Amor nas alturas
Los Angeles, Estados Unidos, 2017.
Passaram-se três meses desde que encontrei com a Ashley pela primeira vez e estamos no dia quinze de março, dia do meu casamento.
Nesses três meses muitas coisas aconteceram: eu beijei várias mulheres, incluindo as duas gostosas que o Leonard estava no dia em que me encontrei com ele no bar, ou seja, não estou cumprindo com o contrato que firmei oficialmente com a Ashley.
Já estou morando na minha casa, na qual a Ashley fez questão de decorar e de escolher os empregados. Em falar em empregados, estou me afeiçoando cada vez mais a Mariah.
Ashley colocou várias fotos de nós dois juntos em todas as redes sociais dela e agora todos os contatos importantes dela já sabem que ela está namorando comigo.
Eu já conheci diversos amigos dela, porém o que me deixou nervoso foi quando eu tive que conhecer os pais dela porque por mais que a minha relação com a Ashley seja mentira, eu queria causar uma boa impressão para com eles.
A mãe dela me adorou, já o pai quer me matar por eu estar namorando com a princesinha dele.
Excetuando o nosso primeiro encontro, todos os beijos que a dei foram na frente de alguém para que acreditassem realmente no nosso namoro.
Estou fazendo o possível para não avançar o sinal com ela, por mais gostosa que ela seja, respeitando assim, um dos termos do contrato que assinamos.
Admito que quando resolvi seguir o conselho do Leonard, jamais imaginaria que fosse gostar de ter a Ashley como companheira e sinto que a minha amizade com ela será forte e, se Deus permitir, eterna.
Agora eu me encontro na igreja andando de um lado por outro como um verdadeiro bobo apaixonado, mas isso não é encenação para os demais convidados, nem tampouco indicio de ansiedade para casar logo e sim porque eu não suporto esperar! Custava ela ser pontual? Se ao menos eu pudesse pegar uma cadeira...
"Calma, ela está chegando..." Kalel disse e começou a rir apenas para mostrar o quanto estava se divertindo com toda aquela situação.
O chamei para ser padrinho, juntamente com a sua irmã Alice e aproveitei para convidar os filhos dela para serem dama e pajem também.
"Odeio esperar, porra!" Disse baixinho no ouvido dele e sorri para disfarçar, a fim de que nenhum convidado notasse a minha irritação.
"Então não deveria casar, pois a partir de hoje tudo o que irá fazer será esperar..." Bufei em resposta, mas nada disse.
Eu só tinha uma única pergunta em minha mente: por que mulher demora tanto para se arrumar?
A resposta para a minha pergunta veio minutos depois, que mais pareceram uma eternidade: Ashley Perry bem na minha frente, andando ao lado pai, mais linda do que nunca ao som da música - Criminal - da Britney Spears, dispensando toda a formalidade de uma clássica marcha nupcial.
Estava sorrindo como um otário e a desejando a cada segundo mais e mais. "Você está linda!" Disse assim que ela se aproximou de mim.
"Se ferir a minha menininha pode se considerar um homem morto!" Jake, o pai da Ashley disse para mim e eu tive que segurar toda a vontade que estava de rir porque ele não tem a mínima noção de quem realmente eu sou e nem de quantos já matei, na verdade, nem eu sei o número ao certo.
"Pode ficar tranquilo que ela está em boas mãos." Sorri, Jake assentiu com a cabeça e a Ashley corou.
O padre começou a falar, mas eu só conseguia pensar que estou a mais um passo de conseguir adquirir a minha tão amada - Hell's Club -.
"Richard Foster, você aceita Ashley Perry como sua legítima esposa, prometendo ser fiel, amá-la e respeitá-la na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias das suas vidas, até que a morte os separe?" O padre olhou para mim e me questionou, mas como eu estava com os pensamentos longe, não o ouvi.
Demorei um tempo até entender o motivo de todos estarem me olhando com um olhar aflito, e principalmente a razão pela qual o pai da noiva parecer querer me matar.
Olhei para a Ashley, em seguida, para o padre e respondi: "Aceito." Torcendo internamente para que o meu palpite estivesse certo. Todos pareceram respirar aliviados, após a minha resposta e eu percebi que estava correto.
"Ashley Perry, você aceita Richard Foster como seu legítimo marido, prometendo ser fiel, amá-lo e respeitá-lo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias das suas vidas, até que a morte os separe?" O padre perguntou.
"Sim!" Ashley respondeu e deixou uma lágrima rolar pelo lindo rosto que ela possui e tudo o que eu gostaria de saber é se aquela lágrima era pura encenação, alegria ou tristeza.
"Pode beijar a noiva." O padre disse e eu a beijei intensamente.
Uma chuva de arroz caiu sob a gente enquanto saíamos da igreja, o que eu achei uma palhaçada, mas foi uma exigência da Ashley.
"Meninas, vou jogar o buquê!" Mais do que de pressa, as solteironas se aglomeraram para pegar o buquê, me deixando surdo de tanto que estavam gritando.
Ashley virou de costas para elas e disse com um tom de voz alto e bastante animado: "É um, é dois e é três!"
Elas praticamente se mataram para pegar o buquê até que no fim uma saiu vencedora e ela nem homem tem! Será que realmente essas mulheres acreditam que se pegarem o buquê serão as próximas a se casarem?
Entrei na limousine com a Ashley e fomos direto para o salão de festas que eu paguei para comemorar o nosso casamento de fachada.
Chegando lá, ela abriu a pista de dança dançando uma valsa com o pai e depois foi a minha vez de pagar esse mico.
Kalel e Leonard se aproximaram de mim, após verem que a Ashley se afastou para conversar com as amigas. "Estamos aqui para te parabenizar pelo casamento." Leonard disse em um tom de voz sério, mas no fundo estava se controlando para não rir.
"Obrigado." Peguei uma taça de champanhe da bandeja do garçom, bebi todo o conteúdo e coloquei a taça vazia na bandeja, fazendo com que o garçom se surpreendesse com a minha rapidez em beber todo aquele líquido.
"Está feliz?" Kalel me perguntou assim que o garçom se afastou.
"Estou contando os segundos pela separação!" Sorri e os dois riram.
"Parabéns, Fantasma! Desejo que você seja feliz nessa sua nova vida." Alice disse.
Ela apareceu com o Edward e com os dois filhos e me abraçou com força. Alice não sabe que o casamento faz parte de um plano, pois o Kalel prefere deixá-la de fora das armações porque ela não é nada discreta e péssima em guardar segredos, no entanto, o Edward sabe de tudo.
"Obrigado, Alice. Se Deus quiser eu vou ser! Por favor, não me chame assim na frente de desconhecidos porque podem ouvir e descobrir o meu segredo." Disse baixinho.
Gosto muito da irmã do nerd, só gostaria que ela fosse discreta e menos fofoqueira, mas sei que isso é um sonho impossível de se realizar.
"Desculpa!" Ela pediu, mordeu os lábios e corou.
"Tudo bem." Disse e a abracei novamente.
"Parabéns, cara!" Edward disse. Ele era do bando do Mike e é marido da Alice.
"Obrigado." Disse.
"Como vocês estão, crianças? Vocês foram ótimos hoje." Disse.
"Bem, tio!" Os dois responderam e eu sorri em resposta.
"Sabia que o papai vai ensinar nós dois a atirar semana que vem?" O menino disse todo animado.
"Nossa, que legal!" Disse com uma falsa animação na voz e as crianças sorriram em resposta.
Vi que a Ashley estava olhando para mim e me chamando com a mão. "Com licença, a minha mulher está me chamando." Enfatizei no – minha mulher -. Olhei para todos eles, sorri, eles assentiram com a cabeça e eu fui até a Ashley.
Confesso que embora tudo seja parte de um plano, ainda não me acostumei com a ideia de ser casado com ela.
"Oi, meu amor!" Disse e a dei um beijo no rosto.
"Richard, eu quero te apresentar um grande amigo do meu primo, o delegado Mattew Grimms." Ashley disse. Sinto que ele me é familiar, porém não consigo me lembrar de onde o conheço.
"Prazer em conhecê-lo." Disse e apertei a mão dele.
"O prazer é meu, Richard Foster. Estava ansioso para conhecer o marido da minha amada amiga Ashley Perry." Sorri para ele, mas nada disse.
"Tomei posse desse cargo na semana passada e ainda confesso que me é estranho ser associado a este titulo Ashley." Ele disse.
"Parabéns pelo cargo." Disse.
"Obrigado." Ele sorriu.
"Você se acostuma e eu tenho certeza que será um ótimo delegado, assim como era um excelente policial." Ela disse.
Pronto, já sei de onde eu o conheço. Provavelmente, devo ter trocado tiro com ele alguma vez durante algum serviço que estava fazendo. Odeio policias e toda essa corja!
"Obrigado pelo elogio. Então, como vocês se conheceram?" Ele perguntou, sorriu e olhou tanto para mim quanto para a Ashley. Por ter feito essa pergunta, ele só pode ser viado mesmo. Revirei os olhos em protesto e olhei para a Ashley para que ela respondesse a pergunta.
"Foi quando eu fui para o Havaí. Ele estava surfando quando eu acabei me afogando porque o meu pé ficou preso em uma rocha. O Richard me salvou, nós conversamos, eu descobri que morávamos perto um do outro e foi amor à primeira vista. Tenho certeza que o nosso encontro foi obra do destino e que ficaremos juntos para sempre." Ashley sorriu e me beijou. Até que ela não fantasiou muito porque o nosso primeiro encontro foi mais ou menos assim.
"Nossa, que história marcante para um primeiro encontro. Parabéns pelo casamento! Agora vou deixar os pombinhos a sós. Com licença." Ele sorriu, nós agradecemos e ele se afastou de nós dois.
"Quer dançar?" Ashley perguntou com um tom de animação na voz.
