17
─ Que bom que você está bem, amiga! Fiquei tão preocupada por não receber notícias suas, aí... eu vi aquela notícia piorou tudo ─ Kendo disse abraçando a amiga.
Midoriya estava feliz em estar de volta à escola. Seu pai tinha conversado com os professores para que pegassem leve com ela já que tinha perdido muitas aulas e ficaria bem atrás dos outros alunos, mesmo ela pegando o conteúdo deles ainda ficaria um pouco atrás. Então as provas seriam diferentes para que ela não fosse prejudicada. Tinha visto que era verdade sobre os prédios onde seriam os dormitórios as famílias já estavam sendo avisadas. Teriam a escolha de deixar seus filhos na escola ou não ─ pois eles só sairiam da escola aos finais de semana ou feriados. Estava uma verdadeira guerra já que os pais não queriam ver os filhos na escola o que resultava uma briga entre os alunos e os pais. Todos esperavam que até o final da semana tudo fosse resolvido.
E claro a turma dela festejou muito pelo retorno, tinham feito até uma festa ─ Kan participou ─ tinham até saído depois da escola para curtirem um pouco mais a amiga. Agora estavam com aulas normais, mas ainda ficavam no pé de Midoriya querendo deixá-la mais confortável mesmo que ela ficasse os xingando querendo que eles parassem de tanto cuidado, ela estava bem e não era uma boneca de porcelana. Mas agradecia os amigos pelo contato, ela podia xingá-los, mas também agradecia.
Tanta coisa tinha acontecido, parecia que ela tivera presa naquele cativeiro por séculos, mas tinha sido poucos dias. Ficou pasma quando soube por seu pai sobre as palavras de Endeavor e como ele sempre a visitava quando ela estava desacordada para dar um pouco de fogo. Isso fazia com que ela pensasse seriamente se Stain estava certo, aquele homem tinha a ajudado tanto como ela poderia achar que o justiceiro estava correto? Ela meio que não se importava com a maneira que ele tratava todos, o importante era ele a tratar bem o resto que se foda. Ela não ia ficar com dó dos que ele tratasse mal.
Queria apagar aquele mês conturbado e fingir que ele nunca havia existido ─ isso mudaria muito a carga horaria da escola já que houve tantos incidentes e aulas canceladas ─ todos já estavam escolhendo em qual agencia iam ''passar um tempo'' achou engraçado que Endeavor já confirmou que ela estagiaria com ele, mas não se incomodou já que era bem obvio.
─ Amiga por qual motivos estamos indo para a sala 1-A? ─ Kendo perguntava confusa estava apenas ela ao lado de Izumi. Já que as demais estavam fazendo outras coisas durante o intervalo.
─ É verdade que o Ingenium quase foi morto pelo Stain? ─ perguntou para a amiga.
─ Sim, foi bem na semana em que estavam caçando o culpado. Ele acabou sendo atacado, mas não morreu. Ele só perdeu a capacidade de usar a individualidade... porque, bem, ele usa as pernas pra lutar e elas não podem mais se mexer ─ disse coçando os cabelos. ─ E por qual motivo você trouxe essa marmita extra? Eu sei que a gente vai comer juntas e tudo mais..., mas eu não vou dividir uma com você, não vou aguentar ─ disse vendo a amiga sorrir.
─ Não é pra você, relaxa ─ disse com um sorriso. ─ Já sabe pra quem vai estagiar?
─ Bem entre todos, acho que vou Uwabami!
─ Não ─ viu o olhar confuso da outra. ─ Ela pediu você por seu rostinho bonito, ela não vai te ajudar em nada. Procure um voltado a lutas, você tem até o dia de hoje para enviar o formulário, então se fosse eu, agia rápido pra achar outro ─ viu o desespero da amiga. ─ Gunhead é uma boa... dizem que ele é um bom lutador das artes marciais, seria uma boa pra você.
─ Hm, eu vou mudar então meu formulário ─ disse com um sorriso. ─ E você? Ah, eu nem sei o motivo deu estar perguntando isso... é obvio que você vai estagiar na agência do Endeavor ─ falou revirando os olhos.
