Capítulo 7 (REVELAÇÕES)
S/N ON
Me visto no banheiro. Tenho que tomar o maior cuidado para não aparecer minhas partes preciosas. Volto para a sala. JK estava deitado de barriga pra cima com um braço cobrindo seus olhos. Deito no chão com cuidado e me viro para direção oposta do mais velho. Escuto ele se mexer.
— Ei, acho melhor você dormir aqui no sofá.
— Eu já disse que não. — Falo simples e curta.
— Para de ser teimosa.
— Se você dormir no chão, vai acordar com o corpo doendo.
— E você também. Eu reparei a sua cara de dor assim que acordou hoje.
— Não ligo, vou ficar bem. Boa noite! — Sinto meus braços serem puxados, me fazendo levantar pouco a pouco. — JK para. O que você tá fazendo? — Me puxa forte, abraçando meu corpo e se deita no sofá. Fico deitada em cima dele.
— Problema resolvido. — Diz com um sorrisinho que mostrava seus dentinhos de coelho.
— Aish... — Deito minha cabeça em seu peito. — Você tá desconfortável?
— Não, e você? — Nego com a cabeça.
Estava quase cochilando, mas um vento forte entrou pela janela e sinto um friozinho lá em baixo, meu corpo se arrepia automaticamente.
— Droga... — Sussurro para mim mesma.
— Que foi?
— De repente ficou frio... — Ele faz uma cara pensativa e depois maliciosa.
— A bonequinha tá com friozinho nos países baixos? — Brinca.
— Aish, JK, vai se fuder! Me arranja um lençol então.
— Não precisa.
— Como não?
— Sabia que o modo mais fácil de se esquentar é abraçar o corpo de outra pessoa?
— Sim, id... — Não termino minha frase e Jungkook me coloca de seu lado, virado pra mim. Sua mão pousa em cima da minha cintura. Meu rosto fica na curva de seu pescoço.
— Melhor?
— Sim...
— Vamos dormir, temos que trabalhar amanhã.
Rapidamente caio no sono...
Sonho on...
E lá estava eu novamente. Por que diabos minha voz não sai? Minha mente está a mil. Onde estou? Uma porta surge e se abre revelando... Ele e mais uns homens atrás. Consigo reconhecer o rosto de todos, mas lembro apenas do nome de dois deles: Kai e Chen.
Todos estavam sorrindo maliciosamente o que me causou náuseas. Ele se aproxima, o demônio que tirou, totalmente, minha felicidade, minha virgindade, minha sanidade. Alguns se aproximavam, outros já tiravam a roupa, MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
— PAREM! AFASTEM-SE — Pela primeira vez minha voz sai. Ele me agarra e ...
Sonho of
— NÃO! — Escapo dos braços do JK me sentando no sofá. Tento controlar minha respiração. Sinto o suor escorrer pela minha costas.
— O que foi? Por que está assim? — Escuto sua voz rouca de sono. Ele se senta também e coloca a mão em meus braços, mas sem pensar me afasto do seu toque, o olho assustada e levanto.
— D-desculpa... É que... Eu.. — Corro para cozinha e bebo a água da pia mesmo (Quem nunca, né? Hihi). Minhas mãos estavam trêmulas de mais para pegar o copo.
— SN, fica calma. São 3 da manhã. Teve um pesadelo? — Me viro pro mesmo, respiro fundo e afirmo com a cabeça. — Quer conversar sobre?
— Não tenho certeza...
— Vem cá — Estende a mão. Hesito por um momento, mas a seguro em seguida. Ele volta para o sofá e senta ao meu lado. — O que foi o pesadelo? — Respiro fundo. Eu não posso ficar escondendo essa grande mágoa dentro de mim, talvez seja por isso que os sonhos ficam a cada dia piores.
— Quando eu tinha... 8 anos. — Só de lembrar meus olhos se enchem de lágrimas — F-fui es-estuprada.. — Jeon fica sem reação e me encara com pena. — Eu não sei quem foi, apenas lembro do seu rosto, que me perturba a cada noite! — Tampo minhas orelhas com as mãos tentando manter a calma.
— Shiii... Olha pra mim, SN. — Lhe obedeço — Eu estou aqui, ok? Irei te proteger com minhas próprias mãos. Não chora, é a primeira vez que te vejo assim e confesso que é uma das piores visões que tive na minha vida até hoje. — Instantaneamente solto uma risada. Ele me segura com delicadeza e me deita sobre seu lado novamente.
— Meus pais souberam e nunca fizeram nada, absolutamente... Nada. Nunca ganhei amor, carinho, apenas ódio, reprovação... — Continuei.
— Ainda está interessada em saber o motivo de eu ser abandonado? — O olho curiosa. — Então... Eu estava em uma balada com uns amigos. Nós bebiamos e tals, mas ai, vi um cara assediando e rasgando a roupa de uma garota. Aquilo ferveu meu sangue. Ela gritava para parar, isso só me deu mais iniciativa. Comecei a bater no vagabundo. Esmurrava seu rosto sem dó e quando percebi... Ele tinha falecido em minhas mãos. Voltei pra casa e contei tudo aos meus pais, mas eles ficaram me julgando por matar alguém. E meu pai disse "Se ele fez isso foi porque a garota estava com roupa provocante. Isso quer dizer que ela é uma oferecida".
— Mais que velho machista! — Confirma com a cabeça.
— Acabei batendo no meu pai também e minha mãe só observou. No dia seguinte me expulsaram e me entregaram a polícia, mas aí a mesma garota me tirou de lá, contando que eu apenas a defendi e que estava meio fora de si por conta do álcool.
— Eu te entendo... Você foi bacana com ela, JK. Com certeza aquilo iria assombra-la até a morte.
— Eu sinto muito pelo que passou, pequena.— Faz carinho em minha bochecha. De início estranhei, pois é a primeira vez que fazem isso em mim —Agora vamos dormir, hum? — Nos abraçamos e em instantes dormimos...
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Continua... Gostaram?
Perdoe-me por qualquer erro! Bjs 🥀😘✌️
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