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Eu estava olhando para aquela faca apreensiva, sentindo cada vez mais a tensão no meu corpo. Eu não tinha certeza se estava preparada para ceifar a vida de alguém, nunca tinha feito isso antes, mas infelizmente aprendi com Caleb que quando uma coisa te incomoda muito você precisa se livrar dela imediatamente.

Foi quando escutei um barulho vindo da porta dos fundos, o que me assustou completamente.

Meu coração disparou na mesma hora, mas fechei os olhos e respirei fundo, tentei manter a calma porque sabia que o nervosismo não me ajudaria em nada.

Quando senti o meu corpo parcialmente relaxado, abri os olhos convicta e disse:

A hora é agora.

Segurei firme a faca e segui andando com passos calculados, atenta a qualquer movimentação.

Sei que Mateo é do tipo traiçoeiro, e só está esperando uma distração minha pra atacar.

Meu coração continuava disparado e a respiração curta.

Continuei caminhando e quando cheguei até a porta que levava ao outro lado da rua, escondi atrás de uma parede para não ser pega desprevenida.

Então espiei pelo lado de fora com cautela, e percebi que o causador do barulho era apenas um simples cachorrinho caramelo.

Sua ingenuidade me fez sorrir aliviada.

—– Oi amiguinho, você parece faminto —  Falei carinhosamente, acariciando o seu pelo — Espera um segundo que vou buscar um pedaço de carne pra você.

Voltei pra dentro e fui até a cozinha, em seguida abri a geladeira e peguei um pedaço de carne que havia ali.

Usei a faca que eu estava para tirar um pedaço da carne.

Mas quando eu estava cortando, escutei o latido do cachorro e em seguida um choramingo.

Parei imediatamente o que eu estava fazendo e corri até lá.

Nem pensei no que poderia está me esperando.

O cachorrinho estava acuado em um canto e parecia estar com a patinha quebrada.

Olhei em volta completamente assustada, mas não havia ninguém.

—– Tudo bem, amiguinho, eu vou te levar para um lugar seguro depois volto pra cuidar de você.

Peguei o cachorro no colo e atravessei a rua, ofegante, olhando para todos os lados, dessa vez eu estava desprotegida, e lembro de ter deixado a faca em cima da mesa quando sai às pressas.

—– Ok, fica aqui quietinho — Sussurrei.

Deixei o cachorro lá e voltei correndo para o restaurante, assim que entrei na cozinha reparei que a faca não estava mais em cima da mesa.

E isso me deixou apavorada.

Mas não me deixei abater.

Peguei outra faca no faqueiro e assim se iniciou uma caça ao inimigo.

—– Eu sei que está aqui, e eu não tenho medo de você, não vou me dar por vencida tão fácil seu inútil — Cuspi as palavras.

Uma panela caiu no chão, e o meu corpo estremeceu com o susto.

Caminhei sorrateiramente até a panela, e assim que passei por ela, fui surpreendida por Mateo que em um fração de segundos chutou a faca da minha mão e me agarrou por trás.

Senti a lâmina de sua faca a poucos centímetros do meu pescoço.

—– Você se acha muito esperta, chéri — Sussurrou no meu ouvido — Mas não o suficiente, eu não sou mais aquele garoto medroso de antes, eu aprendi artes marciais, e estou pronto pra quebrar você se for preciso, mas não antes de saciar a vontade que tem me consumido por dentro.

Engoli a seco.

Ele foi me conduzindo de volta para a cozinha, pois estávamos no corredor próximo ao banheiro.

Não sei o que me deixava mais enojada, seu bafo de bebida ou as palavras sujas que acabaram de sair da sua boca.

Ambos são um gatilho terrível.

Eu sabia que em algum momento ele iria me matar.

Acredito que uma pessoa que persegue uma criança e machuca um animal indefeso é capaz de coisas piores.

Mesmo não sendo irmãos legítimos, ele agora se parecia muito com Caleb, inclusive na maldade.

Senti algo duro encostar em mim e isso me deixou extremamente enojada, a ponto de vomitar.

Eu não sabia ao certo se ele estava excitado pelo prazer de me fazer sofrer ou simplesmente em função do seu desejo.

Suas mãos me apertavam contra seu corpo, e ele soltava um gemido trêmulo.

E a raiva que eu senti  foi tanta que eu dei uma cotovelada no rosto dele e saí correndo.

Nunca corri tanto na minha vida.

—– Desgraçada! — Ele urrou de dor e logo veio atrás de mim.

Assim que sai na rua, comecei a gritar socorro feito louca, as luzes dos prédios em volta se ascenderam, porém  ninguém veio me socorrer.

Infelizmente essa não é a primeira vez que isso acontece.

