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Nicole 🎀

Dessa vez, o Terror tinha me machucado porque alguém falou pra ela que eu tava dando corda pra outro homem, eu não entendi porra nenhuma, mas não tive opção. Apanhei calada e encolhida, tentando não falar um aí, pra minha mãe não escutar, mas quando eu saí dali, ela estava lá chorando.

Nicole: Por que você tá assim? - Falei estranhando.- Você fala e me olha como se tivesse culpa de algo!

Rafa: Eu tenho, eu deveria ter ajudado, eu não sabia de nada.- Encarei ela.

Fiquei calada e respirei fundo, tava estranhando demais algumas coisas que nunca tinha parado pra ver, mas fiquei calada na minha!

Um tempo depois a Rafaela foi embora, fiquei pensativa no meu canto até minha mãe entrar no quarto com cara de curiosa e eu ri.

Cami: Que cara é essa? - Falou sentando na cama do meu lado.

Nicole: Eu que te pergunto, cara de safada aí.- Ela riu.- Você achou a Rafaela estranha quando você tava aqui?

Cami: Sim, ela aprontou alguma, eu tenho certeza! Tava com uma cara de culpa, não sei filha. Mas já cansei de te avisar, sua única amiga sou eu.- Fiz careta.

Nicole: Eu sei, mas é legal ter colegas pra rastar a tabaca nos lugares.- Ela riu.- Tô paranóica demais mãe, mas tá tudo bem!

Cami: Ainda tá doendo? - Falou levantando minha blusa, onde minha barriga tava muito roxa pelos socos.

Concordei com a cabeça e ela saiu do quarto, avisando que ia pegar gelo, peguei meu celular e estranhei, tinha uma chamada perdida do Metralha, mas não tinha mensagem nem nada, eram quase três da manhã e eu nem entendi nada.

Quando minha mãe voltou com gelo, ela colocou por cima e ficou ali comigo, como a cara era de casal, dava pra gente dormir muito bem, então eu fiquei acordada quietinha enquanto ela tentava dormir ali, quando eu fui me levantar pra apagar a luz, me assustei com alguém abrindo a porta do quarto, tava de capuz todo de preto, fiquei imóvel olhando e vendo ele entrar e trancar a porta, quando tirou o capuz eu estranhei.

Nicole: O que que você tá fazendo aqui? - Falei sem entender e ele riu.

Metralha: Fiquei preocupadão contigo.- Falou me encarando com a mão no bolso do moletom.

Nicole: Se o Terror te encontrar aqui ele te mata, mete o pé.- Falei controlando um sorriso.

Metralha: Pulei o muro de trás, os menor tão tudo dormindo aí, ninguém viu nada! Terror tá bêbado no festa, arrastou algumas negas e só sai de lá amanhã.- Eu sorri, respirando fundo.- Mas e tu, como tá? Maior caô quando te vi assim.

Nicole: Obrigada por ser preocupar, como sempre! - Sorri olhando pra minha mãe, que tava de olhos abertos olhando pra gente.- Alguém falou pro Terror que eu tava rendendo pra outro homem.

Metralha: Não falou nomes? - Neguei.

Cami: Você tá se arriscando, Metralha.- Olhamos pra ela.- Isso não é certo.

Metralha: Protegido pelos deuses aqui, tia.- Revirei os olhos.

Minha mãe negou com a cabeça e se levantou, abrindo a porta e saindo do quarto, olhei pro Metralha que riu e se aproximou, abracei ele sentindo o seu cheio em seu pescoço e deitei a cabeça ali, fiquei assim por um bom tempo até ele se afastar lentamente, deixando nossas bocas próximas. Ele entreabriu a boca e segurou meu rosto, coloquei a mão no pescoço dele e fechei os olhos, sentindo ele se aproximar.

Me senti uma criança, meu corpo se arrepiou e minha barriga adotou borboletas, quando ele me deu um selinho, eu caí na realidade.

Nicole: Você é casado, não dá.- Sai do meu delírio, soltando dele.

Metralha: Porra, que vacilo.- Encarei ele.- Nunca fiz essas paradas não, puta que pariu.

Nicole: Fama de talarica e amante não quero ter nunca.- Falei sentando na cama.

Metralha: Quero cuidar de tu, pô.- Falou sentando na minha frente.- Te ver tomando no cu uma vez atrás da outra é complicado, tu não merece não. Tudo que tiver no meu alcance pra fazer, vou te ajudar.

Nicole: Não quero você se arriscando por mim, já basta essas doideiras.- Ele riu.- Fica tranquilo, uma hora passa.

Ele negou com a cabeça e puxou meu pescoço, beijando minha testa. Sorri fechando os olhos e baixei a cabeça quando ele me soltou, ele mandou um "fica bem." e saiu do quarto pela porta, foi questão de 5 minutos pra minha mãe entrar me encarando feio, pisquei pra ela e cocei a cabeça, apaguei a luz e me deitei, que reviravolta a minha vida tinha dado.

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