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Passei a noite inteira imersa em uma insônia sem fim, assombrada pelas palavras de Caleb e sem consegui assimilar nada daquilo.

É uma mistura de compaixão, raiva e repulsa, ao imaginar que ele passou por tudo isso e prefiriu descontar em mim só invés de me contar.

O dia amanheceu diante dos meus olhos, enquanto eu esperava, petrificada, alguma razão que me fizesse levantar da cama.

Qualquer coisa, menos encarar Caleb com pena, ele não precisa que ninguém sinta pena dele, só que o apoie, mas porque isso é tão difícil pra mim.

Deveria ser algo fácil, e só dizer, não se preocupe, vamos enfrentar isso juntos.

Por fim, eu levantei e me sentei na cama, soltando um profundo suspiro de exaustão.

Eu não aguento mais. Tudo isso é demais pra minha cabeça.

Eu só queria ir pra casa, e esquecer de  tudo. Queria voltar a ser a adolescente sem graça, cujo a vida não tinha nenhuma emoção.

Queria voltar pra escola, descer as escadas de casa animada, ansiosa para  encontrar os meus pais na cozinha. Minha mãe fazendo o café e o meu pai no sofá acompanhando as notícias pela tv.

Daria tudo pra ter eles aqui.

E eu não queria estar vivendo esse inferno, me queimando cada dia mais.

Não posso matar os demônios de Caleb, porque não cabe a mim, fazer isso, mas também não quero ver ele sofrendo.

Eu prometi para mim mesma que não o abandonaria, e fiz isso em cima de um altar, diante de várias pessoas. Mas quer saber, que se foda essas pessoas, eu não as conheço, e  ninguém é obrigado manter um casamento de aparência.

E era pra eu ter feito isso a muito tempo. É bizarro pensar que só agora que ele está melhorando, eu quero deixá-lo, mas eu não tenho psicológico pra conviver com ele assim.

Com seus traumas tão a flor da pele. Eu mal consigo lidar com os meus, e tudo bem se eu vou ganhar o título de covarde, eu não me importo, eu já fiz o pior que uma esposa poderia fazer.

Eu trai o meu marido, e duas vezes.

Cansei de lutar por esse casamento de merda.

Assim que notei uma movimentação dele na cama, voltei a me deitar, e ele se levantou no mesmo instante. Assim que ele olhou pra mim, automaticamente fechei os olhos e logo senti seus lábios sobre a minha pele, e por pouco não afundei na cama, inebriada por essa doce sensação.

Mas a vida não é só feita de sensações, que sentimos ao fechar os olhos, e sim por uma realidade tão nua e crua diferente dos nossos sonhos, e que precisa ser encarada de olhos abertos.

Mas eu não conseguia encara-lo. Não depois de pensar que deixá-lo seria a solução.

Eu era uma fracassada, eu me tornei a mulher mais desprezível do mundo, mas o que eu posso fazer, não tive boas referências.

Tive um pai calado e uma mãe que sempre fez o que queria.

Mas eu tô certa da minha decisão.

E olha que tive a noite inteira pra voltar atrás.

Mas Caleb sequer pensou em mim, quando me sequestrou, quando me tirou a força da casa dos meus pais, pra viver uma vida de merda. E agora depois de ter fudido a minha cabeça, ele se arrependeu e quer que eu acredite que é verdade.

Eu sinto tanta raiva dele, com a mesma intensidade que sinto pena. Tirando o dinheiro e suas conquistas, ele não passa de um coitado traumatizado.

Assim que ele entrou no banheiro, levantei rapidamente e fui até o seu celular.

Acessei rapidamente seu histórico de ligações, e vi que tinha um número que se repetia mais do que os outros, então imaginei que fosse o número da sua mãe.

Então mandei a seguinte mensagem.

[ Preciso falar com você, onde eu te encontro...



Minutos depois, ela respondeu com diversos erros de português, informando um endereço de uma cafeteria que ficava do outro lado da cidade, e levaria duas horas pra chegar lá.

Perfeito!

De lá mesmo, eu iria sumir.

Confirmei e depois apaguei a mensagem.

Depois disso, a tensão e ansiedade tomou conta do meu corpo.

Eu não sei se estava pronta pra falar com essa mulher, nem sei se fugir era a coisa certa a se fazer.

Eu não sei de nada, é tudo muito bagunçado na minha cabeça.

Escutei um barulho e voltei para cama.

—– Você está bem? — Caleb perguntou  ao sair do banheiro. Eu queria ter o auto controle que ele tem, parece que nada o abala. Ter contado a verdade fez um bem imenso pra ele.

Mas não pra mim, eu estava enloquecendo, como se tivesse sido eu.

Minha cabeça estava um caos, preocupada com ele, com Vicent quase morrendo no hospital, com a droga do chip, com tudo.

—– Estou sim, não se preocupe — Respondi com um sorriso — Mas se não se importa eu vou ficar mais um tempo na cama.


—– Tem certeza que está bem? — Ele insistiu — E eu me segurei para não desabar.

—– Tenho sim.

—– Ok.

Mas eu não estava nada bem, o meu coração estava disparado, o meu corpo tremia instantâneamente. Eu estava arrasada de ter que deixa-lo, mas eu não quero mais essa merda.

Eu não quero viver, minha vontade é de me atirar da primeira ponte que eu encontrar.

Assim que ele deu de ombros e saiu pela porta, tampei a boca para abafar o choro, e me entreguei ao mais profundo desespero.

Como se o meu peito tivesse sido rasgado e a faca ainda estivesse lá.

Caleb, me perdoa.

Quando ele Finalmente foi para o trabalho, procurei  pela chave do seu escritório no meio das suas coisas, e por pura sorte eu a encontrei. Fui até o seu cofre e tentei todas as senhas numéricas possíveis, mas não consegui, até que resolvi colocar a data do meu aniversário, e para a minha surpresa era exatamente essa a senha.

Ele tinha um jeito estranho de demonstrar seu amor, pena que seja tarde demais pra isso.

De tantas vezes que eu tentei fugir, eu não consegui, porque algo dentro de mim, fazia eu querer ficar, e  me obrigava a ter esperanças, mas agora eu não tinha nada a perder, e tinha plena convicção de que não iria mais voltar.

Muitos podem me julgar pela minha atitude, mas não fazem ideia de como é amar alguém como Caleb, e toda a sua perfeição problemática.

Peguei todo o dinheiro que havia dentro do cofre, coloquei na bolsa e me dirigi até a porta de saída.

Eu não sei como essa história acaba, e também não quero ficar aqui pra descobrir.

Ali tinha o suficiente para comprar roupas novas, trocar de identidade e  viver no anonimato por um tempo.

Antes de partir, peguei uma caneta e uma folha de papel, inclusive a mesma que eu tinha amassado e jogado no lixo.

Mas ao invés de escrever um texto, demonstrando toda a minha insegurança e ingratidão, além de arrependimento, eu apenas resumi em duas palavras.

Me desculpa.

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