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Capítulo 15 - Meninas boazinhas ganham presentes

Porque eu estou em chamas como mil sóis
Eu jamais te queimaria
Mesmo que eu quisesse
Essas chamas, nesta noite
Olhe nos meus olhos e diga que você me quer
Como eu quero você
...
Oh amor, deixe-me ver dentro do seu coração
Todas as rachaduras e pedaços partidos
As sombras na luz
Não há necessidade de esconder
(Hunger - Ross Copperman)

🍂

- Qual é o seu problema, Scott? - consegui me desvencilhar de seu enlace e o afastei com um empurrão.

- Admita, ma belle - falou tentando se reaproximar - Você ainda tem sentimentos por mim, assim como eu tenho por você.

- Do que está falando? E não me chame assim - minha testa plissada denotava o tamanho de minha incompreensão diante das palavras que ele proferia - Que droga de sentimentos são esses que você diz ter por mim que nesse um ano inteiro não deixou transparecer em nenhum momento?

- Sarah...

Não, não, não, não... - ele tentou argumentar, mas não o deixei prosseguir - Agora escuta! Você foi um completo babaca em todo esse tempo em que trabalho para você, tentando me punir por tê-lo largado, até aí eu entendo, mas vir jogar seus sentimentos na minha cara, logo agora que encontrei uma pessoa legal e que eu gosto pra valer, isso é jogo sujo, King. Uma tremenda covardia.

Scott ergueu seu dedo indicador, apontando-o em minha direção - Covardia é não ser sincera e não admitir o que realmente sente. Fala a verdade ao menos uma vez, porra!

Lhe dei as costas e segui à passos largos até a porta - Eu não sinto nada por você, senhor egocêntrico!

- Então prove!

Não tive tempo de reagir. Scott segurou firme em meu pulso, me puxando de encontro a ele e minhas mãos repousaram sobre seu peito rígido. Nossas bocas ficaram à centímetros uma da outra e meus olhos fechados evitavam olhar dentro dos dele. Seus dedos tocaram a curva de meu pescoço, afastando meus cabelos e deslizando por minha nuca, me fazendo ofegar, enquanto o cheiro amadeirado de seu perfume me embevecia completamente.

- Por favor, Scott - minhas palavras saíram suplicantes.

Ele soltou-me e sem nem ao menos olhar para trás, deixei a sala extremamente perturbada. Apertei os botões do elevador com rapidez e quando suas portas se fecharam, só então pude respirar novamente.

O que foi aquilo? Porque reagi daquela maneira? Não sinto nada por Scott King, então por que me vi tão inebriada por seu toque?

Vivo um paradoxo horrível, por um lado a presença de Anthony, seu cuidado, a atração que existe entre nós me deixa completamente entregue, mas as lembranças, o erro que cometi na juventude e a saudade de um tempo que não volta mais, me faz querer estar sempre próxima de Scott. É como se parte de mim quisesse começar algo novo ao lado de Anthony e a outra preferisse continuar de onde havia parado, junto à Scott.

Sem nem ao menos notar, lágrimas começaram a transbordar de meus olhos, molhando meu corpo, em um choro de pura angústia. Suspirei profundamente, adentrando meu carro e deixando a garagem do prédio.

Ainda em prantos, tentava me concentrar na direção. Precisava chegar até a loja de animais antes que a mesma fechasse. Não podia deixar que Emma notasse o meu desespero, então estacionei o carro uma quadra antes do local, para mascarar um pouco a forma com que estava por dentro e que deixava transparecer por conta da vermelhidão em meu rosto.

Retirei da bolsa algumas maquiagens que carrego para uma eventual emergência. Consegui cobrir um pouco as marcas que o choro havia deixado, para então seguir com os planos combinados para o Natal.

- Achei que não viria mais - Emma veio ao meu encontro, assim que adentrei a loja - Estamos atrasados com o fechamento.

- Me desculpe, fiquei presa no trabalho - respondi sem dar-lhe muitas informações - Cadê o gato?

O olhar desconfiado de Emma indicava a minha total falta de habilidade em mentir. Ela já havia sacado tudo - Vai me contar ou eu preciso descobrir sozinha o que te deixou nesse estado?

