16
Depois daquele incidente as aulas foram suspensas ─ uma semana, já que o evento fora no sábado ─ a mídia estava caindo em cima da escola. Já não era o primeiro ataque envolvendo os alunos, mas esse em específico tinha passado dos limites. Claro que não era culpa só da escola o que fez com que a organização dos heróis levasse a culpa também. Em outras palavras, a população estava insatisfeita com ambos os lados e se perguntavam se a garota estava bem, muitos tinham visto o estado dela e relataram a imprensa que fez com que a notícia se espalhasse.
Atualmente Izumi estava em um hospital dormindo sem nenhum tipo de machucado. Recovery tinha terminado de checar seus ferimentos mais leves ela no momento só estava dormindo. Talvez ficar concentrando tanto calor para fechar e melhorar sua pele tinha esgotado suas energias com isso ninguém sabia quando ela ia acordar.
Uma busca começou a ser feita, com extrema urgência, por qual motivo houve aquele ataque? Ele tinha sido especificamente feito para a garota ou simplesmente mostrar que os heróis não tinham o controle sobre a cidade para proteger todos os civis. Seria alguém relacionado ao ataque da U.A ou outra pessoa? Inúmeras perguntas faziam com que as investigações demorassem mais.
Endeavor sempre visitava Izumi pois ela ainda pegava o calor dele mesmo que estivesse inconsciente ela ainda realizava isso. Talvez ajudasse ela a melhorar mais rápido para que acordasse antes do previsto. Os alunos estavam com medo não sabiam como agir depois desse segundo ataque, aquilo significava que qualquer agora era um alvo lá dentro? Muitos pais ficaram insatisfeitos e começaram a reclamar da segurança de seus filhos outra coisa na qual dificultou tudo na vida do diretor do U.A.
Todoroki não sabia o que achar sobre aquele incidente. Seu pai parecia preocupado ele nunca tinha visto ele daquela forma nem quando sua mãe tinha sido internada, tinha ficado irritado com aquilo, por qual motivo aquela menina deixava seu pai tão preocupado? Entendia o motivo dele precisar ir todos os dias visitá-la por conta de seu poder, ele mesmo precisou ir naquele dia para ajudá-la. Só que podiam pedir para que ele e aquele rapaz da turma 1-B fossem ajudá-la, mas Endeavor fez questão de ele ir pessoalmente e não as crianças.
Kan visitava sua filha todos os dias ficava irritado consigo mesmo por não ter conseguido ajudar ela em nada já que seu poder não tinha função nenhuma naquela situação. Ajudou também nas buscas queria entender o motivo daquele ataque na qual machucou sua pequena. Algo que ninguém sabia, nem mesmo os heróis ou os enfermeiros era que todas as noites Stain a visitava e olhava para a garota desacordada ele não soube o motivo de ficar fazendo isso, mas depois de ficar sabendo do ocorrido ficou preocupado ─ algo inédito ─ e sempre que possível ia visitá-la para ver seu estado, claro que só fazia isso quando não havia ninguém por perto.
Ele tinha ideia do motivo do ataque nem todos gostavam de Stain e ver que Izumi tinha um relacionamento de treinador/ paternal queriam usar ela para que ele também fosse atingido. A liga dos vilões ficava lutando constantemente para que ele entrasse na organização e mesmo que ele falasse os motivos na qual ele não queria participar daquela organização, mais irritados eles ficavam. Se continuasse assim ele acabaria matando todos da liga por mexerem com aquela garota.
Depois de dois dias Izumi acordou ela tinha certa dificuldade de mover seus braços e seu corpo, mas conseguia comer normalmente só que alguém tinha que alimentá-la. Queriam que ela fizesse alguns testes ─ queriam usa-la como cobaia para ser mais exato ─ nenhum ser humano poderia sobreviver aquele raio, tinham feito todos os testes e viram o quão intenso ele era, provavelmente se fosse outro herói ele teria morrido, mas ela só teve queimaduras de 3º então caso se ela se acostumasse ela aguentaria mais e nem ficaria mais com queimaduras.
A temperatura de um raio era muito intensa como se fosse alterada ─ diferente de um raio comum ─ a pessoa devia querer ver até quanto ela aguentava o calor provavelmente. Não sabiam só que tinham ficado curiosos com isso querendo saber se ela aos poucos conseguiria aguentar temperaturas maiores na qual ela poderia entrar dentro de um vulcão sem se preocupar.
Isso gerou uma enorme discussão Sekijiro não concordava com isso não deu autorização para que os testes começassem, sua filha não era um rato de laboratório e como ele tinha adotado ela, se ele não permitisse ninguém poderia tocar em um fio de cabelo nela. Só que o governo começou a participar desse experimento o diretor Nezu acabou interferindo, ele não queria deixar que uma garota tão nova passasse por isso. As mesmas pessoas que estavam com o corpo de Nomu ─ monstro na qual havia atacado a U.A e surpreendido todos por seu poder ─ queriam Izumi o que não agradava nada Sekijiro.
Nem devo dizer que essa informação deixou Midoriya arrasada não podia acreditar que queriam fazer testes nela para que ela aguentasse temperaturas altíssimas, tinha sofrido tanto com aquelas queimaduras que não queria passar por tudo de novo só para seu corpo se acostumar. Todas as noites chorava ao se lembrar da dor infernal que todo seu corpo sentiu, ficava pensando como seus olhos e cabelos tinham aguentado, ah, sim, seu cabelo, ele tinha sido cortado ficando na altura das orelhas. Os cientistas e médicos queriam analisá-lo para que entendesse o motivo dele não ser queimado se pudessem teriam tirado um olho também ─ Izumi não duvidaria disso ─ ela queria voltar as aulas normalmente e se esquecer de tudo aquilo.
─ Como você está garota? ─ uma voz na janela chamou atenção dela fazendo com que ela virasse o rosto.
─ Stain... ─ abriu um sorriso pequeno. ─ Me sentindo um rato de laboratório.
─ Desculpe ─ falou deixando Izumi surpresa, já que não esperava por isso. ─ Talvez você tenha sido atacada por minha causa.
─ Do jeito que as coisas estão eu não duvido que tenha sido um desses cientistas loucos querendo saber até onde meu corpo aguenta ─ fez uma careta. ─ tem um médico... ele é estranho. Um baixinho de bigode, ele tem um sorriso falso demais sinto que não posso confiar nele.
─ Se seus sentidos estão assim, deve aceitá-los, fique de olho nele ─ falou sério vendo ela concordar. ─ Eu preciso ir embora, com toda essa movimentação muitos heróis estão ficando descuidados e é um ótimo momento para matá-los.
─ Hm ─ tinha ficado irritada com isso, seu incidente tinha o ajudado a matar heróis? Ele não deveria achar bom aquilo, mas nada falou já que não queria discutir e chamar atenção das enfermeiras.
─ Nos vemos outro dia, melhoras... ─ disse logo deixando ela sozinha.
[...]
─ Depois de tudo ainda vai ter o estágio? ─ perguntou chocada com isso.
─ Sim, acharam que seria bom os alunos andando com heróis profissionais e aprenderem um pouco sobre a vida nas ruas... depois de tudo o que aconteceu acharam que era uma boa ideia ─ disse encarando a filha. ─ E devo dizer que você ganhou um número enorme de heróis interessados, mas tenho certeza de que você deseja só um, estou certo?
─ Sim ─ disse olhando para suas mãos que aos poucos ela conseguia se mover. ─ Quero me estagiar com Endeavor.
─ Do jeito que ele gostou de você, quando você tirar sua licença de herói ele já a contrate para estagiar lá definitivamente.
─ Pena que você não pode, eu preferia lutar ao seu lado ─ disse com um sorriso triste.
─ Ao aceitar trabalhar na U.A eu já tinha aceitado o fato de não ficar mais em campo. Eu ia adorar lutar ao seu lado ─ falou dando um afago nos cabelos esverdeados vendo a filha sorrir. ─ Preciso ir, queria poder ficar mais, mas a escola está uma bagunça.
