Prazer, Ashley Perry!
Los Angeles, Estados Unidos, 2016.
Desembarquei do aeroporto olhando para a minha Los Angeles com um olhar diferente, um olhar de quem veio desta vez para ficar.
Me sinto ansioso porque não pretendo mais roubar e hoje será o primeiro dia em que eu serei um cidadão honesto com uma vida normal e mais pacata possível.
Peguei um táxi até o condomínio Costa do Sol para ver a casa que decidi comprar. "Richard Foster?" Um homem perguntou assim que desci do carro.
"Sou eu e o senhor seria o corretor do imóvel, certo? Lincoln Brown?" Perguntei.
"Exatamente. Prazer em conhecê-lo." Ele disse e apertou a minha mão.
"O prazer é meu." Sorri.
"Vamos conhecer a casa." Ele abriu a porta e me mostrou todos os móveis da mesma.
"Quero ficar com ela. Hoje mesmo transferirei o dinheiro."
"Quando cair na conta do proprietário, eu te ligarei para você assinar uns documentos e pegar a chave do imóvel." Ele sorriu.
"Ótimo. Agora eu quero um documento legal que comprove que estamos em negociação. Não sou um homem que pode ser passado para trás."
"Está aqui. Vou assinar nesta linha e você assina na de baixo." Assenti com a cabeça e assim que ele assinou e me entregou a caneta para que eu fizesse o mesmo, li o documento e, após ver que estava tudo correto, o assinei.
"Por que não pode comprovar renda? Você não tem cara de ser assassino de aluguel, bandido e muito menos mafioso. É político?"
"Não sou político e não irei dizer o que sou. Posso pagar essa casa de uma vez só e isso é tudo o que irei te dizer, está bem?"
"Por mim está ótimo! Nenhum cliente em que mantive contato disse que pagaria a casa à vista e a proprietária precisa do dinheiro o quanto antes. Vamos colocar na ficha que o senhor era CEO em uma grande empresa de fachada que faliu no México. Tudo dará certo."
"Espero que sim porque o senhor será bem recompensado por isso."
Lincoln engoliu em seco e disse: "Até breve, senhor Richard Foster!"
"Até." Apertamos as mãos e saímos de lá.
Dei entrada em um hotel cinco estrelas, tomei banho, almocei e comecei a desenhar uma planta de uma boate.
Fiz uma pesquisa e percebi que boate é um estabelecimento comercial no qual dá muito lucro e como planejo me tornar um cidadão honesto, preciso ter uma fonte de renda para manter os meus luxos.
Não quero trabalhar para ganhar um salário mínimo porque eu sei que é justamente o que eu ganharia já que não tenho nenhuma experiência e é exatamente por isso que preciso abrir o meu próprio negócio.
O problema todo é que eu não tenho como comprovar renda. Consegui um esquema para adquirir uma casa própria, mas fazer o mesmo em um estabelecimento comercial é perigoso e eu preciso arquitetar um plano meticuloso para adquirir sem ser investigado e preso.
O meu celular começou a tocar, mas o número era restrito. Atendi, porém não falei nada e esperei a pessoa se identificar primeiro. "Richard, sou eu, o Leonard. Está aonde, seu nômade?" Ele riu.
"Em Los Angeles e você está por aqui ou está viajando?" Perguntei.
"Eu estou aqui em Los Angeles também. Me encontra no Venice Beach às 19h porque eu preciso conversar com você. Amo aquele bar! Cerveja e mulher... Quer coisa melhor, cara?" Ele suspirou.
"Realmente não tem. Te encontro lá. Tchau."
"Tchau." Leonard desligou me deixando curioso quanto ao assunto que ele deseja abordar comigo.
Dormi, me arrumei e fui ao encontro dele. O vi com duas mulheres lindíssimas apenas de biquíni sentadas no colo dele. "Oi, Leonard!" Sorri.
"Oi, Richard! Estas são Megan e Lindsay." Ele me apresentou.
"Olá meninas!" Olhei de cima a baixo para elas.
"Eu sou a Maggie e ela é a Linda." Maggie revirou os olhos em protesto. Quem se importa com o nome delas?
"Meninas, vocês vão ter que se divertir sem mim agora. Tenho assuntos importantes para tratar com este cavalheiro, mas logo cuidarei de vocês." Ele piscou o olho e sorriu.
"Ah..." Elas falaram juntas e em seguida fizeram um biquinho.
"Quero que vocês me deem um beijo na boca e um no rosto do meu amigo. Parece que ele gostou de vocês duas." Leonard apontou para o meu pau que estava duro e elas fizeram carinha de safada.
Elas me beijaram no rosto, eu peguei uma caneta que estava no meu bolso e anotei o meu número no peito de uma das duas.
Não me recordo quem era porque tudo o que vejo em mulheres são peitos e bundas, portanto, a única coisa em que me lembro é que eu anotei o número na que tinha o peito maior. "Liguem para mim. Se eu não tiver compromisso, vou adorar me divertir com vocês." Pisquei o olho de modo sexy.
"A gente liga." A mais peituda disse e as duas morderam os lábios em resposta.
As duas saíram e eu dirigi o meu olhar para o Leonard, esperando pacientemente que ele introduzisse o assunto. "Garçom." Leonard olhou para o garçom, o chamou, fez um sinal com a mão para que ele viesse até a nossa mesa.
"O que você vai beber, parceiro?" Leonard perguntou para mim, assim que o garçom se aproximou.
"Me vê um uísque, por favor." Olhei para o garçom e pedi.
"Eu quero outra dose de uísque, por favor." Leonard pediu. O garçom anotou os nossos pedidos e saiu de perto da nossa mesa.
"Então, por que você me chamou?" Perguntei tentado ao máximo fingir indiferença.
"Senhores." O garçom disse e nos serviu o uísque.
"Obrigado." Dissemos juntos e o garçom se retirou.
"Bom, o Mike está com um cliente novo que encomendou um serviço no banco Nippon Ginkō do Japão. O Mike convidou excelentes trabalhadores e gostaria de saber se pode contar com a sua expertise."
"Diz que eu agradeço, mas que recusei o convite. Resolvi sair da área e abrir uma boate, porém estou com alguns problemas burocráticos." Respondi.
Há dois anos, o Mike abandonou a chefia do bando para abrir o próprio negócio que consiste em contratar bandidos que façam serviço encomendados por clientes.
O Mike leva uma porcentagem do que o cliente pediu para roubar e os que aceitam fazer o roubo ganham uma porcentagem um pouco menor. Se o roubo der errado, o Mike ressarce o cliente com 100% do valor.
Ele estuda o tipo de assalto, verifica quem possui o melhor perfil para fazer o roubo, faz o convite e, felizmente, podemos sempre recusar.
"Que tipo de assuntos são esses?" Ele estreitou os olhos, coçou a barba e me perguntou.
"Não tenho como comprovar renda, mas darei um jeito. Acabei de conseguir uma casa própria burlando a lei, afinal, não há nada que o dinheiro não compre." Sorri para ele.
"Comprar uma casa é diferente de comprar um estabelecimento comercial. Você pode acabar indo preso." Ele me disse com um tom de preocupação na voz.
"Se não fui até hoje, não serei agora." Dei de ombros, fingindo estar tranquilo.
"E se você se casasse com uma mulher rica em regime de comunhão de bens?" Ele perguntou.
"Daria certo, mas eu teria que encontrar esta mulher, fazê-la se apaixonar por mim e casar com ela o mais rápido possível. Odeio ter que depender dos outros para conseguir atingir os meus objetivos." Disse enquanto passava o dedo na borda do copo já vazio de uísque.
"E se você não precisasse fazê-la se apaixonar? Ainda dirige bem? Lembra daquele lugar que você ia de madrugada para desestressar? Uma mulher riquíssima chamada Ashley Perry vai estar lá hoje, mas devo te dizer que ela é muito boa e que você terá trabalho, porém se ganhar já sabe o que fazer, certo?"
"Vou ter que pensar à respeito. Deve haver um outro meio de conseguir ter o que eu quero sem envolver uma completa desconhecida nisto." Respirei fundo e respondi.
"Tudo bem. Me liga, se precisar de mim. Agora eu vou dar atenção para as minhas meninas."
"Depois de pedir a conta! Este truque eu conheço eu conheço muito bem!" Ri.
"Porra, Richard!" Leonard pegou a carteira, retirou o dinheiro e correspondente as doses de uísque que tomou, o depositou na mesa e eu sorri satisfeito.
"Se tiver a menos, eu volto para te cobrar. Divirta-se, Leonard!" Disse, ele fez um gesto obsceno com a mão e foi ao encontro das meninas.
"Garçom." Olhei para o garçom, o chamei e fiz um sinal com a mão para que ele viesse até a minha mesa.
"Me vê a conta, por favor." Pedi.
"Vai pagar no cartão ou em dinheiro?" O garçom perguntou.
"Dinheiro." Respondi.
"Já vou trazer a conta." Assenti com a cabeça e fiquei o esperando retornar com a minha conta.
"Aqui, senhor." O garçom disse. Sorri satisfeito ao verificar que o Leonard não me passou para trás com relação ao que ele consumiu.
O dei o dinheiro, sorri e disse: "Pode ficar com o troco."
"Obrigado!" Ele disse com um nítido tom de animação na voz.
"De nada. Você merece." O dei somente dois reais, mas só eu sei o quanto isso faz a diferença no final do mês. O garçom sorriu, eu saí do bar, entrei no estacionamento e peguei o meu carro.
Comecei a dirigir sem rumo pelas ruas de Los Angeles com o intuito de pensar no que o Leonard me disse.
Vencer uma mulher no racha e obrigá-la a se casar comigo. Mas e se ela tiver namorado? Se ela for apaixonada por outro homem? Para realizar os meus sonhos eu devo realmente sacrificar os dela?
Resolvi ligar para o Kalel, o nerd. Ele tem esse apelido porque é hacker. "Oi, nerd. Ainda se lembra de mim?" Perguntei, pois tem anos que não falo com ele.
"Grande Fantasma! Adoraria conversar com você, mas você me ligou em uma péssima hora. Você está aqui em Los Angeles? Passa lá em casa daqui a duas horas." Kalel disse o mais rápido que pôde e estava com uma voz extremamente ofegante.
Escutei barulho de tiro. "Você é louco? Atendeu o celular no meio do fogo cruzado? Eu vou passar na sua casa sim. Tchau."
"Isso me dá mais adrenalina. Até mais tarde." Ele desligou. Esse cara só pode ser louco!
Fui para a casa do Nerd, abri a porta com um grampo de cabelo que eu sempre ando porque eu nunca sei quando precisarei e usei um aparelho que inibe o alerta de invasor que toca um minuto depois que alguém fecha a porta e coloca a senha errada.
Eu resolvi me aposentar, mas ainda não consegui me livrar de alguns hábitos da minha antiga vida.
Abri a geladeira da casa dele, fiz um lanche e liguei a televisão. Uma hora depois, Kalel chegou já com a arma na mão andando devagar, olhando de um lado para o outro, louco para encontrar o bandido que invadiu a casa dele e meter uma bala na cabeça do mesmo.
Assim que ele encostou uma arma na minha cabeça, eu disse: "Você precisava ver a sua cara!" Comecei a rir.
"Richard, seu grande filho da puta!" Nos abraçamos forte.
"Roubei umas latinhas de cerveja. Espero que não se importe." Sorri.
"Se você não tiver mexido no meu cofre, não tem problema nenhum." Ele sorriu, pegou uma cerveja na cozinha, voltou para sala e sentou no sofá.
Sentei ao lado dele e disse: "Eu não tirei nenhuma nota do seu cofre e tudo que eu quero é aumentar o que você já tem. Quero que você hackeie uma pessoa para mim."
"Quem?" Kalel perguntou com um tom de curiosidade na voz.
"Uma mulher chamada Ashley Perry." Dependendo do que eu descubra dela e das respostas que ela me dê quando eu a conhecer, farei o que o Leonard me sugeriu.
"Varredura completa ou simples?" Ele perguntou.
"Simples. Eu quero saber quanto ela tem nas contas correntes, se ela possui namorado, se é heterossexual, onde ela mora, com quem mora e os lugares que ela frequenta."
"Dez mil até amanhã ou então eu roubo até o seu último centavo." Ele disse.
"Tudo bem." Sorri.
"Vem aqui. Vou fazer a sua pesquisa." Ele disse.
Em pouco tempo descobri tudo o que precisava. Heterossexual, bilionária, mora em uma mansão completamente sozinha no bairro mais caro de Los Angeles, é cheia de amigos, linda, solteira, aparentemente não está apaixonada por ninguém, sempre vai ao racha e ama boates. A mulher perfeita para eu casar.
"Richard! Porra, vem ver isso aqui." Kalel gritou.
"O que foi? Encontrou algo importante aí?" Perguntei.
"Ela têm fotos nuas no celular dela! Muito gostosa, cara! Vai roubá-la? Posso limpar a conta dela agora para você e faço de graça porque essas fotos têm um valor inestimável para mim."
"Não vou roubá-la e sim casar com ela para poder abrir uma boate. Eu resolvi me aposentar, entende? Que bom que você aceita essas fotos como pagamento porque assim eu não preciso te pagar." Pisquei o olho.
"O grande Fantasma não vai mais roubar? Não acredito nisso! Aceito cinco mil se você me deixar ficar com as fotos." Ele disse.
"Eu quero uma vida pacata agora. Acho que estou ficando velho para tantas emoções. Agora veja se ela vai para o racha hoje. Podeficar com as fotos, só te peço para não chantageá-la e nem publicar estas fotos em lugar nenhum"
"Pode deixar, Fantasma." Kalel disse.
Duas horas depois, eu disse: "Eu estou indo. Se ela avisar alguém que vai para o racha hoje, me manda mensagem. Mas se ela não mandar, eu vou para lá mesmo assim."
"Boa sorte no racha. Espero que vença porque caso ao contrário, eu vou competir contra ela para pedi-la em casamento." Kalel sorriu maledicente.
"Eu nunca perdi e não vai ser agora que eu vou, seu babaca!" Joguei um travesseiro nele.
"Ah, é guerra de travesseiro, é? Nerd contra Fantasma, quem será que vai ganhar?" Ele jogou o travesseiro em cima de mim e começou a rir. Ficamos brincando de guerrinha de travesseiro por um bom tempo como se fôssemos crianças.
"Quem ganhou?" Perguntei ofegante.
"Não sei."
"Preciso ir, mas antes vou beber um copo d'água." Peguei uma água na geladeira e tomei.
"Eu quero também." kalel bebeu a água.
"Tchau, parceiro." Kalel disse. Começamos a escutar um bip.
"A Ashley acabou de mandar uma mensagem para alguém." Ele disse.
Sem pensar duas vezes, fomos tipicamente para o quarto dele. - Emma, sabe quem vai lá hoje à noite? Quero vem quem eu vou fazer comer poeira.- Emma é a bandeirinha do racha.
- Os mesmos malas de sempre. Vai ser fácil para você. -
- Não acredito. Estava louca para sentir uma adrenalina de verdade, mas fazer o quê? Eu faço o sacrifício em nome da velocidade que eu tanto amo! Vamos para a boate antes? Passo na sua casa daqui a uma hora. -
- Vamos, sua louca! -
"Eu vou para o hotel onde estou hospedado. Me ligar se tiver qualquer novidade." Disse.
"Eu ligarei." Ele respondeu.
Kalel me acompanhou até a porta, me abraçou forte e disse: "Tchau, parceiro."
"Tchau, cara."
Saí da casa dele e fui dirigindo até o hotel onde estou hospedado. Entrei no meu quarto, dormi, acordei, tomei banho e fui até o local do racha.
Quando a vi ao lado da Emma fiquei completamente embasbacado com tamanha beleza e certo de que não será tão difícil tê-la como minha mulher.
Sim, eu a vi por fotos, inclusive sem roupa, mas ela parece ainda mais bela pessoalmente.
Quando dei por mim, as duas vierem ao meu encontro. "Richard Foster, você voltou!" Emma disse, sorriu e me abraçou.
"Voltei hoje e estou louco para fazer alguém comer poeira." Olhei para a Ashley para provocá-la.
"Você sabia que eu estou com essa mesma vontade? Prazer, Ashley Perry." Ela me deu um beijo no canto da minha boca, me deixando de pau duro.
"O prazer é todo o meu." Disse com uma voz carregada de pura luxúria.
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Boa tarde, meus amores! ❤
Peço desculpas pela demora em postar, mas estava muito ocupada e não tive tempo para postar antes.
Como eu havia dito, vou contar como ele conheceu a Ashley para vocês entenderem um pouco melhor a relação dos dois e conhecerem um pouco do passado dele.
Semana que vem teremos a continuação deste flashback que provavelmente terá mais uns dois capítulos e depois voltará para o ponto que terminou na semana passada.
O livro vai começar a ter bastante erotismo e, após alguns capítulos, muita ação!
Beijos 😘😘
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