- Que estado?

- Me poupe, Sarah! - ela sumiu através de uma cortina, posicionada atrás do caixa, voltando em seguida, trazendo consigo uma gaiola plástica que hospedava o presente de Lizzie - Estou vendo na sua cara que alguma coisa te abalou e não foi pouco.

Olhei para a máquina registradora e notei que Graham, o rapaz que trabalha junto de minha irmã no pet shop, nos olhava curiosamente.

- Vamos embora, no carro eu te conto tudo. Okay?

Ela apenas assentiu. Ajudei com o fechamento do local, pegamos as compras e as bugigangas que Emma carregava consigo para onde quer que fosse, nos despedimos do rapaz e seguimos juntos para fora do estabelecimento. Emma havia ido trabalhar de ônibus pois seu carro estava no concerto, então iríamos juntas até minha casa, ela me ajudaria com a preparação do jantar e voltaria com meus pais após a confraternização.

- Agora me diga, qual o motivo do alvoroço? - me perguntou ela, assim que adentrou o carro e tentava colocar o cinto.

- Scott se declarou pra mim! - cuspi as palavras de uma vez, assim evitaria logo a insistência característica de minha irmã.

- O quê? - ela arregalou seus magníficos olhos verdes e parecia eufórica com a revelação - Eu sabia, eu sabia. E o que foi que você disse pra ele?

- O que eu deveria dizer, Emma? Eu tenho namorado e Scott sabe muito bem disso - dirigia com impaciência, como se sair daquele carro fosse me livrar do diálogo incômodo que ocorria.

- Mas não rolou nada mesmo? - sua desconfiança era quase uma certeza. Ela me conhecia bem.

- Só um beijo! - admiti.

- Caramba! E você não ia me contar?- exaltou-se - Isso tá melhor do que eu imaginei. Deixa eu adivinhar, você gosta dos dois e não sabe qual escolher?

- Emma! - Gritei, como se estivesse diante de uma criança impertinente.

- Sério, mana - ela não se calou - Você precisa pesar os prós e os contras de cada um, pra tomar a melhor decisão. Sei que está com Anthony, mas o Scott, caramba, aquele homem te ama desde sempre.

- Eu gosto do Anthony e não há o que pensar. Ele tem sido maravilhoso tanto pra mim quanto pra Lizzie - estacionei o carro na garagem de casa - E se Scott realmente me amasse, teria aproveitado o tempo que trabalhamos juntos para se reaproximar e não para me usar como capacho.

Deixei Emma sozinha, indo em direção à minha cozinha. Precisava preparar o peru, organizar a mesa, por as bebidas para gelar e deixar tudo pronto até a hora do jantar. Não queria que meus pais se preocupassem com nada, nessa noite eles seriam apenas meus convidado.

Pedi que Anthony trouxesse a irmã, com sua família, assim poderíamos enfim nos conhecer, mas ele disse que não seria possível, que ela iria passar o Natal na companhia da mãe, que ainda sentia-se triste em datas como essa, lamentando a perda do marido. Mesmo assim, eu aguardava a presença de meu namorado, após o expediente de trabalho.

Meus pais ficaram de buscar minha filha na escola, assim ela poderia se distrair um pouco com Spok e eu teria tempo para preparar tudo sem me preocupar com ela. Essa parte não foi bem sucedida, já que Lizzie não deixa meus pensamentos em nenhum instante.

Emma ajudou-me com a mesa, decorou tudo com muita destreza e cuidado. Ela é uma pessoa extremamente criativa e é ótima com arranjos e adereços. Ela e Lizzie montaram juntas a arvore de Natal e foi o único momento, desde que Tyler faleceu, que ouvi as gargalhadas de minha filha.

Eram oito horas da noite quando, carregados de presentes, meus pais apareceram. Lizzie parecia um pouco mais animada e talvez tenha sido o contato com o cachorro. Se assim fosse, o gatinho poderia lhe fazer bem de alguma forma.

Todos se reuniram em minha sala, conversando sobre assuntos do cotidiano de cada um. Meus pais estavam animados com a venda de um dos imóveis adquiridos quando Emma e eu ainda eramos pequenas. Era uma casa praiana em Santa Mônica a qual não frequentávamos há muitos anos e não fazia sentido manter o lugar apenas por status.

As horas se passavam e já estava perto de servir o jantar, mas Anthony ainda não havia chegado. Lizzie me pediu biscoitos duas vezes e Emma bebia seu terceiro copo de gemada.

- Esse negócio está bom mesmo! - elogiou ela, enquanto servia-se novamente - Colocou rum ou conhaque?

- Rum - respondi - Mas acho que deveria pegar leve, não quero ninguém desmaiando antes da ceia.

Ela lançou-me um olhar zombeteiro - Não estou motorizada hoje, me deixe aproveitar, mana.

Meu pai interrompeu nossa pequena discussão com uma pergunta bem oportuna - Querida, quando Anthony vai chegar? Estamos todos com fome.

- Vou ligar pra ele - anunciei - Na certa está com alguma ocorrência urgente.

Peguei o aparelho do gancho e disquei os números já memorizados. Poucos toques e, do outro lado da linha, uma voz feminina fez-se ouvir.

- Celular do Anthony!

Minha voz embargou e não encontrei nada melhor para dizer - Pode chamá-lo, por favor? Diga que é a Sarah.

- Ele não pode atender no momento, mas eu digo que você ligou, princesinha - disse a voz por trás da linha - Aproveite o Natal.

- Ei, quem você pensa que é pra...

Ouço apenas o barulho da ligação caindo e parada em meio aos meus convidado, não pude reagir, apenas me calei, olhando para o aparelho em minhas mãos e tentando entender o que havia de fato acontecido.

- O que ouve, querida? - quis saber minha mãe.

- Nada, mãe! Eu... - atônita, apenas dei de ombros e andei de volta até a cozinha.

Emma me seguiu - O que houve, Sarah? Que cara é essa?

Puxei uma cadeira e sentei-me, passando a mão entre meus cabelos e respirando fundo para evitar chorar - Uma mulher atendeu o celular dele, Emma e ainda teve a audácia de me chamar de "princesinha". Acredita?

- E você não perguntou quem ela era? - minha irmã depositou o copo sobre a mesa e também puxou uma cadeira, sentando-se de frente para mim, apoiando os cotovelos em minhas pernas, vendo as lágrimas que se formavam em meus olhos - Ow, Sarah! Não fique assim, logo ele vai aparecer e vocês conversam.

Correndo, Lizzie adentrou a cozinha, segurando meu celular que havia deixado na bolsa desde a hora que chegamos - Mamãe! Mamãe! É o tio Anthony!

Enxuguei uma lágrima que escorria por minha bochecha e suguei o ar fresco, fazendo-o invadir meus pulmões - Alô!

- Graças a Deus, Sarah! - exclamou ele - Liguei umas cem vezes pro seu celular, pensei que tivesse acontecido alguma coisa.

- E aconteceu - falei, ainda chorosa - Onde está o seu celular, Anthony?

- Na delegacia - respondeu sem exitar - Estou voltando pra lá agora, aconteceram tantas coisas que acabei esquecendo completamente dele. Mas o que houve? Sua voz está estranha.

- Eu liguei pra você - falei ainda zangada - Uma mulher atendeu. Ela foi super grosseira e ainda por cima me chamou de "princesinha", Anthony.

- Droga, Judith! - exclamou - Ela não tinha o direito de mexer no que não é dela, mas vou dar um jeito nisso. Logo estarei aí.

Me mantive calada. A sombra de outra mulher já era extremamente perturbadora para mim, saber que essa mulher é a ex dele, só faz tudo se tornar ainda pior.

Desliguei sem lhe dar resposta, vislumbrando o olhar curioso de Lizzie e Emma sobre mim.

- Vamos jantar? - me levantei da cadeira, deixando o celular sobre a mesa, passando as mãos por meu rosto e voltando para a sala, tentando não transparecer o quão abalada estava com aquela situação.

As duas me seguiram e sem perguntas, apenas me ajudaram com os pratos de comida. Tirei o peru do forno e levei até a mesa. Todos, inclusive meus pais, me avaliavam cautelosamente. Ninguém fez sequer uma pergunta, mas no fundo eu sabia que havia estragado o Natal.

Quando tudo já estava perfeitamente disposto, a comida servida e todos em seus devidos lugares, a campainha fez-se ouvir. Levantei-me rapidamente, sem dar-lhes tempo de dizer o que quer que fosse e a abri, deparando-me com nada mais nada menos que Scott King.

- Desculpe o inconveniente, Sarah - passou a mão sobre os cabelos, os afastando da testa - Meus pais estão passando o Natal com a Cloe em Nova York e eu pensei que... Bem, pensei que poderia ficar com vocês. Eu trouxe presentes e bebidas - mostrou-me a sacola que segurava.

Cloe é a irmã mais nova de Scott, é apenas dois anos mais velha que Emma e trabalha como produtora de moda em Nova York. Ela e Scott sempre foram unidos, mas sua relação com o irmão se tornou extremamente distante após seu casamento com Gaye Macontyre, um ex jogador de Lacrosse que após seus gloriosos dias de atleta teve uma seria lesão e desde então vive as custas da mulher, torrando todo o dinheiro dela com bebidas, drogas e outras mulheres.

Não pude deixá-lo plantado em frente minha porta, então o convidei para entrar. Anthony não iria gostar nenhum pouco da presença de Scott em nossa mesa, mas aquela história de ter esquecido o celular na delegacia e ele ser atendido pela tal Judith, ainda não havia se dissolvido completamente de minha mente.

- Olha quem temos aqui - Emma sorriu zombeteira - E vejo que trouxe presentes. Seria o papai Noel? - levou a mão ao queixo, fingindo dúvida - Não, é melhor que isso. A que devemos a honra, King?

- Emma e seu peculiar humor - ele à abraçou afável - Senti saudades, pequenina!

Ela o empurrou brincalhona - Não seja piegas, nos falamos antes do aniversário da Sarah, por telefone. Esqueceu?

Minha irmã sempre foi muito apegada à Scott quando criança. Ela tinha apenas nove anos de idade quando Scott e eu iniciamos o namoro e ele a tratava do mesmo modo que à sua irmã. Sei que ela no fundo torcia para que eu tivesse aceito o pedido de casamento dele, por isso nunca se distanciaram totalmente e mantiveram uma amizade mesmo não tento mais o laço que os uniu no princípio. Eu.

- Quis dizer que senti saudade de estar no mesmo ambiente que você, pirralha!

Emma revirou os olhos - Como você é ridículo.

Scott cumprimentou meus pais e beijou o rosto de Lizzie, que ainda parecia zangada pela forma que foi levada do pai. Ela sentiu-se traída, já que o mesmo prometeu que logo ela poderia ver Tyler novamente e isso nunca veio a acontecer.

Sentamos à mesa e após a oração tradicional de Natal, feita por minha mãe, todos saboreamos o peru e os acompanhamentos feitos por mim. Apesar dos pesares, a noite transcorria de maneira tranquila, mas a demora de Anthony estava me preocupando.

Servi a sobremesa e um café para meu pai e Scott, que sentaram juntos à sala e falavam sobre seus respectivos trabalhos. Eu sabia que meu pai sentia falta do que fazia e por isso, sempre que podia, ele achava alguém que lhe prestasse atenção nas histórias criminais da época em que era inspetor.

- Já está na hora dos presentes - disse Emma trazendo as sacolas que lhes cabiam.

- Mas o papai Noel só vem depois que a gente dorme, tia - Lizzie coçou a cabeça sem entender.

Emma ajoelhou-se em frente a pequena - Eu sei, querida. Mas o papai Noel só traz os presentes das crianças, os adultos tem que comprar os seus próprios presentes. Sabia disso?

- Por isso é tão legal ser criança - completou meu pai.

Todos rimos de sua constatação tão sincera.

Novamente a campainha soou. Pensei ser Anthony, então corri até a porta, abrindo-a e encontrando apenas uma caixa muito bem embrulhada, com um enorme laço de fita vermelha e um bonito cartão natalino.

"Meu presente foi antecipado por razões óbvias, mas eis aqui uma pequena lembrança. Espero que goste!
Com amor.
- A"

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