─ Tudo bem, te vejo mais tarde? ─ perguntou vendo o homem concordar. ─ Até depois, pai.
─ Até querida ─ disse saindo pela porta.
─ Pai ─ lembrou-se. ─ O senhor pode vir aqui, rapidinho?
─ O que foi? ─ se aproximou e quando notou sentiu sua filha o abraçando forte fazendo com que ele abrisse um sorriso. Deu um beijo na cabeça dela e sentiu os braços dela se afastarem ela abriu um sorriso e se despediu dele novamente.
─ Acho que eu devia ter comentado daquele velho ─ falou olhando para a Tv a sua frente.
─ Que velho? ─ foi surpreendida com aquela vez e virou o rosto ficando irritada.
─ O que está fazendo aqui, Bakugou?
─ Te visitando?
─ Achei que ninguém, além do meu pai, podia me visitar!
─ Minha mãe tinha contato com a sua... então eles achavam que era uma boa ideia.
─ Claro, vocês podem e as pessoas que conheci na U.A não ─ disse revirando os olhos. ─ Até porque sua mãe me adora e está aqui junto com você.
─ Ela deu uma desculpa falando que seria melhor a gente ter um momento sozinho ─ disse com um sorriso de lado vendo a garota bufar. Ele puxou uma cadeira e se sentou próximo da cama. ─ Seu cabelo ficou legal assim. Fico surpreso dele não ter queimado nem nada.
─ Ele estava normal... então eles cortaram querendo entender o motivo dele não ter queimado ─ falou vendo a expressão do rapaz fechar. ─ Pois é... eu virei um brinquedinho novo deles.
─ Mas eles não podem fazer isso! ─ rosnou irritado.
─ Esses filhos da puta, tem a ''guarda'' do bicho que ataco vocês e agora quem brincar de casinha comigo do jeito que eles estão loucos... não duvidaria caso quisesse que eu gerasse a porra de um filho daquela coisa.
─ Puta que pariu e seu pai vai deixar isso acontecer?
─ Não, ele não permitiu. Só que é complicado... além dos médicos, os cientistas o governo também está interessado. Parece que nunca viram uma pessoa com individualidade ─ passou a mão no rosto. ─ Pra você ter ideia até Endeavor é contra tudo isso, disse que se fosse assim teriam de ter feito o mesmo com ele, afinal, ele também controla e suporta o fogo.
─ Mas não tanto quanto você ─ disse vendo a garota mais irritada. Logo pegou um pote e abriu. ─ Eu fiz pra você.
─ Maças cortadas como coelhos... ─ falou olhando para as maças.
─ É... eu lembro o quanto você gostava delas.
─ Mamãe sempre fazia para mim ─ falou com um sorriso triste.
─ Pandas e lulas também, se lembra? ─ perguntou com um sorriso tentando deixá-la mais calma e a vontade com ele.
─ Tenho falta daquele tempo ─ disse pegando a caixa de Bakugou como se fosse o maior tesouro de todos e quando percebeu já estava chorando. ─ Mas que merda.
─ Acho que eu não deveria ter mostrado isso... ─ disse olhando para a garota. ─ Eu trouxe esses também...
Izumi olhou para Katsuki que carrega agora um pote maior. Bolinhos de arroz com formato de panda ─ onde as algas faziam os pedaços pretos ─ salsinhas com formato de polvos notou outros bolinhos com formatos de bichinho entre outras coisas. Tudo que sua mãe sempre fazia para ela quando pequena.
Midoriya começou a chorar mais, ela sentia tanto a falta de sua mãe e ver tudo aquilo feito com que ela ficasse ainda mais emotiva. Seu psicológico estava horrível por conta desses lunáticos seu pai lutando para salvá-la e seu corpo dava indícios que ia quebrar a cada agulha que eles colocavam nela. Ela só queria o colo de sua mãe para chorar, mas isso era impossível já que ela não estava mais viva. Chorar para seu pai só piorava tudo, ele ficava desesperado em querê-la longe daquele lugar.
