Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

O Voo da Letra Esquecida

O RIO SENA BRILHAVA NO HORIZONTE. Visto da varanda do apartamento, parecia que ao invés de pequenas ondas havia diamantes se exibindo na superfície da água. Donato suspirou. Estava ali, em Paris, finalmente na Vila Olímpica após dois anos de competições e esforços. Recordista mundial de salto em distância paralímpico, garoto propaganda de uma marca de produtos esportivos, tinha até feito uma participação especial na novela das nove, lá no Brasil. De certo modo, tinha virado uma espécie de símbolo sexual PCD, algo que o deixava arrepiado por vários motivos; uma alegria que parecia nunca alcançar o coração.

Virou-se para olhar as duas camas e voltou a suspirar.

A Vila Olímpica de Paris foi aclamada pela sustentabilidade, com um sistema de refrigeração sem ares-condicionados, baseado em canos subterrâneos que aproveitam as águas do rio, árvores por todo lado, prédios arquitetados para não pegarem sol e as famosas camas feitas de papelão. Isso sem contar a acessibilidade sem igual. E diante de toda essa benesse, a primeira coisa que Fábio, seu colega de quarto, disse foi:

— Porra, será que essa cama aguenta o peso de três?

Corpos sarados por todo lado, belezas diversas, hormônios misturados à ansiedade e excitação, vontade de descarregar as angústias e mais de 300 mil preservativos distribuídos aos paratletas diziam muito sobre o teor da preocupação do colega. A abertura dos Jogos Paralímpicos seria dali a dois dias e Fábio já tinha transado com um angolano do Futebol de Cinco, dois atletas suecos de Goalball e carregado um cara sul-coreano de Ciclismo para dentro do quarto na última madrugada.

Só de imaginar o que mais teria que aguentar nos próximos 14 dias fazia Donato estremecer. Se fosse apenas Fábio, talvez, deixasse passar. Porém, havia um clima generalizado de flerte e sensualidade, algo que deixava o atleta angustiado.

Angustiado pelo exagero, pelo fato de muitas conversas penderem para esse tema, por muitos questionarem se ele não queria transar só por ser biamputado. É curioso como muitos julgam que pessoas com alguma deficiência não transam. De fato, Donato percebia, havia um pendor entre a pena e o fetiche. Nesse ponto, sabendo o quão difícil pode ser encontrar alguém que fuja disso, ele até entendia a fogueira sexual ao seu redor. Contudo, apesar de todos vivenciarem as mesmas ondas de preconceito, seja por serem PCDs, e muitos por também serem LGBTQIA+, quando você é assexual em um mundo que, apesar da hipocrisia, recende a sexo, você recebe uma camada a mais de afastamento.

Por isso, ele escondia isso de todo mundo.

Um barulho na porta fez Donato segurar o fôlego. Como esperado, Fábio surgiu aos beijos com um cara sem o braço esquerdo. Donato já o vira em cartazes por Paris, era uma aposta dos franceses pela medalha de ouro no Tênis de Mesa Paralímpico. O colega parou de beijar o outro ao perceber que tinham companhia.

— Ah... — coçou a cabeça. — Ah, sim, sim. Excusez-moi, chérie. — E indicou a cama para que o francês se sentasse.

— De novo, Fábio?

— Cara, a gente tem que aproveitar! — Sussurrou. — Olha esse cara gato! Ele é tenista.

— Por que tu estás sussurrando? Ele não entende nada. — Donato acenou para o colega esportista e este retribuiu com um sorriso. — Tu trouxe ele pra treinar com tuas bolas, foi?

— Ai, que grosso! Eu... Eu trouxe ele pra gente se conhecer!

— Igual aos outros quatro? Tá fazendo intensivão de línguas, é isso?

Fábio caiu na gargalhada e Donato também.

— Engraçadinho. Olha, se você quiser... — e indicou o tenista com a cabeça. — A cama aguenta.

— Não, já disse pra vocês que não. Tô mais focado nas minhas provas.

— Mas Nato, cara, fala sério! Tá todo mundo se perguntando...

— Sobre mim?

— Bom, é. Pessoal fica toda hora de zueira, sabe? Me disseram que aquele canadense ficou doido por ti e tu rejeitou o cara?!

— E daí?

Fábio bufou de indignação e ergueu as mãos.

E daí? Cara, sério, eu desisto! Sabe que o pessoal anda dizendo que tu só pode ser virgem?

— Estão errado. Eu sou de Capricórnio. — Donato entrou no quarto, ergueu as sobrancelhas para o francês e pegou sua mochila. — Vou dar uma saída pra... Pra deixar tu treinar com mais tranquilidade.

Quando ia saindo, porém, Fábio tornou a chamar.

— Ei, sabe, é que eu não falo francês muito bem. Digamos que a gente prefere uma linguagem mais corporal, saca? Então, tu pode dizer pra ele que a gente só tem umas três horas disponíveis porque à noite eu vou ter uma reunião? Por favor!

Donato revirou os olhos e virou-se para o outro atleta.

Mon collègue a dit que vous ne pouviez faire l'amour que pendant trente minutes maximum, car il ne pouvait pas tenir longtemps et il n'avait qu'une raquette de 9 cm qui ne pouvait pas supporter de longs matchs. Au revoir, amusez-vous !

Tradução: "Meu colega disse que vocês dois só podem transar por trinta minutos, no máximo, porque ele não aguenta muito e tem uma raquete de só 9cm que não suporta jogos longos. Tchau, tchau, divirtam-se!"

O queixo do tenista caiu.

— Pronto, ele ficou todo empolgado! Tchau, Fábio. Bom treino.

***

A VILA OLÍMPICA E PARALÍMPICA FOI CONSTRUÍDA ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SAINT-DENIS, SAINT-OUEN E DE L'ÎLE-SAINT-DENIS NOS SUBÚRBIOS DE PARIS. Donato queria visitar muitos lugares após os jogos, porém, diante das circunstâncias transantes, decidiu iniciar logo seus passeios. E o primeiro lugar escolhido foi o Chateau de Vincennes, local onde o personagem que inspirou seu nome ficou preso duas vezes.

Donatien Alphonse François de Sade, o polêmico Marquês de Sade, era o ídolo e objeto de estudo dos seus pais. Foi diante disso que aos 16 anos, quando Donato se declarou gay, os pais só faltaram festejar. Já aos 19 anos, ao tratar sobre a assexualidade, eles ficaram meio... confusos.

Estavam há muitos anos imersos no uso que o Marquês fazia do sexo como movimento político. Por isso, ter diante deles alguém que rejeitava esse "poder" foi um baque que levou muitas questões para dentro de casa. Assim, iniciar suas visitas por Vincennes era algo simbólico para Donato.

Era assexual e ponto. Fazia parte daquele conjunto de letrinhas do arco-íris que de fato ninguém liga:

L e G – casta superior

B – geram dúvidas, mas começaram a ser abraçados

T – sofrem bastante, mas são símbolos de luta e sinônimos de debates sobre gênero

Q, I, A e o + - "Aham, Cláudia, senta ali que depois a gente cuida de vocês."

O rapaz olhou pela janela do metrô da Linha M1 e sentiu-se solitário. De repente, estar naquele túnel abaixo da terra enquanto a beleza de Paris vicejava no solo acima pareceu uma metáfora agridoce de como estavam os seus sentimentos.

***

DONATO ESCOLHEU AQUELA LINHA DE METRÔ PRIMEIRO POR TER UMA ESTAÇÃO BEM PRÓXIMA AO CHATEAU DE VINCENNES. Não tinha problemas em andar, pelo contrário. Porém, essa escolha veio devido ao segundo motivo: assédio dos fãs. Logo que chegou a Paris, demorou quase dez minutos para sair do aeroporto por causa de alguns brasileiros que estavam no saguão e o reconheceram. Nas ruas, mesmo nas proximidades da Vila Olímpica, sempre tinha alguém querendo uma selfie. Quarenta minutos antes, estava entrando no metrô quando um cara gritou:

— Estamos torcendo por você, Nato!

Até que gostava desse reconhecimento. O problema era que Donato ainda se sentia uma farsa por não ter coragem de publicizar sua maior identidade: ser assexual. Semanas antes, quando abordou o tema em uma entrevista, um cantor sertanejo que estava no mesmo programa começou a zoar dizendo que "essa coisa de assexual é coisa de gente virgem que tem medo de mulher".

O cara foi massacrado nas redes sociais, é claro, mas o impacto em Donato foi grande e ele se calou ainda mais.

Voulez-vous une visite guidée? — A menina da bilheteria perguntou.

Visita guiada ou não? Donato preferiu pela segunda opção. Queria ficar sozinho com os próprios pensamentos e ver se o Marquês tinha algo a lhe inspirar, como a mãe lhe dissera.

O Chateau de Vincennes é considerado o maior castelo da França. Com sua torre de quase 50 metros de altura e rodeado por uma muralha igualmente colossal, o palácio não tem um vasto mobiliário e nem exposições chamativas como o Museu do Louvre. Para quem gosta de fotos, apresenta apenas a Capela como diferencial. Porém, para quem prefere algo mais silencioso, é um grande passeio.

"Como a maioria das pessoas prefere as fotos", Donato concluiu ao ver os corredores vazios de turistas, "o castelo não é atrativo."

Mas era para ele.

Passar por aqueles corredores de pedra, visitar as salas e ver a luz do entardecer entrando pelas janelas, tentar sentir como o castelo era séculos antes, tudo fez sua mente se acalmar. Gostava de estar em espaços como aquele. Onde muitos viam o vazio, como na assexualidade, ele via possibilidades que iam além do óbvio.

Sentou-se em um banco no jardim de frente para Capela e ergueu o olhar para acompanhar a torre que parecia arranhar o céu. Estava tão imerso nesse deslumbre que não notou o aproximar de um senhorzinho que vinha por trás do banco.

Enfin quelqu'un qui semble apprécier la beauté de Vincennes!

— Desculpe, o quê? — Pego distraído, Donato esqueceu de falar em francês. Porém, ao invés de causar algum impacto no idoso, a pergunta em português fez o homem abrir um sorriso.

— Ser de Portugal?

— Não. Brasil.

— Sim, sim, Brasil. Poucos brasileiros vir aqui. Gostar muito de museus chiques, famosos, cheios de coisa. Vincennes não. Ninguém gostar de Vincennes.

— Desculpe, senhor... — Donato leu o crachá pendurado na farda do idoso. — Denis Boucher. Como o senhor fala português?

— Ora, como falar! Tanta pouca gente visita aqui que Denis tem tempo demais para conversar com gente. Duas horas de faxina e quatro horas de conversa. Melhor emprego para Denis. Portugueses visitam muito o castelo e eu converso muito com eles. Denis aprendeu um pouco aqui e um pouco ali. E com brasileiros também. Poucos, mas têm. Mas eles ensinam coisas como bunda, fudeu e caralho, que Denis logo aprender não poder usar.

Donato sorriu.

— Definitivamente, eu não lhe aconselho a usar!

— E o nome de você? Qual é?

— Donato. Donato Afonso de Ferraz.

Denis pensou por um tempo, pendeu a cabeça de um lado para o outro, assentiu.

Donatien Alphonse François. Ser coincidência com o velho Marquês?

— Não, nenhuma. Meus pais são professores universitários e estudaram muito do impacto social do Marquês de Sade. Estão escrevendo um livro sobre ele, inclusive. Aí, colocaram esse nome em mim. Abrasileirado, é claro.

— Sim, sim. — Denis deu a volta no banco para se sentar. Foi então que notou as duas próteses do garoto. Diferente das outras pessoas, o senhor se empolgou ao invés de emitir pena ou consternação. — Uau! Un androïde!

Donato adorou.

— Vou competir nas Paralimpíadas daqui a cinco dias.

— Qual ser esporte?

— Salto em distância — e fez um bonequinho com as mãos correr sobre a coxa e saltar por cima do joelho para exemplificar melhor.

— Se Denis faz coisa assim, se quebra todo já na corrida. — Sorriu. Porém, logo tornou à serenidade. — Mas o que jovem atleta fazer em Vincennes? Denis ver muitos de vocês passeando e tirando fotos por Paris toda.

— Bom, nem todo mundo se diverte do mesmo jeito, né?

— Sim, sim. É certo. Eu gostar do meu trabalho, me diverte. Amigos de Denis não entender, mas não ligar. Tem que fazer o que se gostar, mesmo que gente brigue com Denis. Amigos querer mudar meu jeito? Pois Denis troca de amigos.

— Fácil assim?

— Sim, sim. Fácil assim! Denis chegar a 76 anos este ano e com muita saúde. Mas não só aqui — bateu no peito —, mas aqui — bateu na cabeça. — Esposa de Denis diz que eu ser louco, maluco beleza.

— Mais uma expressão que um brasileiro lhe ensinou, não foi?

— Como adivinhar?

— Ah, deixa pra lá. Continue...

— Sim, sim. E eu dizer para Mabelle: vida triste e vazia viver preocupação de gente de fora, Mabelle. Ter que viver como François de Sade, com coragem no peito. Mabelle não gostar de Sade, é claro. Diz ser pornographique.

— E não é?

Denis deu de ombros.

Pornographique, mon jeune? Pornographique? Pornographique ser guerra matar monte de criança. Isso é pornographique! Pornographique é gente bater em gente diferente! Ceci est pornographique! Sade ter coragem de dizer o que ver. E incomodar quem gostava de esconder e fingir ser bom para fazer coisas no escuro. Sade mostrar sujeira de quem gostar de se esconder. C'est brilliant!

Donato assentiu. Em casa, os pais sempre lhe demoveram das ideias sobre moralismo sexual, usando a coragem do Marquês de Sade como exemplo de agir conforme as convicções, mesmo que se tenha que, diante do mundo atual, fazer autocensuras.

"É sobre se integrar, mas sem se misturar ao ponto de esquecer quem se é", como dizia a mãe.

— Posso lhe fazer uma pergunta?

— Sim, sim. As duas horas de faxina já terminou. Ter muito tempo livre.

