Capítulo 06
Boa Leitura!
Brendon
Minha mente estava a mil por hora, ficar pensando e repensando tudo o que havia acontecido era desgastante e satisfatório ao mesmo tempo. Mas as teorias que havia criado era o que mais me angustiava.
Meu corpo treme e solto um arrepio com as imagens de ontem passando pela minha cabeça. Fecho os olhos jogando meus braços e cabeça em cima da mesa, respiro fundo e sei que solto um gemido baixinho.
Droga!
Eu me controlava ao máximo para não ficar pensando tanto nisso, pois minha respiração começava a ficar desregulada, suava frio e meu estômago e peito trotavam destrambelhado, sem contar que meu corpo ficava todo sensível. E de maneira alguma queria ficar excitado no meio da universidade inteira.
Olho para o lado vendo os vários pacotes de doce que havia devorado em apenas dez minutos.
— Hey, Brendon.
Endireito minha postura mudando minha posição no banco escutando a voz dele me chamar. Por um momento acredito que estava ouvindo coisas, mas assim que me viro o encontro parado a minha frente.
Meu peito trota mais um pouquinho.
Ele estava em pé com as mãos nos bolsos da jaqueta a mochila pendurada no ombro direito, seus coturnos pretos habituais, jeans e uma blusa lisa. Ele estava como sempre, mas nunca conseguia não me surpreender com sua beleza.
Ele é tão fudidamente lindo.
O dia anterior volta novamente. O nosso beijo. Droga, eu queria tanto beijá-lo novamente. Passar minhas mãos por seus cabelos pretos e lisos, por seu rosto tão perfeito.
Castiel não me olha, sua atenção está voltada para qualquer coisa que não seja eu e isso me aborrece um pouco.
Porra, me nota!
— Hey! — Respondo com um sorriso. Ele abaixa o olhar e depois me olhando nos olhos. Estremeço.
— Eu queria pedir desculpas por ontem — Franzo o cenho não entendendo.
Desculpas? Pelo quê?
— Por quê? — Ele coça a garganta.
Ah... Seu pescoço. Queria dar tantos beijinhos e marca-los tão fortemente para saber que passei por ali.
— Pelo beijo — O encaro mais firme dessa vez, saindo de meus pensamentos anteriores. Minha respiração fica mais escassa e dessa vez não por um bom motivo.
— Você não gostou? — Minha voz sai um tanto mais grossa que o normal, posso sentir. Castiel respira fundo.
— Não é isso. É que... eu não podia ter feito aquilo, nem sabia se iria gostar disso ou não — Fica em silêncio me fazendo lançar um olhar aturdido.
Ele realmente estava com medo de ter feito alguma coisa que eu não tenha gostado? Como esse garoto em minha frente tem uma fama tão desmerecida?
Porra, nos corredores só haviam boatos sobre ele não se importar com ninguém, de que já havia feito pessoas chorarem sem remorso algum. De que era o típico badboy sem sentimentos.
Era quase impossível andar por aí e não escutar nada sobre ele, sobre sua fama de não ter coração. O que eu achava um tanto exagerado, mas nunca vi o contrário, como agora.
E ele estava aqui, em minha frente, se desculpando por algo tão banal que não tinha culpa nenhuma.
— Castiel — Ele me encara, dessa vez mais atento e eu faço o mesmo — Eu quem te beijei. Foi eu quem começou. Eu queria, e porra, eu gostei muito de ter feito aquilo. Quem deveria estar pedindo desculpas agora, sou eu — Resolvo ser sincero. Ele me observa sem dizer nada.
Era isso. Não iria ficar fazendo joguinhos. Eu realmente tinha gostado de ter feito aquilo e sinceramente não me arrependia nem um pouco.
Eu tive uma chance em um milhão de me aproximar dele, e caramba, eu tinha feito isso e muito bem, não seria agora que desperdiçaria a mais perfeita oportunidade que poderia sonhar em ter.
Não vejo raiva em seu semblante, nada comparado a isso. Mas quase o beijo de novo, quando seu olhar desvia do meu e ele coça a nuca com um sorriso de canto.
Merda, eu sou tão caidinho por ele e ele nem sabe.
Infelizmente sou tirado do transe que entrei o observando, com meus amigos e irmão gritando meu nome, como os selvagens que são, se aproximando.
Quase fuzilo Brian e Eden, com o olhar, já que são os únicos que sabem sobre minha paixão secreta e quando eles percebem soltam um sorriso amarelo. Enquanto aos outros três os acompanhando e alheios ao que estava acontecendo, não se importaram em chegar se colocando ao meu lado, sentando-se no banco e alguns em cima da mesa.
Olho para Castiel, que agora estava com uma expressão neutra dificultando qualquer tentativa minha de saber o que estava pensando. Ele rapidamente desvia os olhos dos meninos que o encaravam e olha para mim, assente se despedindo e sai, sem esperar nenhuma resposta.
Droga.
— Conversando com o badboy, Brendon — Diz Connor, com seu sorriso amplo adorável — Não sabia que eram amigos.
— Pois é — Eric, concorda — Ele é tão fechado, não sei como você conseguiu falar com ele.
— Estamos fazendo um trabalho juntos — Encaro meu irmão e meu melhor amigo que estavam com cara de paisagem logo fingindo uma conversa entre eles. Idiotas.
Ontem, quando estava em uma ligação com Eden para contar o que havia acontecido, Brian fez isso por mim, gritando, talvez até meus pais já saibam. Quase o matei ali mesmo.
— Ah, tanto faz — Ariel, dessa vez — Temos que nos concentrar nos jogos que estão chegando. Temos que treinar mais, ainda não estamos tão bons quanto temos que estar — Cobra, como um ótimo capitão do time faz — Ainda vamos reunir toda a equipe em uma reunião para discutirmos sobre isso. O treinador já está quase arrancando meu couro por não ter feito isso ainda.
Jogar football, não era nem um pouco fácil. Tínhamos que treinar tanto, quase nunca conseguíamos sair para fazer alguma coisa depois devido ao cansaço e o tempo, já que nossas notas tinham que ser mais que ótimas se quiséssemos continuar no time. E eu amava jogar.
Mas o que eu amava mesmo eram todas as terças e quinta-feira, pois eram os dias que teria o mesmo horário de aula dele. Mesmo que fossem apenas por uma hora. Então meu humor não estava lá muito essas coisas já que hoje era sexta-feira.
— Se acha tão ruim assim — Eden intervém — Tente ser o filho dele — Rio com o drama.
Todos sabemos que o treinador Willians era um pai de dar inveja para muitos, ele não costumava misturar o lado treinador ditador com seu lado "Adam Willians" o pai que cuidou do filho pequeno sozinho, após o falecimento de sua esposa.
— Ariel! — Escutamos Thomas, o chamar de longe, se aproximando. O cara alto, de cabelos negros e olhos azuis era colega de turma das aulas de Direito do loiro, sentado a cima de mim na mesa — Eaí, galera — Nos cumprimenta — Então, cara, vim saber se vocês vão mesmo na minha festa? — Franzo a testa confuso.
— Festa? — Eden, pergunta por mim.
— É — Ariel confirma — Ele vai dar uma festa de casa nova — Rir.
— Está morando sozinho, Tommy? — Brian pergunta e ele assente sorrindo.
— Pois é, e domingo vou inaugurá-la — Se gaba e todos rimos — Mas, sério, vocês vão né!? Preciso dos melhores jogadores nela — Meu irmão revira os olhos — E Brian — Completa, rindo.
— Não sei, o que vocês acham? — Connor, pergunta nos olhando.
— Ah, cara — Thomas intervém — Preciso de vocês lá e das mulheres que vocês atraem — Ariel gargalha, levando todos juntos.
— Agora entendi a insistência — Eric diz — Mas tô dentro.
— Não sei — Digo pensativo. Não estava muito afim de acordar cedo no outro dia de ressaca e aguentar professores ditando coisas em minha cabeça — E elas não me interessam muito...
— Foda-se — Thomas me interrompe — Se você não gosta da fruta eu não ligo, mas eu gosto e muito, por sinal — Começo a rir.
— O que você acha, Ariel? — Eden pergunta para o nosso capitão.
— Bem, não vai fazer nada de mal nos divertimos um pouco antes dos jogos — Ele dá de ombros, concordando.
— Beleza — Thomas sorrir vitorioso — Espero vocês lá — Diz se retirando — Mando o endereço por mensagem — Grita, antes de se misturar entre as pessoas.
#BoaNoite^^
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