—– Cala essa boca, sua puta.

Mateo puxou meu cabelo pra trás e isso me causou uma dor no pescoço absurda.

Gritei desesperada, mas ele tampou a minha boca, abafando os meus gritos.

Mesmo assim, eu fiquei murmurando sem parar.

Até que ele deu um soco na minha barriga que me fez perder o fôlego.

Caí de joelhos no chão e meus olhos lacrimejaram de dor.

Olhei para o cachorrinho do outro lado e rezei para ele não vim até mim. Estendi a mão na sua direção.

—– Fica — Balbuciei

Mas não adiantou o meu esforço, ele veio na minha direção e mesmo com a pata machucada ele grudou na perna de Mateo e saiu puxando e isso me fez ganhar tempo.

Rapidamente fui até a lata de lixo mais próxima, e procurei algo que pudesse usar contra ele.

Meu coração estava pra pular pra fora do peito.

Mas traiçoeiro como ele era, chutou o cachorro, e me atacou novamente, ele saiu me arrastando no meio da rua como se eu fosse uma boneca.

Vislumbrei o cachorro inerte, deitado no meio na rua, e as lágrimas saltaram dos meus olhos.

Paralisei por um momento, e isso facilitou para que Mateo me levasse para a cozinha e começasse a rasgar a  minha roupa como se fosse um animal feroz.

Crente de que iria conseguir o que queria.

Mas depois de muito tempo acumulando raiva, eu achei que essa era um boa hora pra deixa-la sair.

Pensei em tudo de ruim que já me aconteceu e concentrei tudo em uma única emoção.

E não demorou muito para que Mateo se transformasse em um borrão diante dos meus olhos.

Com uma força fora do comum, eu avancei sobre ele e comecei a socá-lo sem dó.

—– Seu monstro, desgraçado, por que você fez isso?

Lágrimas se misturaram com a violência dos golpes, era a raiva de todo uma vida sendo despejada ali.

Eu não dei nem a chance dele se defender em nenhum minuto.

Por fim, eu me arrastei até a faca que estava sobre o piso branco da cozinha, mas antes que eu pudesse alcança-la, ele agarrou o meu pé e me puxou de volta.

Chutei o seu rosto e continuei indo em direção ao meu objetivo.

Mas quando faltava pouco para  alcança-la, ele que já estava em pé  chutou o meu rosto em seguida se ajoelhou e começou a me estrangular.

Seu rosto estava parcialmente desfigurado, e ele ofegava sem parar.

—– Morra desgraçada — Soltou entre os dentes.

Suas mãos apertavam minha garganta violentamente, enquanto eu cravava minhas unhas na sua pele, lutando pela a minha vida.

Por fim, as minhas forças cessaram e eu senti que a morte estava chegando, fechei os olhos.

Foi quando os meus ouvidos captaram o barulho de um tiro, e quando abri os olhos vi que o mesmo atingiu Mateo em cheio na cabeça, suas mãos deslizaram lentamente para fora do meu pescoço e seu corpo caiu pesadamente sobre o meu.

Puxei o ar com força e em seguida tossi, porém eu ainda não conseguia respirar direito pois o peso do corpo de Mateo estava me sufocando.

Por fim, eu juntei as únicas forças que eu tinha pra empurrar seu corpo pra longe do meu, depois fiquei lá no chão  ofegando, sem acreditar que mais uma vez alguém tentou me matar.

Seu sangue havia respingando no meu rosto, o suficiente pra me deixar em  choque.

O que há de errado comigo, será que só vim ao mundo para sofrer? Será que vai ser sempre assim?

Os pensamentos negativos tomaram conta da minha mente.

De repente, eu comecei a me sentir o ser mais injustiçado da face da terra.

Virei o rosto e vi os olhos azuis de Mateo, petrificados e apagados.

Fechei os olhos rapidamente, tentando esquecer mais essa imagem diante de muitas que já presenciei.

Mas eu não vou ficar aqui me lamentando, muito menos vou sentir pena dele, porque ele mereceu isso.

O que ele fez com aquele pobre animal foi um ato imperdoável, além de ter tentado me matar.

Então eu não vou carregar mais essa culpa, a culpa é inteiramente dele, ele quem cavou a própria cova.

Com um pouco de dificuldade, eu me levantei do chão.

Minhas costelas ainda doíam muito, tanto que meu corpo se curvou pra frente.

Espero que não tenha quebrado outra vez, tenho um histórico muito extenso de ossos quebrados.

Levantei o rosto lentamente e vi uma pessoa que jamais pensei que veria de novo.

Parado ali, com o semblante dominado por um misto de fúria e desespero estava o amor da minha vida.

Diego.

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