— O que o senhor acha que o Marquês pensaria de alguém como eu? — Denis olhou para as duas próteses e Donato compreendeu a dubiedade da pergunta que acabara de fazer. — Desculpe, eu me expressei mal. Não falo sobre a minha condição de Pessoa com Deficiência. O caso é que sou... sou... assexual. O senhor entende o que isso significa?

Mais bien sûr! É claro que entender! Hum... — Olhou para a capela e seus vitrais gigantescos, dai para a muralha e o castelo que tanto conhecia.— Sade ser aprisionado em Vincennes duas vez por atentado à moral. Mas nunca deixar de ser quem era. Sade era un libertin, mon garçon! Um libertino! Desprezava o moral que gente diz ser sagrada. Mas mesma gente que defendia sagrado, fazia imoralidade que inspirava Sade. Tudo, tudo igual. Quem ver perigo em obra de Sade é porque tem medo da própria natureza. Pessoa saber que ela mesma pode fazer aquilo e pior. Você já ler Sade?

— Sim, depois de grande eu li sim.

— E ter medo? Asco?

Donato pensou um pouco. Sentia afastamento em relação ao sexo, mas não nojo. O que o incomodava em Fábio e nos outros era mais o exagero desmedido do que o fato de serem sexuais. De repente, lembrou-se de uma frase do próprio Marquês de Sade:

Não há outro inferno para o homem além da estupidez ou da maldade dos seus semelhantes. Eu me sinto mais incomodado pelo fato de não me aceitarem como eu sou do que pelo que elas fazem.

— Ah, então gente se sentir incômodo com você, mas você não se sentir com elas. Sade ia rir de sua asexualité porque enxerga sexo como ato de política. Mas Sade respeitar variedade de jeito de agir. Marquês tinha transgressão usando sexo, você ter por não usar sexo mesmo gente querendo que use. Isso é coragem; isso ser político.

— Eu tenho medo do que as pessoas vão falar. Se eu contar sobre isso, quero dizer...

— Gente sempre falar. E falar muito porque encontrar espaço vazio que deixar elas falar besteira. Mas se ter alguém com coragem para se colocar no espaço e lutar, o castelo fica de pé mesmo com canhão. Muita gente não gostar de Vincennes; dizer que é vazio e não ter nada. Pessoa ter medo do vazio porque vazio obriga gente a pensar fora do muro. Gente tola se afoga no vazio e quer encher espaço logo. Gente como Sade não. Gente como Sade transbordar de ideia no vazio e voar pensamento para fora de muralha.

Denis deu duas palmadinhas na coxa de Donato e levantou-se.

— Ninguém conseguir voar, mon garçon, se costa está cheia de problema. Tirar peso é importante, mesmo para um garçon androïde. — O idoso tocou na testa do garoto com um dedo. — Tirar peso de la tête! Da cabeça!

E foi embora com a vassoura a tiracolo.

***

CONCURRENT: DONATO DE FERRAZ, BRÉSIL.

Cinco dias depois, as oitenta mil pessoas que lotavam o Stade de France urraram quando seu nome apareceu no telão. "Que diferença...", Donato pensou ao se lembrar da zoeira dos colegas quando ele chegou naquele dia e revelou que sim, era virgem, mas não por vergonha de quem era, sim por ter convicção de que era assexual e estava bem com isso.

O empresário dele, que insistia em moldar uma imagem de "galã PCD", muito baseada no fetiche sexual, quase surtou.

"Bom", o garoto se alongou enquanto esperava o juiz dar sinal para que ele realizasse seu último salto, "quando eu voltar ao Brasil, preciso de um novo empresário."

Quando os jurados deram o aval para ele iniciar a corrida, Donato respirou fundo, sorriu para a câmera e beijou um broche em seu uniforme. Foi uma luta conseguir aquela bandeirinha preta, cinza, branca e roxa para estar ao lado do broche LGBTQIA+, porém, surpreendentemente, Fábio rodou Paris até encontrar.

Donato bateu nas pernas, deu três pulinhos, soltou um berro e correu.

Correu carregando muitos outros.

Correu por visibilidade.

Correu, acima de tudo, ciente de que poderia ser ele mesmo.

Na linha, deu o impulso e pulou. O Stade de France silenciou. Um dos juízes chegou a tirar os óculos escuros para enxergar melhor. Milhões de pessoas ao redor do planeta assistiram boquiabertas. Ao aterrissar, tudo foi silêncio durante cinco segundos. Então, houve uma explosão de vivas e de aplausos.

Le garçon volant! Le garçon volant! — berrava o locutor da TV francesa. — Mon Dieu, le garçon volant!

Parado ali, sorridente para a vida, o estádio em êxtase, fotógrafos por todo lado, coberto pela bandeira do Brasil, ele se sentiu inteiro pela primeira vez na vida.

Donato Afonso de Ferraz havia voado para a liberdade.

*

Total de palavras: 2918

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro