Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

88

....

—– Então ele era mesmo inocente?

—– Bom, ele matou sim aquelas  pessoas, mas não foi por maldade, e sim por vingança, isso não faz dele um inocente, mas também não o torna um ser tão cruel quanto seu ex marido.

—– Mas e quanto ao Robert, ele era inocente, mesmo assim Thomas o matou.

_____ De acordo com o último exame que Robert fez, foi comprovado que ele sofria com problemas no coração, inclusive já tinha dado entrada no hospital com começo de infarto, já estava com a saúde debilitada quando Thomas apareceu.

—– Disso, eu me lembro bem — Fiz uma breve busca na memória.

—– Acredito que Thomas tenha se aproveitado dessa situação, visto que a causa da morte do velho foi insuficiência cardíaca, e também Robert não estava na sua mira.

Só por saber que o Thomas não tirou a vida do Robert já me deixa feliz.

—– E quem estava na mira dele?

—– Caleb.

—– O que?

Fiquei surpresa, porque pensei que Caleb estava atrás de Thomas, e não o contrário.

Isso é muito confuso.

E toda aquela história que ele contou, sobre está obcecado por mim. Na verdade ele estava obcecado por Caleb e eu só era um meio de chegar mais fácil nele. Ele me usou.

—– Seu ex marido não era só um psicopata incendiário, mas também um mafioso...

Tampei a boca, horrorizada.

Essa história está me deixando ainda mais confusa.

—– Como?

—– Resumindo, ele era um dos líderes por trás da máfia internacional de sequestro de crianças, a maioria, garotos com idade entre quatro e oito anos, conseguimos chegar até ela através do chip que você entregou pra  polícia.

—– Mas você disse que era do padrasto do Thomas, disse também que o Thomas era o garoto do vídeo.

—– Sim, pois eu realmente pensei que fosse, mas ao fazer uma investigação a fundo, descobri que não se trata de arquivos recentes.

—– Que horror.

—– Conseguimos prender o último membro dessa máfia em flagrante, as crianças já estavam no aeroporto, prontas para serem despachadas...

—– E quem é ele?

Clarice tirou da sua bolsa preta uma foto e me mostrou.

Fiquei chocada ao ver que se tratava do indiano que eu havia visto no celular de Thomas quando ele estava internado no hospital.

Ele tinha sido o último a mandar mensagem para o celular do Thomas antes dele desaparecer, marcando um programa, óbvio que era uma armadilha.

—– Eu já vi esse rosto antes.

—– O nome dele é Amir Mohamed — Clarice completou

Não me lembro desse nome salvo nos contatos do Thomas, acho que ele usou outro nome para não levantar suspeitas.

—– Achei que era um contato fake, que Caleb usou para atrair Thomas para uma armadilha,  já que ele não queria que ninguém descobrisse o caso dos dois, não pensei que tivesse toda uma máfia envolvida.

Diego engasgou com a própria saliva do meu lado e começou a tossir.

Eu tinha comentado sobre o meu caso com Thomas, mas nunca contei sobre  a outra parte dessa história maluca digna de filme de terror.

Até porque eu também não gostava de lembrar.

—– Isso é mais complexo do que você pensa, Ella.

Ela tirou de dentro da bolsa quatro relógio indenticos ao de Caleb.

—– Eles usavam isso como objeto de identificação entre eles, funcionavam como um grupo, e Caleb era responsável por buscar pessoalmente essas crianças no aeroporto.

Por isso ele viajava tanto, como nunca desconfiei.

Talvez pelo fato de eu achar que ele era a vítima e não o vilão da história, ele só estava ganhando tempo.

Fiquei impressionada ao ver que ela tinha os quatro relógios, exatamente os que Caleb havia dito que tinha espalhados por aí, únicos e valiosos.

Peguei um dos relógios e fiquei estudando.

Realmente não era um relógio comum.

—– Thomas também tinha um, eu até pensei que fosse de Caleb, mas pelo visto não é, então significa que ele também era membro dessa máfia?

—– Não, por incrível que pareça, ele foi um dos sobrevivente do primeiro grupo de crianças sequestradas. Esse relógio ele adquiriu depois de matar dois dos chefões dessa mafia, e Caleb e Mohamed eram os próximos.

—– Entendi, o relógio era tipo um troféu pra ele.

