Caio se trocou, entrou dentro da ambulância e foi até o local do enterro.

Chegando lá, ele viu que o local estava lotado, pois Maria era muito querida por todos.

Os três homens que vieram acompanhando Caio ficaram de longe o observando, pois só interviriam caso ele tivesse um outro surto psicótico.

"Caio!" Camila correu para abraçar o amigo assim que o viu.

"Eu matei a minha mãe, eu matei..." Caio chorou nos braços da melhor amiga.

"É claro que não matou. Maria tinha problemas cardíacos e foi por isso que ela morreu." A menina disse, Caio respirou fundo e ficou em silêncio.

"Morreu foi de desgosto por ter um filho louco!" Clara, amiga de Maria, comentou com Flávia que balançou a cabeça concordando.

Caio ouviu as mulheres e sentiu vontade de sair correndo do enterro da própria mãe por não se sentir merecedor de estar lá e ao mesmo tempo de matá-las tamanha a raiva que ele estava sentindo. Ah, se ele tivesse presas...

"Calma, elas não sabem o que dizem." Camila disse com o intuito de confortar o amigo por ter percebido o quanto aquilo havia o abalado.

"Nunca mais tornem em repetir uma sandice dessas!" Jorge falou com um tom de voz um pouco elevado a fim defender o filho, fazendo com que elas arregalassem os olhos e saíssem do enterro espumando de raiva.

"Já foram tarde!" Jorge gritou e Caio sorriu.

"Obrigado, pai!" Caio  abraçou com força o pai, o pegando completamente de surpresa. Jorge nada disse, apenas retribui o carinho do filho, o abraçando e sorrindo.

O enterro prosseguiu e logo chegou a hora de se despedir de vez. Jorge beijou um rosa, a colocou em cima do caixão e disse: "Sempre te amarei!".

Caio fez o mesmo que o pai, citou uma frase do Crepúsculo e a completou: "Morrer no lugar de quem amo parece ser uma boa maneira de partir. Se isso fosse possível, eu morreria para que você pudesse ressurgir. Te amo, mãe! Fica com Deus."

As pessoas aos poucos foram saindo do cemitério, só restando ele, Camila e o pai. "O seu pai me disse que daqui há três meses, se você se comportar bem, poderá começar a receber visitas. Assim que isso for liberado eu vou te ver. Eu nunca vou te abandonar!" Camila disse.

"Obrigado por sempre estar ao meu lado. Você é uma amiga incrível, Camila!" Caio disse.

A menina ficou triste, pois a palavra - amiga - vinda da boca de seu amado era como uma faca dentro de seu coração.

Caio percebeu a repentina tristeza de sua amiga, mas não entendeu que era por este motivo, afinal, eles estavam em um enterro e ela estava repleta de razões para se entristecer.

"Tchau, Caio!" Camila a deu um abraço demorado e apertado. Na verdade, ela não queria soltá-lo, pois não queria ficar longe dele.

"Tchau." Caio a surpreendeu com um beijo no rosto, a fazendo sorrir e corar enquanto ela sentia o coração acelerar de felicidade.

"Tchau, Jorge!" Camila sorriu amplamente.

"Tchau, Camila!"

Jorge entrou na ambulância com o filho apenas para acompanhá-lo até a entrada do sanatório porque a partir daquele momento, ele só poderia vê-lo noventa dias depois e isso se Caio apresentar bom comportamento. Então cada minuto que ele poderia passar com o filho, ele passaria.

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Boa noite, meus amores! ❤

Preparem- se para bastantes emoções! 😈

Beijos 💋💋