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Foi bem estressante convencer o Diego de que eu iria pra casa da Joy sozinha. Desde que oficializamos o nosso relacionamento, ele quer ir pra todo lugar que eu vou.

Ele tem essa mania de querer me proteger o tempo todo, e às vezes esquece que eu também posso cuidar de mim.

E essa falta de espaço às vezes me sufoca e me deixa irritada.

Mas por outro lado eu sei que ele não faz por mal. Os acontecimentos traumáticos da sua vida o fez ser mais cuidadoso.

E acredito que com o tempo as coisas vão se ajeitar entre a gente.

Nós dois ainda temos muito o que aprender com o outro. E até arriscamos a terapia de casal, com o intuito de  fortalecer ainda mais a nossa relação.

Minhas pernas tremiam enquanto eu caminhava até a casa da Joy, que não ficava tão longe da minha.

Meu coração batia acelerado, mas  evitei ficar criando expectativas no caminho.

Eu adiei isso por uma semana, porque eu não queria fazer o teste, queria permanecer com a dúvida.

Mas depois entendi que preciso enfrentar essa dolorosa realidade, pra matar de uma vez essa pontinha de esperança que existe dentro de mim.

Eu estava confiante de que se o teste desse negativo, eu iria voltar pra casa conformada e tranquila porque pelo mesmo eu tentei.

Afinal eu ganhei uma filha de outra mãe pra cuidar, e posso transmitir todo amor que cultivei do meu bebê,  para ela.

Mas bem lá no fundo, eu queria que desse positivo.

Eu quero experimentar essa sensação, pois eu não tive a chance.

Eu sei que ter outro filho, nao irá substituir o que perdi, mas acredito que vai fazer com que eu me sinta melhor comigo mesmo.

Diego e eu, perdemos nossos filhos de uma forma muito cruel, e por causa de uma única pessoa.

Caleb.

Ele surgiu nas nossas vidas, com um único propósito, nos causar dor e sofrimento.

Todo o abuso sofrido, as agressões, as humilhações, nada disso dói mais do que ver uma vida se esvaindo de você, e você não pode fazer nada.

A perda de um filho, é uma dor que iremos carregar pelo resto de nossas  vidas.

E mesmo tendo o perdoado, sinto que quando algo de muito ruim acontecer, eu vou me lembrar dele, pois nada vai parecer pior perto do que ele já fez.

E o sofrimento vai parecer menor.

Cheguei na casa da Joy, mas antes de entrar, eu respirei fundo.

Olhei para o céu azul e sem nuvens.

—– Deus, por favor, não me dê um filho, se for tirá-lo de mim outra vez.

Fechei os olhos e uma lágrima rolou, no mesmo instante o vento soprou em meu rosto.

Será que isso foi um sinal?

Por fim abri a porta e adentrei a pequena casa da minha amiga.

—– Joy? —  Chamei por ela, mas não obtive resposta.

A casa estava um bagunça. Louça suja transbordando na pia, brinquedos espalhados pela sala, um verdadeiro caos.

Questionei se essa era mesmo a vida que eu queria pra mim.

E a resposta veio imediatamente.

Essa é a vida que eu sempre sonhei.

—– Aqui no banheiro — Ela gritou.

Fui até lá e a encontrei toda molhada, e a Amber na banheira, batendo os braços e ensopando tudo ao seu redor.

Sorri pra ela, que retribuiu com um sorriso meigo e inocente.

—– Desculpa pela bagunça, o meu marido viajou hoje cedo, e tá um caos aqui.

Ela cobriu a filha com uma toalha e saiu às pressas para o quarto.

Segui ela.

—– Comprou o teste? —  Perguntei, enquanto a observava trocar sua bebê.

—– Comprei — Ela respondeu com a voz cansada —  Comprei no dia seguinte após o jantar, fiquei te esperando, mas você não apareceu.

—– É, eu estava adiando.

—– Meu marido viu e pensou que eu estava esperando outro bebê, quase teve um infarto.

—– Serio? — Questionei sem conseguir conter a risada.

—– Sim, o teste está dentro da primeira gaveta da cômoda.

Meu coração disparou.

Fui até a gaveta e peguei uma caixa pequena e comprida.

—– Olha, ter filhos é muito bom, mas que dá um trabalho dá, quando você ter o seu, vai entender o que eu estou falando... — Ouvi a voz ofegante de Joy soar baixinho, pois estava concentrada naquele momento.

Sorri pra ela, fingindo escutá-la, mas depois fechei a expressão ao olhar para aquele teste.

Senti um turbilhão de emoções. A ansiedade me consumia.

—– Você sabe como faz não sabe? — Ela zombou, agarrando meus braços por trás.

Virei o rosto e olhei pra ela.

—– Claro —  Respondi rindo, mas por dentro o medo era gigantesco.

—– Então tá esperando o que? — Ela cochichou no meu ouvido.

—– Ok, seja o que Deus quiser — Fui de uma vez —  Entrei no banheiro e em seguida fechei a porta.

Um pouco relutante eu fiz o teste.

Esperei um tempo até o resultado aparecer, e fechei os olhos, fazendo uma breve oração.

Por favor, eu imploro, mas essa dor eu não vou suportar.

Por fim, abri os olhos, lá estavam os dois tracinhos vermelhos.

A emoção foi tão intensa que eu  desmaiei ali mesmo.

Quando acordei estava sobre o chão do quarto, com a imagem embasada de Joy diante de mim.

Que aos poucos foi ficando nítida.

—– Eu não te disse? Você está grávida, grávida — Ela me sacudiu, emocionada — Parabéns amiga

Eu não conseguia falar, não conseguia chorar. Eu estava me recuperando do desmaio, e eu estava em choque.

Meu corpo estava tremendo muito.

Grávida!

Não pode ser.

Levantei e me sentei, sentindo uma tontura e uma dor de cabeça terrível, depois olhei pra ela, e depois para Amber que tentava se equilibrar na parede.

Não entrava na minha cabeça.

—– Eu vou ser mãe? —  Questionei incrédula, e a Joy balançou a cabeça positivamente com as lágrimas saltando dos seus olhos.

Confirmando o que eu me recusava acreditar.

As lágrimas vieram com força, e transbordaram dos meus olhos.

Joy me abraçou e eu desabei em um choro alto e profundo.

Um choro de dor, por ter passado todo esse tempo sofrendo por algo que eu considerava irreversível.

Quando o médico me deu a notícia que eu não poderia mais ser mãe, aquilo me quebrou em mil pedaços.

Me destruiu por dentro.

Por isso é tão difícil acreditar que tanto eu quanto o médico estávamos enganados.

Enfim, não vejo a hora de chegar em casa e contar para o Diego, ele vai ficar tão surpreso quanto eu.

Mas antes, tem um assunto pedente que preciso resolver.

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