesa e tentei me concentrar nos relatórios e planilhas que a tempos estavam em atraso. Não podia ligar para a polícia, já que Anthony era o responsável pelo meu caso e eu não queria voltar a vê-lo, por hora, então achei que o melhor a se fazer era mesmo me acalmar e cair de cara no trabalho.

Hannah e Henry perceberam minha exaltação ao chegar, mas respeitaram meu momento e não fizeram nenhuma pergunta, nem sobre o porquê de eu estar assim e muito menos sobre a briga que ecoou pelos corredores do escritório, no dia anterior.

Eu sabia que cedo ou tarde teria de contar a eles o motivo de todo aquele alvoroço envolvendo Scott, Anthony e eu, mas precisava organizar as ideias e me recuperar do baque que foi a ida ao apartamento de Ricci.

Almoçamos juntos e nenhuma pergunta íntima foi feita. Quem trocou os meus amigos? Nem pareciam as mesma pessoas curiosas e cheias de conselhos que eu já havia me acostumado a conviver.

Estavam distantes de mim, pareciam ter seus próprios segredos e eu, ao que se via, não fazia mais parte dos dignos dessa honraria. Será que isso se devia ao fato de acharem que por Scott e eu termos algum tipo de envolvimento fora do profissional, eles poderia ser prejudicados de alguma forma?

Voltamos para o trabalho e a tarde custava a passar. Scott passou o dia enclausurado em sua sala e aquele distanciamento estava começando a me preocupar. Mesmo sabendo que corria o risco dela não me atender, por conta da briga que tivemos pela manhã, resolvi ligar para Emma e pedir que buscasse Lizzie na escola. Precisava falar com Scott e a melhor hora para isso era após o expediente, quando todos já houvessem deixado o local.

A voz, sempre tão bem humorada de Emma, deu lugar a um tom seco e impassível, mas mesmo assim ela concordou em ficar com Lizzie até que eu chegasse.
Esperei que todos saísse e bati à porta de meu chefe.

- Entre.

Abri uma pequena fresta e pus a cabeça entre o vão - Scott, tem um minuto?

Ele assentiu, mas seus olhos continuavam fixos sobre os papéis espalhados na mesa.

- Quero ter certeza que as coisas entre nós continuam bem - adentrei o espaço amplo e caminhei até ele - Não quero que aja nenhuma ramificação capaz de fazer com que você volte a me tratar com indiferença.

Ele ergueu-se da cadeira, deixou o local atrás da mesa e parou-se à minha frente - Você foi atrás dele. Não foi?

Baixei o olhar, confirmando o que ele me perguntava - Mas isso não importa mais, ele voltou pra ex mulher e eu fui tola em achar que o que ele sentia por ela sumiria tão rapidamente.

- Ei, não fique assim - ele ergueu meu queixo - Talvez seja apenas um mal entendido.

- Não há mal entendido algum - rosnei, me afastando de seu toque -
Pode tripudiar, sei que fui uma idiota, ele devia estar na companhia dela e me usando como estepe durante todo esse tempo.

- Sarah, eu sei que agi como um imbecil, mas meu coração sempre foi e ainda é seu - manteve um olhar compassivo enquanto falava - Por isso se você o ama, se acha que ele é o cara certo pra te fazer feliz, vá em frente, mas se não é isso que sente verdadeiramente, não fuja mais dos seus sentimentos.

- Acha que fugi de você? - arrisquei dizer.

- Acho - ele confirmou - E acho que se continuar com medo do amor, ele nunca sorrirá pra você.

Fechei os olhos para evitar o contato visual - Nós não podemos, Scott!

Scott chegou ainda mais perto e mesmo sem ver, podia sentir sua respiração entrecortada bem próxima de minha face.

- Por quê? Seu namoro com aquele policial? - seus dedos acariciaram a extensão de meu braço delicadamente - Sua pele arrepia assim quando ele te toca?

- Não somos mais dois adolescentes, King - abri os olhos e os dele brilhavam como na primeira vez que me entreguei a ele - Eu tenho uma filha e problemas que nem ao menos sei como resolver.

- Sei disso - sorriu docemente - Não sou mais um moleque em busca de status, Sarah. Deixa eu provar que sou melhor e que posso cuidar de você e da Lizzie.

Não pude mais negar, nem reprimir meus impulsos. Era injusto continuar mentido para mim mesma, segurando a vontade que me consumia desde o dia que meus lábios tocaram os de Scott King naquela fatídica comemoração de Natal.

Voei na direção do homem e o beijei com paixão. Meu coração saltava em desespero e o encontro de nossas línguas pareciam degustar o sabor da saudade.

Em passos lentos, Scott me conduziu até o sofá no canto da sala. Deitou-me com cuidado e apoiando o joelho direito sobre o estofado de couro, se manteve entre minhas pernas, ainda com os lábios colados aos meus.

Podia sentir o cheiro de seu perfume amadeirado, o mesmo cheiro que tantas lembranças boas me trazia. Parecíamos ligados, sintonizados, corações batendo no mesmo ritmo descompassado, os corpos unidos de maneira sublime e as almas em completa harmonia.

- Você não faz ideia de quanto tempo esperei por isso - murmurou em meu ouvido - Mesmo que seja só por hoje, farei valer a pena.

As roupas deixaram nossos corpos e rolamos ao chão, completamente extasiados. Scott beijou meu queixo, descendo a língua por meu colo e quando seus dedos atingiram minha parte sensível, soltei um suspiro profundo e gemi, pedindo mais apenas com o olhar.

Sua língua quente decidiu passear por meu corpo. Deixou meus lábios ávidos por atenção e escorregou até meu pescoço, deixou beijos formarem um caminho doce até meus seios e a descida ia ficando mais caliente, até que por fim, seus dedos deram lugar a boca e minha intimidade pulsava com o toque gostoso e sem pudores de King.

Mordi os lábios, prendi o grito que insistia em sair por minha garganta e a sensação única de estar novamente nos braços de Scott era como assistir ao meu próprio filme de amor.

Ele era incansável, parecia destinado a me ver chegar ao ápice. Quando tinha chance de vê-lo, seu olhar parecia querer me devorar por inteiro, me dizendo o quanto aquilo lhe era prazeroso.

Não era mais possível me conter. Entregue a sua mercê, cheguei ao clímax e o sorriso perverso nos lábios de Scott era um deleite que guardaria para o resto da vida em minha memória.

Recuperei minhas forças e me encaixei sobre ele, tenra, saboreando cada instante de nosso momento à dois. Aquela sala do escritório parecia o próprio inferno, o calor nos consumia e o suor que escorria por nossos corpos era a prova de que éramos um do outro.

Nada mais importava, tudo o que eu desejava era deliciar-me com o prazer indescritível de se entregar a alguém por quem seu coração por ventura não pôde nunca deixar de amar.

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