Capítulo 4 Permissão
Você pode assistir o booktrailer aqui olha ➡➡➡ https://youtu.be/FQCOpKMDxfo
Não esqueça de seguir a página da autora www.facebook.com/senhoranunes e entrar no grupo Loucuras românticas da Bárbara Nunes.
Nathy
Nada nesse mundo foi tão bonito feito ver a expressão de Katherine ao soprar as velhinhas. Ela fechou os olhos por alguns minutos e respirou devagar e as bochechas ficaram coradas.
Depois de uma tarde de brincadeiras e sorrisos, aquilo era a cereja do bolo, ver Kathy de olhos por tanto tempo fazendo um pedido de aniversário.
Só depois de alguns minutos, ela piscou as longas pestanas platinadas e olhou para a gente os olhos estavam cheios de uma felicidade infantil e eu me senti grata por ter participação em algo tão bom na vida dela.
— Obrigada hoje foi o melhor dia da minha existência na vida — comecei a reparar que Katherine não conseguir elaborar frases completas sem perder-se nelas, decidi então prestar mais atenção naquilo.
Voltamos para casa por volta das dez horas da noite, a menina quis ver as luzes da cidade, então decidimos ir para um local em que ela pudesse ver São Paulo inteira.
Na volta íamos nos ajeitando no carro, quando Katherine pediu para ir na janela, ela queria ver a rua, e acabaria deixando aquele troglodita ao meu lado, é claro que concordei não ia negar algo no aniversário dela.
Mas não estava feliz em ir ao lado dele, principalmente porque já estava bastante cansada.
O trajeto começou a ser percorrido e eu olhava para o lado de fora vendo as árvores e lâmpadas, lembro de bocejar algumas vezes.
Acabei adormecendo e acordei com a cabeça apoiada no ombro daquele homem o susto que tomei foi tão grande que ele rapidamente voltou o olhar em minha direção.
— Teve um pesadelo? — ele perguntou claramente zombando de mim.
— Não... Quer dizer sim. Quer dizer que não percebi que estava no carro e...
— Você dormiu quase ao mesmo tempo que a pequena, ela eu levaria no colo ao chegar em casa, já você dormiria no carro para aprender a não dormir no trabalho.
— Melhor dormir no carro, do que dormir com você.
— Nem parece que era você que estava babando no meu ombro...
— Me poupe, você que deve ter tombado a minha cabeça para que eu encostasse em seu ombro.
— Com que propósito eu faria isso dona Natália? — respondeu ríspido e em um tom baixo.
— Para me encher de broncas como está fazendo agora, porque não está feliz por eu ter ganhado a aposta — respondi no mesmo tom.
— O que você está falando?
— Você sabe que eu ficaria toda sem graça de ter encostado em você sem permissão.
— Não entendi Natália você quer permissão para encostar em mim?
— O que? — perguntei espantada, não imaginava o que ele queria com aquele assunto — Claro que não, você está louco eu disse...
— Você disse que não tocaria em mim sem permissão, eu apenas perguntei se você estava solicitando uma. Veja bem, se tivesse dito que não colocaria a mão em mim de jeito nenhum a situação era outra.
— Eu... Eu... Acabei de acordar, você quer ficar me cobrando?
— Para que eu pudesse cobrá-la, você teria que me dever algo, e isso é uma situação impossível de acontecer.
— Arrogante!
— Fútil!
— O que? Como sabe que sou fútil? Onde me viu com futilidades?
— Eu espero apenas que você ensine inglês com a mesma competência que tem para ficar se maquiando.
— Você é muito machista para o pai de uma menina sabia?
— Não sou machista!
— É sim. Acha que sou fútil por conta de um batom? Você é...
— Vocês estão brigando? — a voz de Kathy nos chamou.
— Não meu bem, estamos indo pra casa. Discutíamos a melhor rota — ele falou em um tom carinhoso.
– Achei que estavam brigando.
Chegamos e George levou a menina no colo diretamente para o quarto dela, apesar de muito cansada reuni forças, peguei minha camisola e fui para o banheiro dos empregados, tomei um banho demorado eu estava praticamente em estado zumbi, quando entrei em meu quarto, tive uma surpresa.
Júlia e Sophia me esperavam sentadas na minha cama.
— Tivemos medo de que ele a despedisse... — a loira disparou.
— E como ele parecia bem humorado quando chegou, falei para Júlia que devíamos vir te consolar — Sophia complementou.
— Não entendi.
— Nada deixa o patrão mais bem humorado, do que fazer alguém chorar...
— Ah agora entendi — sentei-me na cama e comecei a escovar os cabelos.
— Nos conte como foi.
Passei a contar tudo para as duas que volta e meia olhava uma para outra com espanto.
— Ainda bem que você está bem porque você parece mais com a gente do que a Lilliane e as outras que já se foram, pensei que ele ia te jantar, com aquela cara feia.
— Ele é muito rude, mas feio não acho — disse sem saber a confusão que isso me meteria.
— Como não?
— Ele é bonitão — passei meu cabelo por trás da orelha.
— Bonitão? Natália ele é um monstro — Júlia me olhou com espanto —Trata a gente feito lixo.
— Ele é o nosso patrão, não tem que ser nosso amigo — Sophia comentou e Júlia revirou os olhos.
As duas estavam erradas na minha humilde opinião.
— Acho que é a solidão, ele ficou viúvo muito jovem, ninguém espera estar viúvo há quase dez anos nessa idade —expliquei.
Sophia concordou com a cabeça, enquanto Júlia estreitou os olhos indignada.
— Não acredito que você está defendendo ele? Ele é um idiota...
— Eu não acho — dei de ombros, até eu me espantei comigo mesma, George não tinha e tão menos merecia qualquer defesa ainda mais da minha parte.
— Não creio, uma noite de passeio e o inglês te conquistou? Logo estará aos tapas com Lilliane na cozinha.
— Não! Eu só não vejo tudo isso, entende?
Júlia gargalhou.
—Sabe o que vai acontecer, Sophia? Nathy vai casar com o patrão, transformar o viúvo em um homem agradável.
— Ele já é agradável, quando quer — as duas caíram na gargalhada.
— Não força. Porque estou aqui há dois anos e ele parece um cavalo.
— Tenho muita pena dele, principalmente depois de hoje.
— Ele não precisa de pena, ele é rico, você está defendendo ele porque ficou afim do cara — revirei os olhos enquanto elas riam e faziam corações com as mãos.
— Quem vê pensa, parem com isso, ele não faz o meu tipo.
— Você deveria conquistar o chefe, adoçar aquele coração... — Júlia começou divertindo-se a valer da minha cara.
— Isso é impossível — Sophia balançou a cabeça negativamente.
— Não para o amor verdadeiro, não é, Natália?
— Parem as duas com isso já! — as encarei.
— Você vai ao menos tentar?
Não respondi, estava morta de sede e decidi que o melhor era sair daquela conversa, levantei-me e fui até a porta, minha intenção era beber um copo de água e esquecer aquela conversa.
Quando eu abri a porta, para minha surpresa, George estava parado lá.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro