Capítulo: 27
Qual a cor favorita de vcs?
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-- Hey... -- brunna disse enquanto entrava no trailer. Havia demorado um pouco, pois teve que guardar e esconder tudo.
-- Veio lavar a louça? -- Ludmilla tentou descontrair, rindo para disfarçar a tensão que lhe atingira.
-- Preciso reforçar que só perdi porque Larissa me chamou e deixei a cobertura no fogo para ir ver o que era.
-- Bons chefs não deveriam queimar a cobertura. -- Ludmilla disse rindo e brunna se jogou no sofá.
-- Não zombe de mim. Eu faço os melhores doces. -- brunna disse e Ludmilla assentiu. Um silêncio se instaurou por alguns minutos até brunma voltar a se pronunciar: -- Ficou triste ao mencionar seu pai, não é?
-- É que... -- Ludmilla olhou para as próprias mãos antes de suspirar. -- Nem me lembro como é ter alguém. Levo tanto tempo sozinha que já não sei a sensação de ter alguém que se importe.
-- Eu me importo. -- brunna disse rapidamente, fazendo Ludmilla lhe fitar. -- E você não está mais sozinha. Ou pareço um fantasma agora? -- brunna brincou, rindo.
-- Está longe de ser um.
-- Então. Tire essa ideia de que está sozinha de sua cabeça. Te adotei, já era. -- brunna disse e Ludmilla sorriu.
-- Me adotou? -- Ludmilla perguntou arqueando uma sobrancelha.
-- Sim. Não dá para voltar atrás. -- Ela disse. -- Quem iria apostar as coisas comigo?
-- Me adotou tipo como mãe? -- Ludmilla perguntou rindo. -- Porque se for você pode lavar minhas roupas sempre, fazer minha comida e me pôr para dormir. -- Ludmilla disse, fitando brunna antes de levar um tapa fraco em seu braço. -- Era brincadeira. Ouch.
-- Não seja preguiçosa. -- brunna disse rindo e Ludmilla assentiu.
-- Sim, senhora. -- Ludmilla disse, vendo brunna se levantar e dobrar o corpo para trás, estralando a coluna.
-- Já ficou sentada naqueles bancos duros por horas? É horrível. -- brunna disse, indo até suas coisas e pegando algumas roupas. -- Vou tomar um banho para relaxar.
-- Eu posso fazer uma massagem se quiser. Sou muito boa nisso. -- Ludmilla disse. -- Minha mãe, antes de morrer, costumava ter muitas dores nas costas e eu a ajudava nisso.
-- Não se incomodaria com isso? -- brunna perguntou e Ludmilla negou. -- Bem, vou tomar um banho antes, pode ser?
-- Pode. -- Ludmilla disse, vendo brunna sumir de vista. Ela sorriu sabendo que ajudaria brunna e olhou em volta. Aquele pequeno trailer estava começando a aparecer um lar para ela e, pela primeira vez em anos, alguém a aceitava como ela era e gostava de sua presença.
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