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3. PROVOCAÇÕES

A ideia de entrar no jogo e me passar por um jogador parecia intrigante. Afinal, era eu quem controlava tudo ali. Mas o que inicialmente era apenas uma experiência para explorar de perto a minha criação e testar o campeão passado, tornou-se algo muito mais... fascinante quando meus olhos se fixaram em uma jogadora.

218.

Entre milhares de outros participantes, ela se destacou como uma anomalia, algo que instantaneamente chamou minha atenção. Havia algo no modo como ela se movia, como seus olhos analisavam o ambiente. Ela não era apenas mais uma peça no tabuleiro; ela era diferente, singular. E isso mexeu comigo de um jeito que eu não esperava.

Passei a observá-la com mais frequência do que qualquer outro jogador. Seus padrões, suas escolhas, até a maneira como ela hesitava antes de cada decisão - tudo em 218 era absolutamente cativante. Me vi buscando por ela no meio da multidão, acompanhando cada movimento, cada palavra, cada pequena ação. Não era só curiosidade, era uma obsessão crescente. Eu não conseguia desviar o olhar, como se algo em mim dependesse de saber mais sobre ela.

Era viciante, quase intoxicante, acompanhar sua trajetória tão de perto.

E não era apenas o jogo. Descobri-me vasculhando seus dados - informações que nenhum outro jogador poderia acessar. Seu histórico, suas preferências, até mesmo o porquê de ela estar ali. Eu sabia que era errado, mas isso só tornava tudo ainda mais irresistível. A verdade é que, no momento em que percebi que ela era especial, o jogo deixou de ser sobre todos os outros. Agora era sobre ela.

E, em algum lugar lá no fundo, eu sabia: 218 não era apenas uma jogadora. Ela era a variável que eu nunca tinha previsto, a única peça que eu não conseguia controlar por completo. E isso só fazia a obsessão crescer.

Eu não deveria ter preferência por nenhum jogador. Eu sabia disso melhor do que ninguém. O jogo era um sistema perfeito, imparcial, projetado para seguir as regras sem falhas. Mas com ela, tudo era diferente. Só de pensar na possibilidade de Seulgi perder algum jogo e acabar morrendo, algo em mim fervia, era uma raiva que eu não conseguia controlar. Não era apenas injusto. Era impensável.

Então, tomei medidas. Disfarcei minha obsessão sob o pretexto de proteger a ordem do jogo, mas a verdade era bem mais sombria. Dei uma ordem clara - quase uma ameaça - para todos os meus funcionários: ninguém, sob nenhuma circunstância, deveria tocar um dedo nela. Mesmo que ela perdesse, mesmo que as regras exigissem sua eliminação, ela não morreria. Ponto final.

Mas isso não bastava. A ameaça tinha que ser concreta, visceral. Tornei muito claro que qualquer um que ousasse desobedecer essa ordem pagaria um preço alto, algo que faria qualquer um pensar duas vezes antes de tentar desafiar minha vontade. Eles sabiam que eu não fazia promessas vazias. E nesse caso, eu estava mais sério do que nunca.

E assim, o jogo continuava, mas as regras haviam mudado - ao menos para ela. Manipulei cada engrenagem ao redor dela para garantir que estivesse protegida, segura. Eu queria que ela vencesse, que sobrevivesse, mas não apenas por habilidade. Eu queria ter certeza de que, acontecesse o que acontecesse, ela permaneceria viva. Mesmo que isso significasse corromper tudo o que eu havia construído.

Quando finalmente entrei no jogo e a vi de perto, toda a curiosidade que eu carregava explodiu em algo muito mais profundo. 218. Ela não era apenas uma ideia, uma projeção da minha obsessão. Ela era real. Cada detalhe que eu havia analisado, cada movimento que observei de longe, tudo fazia sentido agora, cara a cara. E, ao mesmo tempo, nada fazia sentido. Porque ela era ainda mais do que eu havia imaginado.

Quando conversei com ela. Sua voz era firme, controlada, sem uma única rachadura que revelasse insegurança. Havia algo quase hipnótico na forma como ela falava, como se escolhesse cada palavra com cuidado, como alguém que sabia exatamente onde pisar, mesmo em território desconhecido. E foi isso que me intrigou ainda mais: a semelhança entre nós. Eu me vi nela. Uma pessoa que sabia manipular o caos ao seu redor, que parecia feita para vencer em um jogo que deveria esmagar qualquer um.

Mas ela não era só isso. Ela era um mistério, mesmo para mim. E isso era um absurdo. Eu já sabia tudo sobre ela. Seus dados estavam nas minhas mãos - cada pedaço de sua história, cada escolha que a trouxe até aqui. Eu conhecia os detalhes mais íntimos de sua vida, desde os traumas que carregava até os padrões de seus sonhos mais antigos. Ainda assim, ao estar diante dela, nada disso parecia suficiente. Ela tinha algo que não podia ser traduzido por números ou informações. Era uma força, uma resistência impenetrável.

Ela era fria. Distante. Não demonstrava nada. Seus olhos eram um enigma, como um abismo que me atraía para dentro e me fazia questionar se eu era o criador ou apenas mais uma peça nesse tabuleiro. E o mais impressionante: ela sabia jogar. Entrou no meu mundo como se tivesse nascido para ele, caminhando com uma confiança calculada, como alguém que entendia as regras e sabia exatamente como dobrá-las a seu favor. Ela estava nos meus joguinhos, mas parecia que era ela quem brincava comigo.

Fiquei ainda mais fascinado. E, ao mesmo tempo, inquieto. Porque, pela primeira vez, eu não tinha certeza de quem estava no controle.

Depois da minha breve conversa com 218, passei um tempo vagando pelo jogo, observando e escutando os jogadores. Era quase patético. Todos eles, sem exceção, eram rasos, previsíveis, presos a suas pequenas estratégias mesquinhas. Suas conversas não tinham nada de interessante, nada que me prendesse. Cada palavra que eu ouvia só aumentava meu tédio.

Exceto por ela.

Tudo o que eu queria era poder passar o dia inteiro ouvindo Seulgi. Sua voz, mesmo fria, carregava um peso que eu não conseguia ignorar. Eu queria mais. Eu queria decifrá-la, desmontar cada camada de mistério que ela escondia tão bem. E ela escondia tudo, disso eu tinha certeza. Eu podia pressioná-la, interrogá-la, mas sabia que ela jamais cederia. Se eu a confrontasse diretamente, ela apenas me encararia com aquele olhar vazio e não diria uma única palavra sobre si mesma. Esse era o poder dela.

Então, enquanto eu vagava, meus olhos inevitavelmente a encontraram de novo. Dessa vez, ela estava com Gi-hun. Eles conversavam. Não sei dizer o que exatamente me incomodou, mas algo dentro de mim se contorceu ao vê-los juntos. Era como se o simples fato de ela dar atenção a ele fosse uma afronta. Ele, aquele homem impulsivo e tolo, era tudo o que eu desprezava nos jogadores. Observei mais de perto, tentando entender.

Seulgi parecia... desconectada. Seu rosto era uma máscara de indiferença, mas seus olhos, tão sutis quanto fossem, não mentiam. Eu vi o desgosto. Cada vez que Gi-hun dava um daqueles sorrisos idiotas, ela o tolerava, mas mal conseguia esconder o incômodo. E ainda assim, ela estava com ele. Por quê?

Ela era fria demais para gostar dele. Isso era óbvio. Ela não era do tipo que se apegava facilmente, muito menos a alguém como ele. Mas então, qual era o propósito? Por que ela permitia essa aproximação? Era estratégia? Interesse? Uma forma de manipular alguém que podia ser útil mais tarde? Ou havia algo que eu ainda não conseguia enxergar?

A ideia de que ela estivesse com ele - por qualquer motivo - me irritava mais do que eu estava disposto a admitir. Talvez fosse o fato de que, por mais que eu soubesse tudo sobre ela, havia algo em Seulgi que ainda escapava ao meu controle. Algo que me deixava vulnerável. Algo que me fazia querer afastar Gi-hun de qualquer proximidade com ela. Porque, naquele momento, percebi que a única pessoa que deveria estar ao lado dela... era eu.

Então, sem pensar duas vezes, me aproximei deles, decidido a cortar qualquer conversa que estivessem tendo. Não importava o assunto, eu simplesmente não suportava vê-la tão próxima dele. À medida que me aproximei, senti seus olhos encontrarem os meus, como se fossem um ímã irresistível. Era impossível não reparar nela.

Seus cabelos longos e escuros caíam em perfeita harmonia, contrastando com sua pele impecável. Seu rosto era um equilíbrio entre delicadeza e força. E seu corpo... Ela era uma verdadeira perdição, a materialização de tudo o que era perigoso e fascinante.

Quando finalmente parei à frente deles, forcei-me a desviar o olhar dela - um esforço quase doloroso - e encarei Gi-hun.

- Posso te fazer uma pergunta? - disparei, minha voz firme, quase desafiadora. Ele me olhou sério, como se tentasse decifrar minhas intenções.

Mas eu não esperaria por sua resposta. Antes mesmo de ele abrir a boca, movi-me com naturalidade, como se já pertencesse àquele espaço, e me posicionei ao lado de Seulgi. Foi algo calculado, mas disfarçado de casualidade. Podia sentir seu olhar furtivo em mim, avaliando-me, talvez tentando entender o que eu estava fazendo ali.

Era estranho. Mesmo sem dizer uma palavra, ela parecia se comunicar comigo. Sua presença era intensa, quase sufocante, mas, ao mesmo tempo, viciante. E ali, ao lado dela, senti uma onda de posse me tomar. Não importava o que acontecesse, eu não deixaria ninguém - nem mesmo Gi-hun - atravessar a linha que eu estava começando a traçar entre nós dois.

Jeong-bae também estava ali, seus olhos inquietos rodavam entre mim, Seulgi e Gi-hun, como se tentasse captar a tensão no ar.

Decidi romper o silêncio. Meu olhar fixou-se em Gi-hun.

- Por que você decidiu voltar para cá? - perguntei, minha voz firme. - Disse que ganhou o jogo e saiu daqui. Se isso é verdade, recebeu os 45 bilhões de wons. - Fiz uma pausa, observando sua expressão endurecer enquanto Seulgi, ao meu lado, parecia também se interessar na resposta, ainda que mantivesse sua postura fria e neutra. - Você acabou gastando tudo?

- Apostou tudo nos cavalos? - Jeong-bae interrompeu, incrédulo, como se a ideia fosse absurda até mesmo para ele.

Gi-hun soltou um suspiro pesado, sua expressão carregada de algo entre raiva e amargura. Quando finalmente falou, sua voz era embargada de emoção:

- Aquele dinheiro não era meu. Era o preço da vida das pessoas que morreram aqui! E esse dinheiro aí - ele apontou ao redor, referindo-se ao prêmio atual - é a mesma coisa!

Eu tive que conter revirar os olhos. Gi-hun e sua eterna mania de se prender à moralidade como se isso fosse redimir suas escolhas.

- Você não acha que está sendo meio pessimista não? - retruquei, cruzando os braços. - Não é como se você tivesse matado essas pessoas, e pensar assim não fazer ninguém voltar a viver.

Gi-hun explodiu, como eu esperava.

- Se você tivesse votado "X" na votação, todo mundo aqui ainda estaria vivo! - ele retrucou, sua voz carregada de acusação.

Fiz um leve movimento com a cabeça, um gesto quase imperceptível, e virei-me para Seulgi. Ela estava quieta, observando, mas havia algo em seu olhar - uma profundidade que nem Gi-hun nem Jeong-bae pareciam perceber. Apesar de sua expressão neutra, ela parecia pensativa, como se ponderasse sobre o que foi dito.

Finalmente, ela falou, sua voz calma e cortante como de costume:

- Não é como se fosse culpa dele, Gi-hun. Mesmo que eu não concorde, assim como todas as outras pessoas que votaram para continuar o jogo, ele foi apenas mais um.

Houve um instante de silêncio, e eu a observei atentamente, quase incapaz de processar o que acabara de ouvir. Ela estava... me defendendo? Aquele simples gesto - mesmo que sem emoção aparente - me atingiu como um golpe inesperado. Era como se ela tivesse escolhido me proteger, mesmo que de forma quase indiferente.

Ela não tinha ideia do efeito que suas palavras tinham sobre mim. Cada frase dela parecia fincar ainda mais fundo o fascínio que eu sentia. Essa mulher... ela era tudo o que eu não sabia que estava procurando, e ao mesmo tempo, tudo o que eu não podia controlar.

- Ata, tá bom. Agora já foi. - Jeong-bae falou encerrando a discussão. - Não adianta um ficar culpando o outro. Dizem que um falido reconhece o outro, e, olhando bem, tá todo mundo falido aqui. Vamos só focar em ir bem no jogo de amanhã, tá? - Ele fez uma pausa, lançando um olhar pra cada um de nós. - Tem até um ex-jogador com a gente. Se a gente se unir, não tem como dar errado.

O silêncio que se seguiu foi interrompido por um som metálico. Um jogador surgiu, apoiado na barra de uma das camas. Seus passos lentos e sorriso exagerado davam a entender que ele estava tentando se inserir na conversa com entusiasmo forçado.

- Eu concordo com você! - disse o homem, gesticulando como se estivesse diante de uma plateia. - Todo mundo tem que se unir, né não? Juro, tô com vocês até o fim.

- E quem é você? - A voz de Seulgi cortou o ar, baixa e controlada, mas carregada de autoridade. Ela o olhava com frieza, avaliando-o como se estivesse decidindo se ele seria útil ou descartável.

O homem ficou visivelmente desconcertado por não encontrar o tom acolhedor que esperava, mas ele tentou disfarçar a tensão com um sorriso desajeitado.

- Ah, poxa... Eu sou o Dae-ho, Dae-ho Kang. Muito prazer. - Ele estendeu a mão para ela, claramente tentando soar amigável, apesar do clima tenso.

Para minha surpresa - e irritação -, Seulgi aceitou o cumprimento, apertando a mão dele com firmeza. Dae-ho abriu um sorriso surpreso e um tanto idiota, como se não acreditasse na sorte de conseguir um gesto mínimo vindo dela. Eu, por outro lado, observei a cena com uma feição nada amigável, meus punhos cerrados ao meu lado. Meu controle estava por um fio. A vontade de socar aquele sorriso ridículo da cara dele era quase incontrolável, e eu não fazia questão de esconder meu descontentamento.

Antes que eu pudesse dizer algo, senti Seulgi se aproximar levemente, inclinando-se em minha direção. Sua voz baixa e rouca cortou o ar, quase como um sussurro apenas para mim:

- Você não é nada amigável, não é? - Seus olhos encontraram os meus, cheios de algo que eu não consegui decifrar - era curiosidade, provocação ou apenas uma brincadeira?

Por um instante, fiquei em silêncio. Meu olhar estava fixo no dela, e era difícil dizer se ela estava me desafiando ou apenas jogando comigo.

- Não gosto de falsidades. - sussurrei de volta, minha voz saindo um pouco mais ríspida do que eu pretendia. - E não suporto pessoas que acham que podem entrar aqui e conquistar o respeito de qualquer um com um aperto de mão.

Ela arqueou levemente uma sobrancelha, como se minha resposta tivesse sido exatamente o que ela esperava.

- Conquistar respeito? - ela murmurou, com um leve sorriso no canto dos lábios. - É isso que te incomoda? Ou é algo mais?

A pergunta ficou no ar, carregada de uma ironia que parecia calculada. Ela sabia exatamente onde cutucar, como se estivesse testando até onde eu iria.

- Acho que você já sabe a resposta. - retruquei, mantendo meu tom baixo e firme. Não era hora de recuar. Não com ela.

Seulgi inclinou a cabeça ligeiramente, seu sorriso se alargando de forma quase imperceptível, mas suficiente para provocar.

- Ah, eu sei. - murmurou, sua voz baixa e quase sussurrada, como se fosse um segredo compartilhado entre nós. - Só que gosto de ouvir você dizer. Prefiro quando as pessoas admitem as coisas... fica mais interessante.

Eu ri de canto, cruzando os braços enquanto a observava com um misto de irritação e fascínio. Ela jogava bem, e eu sabia disso.

- Você acha mesmo que vou cair no seu joguinho? - perguntei, meu tom carregado de ironia, mas não o suficiente para esconder completamente o quanto aquilo mexia comigo. - Se está esperando que eu diga o que você quer ouvir, vai se decepcionar.

Ela se aproximou mais, diminuindo ainda mais a distância entre nós, o que fez meu sangue acelerar. Seus olhos pareciam ler cada detalhe meu, cada pequena reação que eu tentava esconder.

- Não quero que você diga o que eu quero ouvir. - ela respondeu, sua voz tão próxima que parecia me envolver. - Quero que você diga o que está tentando esconder.

Havia algo na forma como ela falava, como se tivesse certeza de que já tinha o controle da situação. E o pior? Talvez tivesse mesmo.

- Cuidado, Seulgi. - murmurei, inclinando-me um pouco para frente, até nossas faces ficarem a poucos centímetros de distância. - Provocar alguém como eu não costuma acabar bem.

Ela não recuou, nem piscou. Pelo contrário, seu sorriso aumentou, como se estivesse se divertindo com o aviso. As pessoas ao redor estavam tão concentradas em suas conversas, que ndm repararam no que está acontecendo aqui.

- Então me mostre. - desafiou ela, sua voz tão suave quanto perigosa. - Mostre por que eu deveria ter cuidado.

Por um instante, o silêncio entre nós foi carregado de tensão. Eu sabia que estava prestes a cruzar uma linha, mas com ela, parecia impossível não querer jogar.

Um barulho ecoou pelo ambiente. Gritos, e um tumulto crescente indicavam que uma briga havia começado em algum canto do alojamento. Seulgi, que até então mantinha o foco em mim, desviou o olhar, curiosa. Sem dizer nada, ela se afastou indo para o lado de Dae-ho tentar entender o que estava acontecendo.

Foi impossível não sentir um vazio imediato, como se algo vital tivesse sido arrancado de perto de mim. O calor que sua presença trazia desapareceu, substituído por um incômodo irritante. E a culpa disso? Era, obviamente, daqueles inúteis que não conseguiam fazer nada além de arranjar problemas.

- Eles vão acabar se machucando. Não seria bom alguém separar a briga? - disse Jeong-bae, sua voz carregada de uma cautela quase covarde.

Eu soltei um suspiro longo e pesado, já sentindo a raiva borbulhando dentro de mim. Levantei-me lentamente.

Não seria apenas uma tentativa de apaziguar a situação. Seria o momento perfeito para descontar toda a raiva que estava fervendo dentro de mim. Esses idiotas não só estavam causando problemas, mas também tinham me roubado o momento com Seulgi. E isso, eu simplesmente não podia perdoar.

Enquanto me dirigia ao centro do tumulto, seus olhos encontraram os meus brevemente, e, por um segundo, achei que ela sabia exatamente o que eu pretendia fazer. Um canto de sua boca se curvou em algo que parecia um sorriso, mas ela não disse nada.

Seulgi on

Eu observava 001 caminhar calmamente em direção ao tumulto. Seus passos eram firmes, e sua postura exalava confiança. Eu sabia exatamente o que ele faria, mas, mesmo assim, não conseguia desviar o olhar.

- Vocês aí! - ele exclamou, sua voz grave e autoritária cortando o alvoroço. - Vão continuar brigando? No meio do almoço, pra piorar ? Tem gente idosa aqui! Que falta de educação! Dois contra um? Que feio!

A intensidade de sua voz fez todos pararem. Era impossível ignorar o peso de suas palavras. Ele tinha um jeito único de comandar a atenção.

Um dos brigões, o de cabelo roxo, fez um comentário sarcástico, como se quisesse provocá-lo. Foi um erro. Em um movimento rápido e preciso, 001 agarrou o pescoço do rapaz, segurando-o com firmeza. Seus olhos estavam afiados e frios.

Quando o outro tentou avançar para ajudar o amigo, 001 agiu sem hesitar. Com dois chutes secos na perna do rapaz, ele o derrubou no chão. Tudo parecia fácil demais para ele, como se fosse uma coreografia ensaiada.

O de cabelo roxo conseguiu se desvencilhar e, em um último esforço, tentou acertar um soco. Mas 001 foi mais rápido. Ele desviou com agilidade, desferindo um golpe certeiro na barriga do adversário, que caiu de joelhos, ofegante.

Sem dar tempo para reação, 001 agarrou o braço do rapaz, torcendo-o de maneira precisa e derrubando-o completamente no chão. Ele então desferiu dois chutes rápidos no peito do oponente, que soltou um gemido de dor.

Por fim, ele se inclinou sobre o de cabelo roxo, segurando novamente seu pescoço, dessa vez com os punhos cerrados, ameaçando desferir o golpe final. O silêncio caiu sobre o ambiente. Ninguém ousava interferir. A tensão no ar era palpável, mas eu não conseguia desviar os olhos.

A cada movimento dele, minha obsessão só aumentava. Não era apenas a força ou habilidade que me fascinavam, mas o controle, a determinação e a confiança que ele exalava. Ele não era um simples homem; ele era um enigma irresistível.

Quando julgou que a lição havia sido dada, 001 soltou o pescoço do rapaz e se levantou com a mesma calma que tinha ao chegar. Os aplausos começaram imediatamente. As pessoas ao redor batiam palmas, algumas até gritavam elogios, mas ele parecia alheio a tudo isso. Seus olhos vagavam pela multidão, como se procurasse algo - ou alguém.

Então, nossos olhares se encontraram. Meu coração acelerou, mas mantive a compostura. Lançando-lhe um sorriso, bati palmas lentamente, deixando claro que ele havia me impressionado - de novo. Ele retribuiu com um aceno sutil de cabeça, mas seus olhos permaneceram fixos nos meus por mais tempo do que o necessário.

- Quem é esse cara? - Jeong-bae perguntou ao meu lado, ainda incrédulo com o que tinha acabado de presenciar.

- Será que ele é da marinha ou algo assim? - Dae-ho se questionou.

- Eu não faço a mínima idéia, mas que ele é incrível ele é... - Murmurei ainda o encarando.

Eles concordaram ao meu lado.

001 veio em direção ao nosso grupo com passos firmes e aquele sorriso pequeno no rosto. Seus olhos, intensos como sempre, encontraram os meus, e por um momento parecia que só existíamos nós dois naquele espaço.

- Devo admitir, você luta muito bem. - O elogio saiu com naturalidade, mas ainda carregado em um tom frio.

- Há outras coisas que faço ainda melhor. - Ele inclinou levemente a cabeça, a voz grave, carregada de um tom sugestivo. - Você ficaria impressionada...

A provocação fez meu corpo inteiro reagir. Tentei manter a calma, mas o calor que subiu pelo meu corpo era impossível de ignorar. Mordi os lábios de leve, e minha mente começou a vagar, imaginando as possibilidades. Só de pensar no que ele poderia estar insinuando, já era o suficiente para me deixar excitada.

- Será mesmo? - Retribuí no mesmo tom, lançando-lhe um sorriso malicioso, um convite para o jogo que ele parecia tão disposto a jogar.

Por um instante, o olhar dele escureceu, como se aceitasse o desafio sem precisar de palavras. Mas antes que a tensão entre nós pudesse crescer, eu recuei.

- Talvez você possa me mostrar depois... - Disse casualmente, piscando de leve para ele antes de me afastar e me sentar ao lado de Dae-ho, fingindo uma naturalidade que, por dentro, estava longe de existir.

Enquanto Dae-ho puxava conversa comigo sobre algo trivial, eu podia sentir o olhar de 001 ainda fixo em mim. Ele era o tipo de homem que fazia questão de ser lembrado.

E, naquele momento, eu sabia que ele não saía mais da minha cabeça.


• Eai amores, o que acharam? Eu particularmente amei.

• O que vocês mais gostaram no capítulo? E tem alguma coisa que vocês gostariam que eu escrevesse (alguma cena)?

• Se tiver algum erro me desculpem, eu não revisei o capítulo!

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