Capítulo: 31
-- Vamos até a cidade semana que vem? -- brunna perguntou, se sentando ao lado de Ludmilla, que estava deitada sobre sua cama.
-- Para quê? -- Ludmilla indagou.
-- Precisamos te comprar algumas roupas. Sou menor do que você e tudo te aperta. Sem contar que você precisa experimentar calças e bermudas .
-- Não tenho dinheiro. -- Ludmilla disse enquanto acariciava a própria barriga. Havia terminado de comer e estava mais do que satisfeita.
-- Não perguntei isso. -- brunna disse e Ludmilla negou.
-- Não quero abusar. Já estou ficando aqui de favor.
-- Não é de favor, você me ajuda nos afazeres daqui, cozinha para mim sempre e ainda doa sangue e espermatozóide. -- brunna disse e Ludmilla a olhou com dúvida. -- Por favor...
-- Só porque é impossível dizer não para você com essa carinha. -- Ludmilla disse e brunna sorriu.
-- Você está tão linda hoje. -- brunna disse suspirando. -- Digo, agora está corada. Não está tão pálida quanto uns dias atrás.
-- Você não tem mais tirado meu sangue por esses dias. -- Ludmilla disse e brunna desceu seus olhos para a mão da outra, que brincava com o cós da cueca.
-- Os shorts que servem em você logo secarão e não vai mais precisar ficar só de cueca. -- brunna alertou.
-- Não ligo de ficar só de cueca. Está muito calor.
-- Mas eu ligo. -- brunna disse e ia se levantar, porém a mão de Ludmilla segurou seu braço.
-- Por quê? -- Ludmilla perguntou e brunna prendeu a respiração.
-- Porque fico sem graça. -- brunna confessou. -- É inevitável olhar. Não estou acostumada com pênis no mundo. -- brunna disse e Ludmilla assentiu.
-- Certo. -- Ludmilla disse se sentando e segurando a mão de brunna antes de depositar um beijo sobre o dorso da mesma. -- Vou ficar aqui embaixo do lençol para você não ficar envergonhada, tudo bem? -- brunna a fitou e assentiu erguendo a vista para olhá-la.
-- Você ainda pretende ficar virgem para sempre? -- brunna não resistiu em perguntar. Essa pergunta habitava sua mente havia dias. -- Tipo, não se envolver com ninguém...
-- Eu me envolveria com você. -- Ludmilla foi sincera, vendo brunna a olhar surpresa. -- Mas aparentemente você não me quer mais, então...
-- Por que acha isso? -- brunna perguntou.
-- Eu tenho um pênis. -- Ludmilla disse como se fosse mais do que suficiente aquele argumento.
-- E eu uma vagina. Preciso de um argumento válido. -- brunna disse. -- Você quem fugiu de mim e não o contrário.
-- Fugi porque não podia deixar você saber que eu tinha um pênis. Me beijando do jeito que você beijou seria fácil acordá-lo, mesmo se ele estivesse em coma. -- brunna riu, porém a batida na porta a fez se afastar.
-- Conversamos depois?
-- Não pretendo ir à lugar nenhum. -- Ludmilla disse apontando para as roupas que vestia e brunna assentiu, indo até a porta.
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