Ele não pode mais viver
Um corredor enorme cheio de portas no lado direito e esquerdo, quanto mais se andava mais parecia não ter fim. As paredes eram feitas de um elemento desconhecido, eram uma mistura de vermelho com roxo, em algumas partes era possível ver veias pulsando pelas paredes como se fosse um coração. Neste corredor ainda era possível ouvir o grito de dor e sofrimento das almas que sofrem no inferno, a luz das chamas por todo inferno eram fortes o suficiente para deixar iluminado toda a passagem já que em cima não havia um teto, porém, por cima de cada porta havia um véu negro que impedia de ver o que tem lá dentro.
— Cada porta dessas há uma alma que paga pelo que fez na vida, tem uma tortura específica para cada tipo de pecado e pessoa, os demônios tentam não repetir no improviso deles. — Undertaker dizia passando pelo corredor andando logo atrás de Diana que estava assustada com tudo aquilo.
— Por que está fazendo isso? — Diana perguntava sem olhar para trás, seu rosto estava machucado por conta de algumas ordens que ela desobedeceu e fez o rapaz tomar providências mais drásticas.
— Talvez eu não tenha mencionado para uma garotinha como você, mas sua vida é insignificante para mim, não tenho o porquê dizer o que planejo. — Undertaker dizia com uma expressão calma acompanhando o ritmo que a garota andava.
— Eu serei morta... Queria pelo menos saber. — Disse a garota, uma de suas pernas estava machucada e isso a fazia dar algumas mancadas e conforme eles andavam mais ela cansava naquele corredor que parecia não ter fim.
— Eu serei o rei do inferno, isso é óbvio, mas como pretendo fazer isso? Não direi, apenas continue andando e fecha a boca se não vou ter que arrancar sua língua fora. — Undertaker dizia com muita calma, porém, o frio passou na espinha de Diana que se apavorou com a ameaça.
— Está bem... — A garota respondeu e se calou, mas não demorou muito para que ela tropeçasse por estar distraída com seus pensamentos, batendo o rosto com força no chão por suas mãos estarem amarradas com uma corda.
— Levanta sua vagabunda! — Disse Undertaker chutando fortemente a barriga de Diana que estava exausta, aquele corredor sugava a energia da garota por ela não ter sangue de demônio e isso era eficaz para qualquer um que tentasse sair de sua tortura.
— Desculpa... — As lágrimas se fizeram presente nos olhos de Diana, ela não queria estar sofrendo daquela forma.
— Será que precisarei injetar sangue de demônio em você para sua energia não acabar? — Undertaker perguntava meio impaciente, isso explicava o porque dele não ser afetado pelo corredor. — Levanta! — Undertaker dava mais um chute na garota que apenas soltava um grunhido de dor seguido de um choro baixo. — Não tenho tempo a perder nessa merda. — Undertaker dizia e pegava Diana pelos cabelos, na hora a garota solta um grito desesperada e começa a ser arrastada pelo rapaz.
— Por favor! Pare! — A garota tentava segurar a mão de Undertaker para ele a soltar e o mesmo fez, deixando ela cair no chão.
— Então parece que terei que lhe dar mais uma lição... — Disse Undertaker. — Falei para ficar de boca fechada, não? — O rapaz era frio com suas palavras e levava seu olhar a encarar Diana que estava assustada, indefesa, não tinha energias para revidar qualquer agressão do rapaz que a olhava com maldade, estralando os dedos de sua mão.
Enquanto isso na casa dos Yagami, Nill e Lelouch haviam acabado com o exército de demônios, em consequência destruíram sua casa e veículos. Cerca de 1500 demônios estavam agora no chão, mortos. Lelouch respirava ofegante sentado ao lado de sua irmã com a katana embainhada apoiada em um de seus braços, seu rosto sangrava enquanto a sua volta havia uma carnificina de demônios, o garoto perfurou, cortou e fez muitos demônios em pedaços, todos os cortes foram feitos com perfeição.
Por outro lado, Nill estava em frente a sua casa destruída, em pé, com uma das mãos perto da boca, sorrindo e se esforçando para se manter em pé daquela forma, de fato tudo aquilo cansou tanto o pai como o filho que estavam ofegantes. Nill sorria por mais machucado e ensanguentado que estivesse, a chacina feita por ele o alegrava e ele parecia querer mais, assim que deu o primeiro passo o Yagami desabou, caindo sobre uma pilha de corpos de demônios a sua frente.
— Pai! — Lelouch se levantou, não estava tão ferido quanto Nill, deixou sua espada de lado e foi ajudar o Yagami. — Não se esforce tanto! — O garoto levantou Nill e apoiou o braço de seu pai por cima de seus ombros.
— Ainda não acabou... Vamos ao inferno matar aquele desgraçado. — Nill dizia mal mantendo o olho direito aberto pelo cansaço e a dor.
— Você não tem condições de ir até lá! — Disse Lelouch e Nill suspirava.
— Me leve até o porão... Tem uma coisa que eu deixei guardada para último caso. — Falou o Yagami e Lelouch assim fez sem questionar.
O porão estava cheio de escombros por conta da casa destruída, porém, de pouco em pouco Lelouch foi retirando tudo, deixando seu pai de lado até encontrar a mesa de trabalho do Yagami, e assim fez.
— Preciso que você quebre o chão, guardei meu último trabalho aí, mas acerte com precisão para não quebrar. — Nill disse a Lelouch que mirou o soco no chão, acertando o concreto e atravessando sua mão já puxando ela em seguida e abrindo um buraco ali.
O garoto se impressionou com o que viu, havia duas maletas ali, uma amarela e outra azul, o garoto olhou para seu pai e depois olhou para a maleta.
— Aí que dor de cabeça... — Lia dizia tentando se aproximar lentamente, estava usando o resto de suas forças para se mover até onde os dois estavam. — Reunião de família sem mim? Qual é o preconceito comigo? — Lia perguntava e parava ao lado de Nill com a mão na barriga.
— Não temos tanto tempo, fiz duas armas perfeitas para vocês dois. — Disse Nill e logo Lelouch jogou a maleta amarela próxima de Lia.
— Estou ansioso para ver o porquê de você ficar trancado dia e noite nesse porão. — Disse Lelouch e abriu sua maleta, ficando surpreso e, em simultâneo, decepcionado. — Pai... Não é natal para dar esse tipo de presente. — Lelouch disse pegando um par de luvas sem dedos e um par de botas que chegava abaixo de seu joelho. — Brincadeira, eu adorei. — As botas eram feitas de um material feito no inferno, Lelouch não tinha dificuldade nenhuma de levantar elas por mais pesadas que fossem.
— Eu caprichei no design. — Disse Nill dando um fino sorriso, as botas tinham detalhes azuis e uma caveira na parte superior com uma dobradura em cada uma das botas enquanto as luvas feitas do mesmo material tinha espinhos na parte superior da mão, o tipo de luva que Lelouch sempre quis ter.
— Isso só vai me dar um pouco mais de força? — Lelouch perguntava enquanto colocava ambas as luvas, tinha um tecido leve até a parte dos espinhos onde era um metal pesado do inferno.
— Claro que não, eu aproveitei o sangue do Cérberus para fazer isso e ela solta... — Antes de Nill terminar de falar Lelouch dava um soco para cima e saía fogo de seus punhos, levando as chamas a irem para o alto em uma distância consideravelmente grande, deixando o garoto boquiaberto e contente.
— Isso é louco demais! — Disse Lelouch e olhando para suas mãos sorrindo bobo.
— As botas têm isso também, mas não teste ainda, vai acabar acertando a gente. — Nill dizia olhando para Lia que já estava abrindo sua maleta.
— E eu ganhei um... — Lia ao abrir a maleta suspirava profundamente e fechava seus olhos. — Uma Glock? — A garota mostrava sua arma para Nill com uma expressão nada contente.
— Além de munição infinita e mais perfuração, eu aproveitei o sangue de Asmodeus para essa criação. — Disse Nill e deu um fino sorriso.
— E essa arma faz o que com o sangue dele? Atraí sexo? — Lia revirava os olhos e Nill fechava seus olhos confiantes.
— Asmodeus não teve a chance de mostrar, eu sempre soube da habilidade dele e era um dos pecados mais fortes... Por isso não deixei ele entrar em sua forma original. — Disse Nill e Lia arqueava uma de suas sobrancelhas.
— Pai, chega logo ao ponto. — Lia estava achando estranho toda aquela enrolação de Nill, mas estava ansiosa.
— Ele tinha um poder, era o desejo... Digamos que você consegue manipular a forma dessa arma. — Ao dizer isso, Lia olhava para a arma. — Mas tem que desejar mentalmente, feche os olhos e imagine como você quer essa arma — Ao dizer isso, Lia fechava os olhos e abaixava a Glock com as duas mãos.
A garota enquanto imaginava não pôde ver, mas sentiu o peso da arma mudando, por outro lado, Lelouch e Nill viam a luz dourada saindo das mãos de Lia e modificando sua arma. Assim que a garota abriu os olhos ela estava segurando uma AS50, sorrindo contente com o resultado por ser sua arma preferida.
— Pai, eu te daria um abraço daqueles, mas como nós dois estamos fodidos então fica para mais tarde. — Disse a garota e Lelouch dava uma fraca risada.
— Exato, os dois estão muito ferrados... Como faremos para ir até o inferno? Não acho que eu consiga ir sozinho. — Lelouch disse e Nill deu um fino sorriso confiante cruzando seus braços.
— Eu te disse sobre a lista que some o nome dos pecados capitais, ao perceberem que o exército não voltou eles virão até nós. — Disse Nill e Lelouch olhou para a chacina que estava no local.
— Aí, vou ver se a Nicolly está bem. — Lia disse e apoiou a Sniper no ombro, colocando uma mão na barriga e caminhando lentamente.
— Espero que Diana esteja bem... — Lelouch disse preocupado olhando para a sua mão.
— Precisamos do sangue dos demônios para criar portais. — Disse Nill e se levantou quase caindo, porém, Lelouch o ajudou. — Vou ensinar os símbolos e o que deve ser dito. — Disse Nill e logo Lelouch o ajudou, Lia parou de caminhar e se virou novamente, para ela era uma informação importante.
Assim que terminado, o símbolo do enorme pentagrama estava feito no chão com sangue de demônios, nele havia vários símbolos estranhos com uma língua desconhecida a sua volta, Nill citou algumas palavras e nada ocorreu. O Yagami apenas riu com sua falha e seus filhos estranharam aquilo.
— Pelo menos já ensinei para vocês como fazer. — Nill disse e se sentou ao lado do círculo exausto.
— Mas falhou! Como que você ensinou essa porra!? — Lia dizia impaciente, sentiu que apenas perdeu tempo.
— O sangue de demônios inferiores não funciona, estava apenas testando minha teoria. — Disse Nill e logo Lelouch arqueou a sobrancelha.
— Por que não usou do Belzebu então? — Perguntou o garoto curioso e diretamente.
— Tente achar o corpo dele e separar o sangue dele dos outros demônios. — Nill dizia e Lelouch lembrava o cenário no mesmo instante.
— Oh! Foi mal. — Dizia o garoto coçando atrás da cabeça, percebeu ser quase impossível com tanto sangue de demônio misturado na chacina.
— Apenas aguardem, não vai demorar muito para outro pecado vir atrás da gente. — Nill dizia, estava confiante com cada palavra que soltava.
No inferno, Undertaker estava em uma sala onde havia uma mesa enorme com oito cadeiras, havia cinco demônios assentados sobre elas e apenas duas estavam vazias enquanto Undertaker estava sentado à beira da mesa com Diana sentada atrás dele, no chão, com as duas mãos presa em um gancho que segurava a corda em uma altura que ela não conseguia erguer seus braços e com sua energia não tinha nem força para se levantar.
— Mammon a ganância, Azazel a ira, Leviatã a inveja, Belphegor a preguiça e Lúcifer o orgulho. — Undertaker juntava as mãos a frente de seu rosto enquanto fechava os olhos pensando consigo mesmo.
— O que foi Lorde Undertaker? — Perguntava Belphegor bocejando em seguida.
— Nill está acabando com os pecados um por um, já levou Asmodeus e Belzebu, sendo que Belzebu estava em sua forma original. — Disse Undertaker calmamente, mas deu para notar sua preocupação.
— Está sugerindo para acabarmos com ele logo? Sério? Ele é só um humano! — Azazel dizia batendo a mão na mesa. — Meus irmãos foram fracos, mas eu não irei fraquejar diante de um mero mortal! — Dizia Azazel se levantando da cadeira e colocando as duas mãos sobre a mesa irritado.
— Acredito que ele não está ileso, com certeza está muito ferido. — Lúcifer disse e levava uma taça de vinho para perto da boca.
— E o que o lindo quer dizer com isso? — Leviatã perguntava debochadamente de braços cruzados.
— Sugiro levar a água da vida para eles e depois mata-los. — Disse Lúcifer e Undertaker abriu seus olhos ainda calmo.
— Isso é idiotice. — Disse o rapaz e Lúcifer negou com a cabeça.
— Acha mesmo que ele vai conseguir enfrentar tantos de nós mesmo em seu 100%? Eu não vou me rebaixar a matar um humano fraco e ferido. — Disse Lúcifer a Mammon que deu uma fraca risada.
— Quando matarmos eu quero a alma de todos eles para mim, sem exceções, quero escravizar todas! — Disse a ganância e Lúcifer se colocou em pé.
— Sabe que não são páreos para mim, e como eu disse eu irei levar a água da vida com ou sem sua permissão, você pode ter roubado meu trono, mas não significa que vai ficar nele para sempre. — Disse Lúcifer olhando com superioridade para Undertaker.
— Então vai ferir seu orgulho mais uma vez com outra rebelião em sua história? Acha mesmo que dessa vez os demônios irão segui-lo? — Ao perguntar isso, Lúcifer fica calado por um momento. — Faça como quiser, mas não deixe Nill vivo, mesmo com tanto orgulho não arrisque enfrenta-lo sozinho, se você morrer então nenhum dos pecados conseguirá derrota-lo. — Disse Undertaker e uma risada de fundo era ouvida.
— Eu consigo fácil. — Disse uma voz conhecida. — Me liberte dessas correntes e eu mostro do que sou capaz. — Disse a voz novamente.
— Você não irá sair daí, sabemos que você não irá ajudar. — Disse Undertaker e olhou para Mammon. — Tire ele daqui. — Falou o rapaz e Mammon afirmou com a cabeça se levantando.
— Bom, vamos matar eles de uma vez, irmão, mostraremos que são inferiores. — Disse Azazel olhando para Lúcifer e o mesmo terminou de beber seu vinho afirmando com a cabeça.
— Não podemos mais esperar então vamos. — Disse Leviatã e Mammon voltou.
— Eu vou com eles, um só não pode enfrentar o Yagami como você está dizendo, então darei uma força. — Disse a ganância e se retirou da sala junto com a inveja, a ira e o orgulho sem Undertaker dizer nada.
— Okay... — O rapaz soltou um profundo suspiro e se levantou. — Você fica de guarda. — Dizia Undertaker olhando para Belphegor que estava dormindo, roncando alto.
— Sim... — O demônio respondeu como se estivesse em um sonho, prosseguindo com seu sono.
— E quanto a você, vamos indo, precisamos abrir os portões jamais abertos no inferno, o seu sangue me dará o poder que preciso, o seu sacrifício é necessário. — Disse o rapaz se levantando e indo até Diana. — Em breve eu me tornarei a existência mais forte de todas! — Undertaker dava um fino sorriso calmo e confiante retirando Diana do gancho e obrigando ela a andar para fora da sala em uma porta na direção contrária a qual os pecados haviam saído.
De volta a casa dos Yagami, um portal se abriu diante daquela chacina e os quatro pecados saíram pisando sobre os corpos de seus servos. Lúcifer foi o primeiro a se retirar com as mãos nos bolsos de suas calças, todos se encontravam bem vestidos nesse mundo, estavam com aparências humanas, já saíram do inferno com elas.
— Nill Yagami! — Lúcifer disse e jogou um frasco para ele e seus filhos. — Bebam essa água, eu, Lúcifer, quero enfrentar vocês com todas as forças que vocês têm. — Disse o demônio e Azazel estralou os dedos de suas mãos.
— Está bem. — Nill disse pegando o frasco e abrindo o mesmo.
— Pai, pode ser uma armadilha! — Disse Lelouch e Nill negou com a cabeça.
— Lúcifer não iria ferir seu orgulho com uma mentira. — O Yagami não pensou duas vezes e tomou o frasco, tendo suas feridas curadas no mesmo momento, sentindo sua energia voltando em segundos.
— Porra... — Lia disse e pegou o frasco tomando metade dele e dando a outra metade para sua amiga desacordada que, assim que bebeu da água, acordou assustada.
— Caralho onde eu estou!? — Nicolly perguntava se sentando no chão e Lia a segurava.
— Calma garota, você está bem, estamos na minha casa... Bem, o que sobrou dela. — Disse Lia e em seguida Lelouch tomou o frasco, tendo suas forças novamente em 100%.
— Agora me deixem a sós com o Yagami. — Disse Lúcifer encarando Nill.
— Mas Undertaker tinha dito para... — Mammon ia dizer algo e na hora Lúcifer o olhou com os olhos totalmente negros.
— Aquele homem não tem poder nenhum sobre mim, entendeu!? — Lúcifer dizia e Mammon que estava no mesmo cargo que ele sentiu a inferioridade e o medo tomando conta de si. — Agora me obedeça e faça o que eu disse! — Lúcifer levantava o tom de voz e a ganância se sentia inferior, afirmando com a cabeça e estalando dois dedos.
— Vamos irmãos. — Dois portais surgiram, em um deles, Leviatã entrou e no outro Azazel entrou junto a Mammon.
— Você pretende me enfrentar sozinho? — Nill perguntava dando um fino sorriso irônico e outros dois portais se abriram de forma repentina, um deles abaixo de Lelouch e outro abaixo das garotas fazendo o trio cair neles.
— Mas que diabos!? — Lelouch perguntava caindo em pé em cima de um navio cargueiro no meio do oceano, não havia ninguém, era um cenário preparado e fora da dimensão que ele estava, uma forte tempestade estava sobre o cenário, trovões tomavam o céu e o clareavam de forma agressiva enquanto os mares se agitavam, criando fortes ondas próximas do navio.
— Se prepare... — Uma voz ecoou abaixo do mar. — Você tem medo do fundo do mar? — Perguntou a voz e uma enorme quantidade de água se ergueu ao lado do navio criando sombra sobre o mesmo, Lelouch apenas acompanhou aquilo com a postura ereta, ficando impressionado com o tamanho da criatura.
— Não me diga que... — No momento um monstro marinho se mostrou após a água em seu corpo cair, revelando um tipo de serpente marinha enorme, esse era a forma original de leviatã, deixando partes de seu corpo e cauda visível para Lelouch enquanto seu corpo estava submerso na água em partes.
— Eu sou Leviatã, a inveja. — Disse o demônio com uma voz profunda e grossa olhando para Lelouch com os olhos avermelhados, era como se sua voz ecoasse na mente do garoto.
— Não me importa quem você é... — Lelouch dizia e apontava o punho para o demônio. — Eu vou acabar com você e salvar a garota que eu amo. — Dizia o garoto com ira em seu olhar, firmando ainda mais o seu punho fechado.
Em um ferro-velho, Lia e Nicolly se levantavam e olhavam em volta, havia diversas pilhas de sucatas, desde carros e suas peças desmontadas para todo lado até pedaços de ferro e metal nas pilhas. Azazel saiu de trás de uma das pilhas e na hora Lia o olhou com seu olho mágico, mirando com sua sniper e atirando no joelho do demônio, fazendo ele se ajoelhar e colocar a mão no sangramento.
— Merda... — Disse o demônio e Mammon se aproximou dele.
Lia tenta fazer o mesmo com a ganância, porém, o projétil disparado é rebatido por um escudo invisível em volta do demônio, dando para ver o reflexo do feitiço no momento em que a bala o acertava.
— Deixe comigo. — Disse Mammon levando sua mão até a ferida de Azazel, curando a mesma em segundos.
— Eu vou matar essa desgraçada! — Disse o demônio com raiva e Mammon negou com a cabeça.
— Você foi descuidado idiota, ela acertou seu ponto fraco, agora você não conseguirá ir para sua forma original. — Disse a ganância e Azazel franziu sua testa.
— Nicolly, já sabe né? — Lia disse e fechou seus olhos, sua Sniper tomou um brilho dourado e começou a mudar sua forma, virando assim um bastão com dois tubos pequenos interligando a arma em três, mostrando que a arma podia ser mudada de uma hora para a outra.
— Não vou ter a mesma facilidade que você. — Nicolly disse pisando sobre um pedaço de cano na sua parte inclinada e menor, fazendo o item ir para cima e a garota o pegar no ar. — Mas aceito o desafio. — Disse Nicolly apoiando a sua arma improvisada no ombro.
Na casa dos Yagami ainda estava tendo a troca de olhares entre Nill e Lúcifer, os dois tentavam se mostrar superior ao outro, mas aquilo apenas irritava o demônio.
— Vamos Yagami, mostre do que é capaz e se decepcione com suas tentativas. — Lúcifer disse e manteve as mãos no bolso.
— O antigo rei do inferno sendo comandando pelo meu ex companheiro? Você foi rebaixado mesmo. — Aquilo que o Yagami disse fez Lúcifer fechar os olhos irritado e suspirar para manter a calma.
— Não precisarei usar minha forma original para acabar com você... Agora pare de falar e venha! — O demônio disse e abriu seus olhos com os mesmos negros, sem pupila.
— Se você está chamando para lutar, por que não avança? — Perguntou Nill e, sem precisar responder, Lúcifer franziu a testa irritado.
Em um movimento apenas, Lúcifer teleportou para frente de Nill em um piscar de olhos e acertou um chute com a sola do pé na barriga do Yagami sem tirar as mãos do bolso. A força do chute foi forte e precisa, mas não arremessou Nill para trás, Lúcifer levantou o Yagami com a perna e depois o soltou, fazendo Nill apoiar as mãos no chão ao cair no solo enquanto cuspia sangue involuntariamente pelo golpe recebido.
— Lute, não fale. — Disse Lúcifer e, nesse momento Nill fecha seus punhos, irritado, rangendo seus dentes como um sinal de ódio, pela primeira vez em sua vida o Yagami estava sendo tratado como inferior por um oponente possivelmente mais forte que ele.
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