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Muita coisa para processar

Nill e Lelouch lentamente começam a abrir seus olhos após o clarão que os engoliu, percebendo que ambos não estavam mais no mesmo lugar.

Em uma dimensão completamente plana, sem nada e sem ninguém além dos dois, o chão era completamente azul e não havia céu naquele lugar, apenas um infinito que quando chega no limite da visão se torna uma neblina.

Lelouch saiu de cima de seu pai e lentamente começou a girar enquanto analisava o local, estando impressionado com tudo aquilo.

— Nada disso teria acontecido se você não tivesse se intrometido. — Nill disse e aos poucos foi se levantando, retirando o pó de suas roupas com algumas tapas.

— Você percebeu a merda que estava prestes a fazer? — Lelouch olha para seu pai rangendo os dentes.

— Todos os servos de Undertaker são fiéis, por que com ela iria ser diferente? — Nill olhava diretamente nos olhos de seu filho enquanto mantinha a calma na sua voz.

— Porque ela era diferente! Pense! Ela lutou ao meu lado e ao lado de Lia para derrotarmos Undertaker! — Lelouch fechava um de seus punhos mantendo a raiva. — Você só se importa com você mesmo, não consegue ver a mudança nas pessoas! — Lelouch dizia e Nill negava com a cabeça.

— Ela não vai mudar, apenas manterá uma aparência boa para enganar os outros, e está fazendo isso agora. — Nill se mantinha preocupado, mas o que para o Yagami era preocupação, para Lelouch era egoísmo de seu pai.

— Não! Pare de pensar assim! Você diz isso porque você teve uma infância de merda sem seus pais para lhe dar amor! — Lelouch apontou seu dedo indicador para Nill. — A mãe já me contou sua história uma vez, nunca toquei no assunto, mas pelo visto agora é a hora! — Lelouch não hesitava em nenhum momento com suas palavras sendo dita em tom alto.

— Meça suas palavras... — Nill disse e Lelouch negou com a cabeça...

— Eu e Lia tivemos uma mãe que se preocupava com a gente, que nos entregou amor, que nos ensinou a ver o mundo como ele é hoje... — Lelouch foi se aproximando de Nill. — E onde estava nosso pai? Matando pessoas! Sabe lá quantos inocentes morreram por suas mãos Nill, pessoas que tinham família para voltar e você destruiu tudo, e sabe porquê? Porque no passado você não tinha uma família para voltar, e agora que tem você decidiu se ausentar por um longo tempo, mal olhava para seus filhos e estava sempre ocupado. — Lelouch parou de caminhar, a raiva e frustração eram nítidas em suas expressões. — Desde que essa merda de missão começou você continua ausente, continua trancado naquele porão por dias e sem falar com seus filhos, nem deve saber nossa idade ou nossa comida favorita, você não serve para ser pai! — Lelouch, ao terminar de falar recebe um soco de direita em seu rosto, vindo do Yagami que pegou o garoto de surpresa.

— Cala a boca. — Nill disse e Lelouch caiu no chão, porém, não demonstrou dor alguma. — Essa missão não se trata apenas de nós, as coisas estão em jogo e fazemos isso pela sua mãe. — Nill disse e Lelouch olhou diretamente para o Yagami do chão.

— A mãe morreu! Pelo que estamos lutando? Eu vi a alma dela sendo destruída bem na minha frente por Astaroth! — Lelouch disse e Nill subiu em cima do garoto o segurando pela gola da camisa.

— Mas ela não está em paz! — Disse Nill puxando o garoto mais para perto. — Eu não vou descansar até que Yumi seja vingada, nem que eu morra tentando essa vingança. — Nill disse e Lelouch deu uma tapa na mão do Yagami, afastando seu pai.

— Então é isso? Você está lutando por vingança e não para tentar recuperar a vida da Yumi? — Lelouch colocou o pé contra o abdômen de Nill e o empurrou, fazendo o Yagami cair no chão. — Estamos arriscando as nossas vidas por causa de vingança? Minha namorada está em perigo caralho! E isso é culpa sua!? — Lelouch se mostrou indignado e subiu em cima de Nill, fechando seu punho. — Olha onde chegamos, estávamos prestes a atravessar o inferno e você querendo vingança contra um homem qualquer! — Lelouch, irado, desfere um soco ao lado de Nill, atingindo o solo e rachando o mesmo de raiva.