—– Tem uma coisa curiosa nessa história, cinco crianças foram sequestradas, e somente quatro foram encontradas mortas. Eu sugiro que Thomas foi a quinta criança que conseguiu escapar, porém de acordo com as investigações que fizemos descobrimos que não havia uma quinta criança, porém havia indícios que indicava que ela passou por ali, como o caso do Diego, ela era um fantasma.

—– Talvez Thomas tenha vindo com essas crianças, mas foi separado delas por algum motivo específico — Sugeri

—– É, pode ser.

—– Mas pra que exatamente eles queriam essas crianças?

—– Essas crianças eram filmadas em ato e o conteúdo era vendido para pedófilos, sádicos etc.

—– E as crianças dos vídeos, você conseguiu encontrá-las?

—– Sim, porém quando chegamos no galpão abandonado para o resgate — Ela fez uma pausa e suspirou arrasada — Encontramos apenas pequenos corpos carbonizados.

Meu Deus, igual ao sonho que eu tive.

—– E a missão de Thomas era justamente resgatar essas crianças, mas ele sabia que sendo apenas um, não teria chance alguma, então se infiltrou nessa máfia com uma identidade falsa, em busca de provas para trazê-las para a polícia, e apesar de sofrer essa represália no meio caminho, ele conseguiu trazer esse chip até nós, ou até você

Clarice colocou sobre a mesa, fotos das crianças encontradas mortas, e eram exatamente as mesmas que estavam no meu sonho.

—– Que loucura — Sussurrei enquanto olhava as fotos uma por uma, reconhecendo o rosto de cada criança

Percebi também eram as mesmas crianças dos vídeos, mas eu estava tão chocada naquele dia que não prestei muita atenção.

Apesar  das imagens jamais saírem da minha cabeça. Isso explica porque sonhei com elas.

Os meus olhos se encheram de lágrimas ao ver a foto do pequeno garoto que ficou por baixo de todos os outros.

Julian.

O mesmo nome que dei ao meu filho.

Diego não entendeu muito bem quando eu disse que tirei esse nome de um sonho que eu tive.

Espero que ele entenda o real significado agora.

—– Esse é o Matias — A detetive apontou para o garoto mais velho que confundimos com o Thomas no início, eles tinham os mesmos traços e nem eram parentes, assim como Mia e Anna.

E esse nome se tornou tão familiar na minha mente.

Era o primeiro garoto que encontrei no sonho e ele quem me levou até as outras crianças.

Pobre crianças.

Por isso Thomas estava lá, tudo faz sentido agora.

—– Estuprado, mutilado e morto por  Caleb, assim como os demais — Clarice disse com frieza olhando para Diego que estava imóvel no sofá — Essas crianças foram torturadas antes de morrerem, portanto sofreram duas vezes.

Eu não conseguia acreditar em tanta barbaridade, tive vontade de vomitar.

—– Aquela história que te contei sobre Thomas não era sua história verdadeira. Na verdade descobrimos  que ele veio de uma família com uma estrutura impecável, levava uma vida normal e saudável em casa, com pais que não eram perfeitos, mas faziam de tudo para garantir a segurança e educação dos seus filhos. A escola era perto, então não viram problema em mandar o garoto pra escola sozinho. Só que um dia ele saiu pra escola e nunca mais voltou. Tinha oito anos quando foi sequestrado, e provavelmente mantido em cárcere de privado por um tempo, já que não foi encontrado com as outras crianças, mas de alguma forma que só ele sabe, conseguiu sobreviver e jurou vingança , um por um ele caçou os responsáveis e os matou, e Vicent era um deles, no qual ele roubou a indentidade pra chegar até você, quero dizer para chegar até o seu marido.

—– Então Vicent August Hunter não era uma vítima?

—– Não como pensávamos, ele era sim um bom marido e um bom pai, porém sua vida dupla não consistia somente em festas, drogas e homens como eu havia te dito, mas sim com a máfia, de acordo com o depoimento de sua esposa, ela não contou antes porque estava sendo ameaçada caso abrisse a boca, e temia pela vida de sua filha.

—– Então Thomas sabia disso, e você o incriminou injustamente.

—– Sim, mas assim como você, eu tinha uma visão diferente dele, pra mim ele era um assassino em série, visto que ele tinha um modus operandis e tudo, quem iria imaginar que na verdade ele era um justiceiro. Ele também me manipulou, colocou em teste a minha competência, e como você pode ver, eu falhei miseravelmente.  Para ele tudo não passou de uma brincadeira, e ele deve está agora no inferno rindo da nossa cara.

Justiceiro.

Minha cabeça se enche de imagem de Thomas e minhas emoções ficam confusas.

Eu quero chorar por ele, mas ao mesmo tempo não quero.

—– Ele te entregou o chip porque você era a única pessoa que ele confiava, você era uma garantia caso ele não voltasse, e ele não voltou, eu nunca vou conseguir entender a relação que vocês tiveram...

—– Nem eu, parece que a minha cabeça vai dar um nó, vai ser muito anos de terapia para conseguir lidar com isso

Diego fez menção pra se levantar, mas eu o puxei pelo braço e o fiz sentar novamente.

Sei que é doloroso escutar que o seu irmão era um sádico, mas ele vai ter que encarar isso como um homem e não fugindo.

Tem que entender de uma vez por todas que o seu irmão era um monstro e que destruiu a vida de muitas pessoas, inclusive a nossa.

Agarrei o seu rosto pálido e olhei bem dentro dos seus olhos.

—– O seu irmão é um monstro impiedoso que mutilou e matou várias crianças, crianças que poderiam ser os nossos filhos, e eu entendo que você sinta compaixão por ele por ter sofrido abuso na infância e você ter presenciado, mas isso não justifica tamanha crueldade, e ele não pensou em você quando mandou pôr fogo na sua casa, e antes disso mandou enfiar uma bala na testa da sua mulher, que estava grávida de um filho seu.

Diego me encarou com os olhos arregalados, e seu corpo tremia instantaneamente em choque.

Esfreguei o dedo na cabeça dele com força o fazendo grunhir.

—– Ver se enfia isso de uma vez na sua cabeça e para de se sentir culpado pelo o que você não fez, para de achar que a detetive é culpada, sendo que se não fosse por ela, estaríamos mortos,  imbecil —  Engrossei as palavras

Ele balançou a cabeça positivamente com lábios trêmulos e olhos encharcados.

Puxei ele pela camisa e o abracei firmemente, permitindo que ele desabasse em meu ombro.

Senti uma imensa vontade de chorar, mas não chorei, ao invés disso fiquei remoendo aquele sentimento de raiva que crescia cada vez dentro de mim.

Eu podia ter matado Caleb quando eu tive chance e não matei, deixei isso virar a porra de uma bola de neve.

Como alguém pode ser tão perverso? como eu pude conviver com alguém assim durante dez anos?

Como eu não percebi nada?

Diego se afastou, e eu alisei o seu rosto molhado.

—– Desculpa, meu amor, mas não existe uma forma menos dolorosa de te dizer isso

Ele assentiu, depois deitou a cabeça no meu colo.

Fiquei encarando aquele relógio e de repente tive um insight.

Voltei os olhos para a detetive.

—– Como eram os sequestros?

—– Geralmente eles abordavam a criança na volta da escola e ofereciam  uma carona.

Um flashback surgiu na minha mente e eu vi o rosto perfeito de Caleb me olhando da janela do seu carro.

Logo a lembrança do seu perfume adentrou as minhas narinas,  e eu fechei os olhos para que pudesse recordar melhor.

Aquele sorriso convicente, sua beleza arrebatadora e sua perfeita dicção.

Mas o relógio reluzente em seu pulso era o que chamava mais atenção.

Qualquer pessoa ficaria hipnotizada, até mesmo uma criança, pelo simples fato de ser dourado e brilhante.

E Thomas gostava de relógio, se não ele  não teria ficado com ele.

—– Era uma vingança pessoal —  Suspirei, ainda perdida nessas memórias.

Diego levantou a cabeça, e me encarou confuso.

Clarice não entendeu muito bem o que eu quis dizer e ficou esperando uma explicação, mas depois de juntar os pontos, ela também entendeu.

De repente, várias memórias de Thomas fizeram sentido na minha cabeça.

Ele sempre tentou me fazer enxergar Caleb como ele realmente era, e eu estava completamente cega. Na nossa  última conversa ele estava se referindo a Caleb quando o questionei.

Realmente não estava falando de mim, e sim dele.

Era o tempo todo sobre eles.

Caleb o sequestrou.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro