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02. Um sonho

Passando aqui no começo pra avisar que a autora é burra e esqueceu de pôr o aviso de gatilhos🤡 Quem quiser checar, tá lá na Notinha.

O sol das dez iluminava os cabelos da menina. Esta saltitava, balançando os pingentes de flor em seus brincos.

Os carrinhos ambulantes haviam tomado conta da estrada e das paredes do estábulo, expondo flores e bijuterias, tecidos e sementes. Mas Lily não estava interessada em nenhuma delas, apesar de despertarem sua curiosidade. Ela caminhou reto até um carrinho roxo e verde perto do bosque, com sininhos balançando, e uma porta aberta no topo de uma pequena escada.

Ao entrar no vagão, que estava preso a dois cavalos cinzentos, a garota se encontrou em um pequeno corredor, separado do restante do lugar por uma cortina de miçangas. De frente à porta, uma mesinha decorada carregava velas, flores e pinturas ao redor de alguns livros, todos dedicados à Mira - que significa "criadora" em alguma língua antiga. A garota se curvou em respeito, mesmo não sendo muito religiosa.

- Veja quem chegou - disse a senhora atrás de uma mesa na parte principal.

- Madame Lumina - a menina caminhou até ela. Todo o lugar era ocupado por quatro prateleiras de livros, e a parte da frente do vagão estava aberta, pois era onde se atendiam os clientes. E a princesa sempre entrava pelos fundos.

- Estava esperando você, minha querida.

- Eu sei, Senhora. E que eu tive um pequeno imprevisto - riu a garota. A senhora de tranças esbranquiçadas sorria de forma arteira, seu semblante jovem disfarçava as rugas da idade.

- Sei bem do que falas, menina. Veio em busca de novos contos?

- Não tem nenhum livro que eu esteja procurando a sequência agora... Seria bom checarm algo novo.

- Sim, sim. Conhecer novos mundos nunca foi uma proposta ruim - sorriu.

Lily começou a andar pelo cômodo, inspecionando as prateleiras.

Lumina era uma senhora de idade que doava a vida às viagens da família. Ela vendia uns livros, comprava outros, e falava sobre sua devoção à Mira.

- Sabe Lily, Mira nos observa a todo tempo. Ela sabe tudo o que veio e o que vira. Ninguém nasce sem que ela queira, pois cada um tem um propósito - Lily apenas murmurou em concordância - E ela se comunica conosco de várias formas! Seja com palavras, com oportunidades, ou até em sonhos... Você já teve algum sonho que te fez refletir sobre algo?

- Eu não confio muito nessas coisas...

- Não importa se confia ou não, Alteza, Mira se importa com todos nós - disse um homem forte que adentrou o lugar com uma caixa de flores nas mãos - Somos nós que nos afastamos dela, quase sem perceber.

- Exatamente - concordou a Madame - Me escute, Lily. Esta noite, enquanto vínhamos pra cá, eu sonhei você.

- É mesmo? - a menina ouvia tudo com atenção, mesmo sem interesse. Aquilo parecia mesmo difícil de se acreditar.

O homem colocou a caixa perto do altar da deusa e começou a enfeitá-la ainda mais.

- Você quer ouvir o que eu sonhei? Venha aqui, filha. Deixe eu te contar.

──・──・・❀・・──・──

- O quê?

August lhe encarou incrédulo. O garoto mantinha seus lábios apertados, e se afastou um passo, respirando fundo novamente. Nada podia dar errado agora.

- Há vinte anos... - começou ele, prendendo a atenção do maior - Há vinte anos você se envolveu com uma moça em Esquecida... Érica. Ela engravidou, mas vocês nunca se casaram... E ela morreu em um incêndio.

Os olhos do rei tinham uma mistura de pavor e negação. Seus lábios tremiam enquanto encarava aquele menino imóvel.

- Como... Como você sabe dessas coisas?! - ele caminhou até a mesa de chá às pressas, servindo-se de uma xícara quente.

- Porque... era eu - o rei virou a cabeça rapidamente para lhe encarar, o rapaz continuava estático e inseguro - Eu nasci na mesma noite em que a casa pegou fogo. Me resgataram com apenas algumas horas da vida e me entregaram para uma senhora... depois me mandaram pra um orfanato no Sul-

- Mas ela morreu grávida... Aquela criança nunca chegou a nascer - sussurrou. E deu mais um gole no chá, colocando a xícara sobre a mesa antes que quebrasse. Suas mãos se apoiaram na superfície de madeira, tremendo com o choque, apertando seus olhos - Garoto, você tem noção do que você acabou de dizer?

O rapaz apertou os lábios.

- Eu não sou um interesseiro, Senhor. Até algumas semanas atrás, eu nem pensava que o meu... que o Senhor, poderia ser da realeza. Eu me sinto até inferior. Deve ser difícil ser rei. Eu nem sei se conseguiria estar à altura de um cargo tão importante... - refletiu.

- Silêncio - murmurou, ainda apoiado sob a mesa de chá - Isso... Isso é demais para processar.

- O Senhor quer que eu vá embora?

August ficou pensativo, segurando um pouco sua pressão sanguínea. Quer dizer, aquilo estava mesmo acontecendo? Assim, de repente? Ele suspirou, se erguendo em direção ao rapaz.

- Aonde você vai passar a noite?

- Não sei. Não conheço a cidade - respondeu.

- Mandarei prepararem um quarto pra você. Dormirá no Palácio esta noite. Conversaremos mais tarde.

O rei seguiu em direção a porta, retirando-se do lugar. Precisava digerir tudo aquilo.

- Você não acredita em mim, não é?

O rei parou. Seus lábios se abriram fora da visão do menor, mas engoliu as palavras.

- Conversaremos mais tarde - repetiu.

O garoto passeou com os olhos no chão por um minuto, pensativo. Ele apertou os lábios em um sorriso curto.

- Meu nome é Remi.

Um suspiro cansado exalou de August, que parou de andar mais uma vez. Ele encarou o garoto parcialmente, sorrindo de forma gentil, e nervosa.

- Eu já sei.

──・──・・❀・・──・──

- Eu sonhei... sonhei que você estava em um campo florido. Mas, começou a nevar. Nevar muito. E tinha um lobo do seu lado...

- Um lobo?!

- Sim, sim. Você estava montada nele, estavam correndo pela floresta como que de cavalo...

- Mas você disse que estávamos num campo com neve-

- Os sonhos são rápidos demais para se acompanhar! Eles mudam de repente - explicou - Mas depois, você estava em um lago, um lago muito, muito azul. E tinha uma mulher do seu lado... com uma armadura de guerra coberta de musgo.

- Armadura? - àquilo estava começando a ficar interessante.

- Sim, sim. E um rapaz também. Um rapaz alto e bonito. Vocês estavam lutando... lutando contra uma bruxa com uma coroa...

- Uma bruxa? Por que estávamos lutando? O que aconteceu depois?

- Depois? Depois... Depois eu acordei - riu a velha. Lily corrigiu sua postura, encarando-a confusa - Me desculpe, querida. Eu não vi como terminou. Mas parecia bem empolgante, não é?

- É... - pensou a garota - Acha que

pode significar alguma coisa? E por que eu estava nesse sonho?

- Sim e não sei. Todos os sonhos têm um significado. Mas eu não sei porquê eu sonhei com isso e não você.

- Bem - começou ela, com um curto riso - Provavelmente eu enlouqueceria se tivesse um sonho desses.

- Você têm alguma ideia de quem podem ser as pessoas do sonho?

- Não. Eu morreria de medo se visse um lobo - riu ela - Não existem mulheres na guarda oficial do reino porque aqui é muito calmo e as moças preferem profissões mais caseiras ou que as ajudem a se mudar. E o rapaz... Eu não sei quem lutaria comigo por algo.

- Tem certeza? Você deve ter algum amigo de confiança por aqui.

- Não... Todos aqui me vêem como alguém superior. As pessoas abrem caminho pra mim na rua, tomam distância dos corredores, até abaixam a cabeça para falar comigo sem eu pedir... Eles lutariam por mim, mas nunca ao meu lado - suspirou, cruzando os braços sobre a mesa.

O semblante da princesa era coberto por uma decepção e um ar solitário.

- Você deveria falar com seu pai sobre isso.

- Sobre o sonho? - supôs ela.

- Também.

- Princesa! Princesa! - uma voz jovem e feminina lhe chamava ao longe. A princesa encarou a estrada que passava em frente aonde estavam, encontrando uma criada de uniforme que corria desesperadamente entre as barracas. A nobre esperou ser encontrada enquanto acenava, e logo a outra lhe alcançou, apoiando-se em seus próprios joelhos para recuperar o fôlego - Senhora... Seu pai... me mandou... chama-lá para seu lanche - dizia ela ofegante.

Lily havia saído sem esperar os guardas que deveriam lhe acompanhar.

- Ah. É mesmo. E eu ainda nem comprei nada...

A criada encarou a idosa, sentada em um banco alto, sorrindo.

- Vamos logo, antes que meu pai se preucupe - decidiu.

A garota desceu do carrinho, tomando a frente da caminhava. A criada logo a seguiu, ainda cansada.

- Até mais, querida! Vou lhe mandar uns livros mais tarde! - disse a velha.

O que acharam do capítulo? Sábado tem mais ^-^

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