─ Me tira daqui Katsuki ─ disse soluçando. ─ Me tira daqui. Aquele velho... ele... eu não confio nele ─ disse olhando para os olhos vermelhos que demonstravam confusão. ─ Ele tem um sorriso falso, eu sei que tem! Mas todo mundo aqui gosta dele!
─ O doutor Garaki? ─ perguntou surpreso vendo-a concordar. Ficou chocado com aquilo, sempre ouvia coisas ótimas daquele senhor que ele ajudava pessoas carentes que ele era bonzinho com todos aquilo não podia ser verdade, podia? Mas ao olhar os olhos de Midoriya notou que ela falava a verdade, ele podia ainda estar em dúvida só que ela não falaria algo da boca pra foca. ─ Mas..., mas porquê?
─ Porque eu escutei... é ele que deu a ideia de fazer os testes em mim ─ falou vendo a expressão de Bakugou fechar.
─ E como você quer que eu ajude?! Não posso simplesmente arrancá-la da cama sem mais sem menos ─ disse se levantando da cadeira e colocando com cuidado a comida em uma mesa do lado da cama, não queria derrubá-la.
─ Acha que eu sei? Era pra eu ter sido liberada no momento que eu acordei! Mas eu não conseguia controlar meu corpo... não conseguia fazer nada, o que você acha que pode acontecer com uma pessoa nesse estado?
─ Que tal você sair da cama? Assim eles não podem dar a desculpa de você continuar aqui! Faz isso na frente do seu pai, pronto! ─ disse vendo-a pensar.
─ Pode parecer algo idiota, mas talvez funcione ─ disse pensativa. ─ Mas não posso espera-lo, preciso falar com ele AGORA eles podem dar a desculpa que esta tarde para me dispensar.
─ Então liga pra ele.
─ VOCÊ ACHA que eles me deram um celular? ─ perguntou raivosa. ─ Vá atrás dele, ele está na escola e fala que eu tenho algo urgente pra falar com ele... ou simplesmente fala o que te falei!
─ Mas...
─ Senhorita Mi... Oh, não sabia que estava com visitas ─ disse o médico na qual Izumi tinha comentado, ambos tentaram não demonstrar raiva ou algo do gênero. ─ Temos um novo exame para fazer.
─ Mas não tinha nada para hoje! Meu pai mesmo me confirmou isso.
─ Sim, mas houve um problema e teremos que refazer um dos exames ─ disse com uma expressão triste.
─ Bakugou... ─ Izumi encarou o rapaz que apertou os punhos e entendeu a mensagem. ─ Até depois...
[...]
Katsuki nunca correu tão rápido na vida tinha até pego um Uber para chegar o mais rápido possível na escola. Tinha que conversar com Kan não sabia o que aquele tal exame era e tinha medo do que aquilo geraria no corpo de Midoriya. Quando chegou os portões estavam fechados o que deixou o garoto mais desesperado ele falou com os guardas e com tudo o que fosse possível para deixá-lo entrar. Até gritou para as câmeras dizendo que tinha algo a dizer sobre Izumi, que ela estava em apuros.
Ele nem precisou mais gritar tinha sido puxado e antes que pudesse reclamar com a pessoa que tinha feito isso viu que era Kan com um olhar assustador ele estava fora da escola e quando viu aquele garoto dizer aquelas coisas ele simplesmente avançou no mesmo. Quando contou tudo, ele ficou furioso podia não ter provas concretas de que algo estivesse acontecendo com sua filha, mas tinha que concordar que tudo estava suspeito. Ela tinha consumido tanto fogo, não havia motivos para ela ficar sem mover nenhum musculo direito ─ ficar dormindo podia ser algo normal já ─ aqueles exames e agulhas podiam ser algo que a deixava mais cansada a ponto de ela não realizar tais coisas.
Chegaram rápido e ele exigiu ver Izumi, mesmo que o horário de visitas estivesse já terminado ele insistiu falando que estaria ocupado no próximo horário. Como ele era um herói ele podia usar essa desculpa, ainda mais por ele estar na busca pelo responsável, a secretaria não teve como não permitir e acabou deixando ambos entrarem. Quando entraram na sala ela parecia cansada do mesmo jeito que ele tinha a visto quando a visitara mais cedo ─ ou até pior ─ não conseguia mexer o corpo direito, suas mãos pareciam travadas sendo que na noite anterior ela estava conseguindo mexê-las um pouco.
─ Que porra de exame foi esse! ─ rosnou Katsuki,
─ Pai... ─ disse cansada.
─ Eu vou te tirar daqui, nem que eu precise destruir esse lugar ─ falou com raiva. Ele pegou seu celular já pronto para ligar para todos os heróis que tinha amizade e confiava eles o ajudariam a tirá-la dali o mais rápido possível sua pequena estava em apuros e ela precisava ser salva.
[...]
─ O QUE ESTÁ FAZENDO COM MINHA FILHA? ELA CHEGOU EXAUSTA DE UM EXAME, QUAL A FINALIDADE DISSO?! ─ gritou para um dos médicos que tremia com o herói em cima de si. ─ ELA ESTÁ SOFRENDO A CADA DIA QUE PASSA NESSE LUGAR! VOCES CORTARAM O CABELO DELA SEM QUE ELA ALTORIZASSE! SEM MOTIVO NENHUM, ELA NÃO É A PORRA DE UM CACHORRO PRA VOCES FICAREM A PODANDO.
─ Senhor, por favor se acalme...
─ ME ACALMAR?! ELA SAI HOJE DESSE HOSPITAL!
─ Ela está mal ainda, não podemos dar alta.
─ MAS CLARO QUE ELA ESTA MAL, VOCES ESTÃO ACABANDO COM ELA! POUCO ME IMPORTA QUEM MANDA NESSA PORRA, MINHA FILHA SAI AQUI E HOJE. NEM QUE EU TENHA QUE SOCAR TODOS VOCES ─ rosnou irritado.
─ Senhor Endeavor! ─ um dos médicos falou. Vários enfermeiros e médicos tentavam controlar Vlad que mataria cada um deles a qualquer instante. ─ Graças a deus, por favor nos ajude.
─ Onde está a garota? Vamos tirá-la daqui ─ disse sério.
─ Mas..., mas.
─ Você disse alguma coisa? ─ olhou mortalmente para um dos médicos que negou.
O fogo de Endeavor começou a sair e ir rapidamente em direção de uma porta, entrando pelas bordas da porta ─ igual tinha ocorrido quando Shoto e Neito estavam passando fogo para ela em outra sala ─ o jeito que ela puxava o fogo daquela maneira demonstrava o quão ruim ela se encontrava. Ele andou em passos lentos, mas que deixavam todos com medo ele passou ao lado do colega que estava furioso e logo o acompanhou para o quarto dela.
─ Vocês não podem levá-la! ─ o doutor Garaki falou.
─ OU O QUE?! VAI ME PROCESSAR? ─ respondeu Kan com raiva. ─ POUCO ME IMPORTA SE O GOVERNO OU O PRESIDENTE ESTA CONCORDARNDO COM ISSO, MAS ELA É MINHA FILHA! E ELA NÃO VAI FICAR NESSE HOSPITAL!
─ A garota vai estagiar comigo, então ela precisa sair desse hospital hoje ─ Endeavor disse com raiva.
─ Ela não tem condições.
─ Ah, mas ela vai ter! BEM LONGE DAQUI!
Bakugou estava filmando tudo aquilo Sekijiro tinha pedido para que ele o fizesse. Queria que todos soubesse que Izumi estava sofrendo inúmeros testes e sendo praticamente tratada como rato de um laboratório, quando isso chegasse na mídia nem o governo poderia fazer nada. Mesmo que tirassem isso dá Tv ─ pelo poder que eles tinham ─ as pessoas ficariam compartilhando e mesmo que o vídeo saísse definitivamente do ar, ele sempre teria uma cópia para jogá-la novamente na internet.