Respirei fundo e respondi: "Tudo para tornar o seu primeiro casamento algo memorável." Sorri e ela desviou o olhar, demonstrando que por algum motivo o meu comentário a desagradou. A beijei na boca por impulso, a fazendo arregalar os olhos devido à surpresa.
Dançamos algumas músicas e nos separamos para ficarmos com os nossos amigos.
Após algumas horas, cortamos o bolo do casamento juntos, mais uma exigência sem sentido da Ashley.
Depois de duas horas, nos despedimos dos nossos convidados e entramos na limousine para irmos ao local onde o pai da Ashley guarda o jatinho particular dele.
"Ô motorista, pisa no acelerador! Eu gosto de adrenalina e você dirige igual a uma tartaruga!" Ashley disse enquanto ria em demasia. Ela estava alegre demais devido à bebida, mas consciente de tudo que estava fazendo.
"Estou no limite e se eu passar disso tomarei uma multa, senhora." O motorista a respondeu.
"Então corra tão rápido a ponto do radar eletrônico não conseguir te pegar." Ashley respondeu dando de ombros.
"Se eu fizer isso, iremos sofrer um acidente, senhora." Eu não sofreria, porém ninguém é tão bom quanto eu no volante.
"Você é ruim de roda e muito medroso! Senhora é a senhora sua mãe!" Ashley gritou com o homem, demonstrando toda a sua insatisfação.
"Queira desculpar a minha mulher. Ela está agindo deste modo porque está bêbada." Dei de ombros.
"Tudo bem, senhor. Eu entendo." Ele respondeu e eu sorri.
"Não estou bêbada nada! Mas digamos que a bebida me forneça coragem para fazer tudo aquilo que sempre me segurei para fazer com você, porém nunca fiz. Eu estou pronta para futuras consequências." Ashley chupou o meu pau, violando o termo do contrato. Coloquei a mão na cabeça dela, a incentivando a continuar.
"Não terá consequência alguma, a não ser se você for até ao fim com isso." Respondi com duplo sentido e sorri maledicente para ela que só parou quando tomou todo o meu leitinho.
"Ufa! Ainda bem que acabou! Ela estava tirando toda a minha concentração e eu estava temendo perder a direção do carro." O motorista disse, me deixando puto da vida.
"Você disse o quê? Ela é a minha mulher, porra! Só não te meto a porrada porque você está dirigindo." Gritei com o homem. Não entendo o motivo pelo qual fiquei tão irritado com ele, apenas sei que senti como se ela fosse minha, mesmo não sendo.
"Desculpa, senhor!" Ele gaguejou, respirei fundo, mas nada disse.
"O que sou sua?" Ashley perguntou com os olhos brilhando e com o sorriso mais lindo que ela havia me dado.
"Mulher." Sorri como um bobo e fui surpreendido com um avassalador e intenso beijo na boca.
Minutos depois, o motorista parou em frente ao local em que se encontrava o jatinho. "Chegamos, senhor." Ele disse e eu assenti com a cabeça.
Desci da limousine, enquanto ele fazia o mesmo para abrir a porta para a Ashley sair. "Obrigada." Ela o deu um sorriso contido e ele fez o mesmo.
"Isso foi pelo seu comentário!" Dei um soco com muita força no rosto do homem.
"Aí, você quebrou o meu nariz!" Ele gritou com uma voz nitidamente desesperada, enquanto eu ignorava o homem e caminhava de mão dada com a Ashley, que estava toda sorridente, até o jatinho.
"Bom dia, Ashley." Um homem disse.
"Bom dia, Justin." Ashley sorriu.
"Bom dia." Disse e apertei a mão do homem.
"Bom dia, senhor. O meu nome é Justin White e eu sou o piloto que conduzirei a viagem de vocês." O homem sorriu.
"Prazer em conhecê-lo." Disse e sorri.
"O prazer é meu." Ele respondeu.
Entramos no jatinho. "Quanto tempo até a Grécia?" Perguntei.
"Treze horas, senhor." Ele respondeu.
Respirei fundo e respondi: "Obrigado." Ele sorriu em resposta.
O jatinho contava com um frigobar cheio de coisas para comer e beber e uma suíte. Entrei na suíte e sentei na cama para tirar o sapato.
A minha intenção era tomar banho e dormir, mas tudo mudou após a atitude que a Ashley tomou: ela tirou a roupa na minha frente, me fazendo arregalar os olhos e ficar de pau duro.
Em seguida ela me perguntou com a voz mais sensual que podia: "Já fez amor nas alturas?" Ashley mordeu os lábios, eu neguei com a cabeça, ela me empurrou na cama e deitou em cima de mim. Fizemos um sexo selvagem e muito longo.
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Boa tarde, meus amores! ❤
Optei por não fazer hot porque ele não a ama e não poderia ter aquele romance que eu tanto gosto de escrever. Mas logo teremos vários capítulos recheados de sexo.
Semana que vem teremos o último flashback e conheceremos um pouco mais sobre o Jimmy Gates.
Beijos 💋💋
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