— Você não entendeu... — Nill manteve a calma novamente. — Esse homem é a razão de tudo estar acontecendo. — Nill suspirou e fechou seus olhos enquanto Lelouch saía de cima de si. — Eu cheguei na conclusão e desde o início isso foi armação. — Nill se levantou e mais uma vez tirou o pó da roupa.

— O que quer dizer com isso? — Perguntou o garoto e Nill olhou para o infinito.

— Desde que recebemos o vídeo de Yumi já era para percebemos o erro na hora... Como Undertaker estaria na hora e local certo da morte de Yumi? Quem que conseguiu sequestrar ela sendo que ninguém tinha o nosso endereço? — Nill fez o garoto se questionar. — Desde o início ele planejava nos usar para conseguir o poder total com os demônios, ao tirar Yumi do caminho ele sabia que seria mais fácil manipular a nós três para fazer os objetivos por ele. — Nill fechou os olhos e se colocou pensativo. — Nicolly com certeza é apenas mais um peão dele para manipulação. — Ao dizer isso, Lelouch nega com a cabeça.

— Tirando a parte da Nicolly, sua análise não foi ruim. — Lelouch mais uma vez rangeu os dentes. — Se você quer acabar com a vida de Lia eu não vou lhe impedir mais, se a felicidade dela com uma amizade não importa para você por conta da sua insegurança, vá e arrisque, veja as consequências que seu erro pode trazer. — Lelouch disse e Nill arqueou uma sobrancelha.

— Consequência? — Perguntou Nill e Lelouch afirma com a cabeça.

— E se você matar a Nicolly e toda sua teoria sobre ela estiver errada e ela ter realmente mudado? Você apenas estaria tirando a amizade que Lia mais ama e considera na vida dela por insegurança, o que faria Lia te odiar para sempre e quem sabe até sumir de nossas vidas, e se eu perdesse minha irmã por sua causa eu não demoraria muito para sumir da sua vida também. — Lelouch disse como forma de ameaça ao seu pai.

— Por outro lado, se minha teoria estiver certa eu estou arriscando a vida da minha filha e a sua por manter um inimigo tão próximo da gente, o que pode resultar em uma consequência ainda pior. — Disse o Yagami e Lelouch levou as mãos na cabeça, apertando seus cabelos.

— Aaaahhh! Que merda Nill! Por que você tem que ser tão teimoso? Não percebe que sua insegurança que destruiu seu laço com Lia? Acha mesmo que ela vai olhar na sua cara agora e te chamar de pai? — Lelouch é direto e tenta abrir a mente de seu pai. — Esqueça dos objetivos por alguns minutos e tente ter empatia com sua filha, veja o que ela já passou e como está se sentindo agora! — Falou Lelouch e logo se virou. — Sem contar que ainda preciso procurar por Diana, nesse lugar aqui com certeza ela não está e... — Quando Lelouch se vira para trás ele arregala seus olhos.

Uma cena horripilante para o garoto, tão assustadora que o fez dar passos para trás até cair no chão de medo. Na sua frente o cenário estava diferente, com as cores mortas e o Yagami pálido, os olhos de Nill Yagami foram substituídos por buracos completamente escuros e que estavam escorrendo sangue deles. Um sorriso psicótico se fez no rosto de Nill como se fosse um filme de terror, o que fez o Yagami começa a caminhar na direção do garoto.

— O que é isso!? — O garoto pergunte assustado e começa a ir para trás, encostando em um muro de tijolos que do nada havia aparecido naquele imenso vazio.

— Lelouch... — Nill dizia em meio a sussurros que ecoavam diversas vezes com outras vozes, atormentando a cabeça do garoto que começava a gritar desesperado.

— Não! Não! — Lelouch fechava os olhos e balançava sua cabeça com ambas as mãos na mesma.

— Eu... Vou... Matar... — Nill parou de caminhar e o tempo congelou.

Lentamente Lelouch abriu os olhos ainda assustado e viu a realidade começando a se rachar, até que tudo ali quebra como vidro e o verdadeiro Yagami aparece em cima de uma criatura em forma de uma besta cheia de tentáculos. Nill enfincava a espada no centro da cabeça daquela besta e ela parava de se debater, caindo morta no chão.

— O que acabou de acontecer? — Lelouch perguntava, percebeu estar no inferno novamente com seu pai.

— Era a preguiça, ela nos aprisionou em algum tipo de ilusão, quando notei isso eu busquei sair dela. — Disse Nill e o garoto arqueou uma de suas sobrancelhas.

— E quando foi que você percebeu? — Perguntou o garoto curioso.

— Quando eu olhei para o nada. Eu comecei a caminhar e você continuou falando sozinho, aparentemente ficou um clone no meu lugar naquela ilusão, mas achei a "saída" e dei de cara com Belphegor. — Nill deu um sorriso confiante e um tremor se fez no solo, semelhante a um fraco terremoto.

— O que foi isso? — Lelouch se levanta e olha em volta, procurando a causa daquilo.

— Lia e Nicolly devem ter chegado nos portões sagrados, temos que alcançar elas, sozinhas não vão derrotar Undertaker. — Nill se virou e, quando foi começar a caminhar, Lelouch segurou seu pulso.

— Pai... — O garoto chama a atenção do Yagami. — Pense em Lia e sobre o que foi dito, está bem? — Lelouch disse e Nill afirmou com a cabeça.

— Ainda não estou com toda a certeza sobre o assunto, ficarei de olho, mas vou tentar não estragar tudo por vocês — Disse o Yagami e começou a caminhar levando a espada com si. — Mas não prometo nada! — Nill começou a correr com sua katana.

— Meu pai é um idiota completo... — Lelouch falou consigo mesmo, em seu pensamento ele só pensava no bem de sua irmã e de sua namorada, o que fez seu corpo começar a se mover, a vontade de salvar a todos fez o garoto correr rápido por aqueles corredores, acompanhando Nill que corria um pouco a sua frente por aquele extenso corredor de estrutura estranha.

No mundo humano um portal se abre como o mesmo que se abriu quando chegaram ao inferno. Dele saíram Lia e Nicolly um pouco ofegantes, assim que pisam no solo o portal atrás se fecha. De início, Lia acha estranho ao olhar o cenário a sua volta, era conhecido e aquilo levantava dúvidas na garota.

— Nicolly... — Lia arqueia uma sobrancelha. — Por que diabos viemos parar na sua casa? — Lia reconheceu ao olhar para a casa da garota.

— Pelo que sei, quem abre o portal tem o direito de escolher onde quer ir e, se estamos aqui, Undertaker também deve estar. — Nicolly disse e, a garota mal terminou de falar e Lia ouviu gritos.

Um grito familiar, aquela voz era de Diana pedindo ajuda, em seguida algo a silenciou e Lia ficou atenta, pegou sua Glock em mãos e correu junto com Nicolly para dentro da casa. Chegando lá, na sala principal estava Undertaker dando um fino sorriso maldoso enquanto olhava para Diana desmaiada e machucada no sofá, seu olhar era de satisfação como se tivesse concluído sua missão.

— Seu filho da puta! Largue ela! — Lia apontou a arma e sem pensar duas vezes já puxou o gatilho.

O disparo de Lia atingiu o teto da sala e foi neste momento que a garota se impressionou, não acreditava no que estava vendo, Nicolly tinha desviado a trajetória de seu projétil segurando em seu pulso e o levantando para cima, assim fazendo com que Lia errasse.

— Por quê? — Lia se perguntava, estava confusa com a situação.

— Desculpa Lia, mas não posso deixar que você mate quem um dia me salvou. — Nicolly dizia friamente olhando para baixo.

— Eu pensei que... — Antes de Lia terminar de falar, Undertaker pega Diana nos ombros.

— Enquanto vocês terminam de conversar eu vou ir terminar meus planos. — O rapaz falou e logo passou caminhando ao lado de Lia.

A garota estava tão em choque com a situação que nem pensou em impedir o rapaz, a pessoa que ela mais confiava e acima de tudo, alguém que ela protegeu de seu pai estava agora a traindo.

— E nossa amizade? — Lia pergunta e Nicolly se coloca a frente de Lia. — E aquele momento nosso? Vai dizer que foi tudo uma mentira? — Lia perguntava com os olhos cheios de lágrimas, seus sentimentos tinham a iludido sobre a garota.

— Lia... — Nicolly com as duas mãos segura na mão em que está a arma de sua amiga. — Atire em mim. — Falou a garota e apontou a arma de Lia para sua testa, forçando Lia a manter seu braço estendido com o cano da arma tocando a face da garota. — Faça isso ou eu a matarei. — Nicolly dizia com frieza em suas palavras.

— Você não irá me dar nenhuma explicação? — Lia pareceu impaciente ao mesmo tempo que triste.

— Toda nossa amizade, todo aquele enrolamento com você foi apenas um papel que interpretei, nunca senti nada por você e nem mesmo me importo. — Disse Nicolly, Lia ainda não queria acreditar.

— Mentira! Eu sei que você sentiu! Foi você que começou com tudo! — Finalmente as lágrimas de Lia escorrem.

— Atire e termine o que eu comecei. — Nicolly ficou parada diante daquela situação.

— Eu... — Lia abaixou a arma e colocou a mão na boca. — Eu não consigo. — Falou a garota fechando os olhos sentindo um aperto em seu coração.

— Isso precisa acabar. — Falou Nicolly e caminhou até o braço do sofá onde Diana estava antes, ali Undertaker havia deixado uma adaga pequena e afiada.

— Então é isso que você quer?... Não, eu não estou enganada, eu sei que você não é assim! — Lia dizia e soltava sua arma no chão enquanto Nicolly empunhava a adaga.

— Lia... — Nicolly olhou para a lâmina e chamou a garota pelo nome com frieza.

— Vamos, se é isso que você quer me mate! Você já destruiu o que me parecia mais precioso! — Lia dizia com suas lágrimas escorrendo pelo rosto.

— Assim como seu pai, eu tenho um objetivo... E diferente de você, não são sentimentos que irão me parar. — Nicolly avançou e cravou a adaga na barriga de Lia.

A garota não acreditou no que aconteceu, realmente tudo não passava de uma farsa por parte da Nicolly. Nesse momento que Lia lembrou das palavras e ensinamentos de seu pai.

Nicolly retirou a adaga e apunhalou Lia mais uma vez na barriga, abrindo outro ferimento. Sangue escorria da boca da Yagami e de sua barriga. Assim que Nicolly retirou a adaga ela se virou de lado, deixando Lia cair no chão.

— Se não está entendendo nada, arranje forças e descubra tudo, no meu quarto está a razão de tudo isso, boa sorte para conseguir chegar lá em cima. — Nicolly disse e soltou a adaga no chão. — E para esclarecer ainda mais as coisas, eu realmente nunca te considerei uma amiga. — Nicolly deu as costas e deixou Lia chorando com seu ferimento letal exposto.

Com dificuldades, Lia tentou se erguer, apoiando uma mão próxima à mesa de vidro ali perto, de início a garota acabou caindo, mas ela tentou novamente até conseguir forças para andar. Nada mais importava para Lia, ela apenas queria saber o porquê de tudo aquilo e foi caminhando até o quarto de Nicolly onde seria o local indicado pela garota. Se apoiou nos corrimões e foi subindo as escadas lentamente com dificuldade enquanto uma mão segurava sua barriga, tentando conter o sangramento que saía de seu ferimento. Próximo do quarto de Evans, Lia desaba para o lado, mas apoia o braço na parede para não cair, respirando ofegante enquanto fazia expressão de dor em sua face.

— Estou quase... Por favor, só mais um pouco... — Lia disse rangendo os dentes e se esforçou mais um pouco para caminhar, abrindo a porta do quarto de Nicolly e arregalando os olhos em seguida. — Então... Realmente foi tudo em vão. — Dizia Lia com os olhos vermelhos de tanto chorar, mas ela não hesitou de chorar mais uma vez e encostou as costas na parede ao lado da porta, deixando o corpo deslizar até se sentar no chão, onde deixou marcas de seu sangue na parede.

Poucos minutos depois da saída de Nicolly outro portal se abria perto da casa da garota e deles saíam Nill e Lelouch, olhando em volta enquanto o portal se fechava.

— Devem estar naquela casa. — Lelouch disse e Nill afirmou com a cabeça.

Havia uma grande casa naquela região, uma mansão de campo, cercada por um pequeno pântano florido e limpo. A casa estava em ótimo estado e tinha um aspecto antigo, possivelmente foi construída durante a colonização daquela região e reformada algumas vezes. Ambos correram até lá e, com um chute, Nill arrombou a porta da casa de Evans, observando o cenário e vendo marcas de sangue no chão.

— Será que acabaram com ele? — Perguntou Lelouch olhando para a mesa de vidro no local.

— Não... — Nill se aproximou para ver a mancha de sangue. — Essa mão é pequena demais para ser a dele, é uma mão de uma das meninas. — Nill disse e em seguida olhou para as escadas. — Alguém tentou subir ferido, essas marcas de sangue não é de alguém que foi arrastado e sim de quem estava caminhando. — Ao terminar de dizer isso os dois fizeram um breve silêncio ao verem a adaga no chão, em seguida, conseguiram ouvir um choro baixo.

— Diana? — Lelouch se assustou e correu em direção as escadas, subindo o mais rápido que podia sendo acompanhado por Nill em seguida.

Lá em cima foi uma das cenas mais aterrorizantes para ambos, eles viram Lia toda ensanguentada, cada soluço da garota era uma expressão de dor por causa de seu ferimento, não sabia se ela estava se afogando com suas lágrimas ou com o sangue em sua boca.

— Lia!? — Nill soltou sua katana no chão e correu até sua filha enquanto gritava desesperado. — Resista, filha! — Disse Nill, ele retirou sua jaqueta e camisa, colocando-a sobre o ferimento de Lia, colocando a mão da garota por cima em seguida. — Olhe para mim Lia, o que aquele desgraçado fez com você? — Nill estava aterrorizado, colocou ambas as mãos no rosto de Lia com delicadeza e fez com que a garota olhasse em seus olhos.

— Pai, não foi ele... Você estava certo. — Disse a garota arrependida de tudo. — Eu não devia ter deixado meus sentimentos se misturarem com minha missão... — Nill nega com a cabeça.

— Não! Esqueça isso agora! A culpa não é sua, você nunca passou por isso antes então não esperava por isso! — Enquanto Nill falava, Lelouch apenas assistia com lágrimas em seus olhos.

— Vou ligar para a ambulância e... — Lelouch disse e Lia levou seu olhar para ele.

— Maninho... Não... É perda de tempo, já perdi muito sangue. Vá atrás de Diana, ela ainda está viva. — Lia disse e Lelouch ficou confuso.

— Eu não posso deixar você sozinha! — Disse Lelouch e Lia negou de forma fraca com a cabeça.

— Não estou sozinha, o nosso pai está aqui. — Disse ela com um fraco sorriso no rosto. — Undertaker não saiu daqui há muito tempo, estava a pé, você pode alcançar. — Lelouch afirmou com a cabeça e com dificuldades deu as costas deixando as lágrimas caírem. — E por favor, não dê uma de bebê chorão. — Lia dizia com a voz fraca vendo Lelouch sair sem dizer nada, apenas as gotas de lágrimas ficavam para trás, mas naquele momento ele sabia que o certo era correr atrás do inimigo.

— Lia... Desculpa-me. — Disse Nill com os olhos cheios de lágrimas encarando sua filha.

— Eu é que me desculpo... — Lia mal terminava sua frase e Nill interrompia.

— Não! Eu errei! Eu envolvi todos nisso, sua mãe me odiaria se soubesse o destino que fiz minha filha ter. — Nill fechava os olhos enquanto segurava o choro, era a primeira vez que ele demonstrava algo assim na frente de um de seus filhos.

— Pai... Isso não é culpa sua... Para falar a verdade, você sempre foi o meu herói. — Disse Lia e colocou a mão no rosto de Nill. — Você que me ensinou a andar, me ensinou a falar, me ensinou que até mesmo sozinha eu podia ser feliz, me ensinou tantas coisas e, quando você quis me ensinar sobre o perigo deste mundo eu decidi não ouvir... Foi culpa minha, mas eu não tive como prever. — Lia falou e Nill segurou a mão da garota ainda em seu rosto.

— Eu prometo para você, isso não vai ficar assim! — Nill dizia e Lia dava um fraco sorriso fino.

— Eu sei... Meu pai é Nill Yagami, só depois de tudo isso eu realmente descobri o quanto meu pai é incrível. — Essas palavras foram um gatilho para as lágrimas de Nill começarem a cair. — O que tem você ter ficado ausente na maior parte da vida de seus filhos? Quando você estava presente sempre nos deu amor, sei que você nunca esqueceu de mim e de Lelouch, eu posso não ser a melhor filha do mundo, mas posso dizer que eu tive o melhor pai de todos. — Lia disse isso e Nill fechou os olhos mais uma vez, mas dessa vez com força para conter as lágrimas que no momento eram imparáveis.

— Lia, não diga besteiras, você foi sim, a melhor filha que eu poderia ter, lembro de como eu fiquei feliz por pegar você no colo assim que você nasceu, até mesmo antes disso eu já pensava em ter uma filha com Yumi, nunca foi plano da sua mãe e sim foram os meus, queria ser feliz com minha família, com meu filho, com a minha filha! Tudo que eu queria... — Enquanto Nill falava, a mão de Lia perdeu a força e deslizou sobre o rosto do Yagami. — Era ser feliz... — Nill percebeu aquela ação e, quando abriu os olhos, Lia já nem estava mais ouvindo, apenas estava com um sorriso fraco em seu rosto, mas nem mesmo seu coração deixava uma batida se quer sair. Lia estava morta. — Não... Lia!? Por favor, filha não faça isso! — Nill abraçou o corpo de sua filha morta e começou a chorar naquele momento, deixando toda a dor sair com o seu choro. — Não era para isso estar acontecendo! — Disse Nill enquanto apertava mais o corpo morto de Lia em seu abraço.

Em meio as lágrimas, Nill decidiu se levantar e olhar para o quarto para descobrir o que fez sua filha caminhar até ali e foi então que a verdade chegou em seu colo. Nill pode observar um quadro na parede cheio de fotos de sua família e escritas, planos arquitetados, até mesmo Diana estava envolvida. O título de missão era "Aniquilar os Yagami" e a foto de Lia estava marcada com um "X" vermelho, e no final deles havia uma mansão conhecida pelo Yagami, onde uma de suas missões havia sido executada no início de tudo isso, a mansão de Abaddon. Tudo fez sentido, Undertaker precisava de ajuda para retirar toda a segurança de lá para eles conseguirem fazer o ritual no local e, manipulando os Yagami, o rapaz mal precisou sujar suas mãos. Cada missão, cada pecado morto, cada demônio aniquilado em lugares calculados, todos formavam um pentagrama com seus corpos mortos pelos cantos da cidade se fosse olhado no mapa.

Cheio de raiva em seu interior, Nill caminha até os planos e começa a rasgar tudo da parede, até mesmo o "enterro" de Lelouch ainda vivo estava ali, desde o início os planos mostram que eles estavam sendo observados e Nicolly sempre foi um peão para toda a obra, sendo 90% da parte do plano feito por ela e o resto por Undertaker. Desde a morte de Yumi a garota estava envolvida com Undertaker o que deu mais raiva em Nill.

— Aaaahhh! — Nill grita de raiva e soca um espelho no quarto, sangrando sua mão, mas ignorando a dor. — Eu vou mata-los! — Disse o Yagami e retirou o caco de vidro que estava em sua mão, caminhando até Lia. — Filha, eu voltarei para te buscar, nossos objetivos acabaram. — Disse Nill e rasgou uma parte de sua camisa que estava na ferida de Lia, enfaixando sua mão, pegou a katana no chão e desceu até a sala principal, pegando a adaga que Evans utilizou para apunhalar Lia, guardando a adaga na cintura e em seguida o Yagami se retirou da casa.

— Pai! — Lelouch chegou próximo da casa com um carro roubado, sem teto e de coloração preta. — Não consegui alcançar... Sabe para aonde ir? — Perguntou o garoto.

— Sim. — Nill disse e pulou por cima do carro, sentando no banco passageiro. — Apenas siga em frente. — Falou o Yagami e seu filho acelerou o carro. — Vamos matar esses filhos da puta! — Disse Nill com raiva, seus olhos ainda estavam vermelhos pelas lágrimas que ele havia derramado a alguns minutos atrás.

— Então essa é nossa missão final? — Perguntou Lelouch sentido com tudo aquilo, a ira também falava alto no garoto.

— Missão? Não, nisso a gente fracassou. — Nill olhava para a estrada com ira em seu olhar. — A partir de agora não é mais uma missão, isso se tornou pessoal! — Falou o Yagami com instinto assassino, tudo que passava em sua mente era a forma de como ele iria matar os traidores.

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