─ ACHA QUE NÃO SEI DESSES SEUS TESTES?! QUE FICA FAZENDO MINHA FILHA DE COBAIA?
─ Estamos fazendo tudo para o bem dela.
─ BEM DELA?! VOCES VÃO JOGAR ELA NA PORRA DE UM VULÃO PRA VER O QUANTO ELA AGUENTA!? DE POUCO EM POUCO VÃO FAZER COM QUE ELA AGUENTE TEMPERATURAS ALTISSIMAS.
─ Não nos faça de bobos, estamos perto quando você e aqueles cientistas, que, inclusive, estão estudando até hoje o Nomu... querem entender como ela sobreviveu e se curou! Querem ver se ela pode aperfeiçoar sua individualidade, queriam que ela fosse mais forte do que eu. Que aguentasse qualquer temperatura para realizar feitos impossíveis.
─ Nós só estávamos...
─ A USANDO! NÃO AGUENTO MAIS VER ISSO, ESTOU CANSADO DE VER MINHA MENINA SEM CONSEGUIR MOVER AS MAOS! VER ESSE CARA TODO DIA VINDO AQUI FORNECER FOGO PRA ELA, DE TÃO EXAUSTA ELA SE ENCONTRA! SEM CONTAR A QUANTIDADE GROTESTA DE EXAMES, NÃO DUVIDO QUE ELA NÃO SE MOVE POR CONTA DE VOCES!
─ Desculpe, mas já conversamos sobre isso. O assunto ainda está sendo discutido... não podemos ainda a liberar, eu sinto muito... ─ um dos médicos falou.
─ Oh... claro, eu tinha esquecido. O GOVERNO também faz parte dessa palhaçada, precisou a escola eu e o Endeavor ficar lutando pelo bem estar da minha filha. Já que parece que todos vocês a querem como rato de laboratório.
─ Eu já escutei muito, hoje mesmo, escutei coisas demais ─ Kan tinha falado para si as mesmas coisas na qual Bakugou tinha lhe dito o que tinha o deixado ainda mais furioso. ─ Ela vai sair e se querem me impedir, é só tirar meu título de herói. All Might não tem tempo para ajudar sempre já que está dando aulas... vamos ver como a cidade fica sem outro herói.
Bakugou e Sekijiro ficaram em choque com aquilo. Endeavor o herói na qual lutava todos os dias para ser reconhecido e virar o herói N 1º está ali diante deles falando que caso não liberassem Izumi ele desistiria da carreira, aquilo era completamente inusitado e chegava a ser algo que ninguém ali esperava. Todos não tinham o que falar, com isso ele andou indo em direção a sala sem que ninguém movesse um musculo. Ele saiu com a garota em seus braços fazendo com que Sekijiro voltasse ao normal e seguiu o herói. Katsuki logo parou de filmar e começou a enviar o vídeo ─ enorme ─ para a internet.
Como previsto aquele vídeo fez uma reviravolta enorme. Saber que a garota na qual tinha sido atacada estava sendo tratada daquela maneira desumana fez com que a população ficasse irritada com aquilo, a própria mídia estava fazendo entrevistas e discursos ofensivos para todos que estavam de acordo com aquilo. Até estavam criticando o doutor, aquele cujo sempre ajudou a todos. Midoriya estava finalmente livre e foi necessário apenas um dia para que ela voltasse ao normal sem nenhum tipo de problema assim como ela previu, era algo que estavam dando para si que a deixava daquela maneira.
Ela começaria o estágio daqui poucos dias e estava animada já que não aguentava mais ficar naquele hospital e ser usada como cobaia. Depois que o estágio acabasse as aulas também voltariam. Escutou rumores de que a escola estava preparando dormitório para os alunos, mas aquilo ainda não era uma certeza já que a escola estava vendo se aquilo era viável ou não. Todavia não era o fim dos problemas, com toda a repercussão do incidente de Midoriya, Stain atacou inúmeros herói e diziam que ele atualmente se encontrava em Hosu já que a grande maioria dos ataques eram ali. Os problemas estavam apenas começando.
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