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Capítulo 16

Boa Leitura!

Castiel

Encaro meus pais em minha frente. Quieto e desconfortável, era as definições do momento.

3 anos atrás

Meu rosto com certeza estava inchado, podia sentir a parte direita latejando. Sinto o gosto de sangue, constatando que minha boca estava cortada. Fecho a porta atrás de mim, me dirigindo apressado - subindo a escada-, até meu quarto. Empurro a porta com agressividade, a fazendo ricochetear contra a parede e o som alto ser emitido.

Droga. Eu preciso ir. É a única maneira, único jeito de estar livre.

Respiro fundo, olhando ao redor, atrás de minha mala, a encontrando e colocando mudas de roupas dentro dela.

Eu preciso ir embora.

Limpo meus olhos, quando a visão embaça por conta das lágrimas.

Merda, para onde eu vou!?

Paro por alguns segundos, tentando encontrar algo.

Wisconsin.

Certo. Eu havia sido aceito na universidade. Ainda não tinha dado resposta, mas não estava nem longe de terminar o prazo.

Kate.

Ligo para minha melhor amiga, ou talvez ex, já que por burrice e cegueira, me deixei levar e acabei com nossa amizade. Escuto o toque apreensivo do outro lado da linha, esperando que sua voz ressoasse. Quando acontece, respiro aliviado, tentando falar palavras coerentes, mas era difícil. A dor em meu peito e a vontade de me enfiar embaixo da cama, como fazia quando criança, era imensa.

— Hey... Cass, está tudo bem. Respira. Só vem para cá que vou estar te esperando. Já comprou sua passagem? — Diz calma, mas posso sentir a preocupação em sua voz.

— Ainda não. Vou comprar quando chegar na rodoviária.

— Tudo bem. Me liga quando estiver lá. Não precisa dizer nada agora, só vem que conversamos melhor. Tudo bem? — Assinto. Mesmo que ela não possa ver, mas ela sabe. — Fica calmo. Até depois. — Desligo.

Fico mais aliviado por termos nos inscritos juntos, e pelo que pude saber por outras pessoas, ela já estar morando por lá há algum tempo.

Volto a arrumar minhas coisas, o mais rápido possível. Até escutar a porta de baixo ser aberta e fechada no mesmo instante. Travo a respiração, quando os passos pesados soam pelo assoalho da escada, até chegar em minha porta, já que ele teria de passar em frente para ir ao seu quarto.

— Castiel? — Escuto a voz grossa de meu pai, atrás de mim. Não me viro para encará-lo. Não conseguiria. Sinto sua aproximação. — O que é isso? O que está fazendo? — Sua voz sobe alguns tons. Volto lentamente a recolocar as roupas, virando meu rosto para seu lado oposto. — Filho? — Ele puxa meus ombros para poder encará-lo. — Pelo amor. O que é isso!?

Não conseguia olhar em seus olhos, mas sua expressão era de choque e incredulidade. Aperto meus olhos, tentando não pensar muito. Tentando não voltar atrás com minha decisão.

Eu sinto muito, pai.

Suas mãos grossas passam delicadamente por meu rosto, tentando limpar algo.

— Castiel, quem fez isso com você? O que aconteceu? — Meus olhos se abrem, enxergo a preocupação neles.

— Não foi nada, pai. — Engulo em seco, me afastando, mas sou puxado de volta.

— Como, nada? Você está todo machucado e, foi nada!?

— Isso mesmo.

— Castiel. — Ele tranca o maxilar. — Me diz logo, quem fez isso?

— Não foi nada, já disse! — Me solto.

— Foi briga por causa de garotas, foi isso!? — Ele cruza os braços, com a sobrancelha franzida. Pude perceber que mesmo que essa frase tenha saído de sua boca, ele também não acreditava nela.

— Eu gosto de garotos. — Solto, na única oportunidade que tinha. Vejo seu semblante de confusão. Abre e fecha a boca algumas vezes.

— O quê!? Mas, você já namorou garotas. E a...

— Sim. — O corto. — Eu também gosto de meninas, mas ainda prefiro os meninos. — Vejo seu silêncio.

Doía, pensar que ele possa me ver de outra forma. De que eu nunca mais possa ser seu filho. Me viro, voltando a colocar roupas e sapatos em outra mala.

— Foi por isso!? — Paro, com a sua fala. — É por isso que está assim? Por preconceito? — Fecho os olhos, deixando mais lágrimas saírem, me fazendo respirar aliviado.

— O quê!? Você não... — Me volto para olhar em seus olhos escuros, assim como os meus. Também estavam lacrimejantes. Ele se aproxima.

— Você é meu filho e eu te amo desta forma, do jeito que você é. Você gostar de garotos, não muda o fato de eu te amar. Eu não sabia, mas sabe, não foi uma surpresa enorme. Acho que você nunca me enganou, de qualquer forma.

Solto um riso junto a ele. Seus braços fortes me envolvem em um abraço aconchegante. Eu o amava tanto que doía. Meu pai sempre foi meu porto seguro, desde que nasci. Me lembro dos ciúmes engraçado de minha mãe, dizendo que ela me havia carregado por tanto tempo, para que eu fosse a cópia exata dele. Eu também a amo. A amo tanto quanto o amo. E sabia das dificuldades que enfrentaram para estarem juntos e ser quem são hoje. E eu admirava isso. Admirava o quanto foram fortes e corajosos. Enfrentando as próprias famílias para poderem estarem aqui, felizes.

Entretanto, eu não posso. Não posso ficar. Me afasto.

— É por isso que está assim? — Ele pergunta novamente. — Por preconceito? — E só pela lembrança, eu sabia que não devia ficar.

— Não. — Digo sincero. Limpo meu rosto, fazendo uma careta, quando toco em meu nariz dolorido. — Não quero falar sobre isso, mas não foi por esse motivo. — Escuto seu suspiro.

— E essas malas? — Me viro, ficando de costas.

— Eu estou indo embora.

— Como? Você vai para onde, Castiel?

— Wisconsin.

— Porque?

— Porque sim, pai! Por que eu quero! Vocês me irritam! Você e minha mãe me sufocam! — Despejo tudo com agressividade, não tendo coragem para olhar em seus olhos. — Eu não aguento mais morar com vocês. — Uma longa pausa.

Meu coração está se desmanchando aos poucos, gritando para que eu volte atrás e desminta. Mas meu cérebro não deixa.

Filho... — Toca em meu ombro e posso sentir a dor em sua voz. Era quase palpável.

Você me sufoca. — O aperto morre e sua mão some.

Escuto um pigarrear de sua parte. Suas botas se arrastando pelo chão e a porta sendo fechada. Desabo na cama, apoiando meu rosto em minhas mãos e chorando o mais silencioso possível.

Me perdoa, pai.

Depois de alguns minutos, tento me recompor. Termino de arrumar tudo. Pego minhas coisas e vou em direção à rodoviária mais próxima.

Agora

Pisco algumas vezes, tentando não sentir a dor que teimava em transpassar por meu peito. Abaixo a cabeça, evitando que possam ver meus olhos marejados.

Eu sentia tanto sua falta. De seus conselhos. Seus abraços. Sua voz. O cuidado. Eu nunca me senti sufocado por ele ou por minha mão. Isso estava longe de ser a verdade. Meu pai sempre me deu espaço quando precisava. Claro, eu conseguia entender, quando eram protetores demais, quando criança, afinal, meu pai enfrentou um tratamento complicado para que eu pudesse nascer, além de ser filho único.

— Bem, até hoje nunca consegui entender o que realmente aconteceu... — Minha mãe corta o silencio, com um tom de crítica para mim, contudo, logo desaparecendo de sua voz. — Mas sei que os mais afetados são vocês dois. — A olho, que estava fazendo um gesto engraçado, para o homem em minha frente, com o olhar. — Vou deixar os dois sozinhos. Miguel. — Pronuncia o nome de forma dura e aviso, nos deixando.

Sentia tanta falta disso. Dos dois sendo apenas, eles mesmos.

Coloco as mãos nos bolsos da calça, um pouco desconfortável e intimidado. Não importa quanto tempo passe, ou como passe, eu sempre me sentirei uma criança perto dele. Sinto sua aproximação, e coragem me falta, para encará-lo. Seu perfume se torna cada vez mais forte, assim como posso ver seus coturnos, em frente ao meus. Seus braços rodeiam meu corpo, me acomodando em seu peito, me fazendo soltar a respiração que nem ao menos sabia que estava a pendendo. Meus braços envolvem sua cintura e aspiro seu cheiro.

— Desculpa, pai. Eu nunca me senti daquela forma. Nunca me senti sufocado. — Escuto minha voz embargada e abafada, pelo contato de seu corpo. — Tirando o tempo de quando eu era criança e não podia dar um passo sem sua supervisão. Adolescência, então... Nem se fala. — Seu riso é alto.

— Me desculpe, filho. Eu nunca deveria ter lhe deixado sair, não daquela forma. — Me afasto mínimo, enxergando seu rosto molhado, mas ainda sim com uma expressão controlada. — Seja lá o que aconteceu, me desculpa. Me desculpa, Castiel.

— O senhor não tem culpa de absolutamente nada. Apenas que eu te amo. — Sorrio, quando ele faz o mesmo.

— Eu também te amo, filho. — Assinto. — E aquele garoto? Ele parece ser importante. — Arqueia a sobrancelha.

— Ah, pai!

— O que foi? Ele pareceu que ia nos matar, quando entrou. — Faço uma careta. Suas mãos ainda em meus ombros, mesmo que não tivéssemos tanta diferença na altura.

— Sério? — Ele assente. Era estranho pensar em Brendon tão assustador assim. — Bem, estamos namorando. — Digo um pouco desconfortável. Afinal, era meu pai.

— Ele é bom para você? — Sorrio pouco. Falar dele, era algo bom. Escuto seu riso soprado. — Posso ver que sim.

— É. Ele é demais. — Confesso.

— Hey! — Minha mãe aparece. — Essa parte deveria ficar para mim! — Diz indignada. Reviro os olhos.

— Pelo amor!

Me desvencilho do aperto de meu pai, indo para meu quarto, sabendo que os dois me seguiam, em uma competição de quem era mais invasivo.

***

— Porque não me disse nada sobre seus pais? — Pergunto.

Brendon, abaixa a cabeça, sorrindo mínimo. Recebo seu olhar, depois de segundos. Me inclino em cima da mesa, cruzando e apoiando os braços, o observando.

Estávamos na praça de alimentação do shopping. Havia recebido uma mensagem, horas antes, para que pudéssemos nos encontrarmos, já que não tive tanto tempo, com a visita repentina de meus pais.

Eu realmente havia sentido sua falta.

— Não é nada demais, meus pais são incríveis. Os amo muito. É só que... Bem, nunca se tornou um assunto, realmente. E eu queria que me conhecesse primeiro. Gostasse de mim por quem eu sou, pela minha personalidade e não por eu ser filho de pessoas importantes. — Coça a nuca.

Brendon estava desconfortável. Raramente isto acontecia. Eu podia entende-lo. Deve ser horrível ter pessoas se aproximando apenas por interesse. Eu não estava me sentindo chateado por ele ter me escondido algo assim. Aliás, não tinha o que esconder, eu mesmo nunca havia perguntado nada, sobre eles.

Todos temos o direito de não querer contar algo para alguém. E isso, eu entendia perfeitamente.

Sorrio pouco, vendo seus olhos caramelizados suavizarem, logo após um sorriso grande aparece em seu rosto, o iluminando.

— Você tem razão. — Digo. — Eu gosto de você pela sua personalidade. — Um riso sai de sua garganta e vejo seu rosto ruborizar.

— Você é incrível. — Diz, entrelaçando nossos dedos.

Fico o observando concentrado, em brincar com meus anéis. Tomo um pouco do suco, olhando ao redor. Havia poucas pessoas, no espaço grande e bem iluminado. Meus olhos param em uma silhueta conhecida. Ele estava de costas, mas eu sabia que o conhecia. Havia mais corpos junto dele, porém a visão não me favorecia. Ele estava em pé, mexendo em algo, quando se vira, olhando diretamente para mim. Engasgo com a bebida.

Seus olhos me encaravam fixamente. Não era coincidência. Um sorriso debochado surge em seus lábios e depois vejo o gelo de suas irises azuis, se moverem para Brendon.

Filho de uma...

Travo o maxilar, tentado não transparecer a raiva em mim. Mas a tosse causada pelo engasgo me faz desfazer, e depois de saber que aquilo era um aviso, Jackson se vira, saindo.

— Anjo... — Escuto Brendon me chamar, me fazendo voltar a ele. Olho para os olhos castanhos, me transmitindo paz. — Está tudo bem? — Sua mão livre segurava em meu ombro, massageando, enquanto a outra, ainda estava grudada na minha. Noto o quanto eu à estava apertando inconscientemente, afrouxo o aperto.

Ele estava perto, praticamente em cima da mesa, para me auxiliar. Mas seus olhos também vagavam pelo ambiente e seu rosto estava em uma expressão séria. Me fazendo lembrar que só o tinha visto assim, quando encontramos meus pais em minha cozinha.

Assinto, vendo seu olhar ir à onde Jackson havia estado. Prendo a respiração, apreensivo.

Será que ele também...?

Mudo o rumo de meus pensamentos, o fazendo me olhar de novo.

— Estou melhor. Obrigado. — Sorrio mínimo, tomando um pouco do suco, para tirar a ardência em minha garganta.

Brendon me analisa por um tempo, até respirar fundo, assentir e deixar um sorriso pequeno sair de seus lábios. Se senta novamente, mas não soltando minha mão.

— Tudo bem então. — Diz, jogando os cabelos castanhos escuros, não tão longos, para trás, deixando minha atenção em seu antebraço forte. Mudo meu foco para seu rosto, tentando não idealizar demais. Ele passa a língua nos lábios rosados, antes de voltar a falar. — Já que estávamos falando sobre família... — Limpa a garganta, um pouco incerto. Franzo o cenho. — Final de semana que vem, meus pais, meu irmão, o Eden e tio Adam, vamos para a casa de campo. Você gostaria de ir? Meus pais estão me perguntando quando irão te conhecer. — Toma sua bebida, não me olhando. A vontade de sorrir, quase me domina em o ver tão desconfortável em dizer algo assim.

Não tenho certeza se seria uma ideia muito boa. Não que eu não quisesse conhecer sua família, eu queria, mas não tinha mais tanta certeza se era o certo, agora. Desvio minha atenção, para nossas mãos juntas e entrelaçadas.

Brendon sempre foi um cara incrível. Escutava certas coisas sobre ele pelos corredores, já que sua fama era algo bastante considerável, entre o prédio da faculdade. Nada de tão ruim e grotesco, como muitos rumores por aí.

— Se você não quiser, está tudo bem. Não precisa ir. — Ele chama minha atenção. Talvez eu tenha ficado calado por tempo demais. Sorrio mínimo.

Talvez não seja algo tão ruim...

— Eu vou.

— Sério? — Assinto.

— Claro. Porque não!? Você já até conheceu meus pais. — Ele rir.

— Nem me lembre disso. Eu quase os matei, pensando ser invasores. — Sorrio.

— Não exagera. — Brinco. Mas ele dá de ombros.

Ele realmente estava falando sério?

Nunca o imagino fazendo algo assim.

— Você e o Eden são muito próximos, né? — Resolvo mudar de assunto. Ele assente, sorrindo.

— Nós crescemos juntos. Praticamente nascemos juntos. Minha mãe era melhor amiga da mãe dele e engravidaram na mesma época. Infelizmente tia Betty faleceu, quando tínhamos seis anos. Mas a amizade entre meus pais e o tio Adam nunca mudou, na verdade, ficou bem mais forte. — Escuto, prestando atenção. — É até engraçado, eu e Eden sermos melhores amigos. Ele sempre foi mais próximo de Brian, quando éramos crianças.

— Aconteceu alguma coisa entre eles?

— Não sei. Eles nunca disseram nada. Apenas foram se afastando, um pouco antes de irmos para o ensino médio.

— Entendi.

— Mas vem. Vamos ver um filme.

Se levanta, me puxando junto, em direção as salas de cinema. 

#BoaNoite^^ 

Com a maior cara lavada, volto aqui, depois de ficar algum tempo sem postar. Desculpem-me! 

Ah! Gente, não é exatamente uma fanfic do J-hope okay, só acho que o Castiel se parece com ele em algumas coisas. Mas se idealizam eles iguais, não tem problemas também kkk 

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