Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 5 Katherine

Aee para ver o booktrailer só clicar aqui em cima, tá lindo de bonito.
Não se esqueça de seguir a página da autora www.facebook.com/senhoranunes e entrar no grupo Loucuras românticas da Bárbara Nunes

Nathy


Olhei para George e ele não disse uma única palavra, e respirei fundo, aquilo era no mínimo desconcertante.

- Eu estava...

- Desculpe-me por chamar tão tarde e no seu momento de folga, eu já ia bater quando você abriu a porta, Katherine quer vê-la, está com medo de que tenha ido embora, não entendi o que ela vê em você... - George se pôs a andar e eu o segui, não saberia dizer se ele tinha ou não ouvido, decidi então rebater a provocação e evitar o assunto.

- Simpatia, doçura e afeto. Coisas que talvez ela não esteja acostumada...

- Está sendo irônica? - ele cofiou o bigode.

- Longe de mim tal coisa, ser irônica com um patrão tão agradável - ele parou na frente só quarto e me olhou, e mantive ou tentei manter toda a inocência que meu olhar permitia.

Entramos no quarto da pequena, que abriu um sorriso imenso e alegrou o meu coração de tal forma que não sei como comparar com outro acontecimento.

- Achei que tinha ido embora, Natália, pensei que não quisesse me dar aula amanhã. Você poderia ter me desistido.

- Não meu bem, estou muito ansiosa, já separei todo o nosso material.

- Obrigada Natália, sei que você deu a ideia da festa para o papai, e os doces e os brinquedos e tudo. Hoje foi um dia tão bom quanto o dia que meu pai me deu minha estrela - ela apontou para uma estrela dourada pregada na parede.

- Que estrela linda - esperei que houvesse uma explicação, mas o silêncio dominou o quarto - Não se preocupe eu gosto de você, olhe para mim e me diga que não sabe?

Ela riu e eu me apaixonei novamente por aquela menina tão pequena e solitária.

- Eu sei, eu gosto de você Natália, eu senti algo aqui quando eu te vi - ela colocou as duas mãos sobre o peito.

- Eu também senti. Seremos grandes amigas, eu não irei embora nunca.

- Eu fico muito feliz.

Não conseguia olhar para Katherine e não ver minha filha, meu coração a acolheu, independente de tudo eu faria qualquer coisa por aquela menina, passei a entender a partir dali o amor de mães adotivas, aquilo era algo muito forte e especial, por mais que fosse difícil explicar.

George fez sinal para eu deixar o quarto, e me seguiu quando eu saí.

- Eu queria dar o mundo à minha filha... - ele parecia falar com ele mesmo.

- E por que não dá? - perguntei.

- Ela cada dia que passa, fica mais parecida com a mãe, e se vissem isso...

- A família de Amy? - ele parou desconcertado, e alisou a camisa que usava, observei que ele dormia de pijamas de seda, igual ao meu avô.

- Não quero falar...

- George eu sei que sou muito explosiva e a gente mal se conhece, mas você tem o meu endereço, pode mandar me matar caso eu abra o bico. Se algo está acontecendo me conte.

Ele riu, um riso que chegava aos olhos escuros, havia tanta vida naquele olhar, como aquele homem havia chegado ao ponto de se tornar um espectro, odioso, pouco amado?

- A mãe de Amy nunca quis saber de Katherine, acho que pensa que a menina parece comigo, o que a tornou impura, mas Kathy é a sombra de Amy e sei que no momento em que a avó vê-la, vai querer levar...

- Me desculpe a indiscrição, mas você é inglês e não parece ter muitos amigos aqui. Por que não fica perto da avó?

- Ela me odeia, me chama de mouro, achava que a minha cobiça era o título de Amy, nunca liguei para isso. Nunca me importei com a situação financeira das pessoas a minha volta, são todos iguais.

Ergui a sobrancelha, aquele não parecia o homem que toda hora me lembrava e eu era uma reles funcionária.

- George eu...

- Me desculpe Natália, muito obrigado por ter me ajudado com Kathy, obrigado pela festa, nos vemos amanhã.

O dia amanheceu ensolarado, tomei café e passei a manhã lendo artigos que ajudavam pessoas com dificuldades em interpretar inglês.

