Capítulo 12
Boa Leitura!
Brendon
Depois de perceber que Castiel não apareceria na única aula que tínhamos juntos, resolvo mandar uma mensagem para ele - eu estava um tanto preocupado, já que noite passada quando conversávamos por ligação, ele não estava muito bem -, e depois de um tempo só confirmo minhas suspeitas quando leio sua resposta.
As aulas se passaram voando e logo o horário de dispensa chega. Saio da faculdade já pegando meu celular, entrando no chat de mensagens.
" Você está em casa? "
Vou em direção ao estacionamento e entro no carro, ligando-o. Minutos depois meu celular vibra em minha mão.
" Sim, porque? "
Sorrio.
" Vou passar aí, pode ser? "
" Mas eu não tô bem"
" Eu sei "
Espero. Um minuto. Dois.
" Okay "
Jogo meu celular no banco do passageiro e arranco com o carro. Passo em um mercado e depois estaciono em frente à sua casa, saio em direção à sua porta, tocando a campainha. Quando ela se abre, meu coração parece saltar com a visão de Castiel em minha frente.
Ele estava com o cabelo todo bagunçado, parecia que tinha feito aquilo de propósito, uma blusa preta e uma bermuda jeans, estava descalço. Seu rosto estava desanimado, talvez por conta do mal-estar. Ele passa as mãos nos fios pretos.
- Entra. - Dá passagem.
- Como você está? - Deposito um beijo em sua bochecha quente. Entro tirando meu tênis e ele fecha a porta.
- Enjoado. - Faz careta.
Ele era tão fofo.
- Onde deixo isso? - Estendo as sacolas brancas que estava segurando. Ele assente.
- Vem comigo.
Quando Castiel se vira e sai andando em minha frente, não consigo evitar olhar em sua bunda e pernas.
Droga!
A bermuda só realçava ainda mais seu corpo. Suas pernas eram tão desenhadas e um tanto grossas. Sua bunda não era nem um pouco pequena, parecia ter o tamanho perfeito. O sigo, tentando desviar meu olhar por suas costas. Péssima solução. Tudo nele me chamava atenção e me atraía.
Passamos pela à sala onde a televisão estava pausada em uma série qualquer e um cobertor e travesseiro jazia ali no sofá, vamos direto para a cozinha. Coloco as sacolas em cima da ilha de mármore. Ele se senta em frente.
- O que é isso? - Pergunta.
- Já comeu alguma coisa? - Ele nega. Olho para o relógio em meu pulso, já se passava das uma da tarde. - Gosta de Macarrão instantâneo? - Assente. - E ovos? - Confirma novamente. Sorrio, retirando o conteúdo das sacolas. - Ótimo. Onde tem uma panela média? - Castiel aponta em uma porta especifica no armário, abro e encontro a que precisava.
Misturo tudo e algumas coisas que encontrei em sua geladeira levando ao fogo. Me viro e o encontro me encarando com uma careta e de sobrancelha erguida.
- O que foi?
- O que é isso?
- Minha mãe costuma fazer quando eu e meu irmão estamos doentes.
- Miojo?
- Não é apenas um miojo qualquer. - Vou para perto dele, me colocando entre suas pernas e passando as mãos em seus ombros. Ele me olha.
Queria tanto beijá-lo.
- Você vai ver, é muito bom, principalmente para você que está com o estômago ruim. E também é uma das únicas coisas que ela sabe fazer na cozinha, até meu pai cozinha melhor que ela. - Ele sorrir soprado. O beijo. Mas não passa de um encostar de lábios. - Deixa eu te beijar... - Faço manha. Ele nega e me afasta mínimo.
- Não vou te beijar doente. - Suspiro.
- Não me importo.
- Eu sim.
- Tudo bem. - Desisto e passo meus braços em seus ombros, ele corresponde, enlaçando os seus em minha cintura. Ficamos assim por alguns minutos, comigo respirando o cheiro de seu cabelo.
- O macarrão. - Lembra.
Me afasto contra a minha vontade e mexo a "sopa" vendo que estava no ponto certo. Desligo.
- Deixa esfriar um pouco.
Ele assente e se levanta vindo em minha direção, me puxa pelo o braço até sentarmos no sofá. Fico surpreso quando Castiel me abraça de lado, colocando sua cabeça em meu peito, dobrando suas pernas. Ele nunca demonstrava seus sentimentos, principalmente ser carinhoso do jeito que estava sendo. Sorrio com meu peito preenchido com a sua reciprocidade. Passo meus braços em seu corpo, o trazendo mais para perto e não querendo soltá-lo nunca. Ele se aconchega mais ao meu abraço.
Céus... ele estava tão manhosinho...
- Vem anjo, vamos deitar direito, senão você vai ficar todo dolorido.
Não me encara e nem me solta, apenas balança a cabeça em concordância em meu peito, não vejo outro jeito a não ser mudar nossa posição no sofá para o lado aonde daria de esticarmos nossas pernas tranquilamente, sem largá-lo. Coloco o travesseiro em minhas costas e pego o cobertor, nos encobrindo. O aperto mais, quando ele se ajeita no abraço e entrelaça suas pernas na minha. Respiro fundo o perfume que emanava de seus cabelos, era tão perfumado, tinha um cheiro doce. Passo as mãos em seu braço, o acariciando.
Merda, eu estava tão apaixonado por ele e nem podia dizer, com o medo sobrenatural que eu tinha de o assustar e nunca mais tê-lo assim, pertinho de mim.
Não havia muito tempo que estávamos saindo e nos conhecendo, havia se passado dois meses, mas mesmo assim foi o suficiente para saber que eu sempre vou querer sua presença, sua voz em meus ouvidos e seus beijos em meus lábios. Eu sempre vou querer cada partezinha dele, até o seu mal humor e sua expressão séria, que era apenas o seu jeito de ser.
Meus olhos vão até a série pausada.
- O que estava assistindo?
- Friends. - Sua voz sai abafada de um jeito fofo.
- É legal? - Ele me olha.
Não consigo parar minhas mãos que vão involuntariamente para seu rosto, fazendo carinho e retirando alguns fios de sua franja que caíam em seus olhos.
- Muito. Quer ver? - Assinto. Ele pega o controle e muda para o primeiro episódio da primeira temporada. - É uma das minhas séries preferidas. - E volta a se deitar em meu peito.
A série era realmente boa, nos primeiros dois episódios fiquei um pouco confuso, mas com o desenrolar das cenas me fez amar aquele seriado. Não fazia ideia e nunca imaginaria que aquele tipo de conteúdo o agradava. Era uma história leve, tinha diversão e era agradável. Minhas risadas eram altas, mas a de Castiel era mais contida. Eu sempre o sinto mais travado, mais contido, era poucas as vezes que eu conseguia ver uma atitude sua involuntária. E quando via, eu apreciava de todas as formas, mesmo ele nem percebendo o que tinha feito.
Será que esse era apenas o jeito dele ou ele realmente nunca me deixaria ver o seu verdadeiro eu?
Bem, eu não sei, mas eu também nunca me imaginaria estando assim com ele no sofá de sua casa, principalmente algo que partiu dele.
Castiel estava sempre pensando em algo e eu queria tanto descobrir o que se passava em sua mente.
Um passo de cada vez.
- Anjo, o macarrão, vou lá buscar. - Faço menção de me afastar, mas sou impedido por seus braços fortes e um gemidinho suave de sua parte. Meu coração se aqueceu e não contive uma risada. Dou um beijo no topo de sua cabeça. - Eu espero que isso seja porque você não queira ficar longe de mim e não pelo o medo de comer minha comida. - Sinto seu riso em meu peito. - Quer saber, não responde, deixa eu me iludir e pensar que você não suportaria ficar sem mim. - Escuto um riso soprado de sua parte e uns segundos depois sou solto.
- Iludido. - Se senta me olhando com um sorriso brincalhão em seu rosto amassado.
- Argh! Você é tão lindo. - Aperto seu rosto com minhas mãos e o trago para um selinho demorado.
Me levanto indo até a cozinha e colocando o conteúdo em dois pratos fundos, pego os talheres e vou em sua direção, colocando os pratos em frente a mesinha de centro. Castiel se senta no tapete com o nariz torcido.
- Eu sei, a aparência é horrível, mas o gosto é muito bom, prometo.
Ele me encara por um momento e depois pega a colher e o garfo, comendo a comida, me olha novamente.
- Eaí? O que achou?
- É bom mesmo. - Sorrio.
- Eu disse. Sempre que estou ruim só consigo comer isso.
Como também e ele volta a fazer o mesmo. Depois de uma tarde abraçados e assistindo série, Castiel parecia um pouquinho melhor, quando estava quase anoitecendo, me despeço dele com um selinho e um abraço demorado.
Chegando em casa, mando uma mensagem para ele avisando que já havia chegado e uma foto minha deitado na cama sem camisa, mesmo ele não pedindo e não parecendo ligar muito para isso, sou respondido com um emoji sorrindo.
Se Brian estivesse aqui, iria rir muito da minha cara e Eden junto, dizendo que sou muito trouxa.
Pensando no meu melhor amigo, resolvo mandar mensagem para ele e para o resto do grupo, depois de combinarmos sobre como faríamos a maquete que tínhamos como tarefa, jogo meu celular em cima da cama, indo para o banheiro e tomando um banho.
Quando saio, encontro meu irmão em cima da minha cama, pensativo.
- Tem quarto não!? - Vou até meu armário atrás de uma roupa.
- Hoje eu fui confundido com você. - Me ignora.
- Novidade. - Zombo, já me vestindo.
- Não, é sério. - Me viro para ele.
- Como assim?
Coloco minha blusa, terminando de me vestir, passo a mão em meus cabelos molhados, os penteando.
- Eu estava em frente aquela loja, a onde você compra seus doces sabe, esperando Ariel me dar carona, aí do nada um cara louco me prende na parede, já estava pensando né, tentando me lembrar o que eu já tinha feito daquela vez, mas nunca tinha visto aquele cara, até ele começar a dizer para eu ficar longe do Castiel, que era pra eu me afastar dele e sei lá, quando eu ia responder, ele me solta e sai, como se nada tivesse acontecido. - O encaro com a testa franzida. - E sabemos que de nós dois, a única pessoa que fica com o Castiel, aqui, é você.
- Como ele era?
- Sei lá, loiro, olhos verdes, branco, alto, não sei, a única pessoa aqui que gosta de reparar em homens não sou eu. - Debocha.
Tento lembrar de alguém que faria algo assim. Sinto medo, não totalmente por mim, mas sim por ele, de que algo possa acontecer com Castiel.
- Você o conhece? - Pergunta. Me sento na cama.
- Não sei, não lembro.
- Você acha que... o Castiel possa estar se envolvendo com alguma coisa errada? - Franzo a sobrancelha.
- Como assim?
- Sei lá, não sei, vai saber, não é todo dia que sou ameaçado no lugar do meu irmão por causa do namorado dele. - Reviro os olhos.
- Não somos namorados ainda. Mas não sei, acho que não, ele não parece ser esse tipo de pessoa.
- Convenhamos que ele não parece ser um santo né. É só olhar pra ele com aquele jeito de bad-boy.
- Okay, muito obrigado pela informação, agora sai, quero ficar sozinho.
Brian bufa e sai do meu quarto, fechando a porta. Pego a única coisa que me ajudaria a pensar no momento. Meu doce. Abro a gaveta da escrivaninha, pego o pacote vermelho o abrindo e comendo.
Quem faria algo assim? Quem poderia me machucar por causa de Castiel... nada me vem na minha mente, não consigo reconhecer a descrição "incomum" que o Brian tinha dito. Afinal de contas, a maioria da população americana era assim.
Espera...
Me lembro da vez em que encontrei Castiel alguns meses atrás na loja. Faz tanto tempo que nem me lembrava mais daquilo, ele nunca falou sobre aquilo e muito menos eu.
Como era o nome dele mesmo? James... Jake...
- Jackson!
Me lembro com toda a raiva que poderia estar sentindo agora.
Haaa mas se eu pudesse te achar você já estaria morto!
Afinal, o que Castiel tinha com esse cara?
Argh!
Queria tanto perguntar, mas não vou fazer isso, ele poderia me entender errado ou sei lá... no momento é melhor deixar para lá.
Mas se ele aparecer de novo, eu juro que acabo com ele.
#BoaNoite^^
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