─ Menina esperta ─ apertou uma das bochechas da amiga que resmungou. Ela logo entrou na sala A vendo que alguns alunos ainda estavam nela ─ pelo menos os que ela queria estava ─ ela notou que Katsuki estava sentado em sua carteira, havia metade do seu grupinho ao seu lado e outros garotos próximos, andou até ele fazendo com que todos ficassem confusos. ─ Eu vou me arrepender muito disso ─ suspirou ficando próxima de Bakugou, todos até tinham ficado um pouco longe deixado os dois se encarando.
─ Izumi? O que você...
─ Aqui ─ disse colocando a marmita em cima da mesa do garoto. ─ Pelo dia no hospital ─ pegou um papel do bolso e entregou para o garoto, era seu número de telefone. ─ Por ter ido atrás do Kan... e por você postar o vídeo na internet... ─ suspirou e revirou os olhos, escutou os gritinhos de Kendo atras de si. ─ 13h saída, se você se atrasar eu te mato.
─ NÃO BRINCA! ─ Kendo gritou toda animada.
─ Cala a boca, escuta aqui. Não ache que tudo isso é por eu estar começando a gostar de você nem nada! ─ falou vendo o olhar malicioso do outro. ─ Me poupe dessa sua expressão de merda, não me faça mudar de ideia!
─ Claro que não, você deu tudo o que eu queria em um dia só ─ colocou o cotovelo na mesa e apoiou o queixo em sua mão. ─ Melhor presente que isso, só um beijo seu.
─ Eu não vou... não vou responder ─ massageou as tempuras. ─ E lembrei de outra coisa, sorte sua eu ter escutado uma conversa entre os professores... de nada, eu queimei seu formulário.
─ VOCÊ O QUE?! Tem ideia do que você fez?! Eu ia estagiar para o Best Jeanist.
─ Ele é tão burro quanto você ─ disse encarando a amiga que ficou xingando baixinho. ─ Você se esqueceu do comportamento dele e como ele age? Ele vai tentar deixar você na linha, fazer com que você fique menos violento e não fique gritando '' morra'' quando luta com alguém. Acha mesmo que ele te mandou uma proposta pela sua força? Logico que não, você deveria ir na agência da Miriko!
─ A heroína coelho? ─ perguntou confuso.
─ Céus, você já viu as cosias que aquela mulher faz? Ela é uma doida! Ela tiraria tudo de você, inferno! Ela tem sorrisos tão psicopatas quanto o seu, sem conta que ela quer esmurrar e derrotar todos os vilões. Não sei o motivo de não ter a considerado ─ massageou agora a testa novamente. ─ Faça a merda de outro formulário e vá trabalhar na agência daquela mulher, se bobear quando você tirar sua licença... continue trabalhando, aquela coelho é uma das melhores do país.
─ Tsc. Acho bom mesmo ela ser tudo isso, se não, eu acabo com você ─ falou irritado.
─ Vai pesquisar sobre ela então, se acha que estou mentindo ─ disse e logo caçou a outra pessoa que tinha que falar, quando avistou foi em direção ao outro. Agradeceu mentalmente por todos estarem em um ambiente só, não queria ficar correndo atrás dos dois. ─ Oe, você ai de óculos.
─ Eu? ─ Iida perguntou.
─ Se continuar com esse pensamento você vai morrer ─ disse seria, deixando todos assustados, afinal, ela tinha mudado completamente de expressão e o ar tinha ficado até mais denso. ─ Fiquei sabendo do seu irmão e tenho certeza de que você escolheu uma agência que faz ronda em Hosu... pra achar Stain.
─ Tenya... ─ Uraraka olhou o amigo que apertou os punhos.
─ Olha garoto, você é fraco ─ disse cruzando os braços. ─ Você nem chegou na final e acha que vai fazer alguma coisa quando encontrar ele?
─ EU PRECISO VINGAR MEU IRMÃO!
─ Ah, claro ─ jogou as mãos para o lado. ─ Com sua força?
─ Meu irmão foi pego de surpresa, dessa vez, Stain que vai ser pego de surpresa ─ ao finalizar, Midoriya começou a rir, mas muito, riu tanto que até chorou. ─ QUAL É A GRAÇA?
─ Você... acha... que o Stain vai ser surpreendido por um aluno de quinta? ─ disse limpando os olhos. ─ Olha você devia sair desse mundinho imaginário, falo sério, você vai morrer. E quando você morrer eu vou dizer pra todo mundo '' eu disse''.
─ Você está sendo muito dura com ele ─ Momo disse irritada.
─ Ela tem razão ─ Shoto se pronunciou deixando todos chocados. ─ Ele não é forte o bastante para Stain.
─ Garoto se toca, você é ASPIRANTE a herói, não um herói profissional. Nem os profissionais o pegaram. E saiba de uma coisa, Stain só mata a escoria dos heróis... se seu irmão saiu vivo é porque ele foi atacado e revidou.
─ Como pode falar isso, ele mata qualquer herói que aparece na sua frente! ─ Jirou falou irritada.
─ Se vocês usassem a internet saberiam quais pessoas ele já matou e quais ele apenas feriu. Ele nunca matou heróis de verdade, todos eram podres. Eles nem deveriam ser titulados como heróis.
─ Então você concorda em vê-lo matar essas pessoas? Mesmo elas não sendo do bem não quer dizer que mereçam ser mortas!
─ Então isso se aplica com Stain? ─ disse deixando Jiro sem palavra. Tinha prometido não falar ou defender o homem na qual admirava, mas estava sendo difícil e já não se importava mais, já tinha jogado a primeira pedra então que se foda. ─ O garoto aí não está com cara de quem vai dar um '' Oi, você vai ser preso'' ele quer MATA-LO. E você sabe o que acontece se você fazer isso?
─ Pouco me importo! Eu vou ter vingado meu irmão ─ ele não queria falar para todos sobre seu plano, pois sabia que seria impedido só que não poderia deixar aquela garota dizer aquelas coisas como se entendesse a situação. Ele sofreu quando viu o irmão internado e sofreu mais ainda quando soube que ele não poderia mais ser um herói. ─ Você não entenderia, você não tem ninguém! Se tivesse um irmão passando pela mesma coisa que eu... certamente se vingaria!
─ Ai, ai, como é difícil explicar as coisas para as pessoas ─ suspirou. ─ Olha vou tentar explicar melhor. Você é fraco, está cego pelo ódio, só vai fazer merda e você vai morrer. Fim.
─ VOCÊ NÃO SABE DO QUE EU SOU CAPAZ, ISSO É PROBLEMA MEU.
─ Você não pode fazer isso! Ela tem razão se for atrás dele você vai morrer cara! ─ Denki fala preocupado.
─ Não pedi a opinião de vocês.
─ Vamos contar para os professores sobre isso! ─ Sero disse querendo sair, mas Izumi foi mais rápido e segurou o braço dele o impedindo.
─ Digamos ─ disse soltando o braço do garoto que entendeu que não deveria sair. ─ Que você o mate. WOW! O assassino finalmente foi pego... não... ele foi MORTO! Mas esperem, ele é aluno da U.A! Nossa aquela mesma escola que foi invadida por violões e uma das alunas quase morreu? ─ disse com uma voz que parecia que estava chocada. ─ Ele não tinha uma licença e usou seus poderes! A agência que estava responsável por ele deixou que ele usasse os poderes! Mas isso é um ultrage! ─ fechou a expressão. ─ Ele deveria ser preso! Oh, mas ele é de menor! Seus pais então vão pagar pelo erro dele e ele nunca vai mais poder cogitar ser um herói! Mas e a agência? Sim, a agência ─ disse colocando a mão no queixo. ─ Ela foi responsável por isso! Sim, ela precisa ser levada a justiça! Ela merece ser fechada os heróis de lá não sabem trabalhar direito a ponto de deixar um aluno fazer tais coisas!
─ Izumi ─ Kendo falou chocada com aquilo, não esperava ver a amiga ''ajudar'' outra pessoa, mesmo que estivesse mais humilhando do que ajudando.
─ Pobrezinho ─ falou com uma expressão triste. ─ O que seu irmão pensaria ao ver seu amado irmãozinho fazendo uma coisa dessas? E sua mãe? Ficaria TÃO desapontada.
─ CALA A BOCA! ─ disse irritado, estava furioso e todos ficavam chocados com aquela mudança drástica pois ele nunca tinha se mostrado alguém violento nem nada do gênero. Quem fazia isso geralmente era Bakugou. ─ VOCÊ NÃO ESTÁ PASSANDO POR ISSO, NÃO ENTENDE MINHA VISÃO... MEUS SENTIMENTOS... NÃO ENTENDE NADA.
─ Oh, mas eu entendo ─ disse abrindo um sorriso um tanto macabro. ─ Eu não me importaria de matá-lo, oh, não... tirar a vida de uma pessoa que acabou com a minha? Oh... espere ─ disse colocando a mão no queixo. ─ Eu já fiz! ─ disse aumentando o sorriso vendo o olhar chocado de todos. Até mesmo Kendo ficou estática, Katsuki parecia ficar menos tenso com isso. ─ Eu não me senti culpada, ele ia me estuprar ─ disse jogando os ombros para trás. ─ Mas eu não era uma aluna, eu não estava em uma agencia... eu era uma garotinha de merda sozinha jogada num beco─ rosnou irritada essa última parte ─ Mas eu estava certa, não estava? Aquele homem ia me tocar... eu estava fazendo justiça? ─ se aproxima de Iida ficando próxima dele. ─ O problema não são as consequências..., mas você tem coragem de matar alguém? Vai aguentar a pressão de ter sangue em suas mãos? Vai conseguir fechar os olhos e se lembrar de todo o sangue e da expressão de Stain morto... me diga, você vai aguentar?
─ Eu... eu.
─ Pois eu adorei... oh, não sabe o quão foi prazeroso me lembrar que aquele filho da puta tinha sido morto! Que ele nunca mais ia tocar ninguém como ele tentou me tocar ─ disse colocando os braços para trás e abriu um sorriso meigo. ─ Você é fraco, devia desistir dessa ideia.
A sala estava em silencio era informação demais para absorver ver aquela garota falando com todas as letras que já tinha matado alguém era surreal. Claro que entendiam o motivo, mesmo assim, ela tinha matado alguém quando pequena e tinha gostado a ponto de não se importar de ficar sonhando todas as noites sobre o ocorrido. E pior ainda, era a maneira que ela dizia tais coisas, tão natural. Izumi parecia saber tudo o que acontecia caso Tenya fosse pego pela polícia ou por um herói. Quem era aquela garota de verdade, com quem estavam ligando esse tempo todo?
─ Se você não se importa... me ajude então ─ disse sério.
─ Oh, mas que reviravolta ─ abriu um sorriso grande.
A sala ficou ainda mais chocada tinham ouvido direito? Depois de toda aquela conversa Tenya estava pedindo ajuda de Midoriya para matar uma pessoa? Aquilo era errado e mesmo assim ninguém conseguia se aproximar e dizer algo sobre isso. Itsuka estava processando ainda a informação que sua amiga era uma lunática só que ainda assim não sentia nojo ou repulsa de continuar amiga da garota. Kirishima tremia, se antes ele já estava confuso agora estava pior, ficou se perguntando o quão obscuro tinha sido o passado da garota e se ele estava disposto a entrar nessa escuridão para ajudá-la a sair dele. Olhou para o lado querendo ver a cara de espanto de Bakugou ─ querendo que ele estivesse igual a ele ─ só que viu um olhar de desejo um sorriso animado como se estivesse adorando tudo aquilo que a garota falava.
─ Foi mal, mas eu não vou perder meu estágio procurando o Stain ─ disse colocando os braços atrás da cabeça.
─ Então você ajudaria caso não houvesse o estágio? VOCÊ É LOUCA! ─ Ojiro falou abismado.
─ Eu não falei nada de matar ou nada do gênero. Só disse que não quero perder meu estágio ─ disse calma encarando o rapaz. ─ Vocês são dramáticos demais. Então pense bem antes de fazer essa merda, seus amigos vão ficar chorando e me culpando caso você morra ─ Midoriya saiu da sala e logo foi seguida por Itsuka que ainda tinha a boca aberta. Tinha falado demais tinha ficado irritada com a possibilidade daquele pirralhão desgraçado atrapalhar Stain em alguma luta contra algum herói poderoso e não se importou de dizer aquelas coisas. Agora tinha medo de que Kendo começasse a odiá-la a ponto de não falar mais consigo.
─ Meu deus... ─ falou ao lado da amiga. ─ Quero morrer sendo sua amiga. E já sei onde arranjar uma assassina profissional ─ disse falando baixinho. ─ Se alguma pessoa escutou a conversa... você ta fudida.
─ Você não deixando de ser minha amiga, eu não me importo ─ disse com um sorriso.
─ Mesmo você sendo um tanto perturbada... matado um cara que tento te estuprar quando você era pequena... bem, eu consigo viver com isso ─ disse com um sorriso pequeno. Itsuka se recordou da conversa que tivera com a amiga, que esperaria o tempo que fosse para que ela se sentisse confortável para falar do passado. Só que ao saber que ela já fora quase estuprada quando pequena... ficava questionando se teria estomago para escutar o passado todo. ─ Mas acho melhor conta tudo pra nossa sala, eu tenho a impressão que isso vai vasar.
─ Você acha? Eu tenho certeza.
Aquela conversa tinha sido espalhada tão rápido que levou menos de 1h para a escola toda ficar sabendo. Por sorte tinham falado para turma B tudo o que aconteceu, afinal, fofoca era igual a brincadeira telefone sem fio ela ia aumentando e mudando os fatos deixando todos de queixo caído. Todos ficaram bem chocados com aquilo, claro que Midoriya disse que caso alguém quisesse se afastar ela não se importaria ─ o que realmente ocorreu ─ , mas pediu que ninguém falasse mal dela pelas costas que falasse diretamente que ela nem iria revidar. Os amigos na qual não queriam mais contato, não iriam fazer aquilo. Não por medo, mas sim em ver que ela não se importaria com nada.
Quando a informação ─ modificada ─ tinha chegado os professores rapidamente foram em busca de respostas concretas e descobriram que era verdade que quando muito jovem Izumi havia matado uma pessoa ─ não estava indicando que era um herói, mas um dos professores conhecia o homem e contou para o restante dos colegas que ficou chocado ─ que tentará lhe estuprar. Só que devido a idade da garota a morte tinha sido por legitima defesa ela era pequena e não sabia como controlar muito os poderes então a polícia não tinham como julgá-la provavelmente tivera uma punição enorme no orfanato onde morava já que a polícia pressionou o local já que era responsabilidade deles cuidar do bem-estar das crianças. Então descartaram a ideia de ela ser uma assassina em serie. Só tinham que o resolver o assunto de Tenya querer se vingar de Stain sem se importar com as consequências, tinha até sido bom as palavras que Izumi tinha dito ─ Kan foi atrás da filha para saber a conversa toda ─ então tinham que focar mais nesse assunto já que ela não era o problema e sim o garoto.
A imagem de Izumi Midoriya havia mudado novamente e ela não se importava. Muitos a olhavam com raiva e com certa repulsa já outro olhavam com olhares na qual ela não conseguia expressar. Só que pareciam ser de felicidade e orgulho ─ talvez alguns ainda tivessem chance de serem heróis, pensava ela ─ não se importou de ser conhecida como a nova aspirante de vilã da escola. Muito menos se importou quando viu muitos falarem de si pelas costas.
Midoriya passou por aquilo pela vida toda. Tinha já aprendido na pele o quão desagradável era ser tratada daquela maneira, mas com o tempo já havia acostumado, então todas aquelas pessoas pareciam insignificantes para si. Não ligava para a opinião de ninguém, contanto que certas pessoas ainda ficassem ao seu lado... ficaria bem. E caso até essas pessoas se afastassem, bem, voltaria para sua áurea mortal e solitária que tinha quando estava no orfanato ─ provavelmente seria pior podendo levá-la até para outro caminho devido ao afastamento e ódio de todos aqueles que disseram que gostavam dela ─ havia muita coisa em jogo.
─ Jovem Midoriya, eu posso conversar com você? ─ disse All Might para a garota que o olhou com tedio, de todas as pessoas do mundo ela não queria conversar com ele. Sabia que o herói ia falar todo um discurso pelos seus atos e não estava a fim de conversa fiada.
─ Não.
─ Temo dizer que é urgente.
─ Se é urgente por qual motivo me pergunto?
─ Para não ser muito indelicado. Agora vamos.
─ Não, eu não vou com o senhor. Se quer tanto falar comigo que fale amanhã. Eu tenho coisas a fazer hoje e não vou desmarcar só por você ter pedido ─ disse rude. ─ O senhor não é meu pai, nem nada meu. Não achei que só pelo fato de você ser o herói N 1º você manda em mim. Agora se me der licença, eu tô vazando ─ falou por fim deixando o herói sozinho no corredor, na qual ainda não acreditava naquelas palavras.
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