Dei a minha primeira aula a Kathy e como imaginei o laço que nos unia começou a tornar-se forte e inquebrável.

O viúvo não se aproximou de mim para mais nada, ficava o tempo todo no escritório, a única pessoa entrava lá era Lilliane que sempre que podia me olhava com olhos enviesados.

Dediquei meu tempo a entender a minha pequena Kathy e comecei a perceber sintomas bem claros.

Katherine tinha dificuldades em reconhecimento de palavras, não conseguia soletrar nem mesmo em português, escrevia muito devagar e mesmo copiando o texto à sua frente invertia algumas letras, não era só problemas de memorização.

Ela não conseguia ler, não possuía entonação e a leitura não tornava-se fluente. E a pequena esforçava-se para aprender.

E uma palavra formou-se em minha mente.

O que me espantava era que Katherine estudava em uma escola particular, como ninguém notara aquilo?

A observei por quase dois meses, pedia para que ela trouxesse o material da escola no momento em que estudávamos e a lacuna estava lá.

Decidi testar uma coisa, e mudar o jeito de ensinar, peguei Katherine e a levei para a cozinha, faríamos uma bela torta de maçã, com a seguinte condição, os ingredientes seriam denominados em inglês.

Notei que ela compreendia melhor, vendo tudo em movimento, acompanhando, havia uma luz no final do túnel.

Enquanto batia a massa, George apareceu na cozinha.

- Não falei para a senhorita que cada empregado aqui tem uma função? Por que não pediu à Sophia para fazer uma torta, e o pior trouxe Katherine para a cozinha.

- Estamos numa aula e a presença do senhor não é muito boa agora.

- Aula de inglês?

- Sim, Katherine get two Apples - pedi em inglês e Kathy se colocou em movimento.

George observou a filha pegar as maçãs como eu pedi, e saiu sem dar uma palavra, Sophia riu enquanto fazia calda de açúcar, o patrão não tivera como nos dar bronca, Kathy estava feliz, a cozinha cheirava a torta, parecia o começo da felicidade, mas eu sabia que Katherine precisava de ajuda, e tinha consciência que aquilo provavelmente me excluiria da vida dela.

Mas eu não podia comprometer a pequena por minha afeição.

Pedi para ser recebida pelo pai e ele me mandou voltar ao escritório às seis da tarde, depois do chá.

Pontualmente bati na porta e entrei.

- O que deseja senhorita Natália? - me indicou a cadeira que aceitei, sentando-me e indo diretamente ao assunto.

- Tenho observado a menina, e Katherine precisa de ajuda profissional.

- Ajuda profissional? Mas não é a senhorita a ajuda profissional?

Expliquei a situação para ele, e pela primeira vez vi aquele homem vacilar, aquilo mexeu com meu coração, ninguém deveria passar por medos com as crias sozinho. Ele levantou-se e veio até onde eu estava, com um suspiro profundo, encostou o corpo na mesa, George parecia extremamente preocupado e frágil.

- Não é algo grave, mas Kathy vai precisar de outro tipo de educação caso se confirme.

- Como ela desenvolveu isso?

- Não posso afirmar, mas pode ser hereditário, só um especialista poderia dizer isso para você.

- Amy tinha certa dificuldade, eu achava charmoso como ela trocava algumas palavras, tem algo que eu possa fazer?

- Sim procure um especialista - reafirmei.

- Tenho medo, Natália.

- Medo do que? - aquilo me pegou desprevenida.

- De algo acontecer com Kathy, eu não...

- Senhor Williams, isso não vai afetar a menina em nada, o diagnóstico só ajudará.

- Diagnóstico é uma palavra horrível nesse momento.

- Vai ficar tudo bem, e Kathy vai poder falar inglês, como é o seu sonho.

Levantei-me e parei na frente dele, já havia dito o que precisava, mas não conseguia simplesmente virar as costas e sair andando.

- Lembro-me que disse certa vez disse à senhorita que não conseguiria me deixar nervoso, mesmo se o quisesse, devo dizer que conseguiu, neste momento estou extremamente assustado...

Antes que ele terminasse a frase o puxei para mim e o abracei.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro