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Capítulo: 57

-- Ele é tão pequeno. -- Ludimilla disse extasiada. Seus olhos focavam na criança deitada sobre sua cama de casal. Era o primeiro dia que seu filho estava na casa delas. -- E tão lindo.

-- Sim, estou apaixonada, Ludimilla. -- Brunna disse e Ludimilla sorriu para seu filho, que chorava ao sentir Ludimilla remover sua fralda.

Ele tinha os cabelos castanhos, porém ainda não sabiam a cor dos olhos, ele nunca abria os mesmos. Sua pele era moreninha igual a de Ludimilla, porém o nariz era exatamente igual o de brunna, embora ele fosse muito pequeno ainda para saber.

-- Abre os olhinhos para as mamãe, minha vida. Não precisa esconder-se de nós. -- brunna pediu e Ludimilla suspirou embasbacada. Não sabia com quem se encantava mais: Com brunna falando com a voz carregada de ternura ou com seu filho.

-- Você fez a mamãe não ser a única com um pênis no mundo, meu amor. Olha só essa coisinha. -- Ludimilla disse, passando o dedo na pontinha do pênis de seu filho antes de rir alto. -- Ele está ficando bilauzudo, Bu.

-- Ludimilla, cuidad... -- Brunna não pôde terminar sua frase, afinal seu filho urinou, molhando Ludimilla e a cama.

-- Ah, pênis desgraçados. Me odeiam, não é possível! -- Ludimilla reclamou e Brunna riu alto.

-- Vá se limpar, minha vida. Eu troco ele. -- brunna pediu e Ludimilla assentiu, olhando para seu filho, que agora ria ao ter ouvido a reação de Ludimilla.

-- Se sua risadinha não fosse tão gostosa de ouvir eu brigaria com você. -- Ludimilla disse e então seu filho abriu os olhos, fazendo brunna e ela o fitarem apaixonadas. Seus olhos ainda eram acinzentados e brunna sorriu.

-- Ele terá os seus olhos. -- brunna disse sorrindo.

-- Como sabe? Estão cinzas ainda. -- Ludimilla disse.

-- Cinza claro. Serão iguais os da mamãe safada. -- brunna disse, se sentando sobre a cama e enchendo de beijos a barriguinha de seu filho.

-- Safado é o...

-- Se você falar algum tipo de besteira perto do Oliver eu juro que você vai ficar sem o que tem no meio de suas pernas. -- brunna disse a olhando solenemente.

-- Mas ele ainda não entende. -- Ludimilla disse se defendendo.

-- Mas quero que tenhamos respeito desde já para acostumarmos. -- Brunna pediu e Ludimilla assentiu.

Quinze minutos depois ela voltou, de banho tomado, encontrando seu filho já trocado e dormindo nos braços de brunna.

-- No documentário eu coloquei que meu pimpolho era o primeiro da geração do meninão. -- De fato tinham feito um documentário sobre Ludimilla após descobrirem sobre sua condição e sobre ela ter sido a doadora do cromossomo faltante.

Jamais descobriram a causa de ela ter sobrevivido, mas não se importava em saber, havia ganhado milhões pela salvação não só da espécie, senão de muitas outras, afinal começaram a implantar o cromossomo Y em animais também.

-- Não acredito que disse para o mundo que chama seu pênis de meninão, Ludimilla. -- Brunna disse baixinho, depositando um suave beijo em seu filho antes de colocá-lo no berço e sair do quarto, encostando a porta.

-- Pois bem, coloquei. -- Ludimilla disse, vendo Brunna se sentar um pouco desconfortável. -- Deu hemorróidas?

-- Pontos, Ludimilla. Levei pontos. -- brunna disse e Ludimilla assentiu.

-- Obrigada por ter me dado uma família. -- A maior sussurrou ao se abaixar ao lado de brunna. -- Eu só falo bobagens e mesmo assim você me amou.

-- Eu te amei porque você tem um coração bom, as bobagens que você diz vieram na bagagem. -- brunna disse sorrindo, sentindo Ludimilla deitar sua cabeça sobre o colo de brunna.

-- Bu, o que tinha naquele macarrão? -- Ludimilla perguntou sentindo sua barriga roncar.

-- Queijo e...

-- Vai feder, vai feder. Tampa o nariz. -- Ludimilla saiu gritando, correndo para o banheiro.193

-- Voce está bem, amor? -- brunna perguntou, se levantando e o silêncio predominou.

-- Alarme falso. -- Ela disse saindo do banheiro instantes depois. -- Era só um peidinho.

-- Você é nojenta. -- brunna disse rindo e Ludimilla se aproximou, abraçando ela fortemente.

-- E você me ama.

-- Eu amo mesmo, muito. -- brunna disse e Ludimilla sorriu.

-- Eu também te amo. -- Ela respondeu antes de selar os lábios de sua esposa. -- São quarenta dias de resguardo?

-- Sim. -- Brunna disse, colocando um adorável bico em seus lábios.

-- O meninão vai sofrer muito, mas a gente pode providenciar algumas tortas de chocolate.

-- Você não vai me trair com tortas, Ludimilla. -- brunna disse rindo e Ludimilla a olhou. -- Nem com almofadas.19

-- Eu estava brincando. -- Ludimilla disse sorrindo. -- Mas uma chupada de vez em quando eu vou ganhar, não vou?

-- Se você for boazinha, sim. -- Brunna disse e Ludimilla sorriu.

-- Tive um sonho estranho essa madrugada.

-- Lá vem você... -- Brunna disse suspirando.

-- O meninão usava uma camisa verde estampada e óculos de sol enquanto tirava férias no Havaí.

-- Não acredito que imaginei isso. -- Brunna disse rindo e Ludimilla sorriu satisfeita.

-- Se alguém lesse uma história nossa terminaria ela um pouco mais desparafusado do que o normal. -- Ludimilla disse rindo e brunna assentiu, deitando sua cabeça sobre o peito de Ludimilla.

-- A culpa é desse pinto com vida própria. -- Brunna disse suspirando ao inalar o perfume de sua esposa.

-- Não se preocupe, cada batida do coração dele é dedicada a você.

-- E eu fico feliz por isso. Ganhei amor um dose dupla. -- Brunna murmurou e Ludimilla sorriu.

-- Em dose tripla. -- Ludimilla disse sorindo ao ouvir o choro estridente de seu filho.

Brunna se afastou para ir até o quarto e Ludimilla sorriu encantada. Após tantos anos fugindo, finalmente tinha uma família, uma lar e muito amor.

Para ela e para o primeiro pênis da nova geração.

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