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21

Toda mulher gosta de se arrumar, se sentir bonita e atraente. E comigo não é diferente, eu via aquelas mulheres exuberantes pela televisão, e sonhava em ser como elas, e me vestir como elas.

Mas eu era apenas uma menina, vestindo a roupa da mamãe. Perambulando pela casa com a boca borrada de batom e um salto que não cabia na metade do meu pé.

E agora que eu me tornei uma mulher, não posso me vestir como tal, pois estou presa em um relacionamento com um machista que acha que a maneira de se vestir diz muito sobre o caráter de uma mulher.

Vista-se como uma puta, e como puta será tratada.

Que grande besteira.

Antes eu ficava na janela, observando Vicent com suas namoradas casuais, e percebi como elas eram lindas e sensuais, e com isso fazia os olhos dele arderem em chamas.

Não que ele não sinta o mesmo quando me ver.

Mas não queria aparecer para ele, vestida com mulambos.

Mas eu sei que a minha cara de fome  e meu corpo esguio me impede de me sentir bonita em qualquer roupa que eu vista ao mesmo tempo que penso que um decote e um perna de fora não seria nada ruim.

Fechei os olhos e minhas memórias me levaram para um momento específico  da minha vida onde eu pensei que sabia o que era felicidade.

.....

O barulho da porta fechando invadiu subitamente os meus ouvidos  e eu sai correndo para logo depois me jogar nos braços de Caleb.

—– Oi amor — Ele disse ao mesmo tempo que falava em uma ligação —  Artur, depois eu falo com você.

Desligou o telefone e me encarou profundamente.

—– Você me disse que não ia demorar — Queixei manhosa

—– Parece que alguém precisa tirar o aparelho —  Falou mudando de assunto.

Desci do seu colo, aborrecida.

—– É só nisso que você pensa? - Resmunguei.

—– Amor,  hoje foi muito corrido,  não deu pra te ligar

—– Corrido, sei — Virei o rosto e cruzei os braços.

Ele sorriu por um instante e me agarrou por trás. Depois passou os olhos brevemente pela cozinha

—– Onde está a Lucy? Ela não cozinhou pra você hoje?

Descruzei os braços e olhei para ele empolgada.

—– Dispensei ela porque decidi cozinhar hoje — Falei animada esperando ansiosamente pela sua aprovação

Ele arqueou as sobrancelhas impressionado.

—– Uau! Sério?

—– Sim, vem experimentar.

Sai puxando ele pelo braço até a cozinha.

—– Amor espere — Ele parou e agarrou o meu rosto. Eu vou tomar um banho primeiro. Porque não aproveita e põe a mesa

—– Está bem — Suspirei.

Ele me deu um beijo, em seguida acariciou o meu rosto suavemente ,me fazendo derreter em suas mãos.

—– Já volto — Assegurou

Na cozinha, eu usei um banquinho pra subir no armário. Peguei alguns pratos, talheres e copos, em seguida coloquei todos sobre a mesa em ordem.

E suspirei com um sorriso solto nos lábios.

Alguns minutos depois ele voltou do banho, radiante, e sentou-se a  mesa.

—– Hum, está perfeito amor —  Murmurou, me deixando ruborizada.

Eu estava tão nervosa, mas tambem estava confiante, pois sempre gostei de cozinhar. E tinha certeza de que eu levava jeito pra isso.

Mas não é fácil impressionar um homem como Caleb.

—– Queria que cozinhasse assim pra mim todos os dias — Brincou ele,  acariciando o meu rosto com uma de suas mãos livres.

—– Com muito prazer — Provoquei lambendo as pontas dos seus dedos

—– Não amor — Ele puxou a sua mão em contradição, em seguida se limpou com o guardanapo — Não quero que fique bancando a dona de casa, você é a minha esposa e tem que viver como uma princesa, por isso que eu contratei a Lucy.

Sorri abertamente pra ele.

—– Está bem, como você quiser.

Ele arrastou a cadeira pra trás e olhou pra mim de forma sedutora.

—–  Vem cá? — Chamou

Fui até ele e me sentei em seu colo, e me agarrei ao seu pescoço.

—– Você é tudo pra mim —  Confessou afastando uma mecha de cabelo do meu rosto e me encarando atentamente — Se você me deixar algum dia, eu me mato.

Olhei dentro dos seus olhos um pouco assustada e depois para os seus lábios úmidos e rosados, que foi onde eu me perdi completamente.

—– Eu nunca vou te deixar — Suspirei

—– Promete

—– Prometo

Colei meus lábios nos seus e só soltei quando percebi que eu estava sem fôlego.

Eu o amava enloquecidamente, ele era como uma droga, viciante e ao mesmo tempo destruidor.

Porque com o tempo eu fui percebendo que era capaz de tudo pra ter ele, a abstinência me consumia todos os dias.

Eu chorava toda vez que ele viajava a trabalho.

De manhã, quando acordei depois de uma noite agitada e prazerosa, não o encontrei na cama e senti um vazio imenso.

—– Lucy, você viu o meu marido? — Perguntei entrando na cozinha

—– Não, senhorita

—– Que isso, Lucy, quanta formalidade, já disse que você pode me chamar de  Ella — Falei, me sentando na mesa onde um café saudável me esperava

Peguei o pão integral na ponta dos dedos e senti logo uma ânsia de vômito.

—– Escuta, Lucy — Olhei para o pão depois pra ela, empolgada — Que tal fazermos um bolo?

Ela abaixou a cabeça e se virou pra pia.

—– O patrão não vai gostar da ideia — Disse baixo

—– Que se dane o senhor Miller, e isso não é um pedido, é uma ordem — Falei num tom de brincadeira, mas vi que a deixei ruborizada – Ah, vamos lá, vai dizer que você não gosta de bolo

Ela ficou em silêncio.

Então levantei da cadeira e fui até o armário.

—– Senhorita, você não pode...

—– Shh.

Peguei os ingredientes, a batedeira  e me dirigi para o balcão.

—– Agora cala a boca e observe.

Minutos depois, o bolo já estava pronto, e Lucy e eu estávamos sentadas saboreando ele e dando risadas de assuntos aleatórios.

Nunca tinha conhecido esse lado dela, uma pessoa totalmente diferente quando está fora do protocolo imposto  pelo meu marido.

Lucy além de ser minha babá  e cuidar da casa, era uma ótima companhia, eu  tinha ela como uma irmã mais velha, além de uma grande amiga.

—– Posso saber o que está acontecendo aqui?

Me arrepiei com o som da voz autoritária de Caleb atrás de mim. Lucy, por outro lado, levantou as pressas da cadeira e ficou parada com a cabeça baixa como uma submissa.

Virei o rosto, e encarei Caleb por cima dos ombros. Ele estava furioso, mas nem assim deixava de ser sexy,  vestido com aquele colete e o paletó impecavelmente em volta do braço.

Engoli o pedaço de bolo que estava instalado na minha garganta, depois  sorri despreocupada.

—– Calma amor, eu e a Lucy...

—– Lucy, vai pegar as suas coisas — Ordenou com uma expressão dura e fria.

—– Sim, senhor — Lucy respondeu com a voz embargada e em seguida passou cabisbaixa por ele.

Soltei uma risada irônica.

—– O que? Isso é um absurdo — Protestei ficando séria de repente

—– Acho que fui bem claro com as regras, Ella, tanto pra você, quanto para Lucy

—– Vai mandar ela embora por causa de um bolo, que exagero, e a propósito a ideia foi minha, porque não me manda embora no lugar dela — Retruquei indignada — Vou até lá e vou pedir pra ela ficar

Caminhei até a porta, mas Caleb me agarrou pelo cotovelo e me forçou a olhar pra ele.

Achei sua atitude agressiva demais, visto que ele estava me machucando.

—– Você não vai a lugar algum — Soltou entre os dentes, claramente irritado

—– Me solta — Berrei tentando puxar o  braço, mas ele insistia em me segurar —  Caleb, para, você está me machucando.

Por fim, ele me soltou.

—– Desculpa, meu amor, mas eu não gosto que passe por cima da minha autoridade

Esfreguei o braço e o encarei chateada.

—– E acha que eu sou obrigada a ficar tomando suco pela manhã e comendo essa porcaria que você chama de pão, você está enganado, vou comer o que eu quiser, ouviu? — Gritei, e ele me acertou um tapa no rosto

Virei o rosto sentindo meu corpo inteiro estremecer e uma dor queimar em minha pele.

—– Desculpa — Ele suspirou, mas sem emoção em sua voz — Eu não queria ter feito isso, mas você me obrigou

Ele tocou o meu rosto, mas eu empurrei as suas mãos e sai correndo escada acima, tropeçando nos degraus, apavorada.

Entrei no quarto e bati a porta com força, e não demorou muito para as lágrimas transbordarem dos meus olhos.

Aborrecida, eu levantei e tranquei a porta, em seguida me joguei na cama e agarrei o travesseiro.

—– Abra a porta, meu amor, por favor —  Caleb pedia com uma voz abafada do outro lado

Mas eu não estava nem um pouco afim de falar com ele, de olhar pra ele. Me senti completamente humilhada, ofendida da pior forma.

Nunca desejei tanto estar em casa.

—– Vamos conversar.

Tampei os ouvidos com o travesseiro e fechei os olhos, mas isso não me impediu de ouvir seus lamentos.

E eu lutei com todas as minhas forças, contra a vontade que me consumia por dentro de abrir aquela porta e perdoa-lo.

Mas era inútil, era difícil demais sentir raiva dele, ainda mais com ele me implorando.

Levantei da cama e caminhei descalça até a porta, ainda vestida com a roupa de dormir, e abri me deparando com o mais perfeito semblante de um homem arrependido.

Ou pelo fingindo estar.

—– Posso entrar? —  Perguntou com um olhar convicente e um sorriso arrebatador

—– Pode — Sussurrei engolindo a seco

Ele passou por mim, e o seu perfume inebriante impregnou as minhas narinas, causando uma doce sensação de prazer.

Cruzei os braços e olhei pra ele, esperando que se ajoelhasse na minha frente e pedisse perdão.

—– Você não quer que eu me ajoelhe, não é? —  Perguntou adivinhando os meus pensamentos

Levantei a sombrancelha dando a entender que sim.

Ele sorriu e se sentou na cama de frente pra mim e o seu olhar me deixou desconcertada.

—– Me desculpa amor, eu errei feio, prometo que isso nunca mais vai acontecer — Falou sem tirar os olhos dos meus

—– Promete?

Ele se levantou e caminhou na minha direção me fazendo ofegar.

—– Prometo — Sussurrou no meu ouvido, fazendo meu corpo se contorcer com o arrepio.

Ele beijou o canto avermelhado do meu rosto e em seguida os meus lábios. Fazendo com que toda a raiva que eu estava sentindo dele, simplesmente desaparecesse  e os meus braços correspondessem totalmente ao seu toque.

Enrosquei as minhas mãos em seu cabelo e senti a maciez dele.

Beija-lo era como estar nas nuvens.

E cá estou eu, dez anos depois, no inferno.

 

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