Rafa 🎡

Felipe chegou em casa quando eu tava saindo, encarei ele que me olhou e eu parei de andar.

Rafa: Preciso resolver algo com a Nicole.- Falei coçando a cabeça.

Metralha: Preciso conversar contigo primeiro.- Neguei.

Rafa: Desculpa amor, mas é muito importante e não posso esperar mais um segundo.- Falei passando por ele e tirando minha moto.

Subi na maior velocidade do mundo pra casa do Terror e bati na porta da casa várias vezes, a Nicole abriu com uma cara feia pra caralho e quando me viu, piorou.

Rafa: Preciso te falar algo, envolve o Terror.- Sussurei empurrando ela pra dentro da casa.

Nicole: Não sei nem mais o que esperar de você.- Falou em um tom de decepção e eu neguei, olhando pra ela.

Rafa: No dia da invasão, eu atirei no Terror. Foi a minha forma de te pedir desculpas mais sincera, matando ele ia te deixar livre.- Ela me olhou sem reação.- Arrisquei até meu cu por isso, se alguém me visse, eu tava morta.

Nicole: Então ele morreu realmente? - Sorriu.

Rafa: Esse é o problema, Nicole! Eu fiz um esquema completo, tava toda vestida como alguém inimigo, quando eu atirei no Terror, não tinha ninguém por perto, mas não demorou muito pra um menino da boca chegar e eu atirei nele também. Nisso eu dei perfume pra ele desmaiar antes de chamar alguém, eu já tinha pensando em tudo, tanto que eu matei o Terror perto da saída pela mata, então fui arrastando ele o mais rápido que consegui pra mata.

Nicole: Você fez isso sozinha? - Concordei, nervosa.

Rafa: Na mata já tinha algumas coisas esperando, coloquei ele naqueles carros de mão que os pedreiros usam, sabe? - Ela concordou.- E sai dali com ele, tem uma casa abandonada pelas matas ali, deixei ele lá e me livrei as coisas. Ia deixar ele por lá mesmo já que os meninos não iam procurar por ali, pelo menos eu achei.

Nicole: E aí? - Sorriu.

Rafa: Eu não sei, eu não fui lá nenhuma vez porque os meninos tão muito ativos na segurança do morro e tudo, fiquei com medo de alguém me seguir. Mas hoje eu finalmente conseguir sair e ir lá, o corpo sumiu Nicole, simplesmente sumiu. Só tem marcas de sangue lá, o chão meio fedendo a xixi, mas nada dele!

Nicole: Caralho, Rafaela! - Respirou fundo.- O que a gente faz? Falei com o Leozin hoje, pela forma que ele falou, não acharam nada do Terror até agora. Ele viu que foi você?

Rafa: Acho impossível, eu tava irreconhecível. Mas eu não sei, eu tô com medo, sentindo que vai dar merda.

Nicole: Tudo bem, mas se ele sumiu, ele tá vivo.- Falou nervosa.- Obrigada por ser arriscar por mim, era o mínimo também.

Rafa: Sim, vadia.- Pisquei.- Perdão por não perguntar antes, mas o Metralha simplesmente não me falou nada, foi impossível não surtar.

Nicole: Eu sei, entendo a parte do surto de ciúmes. Só não a parte de você ignorar a nossa amizade.- Coçou a cabeça.- E só você realmente ainda fala comigo, as outras meninos realmente sumiram.

Rafa: Elas costumam ser assim quando tem algum problema, só falam quando tá tudo bem ou pra festa.- Eu ri.

Ela sorriu pra mim e eu pisquei avisando que só quem sabia era ela, nem o Metralha podia sonhar. Ela me abraçou eu fui saindo pra ir pra casa respirando fundo, comprei algumas paradas pra fazer a janta antes de ir pra casa e quando eu cheguei lá, o Metralha tava sentado assistindo televisão, mas logo tomou postura, o que me fez perceber que a conversa seria muito séria.