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Eu tinha uma melhor amiga, o nome dela era Joy,  a gente tinha a mesma idade, e estudávamos na mesma escola. Porém éramos bem diferentes. Ela era mais bonita, é claro. Tinha cabelos loiros e olhos azuis, além de um corpo exuberante e sexy, que chamava atenção por onde passava, e eu me sentia meio que inferior, ofuscando sua beleza, mas ela sempre estava me  enaltecendo, dizendo que eu era linda e coisa e tal, e que um dia alguém acabaria se interessando por mim sem precisar mudar nada.

É claro que ela só disse aquilo pra agradar.

Eu sabia que não era bem a verdade, sempre que eu me olhava no espelho, me sentia feia, extremamente magra e sem graça. Exceto aos olhos de Caleb.

Quando ele passou a me buscar na escola, Joy começou a achar estranho, dizendo que ele era um tanto obsessivo e calculista, pois ele sabia exatamente o horário que eu saia da escola, mesmo que fosse mais cedo.

Faça chuva ou faça sol, ele sempre estava lá.

E ela não era a única que pensava assim, as outras garotas também  tentaram me alertar sobre a personalidade forte de Caleb.

" Você só está com inveja, acha que um cara como ele não pode gostar de alguém como eu? " — Gritei com a Joy no refeitório.

" Não amiga, não é isso.

Eu já briguei com ela tantas vezes, por simplesmente pensar que ela estava errada quando na verdade ela  estava certa.

Eu me recusava a enxergar.

Caleb era isso e muito mais.

Eu sabia que aquela barba perfeitamente alinhada, o cabelo bem penteado e os sapatos brilhantes de tão limpos, dizia algo sobre sua personalidade perturbada.

Era muita arrumação para um homem só.

Mas por outro lado, eu também era uma adolescente com problemas sérios  de auto estima e carente de atenção.

Fui um alvo fácil pra ele.

Mais tarde, descobri que ele planejou tudo, pesquisou a minha vida inteira sem eu saber, e depois se aproximou de mim, usando seu charme incomparável e suas palavras bem articuladas para me convencer, e eu fui tão burra e tão cega, que nem desconfiei dele.

Cai na armadilha.

Caleb sempre adorou exercer seu poder de autoridade sobre mim, não é a toa que ele é um Ceo de sucesso, dono de várias empresas espalhadas por aí, e volta e meia, o seu rosto vive aparecendo nas manchetes dos jornais.

Tudo mundo quer descobrir o que há por trás desse homem fatal e misterioso, até mesmo eu.

O passado de caleb é um incógnita pra mim, eu não sei onde ele nasceu, cresceu ou viveu, não sei quem são seus pais, e nem o tipo de situação traumática que ele passou na infância que justifique o fato dele ser um homem tão frio e cruel.

Eu posso até conviver com ele, mas não o conheço. Ele é totalmente indecifrável.

Desconheço suas emoções tristes, e nunca sei quando ele está preocupado ou receoso.

Tudo o que vejo é um homem de expressão apática. Metódico e sem sentimentos.

O engraçado nisso tudo é que ninguém nem sonha que eu existo, ele nunca me levou com ele a lugar nenhum, talvez por sentir vergonha ou algo do tipo, ou talvez por que os flashes das câmeras iriam captar facilmente  as marcas de suas agressões em meu rosto e isso acabaria por manchar sua reputação.

É extremamente doloroso assistir seu marido pela tv, e perceber que você nem ao menos é citada, vejo ele do lado de mulheres riquíssimas e exuberantes, e penso que jamais vou poder estar no lugar delas, e isso me magoa muito.

A fama pouco me interessa, eu até me contentaria com a vida fora dos holofotes, mas eu queria pelo menos ser bem tratada, só queria que ao menos uma vez, uma única vez, ele me olhasse nos olhos sem querer me fuzilar ou me fazer engolir as palavras.

Queria que ele me tocasse com delicadeza, e não com dureza, queria que as marcas em meu corpo fossem causadas pelo desejo incontrolável e insaciável, e não por pura maldade e arrogância.

Queria sua atenção, carinho e  amor, coisas que o dinheiro não pode comprar.

Coisas simples, como ser convidada para almoçar na casa dos seus pais no domingo e ajudar sua mãe a preparar o jantar,  ouvir histórias sobre de quando ele era pequeno e ver suas bochechas coradas por sua mãe ter falado o que não deveria.

Caleb nunca mencionou sequer o nome da sua mãe. Ele detesta falar sobre o assunto, sempre quando chega o dia das mães ele fica nervoso e frustrado. Nem mesmo vai trabalhar, porque sabe que não terá outro assunto.

Algo muito triste deve ter acontecido, para ele simplesmente não querer nem tocar no nome dela.

Talvez esses pesadelos signifiquem algum trauma reprimido do passado.

Talvez essa casca grossa e impenetrável, seja uma forma de esconder tudo de ruim que ele já passou.

E isso me deixa muito triste, e é um dos motivos pelos quais eu não quero deixá-lo.

Ninguém seria capaz de entende-lo como eu, ele seria incapaz de viver sem mim, foi o que ele me disse lá atrás.

E eu nem sei se isso foi verdade, mas eu quero acreditar que sim.

Enfim, não conheço o homem no qual divido a cama todos os dias, e isso me faz ter mais medo dele. Suas ações são imprevisíveis, ele nunca está satisfeito, e está sempre quebrando tudo.

Quebrando meu coração, deixando-o em cacos.

Eu realmente não sei o porquê de tanta raiva, desde o primeiro dia que pisei os pés nessa casa, eu vivi pra ele, fiz tudo que eu podia para salvar esse amor e ele..

De repente me assusto com o barulho estrondoso de um prato sendo arremessado ao chão.

—– Eu não vou comer isso, está uma porcaria — Ele rosnou, arrastando a cadeira pra trás e se levantando logo em seguida.

Fechei os olhos.

Ele nunca vai mudar, não importa o que eu faça.

Assim que seus passos se distanciaram, eu abri os olhos e soltei um suspiro trêmulo.

Ajoelhei no chão e comecei a recolher os cacos maiores, porque seria os mais difíceis de juntar.

Me sentindo a mais humilhada das criaturas, e ao mesmo tempo me sentindo culpada já que exagerei no sal quando eu estava fantasiando o vizinho nu na varanda.

Peguei uma vassoura e um pá e juntei todo o resto.

—– Volto às sete —  Ele disse passando por mim às pressas fazendo meu corpo estremecer de raiva enquanto eu o acompanhava com os olhos, e depois de ouvir o som  da porta batendo, joguei a vassoura no chão e comecei a pisar nela por varias vezes, gritando e chorando de raiva.

Enloquecendo por não conseguir fazer o que eu queria com ele, por não conseguir dizer tudo que estava entalado na minha garganta há muito tempo.

Até que o meu surto foi interrompido pelo som da campainha da porta, o que me assustou totalmente e me fez ficar parada em silêncio total.

Será que ele esqueceu alguma coisa?

A campainha soou novamente, dessa vez eu me movi e deixei um suspiro trêmulo escapar.

Peguei imediatamente a vassoura do chão e a escorei em algum canto. Depois passei a mão pelos cabelos que estavam  desgrenhados, e assumi uma postura ereta e confiante, depois caminhei até a porta.

Abri e me deparei com o vizinho, com uma expressão um tanto preocupada.

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