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Capítulo 21 - O vazio

Recadinho da autora antes dos últimos quatro capítulos:

1- Muito obrigada pelas leituras, comentários e votos!

2- Antes que alguém me xingue: esta história não respeitará várias "leis tradicionais" de volta no tempo. Por quê? Porque isso aqui é um clichezinho feliz, ué, rs.  Mas, eu prometo que dentro da lógica da história tudo fará sentido.

Beijos e até mais ;) Amo vocês!

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"O que é que eu faço dessa vida sem você
Quem é que vai me levantar agora
Eu já não tenho hora pra me refazer"
(Pra me refazer - Sandy)

Regina levou alguns segundos para se mexer, pois ofegava e observava as coisas ao seu redor. O espelho da sala parecia um pouco menor e a cor das paredes não costumava ser cinza.

— Tiago! — gritou.

Pulou os cacos da xícara e correu para os fundos do apartamento. Ao alcançar o quarto, lágrimas de felicidade já desciam por suas bochechas.

— Ti? Você não vai acreditar!

A cama estava desarrumada, coisa que ela nunca se permitia, e percebeu que o quadro com a foto dos dois no dia do casamento não estava em seu lugar.

Seu coração começou a acelerar e ela ergueu lentamente a própria mão esquerda: as unhas não estavam roídas, porém, o mais importante era que não havia uma aliança.

— Não, não, não! — Tremendo, retornou pelo corredor e escancarou a porta do quarto de Clarinha.

Não havia um berço, nem um enfeite de ursinhos na porta, nem papel de parede cor-de-rosa. Havia uma cama de solteiro, também desarrumada, um guarda-roupas roxo, cartazes de bandas estrangeiras nas paredes brancas e uma escrivaninha com um notebook parcialmente coberto por papéis.

Regina sentiu as pernas amolecerem e ela se sentou no chão. A respiração acelerando, o corpo esquentando, a garganta ardendo, os olhos aterrorizados observando o quarto desconhecido.

Sentiu no bolso da calça o celular vibrando e, atrapalhada, desbloqueou a tela:

Majú 18:43: Oi mãe, eu sei que eu falei que ia jantar em casa hoje, foi mal. A despedida  tá mais animada do que eu imaginei, acho que inclusive eu vou dormir aqui... Mas tá tudo bem, viu. Eu juro que vou ficar com você o tempo todo nos próximos quinze dias. Beijo!

Soltou o aparelho no chão:

— Ãh?

Esfregou o rosto com as mãos, fechou e abriu os olhos diversas vezes e...

Foi quando sentiu uma forte pontada nas têmporas.

Os dois davam risada, se apoiando na lateral do carro. Regina ficou na ponta dos pés e passou os braços ao redor do pescoço de Guilherme. Eles se observaram durante alguns segundos, se provocando como sempre faziam, porém ele acabou cedendo e a beijou lentamente, deslizando as mãos pela lateral de seu corpo.

— Eu sabia! — A voz de Sabrina os interrompeu.

— Caralho, que susto, Bina! — Guilherme não soltou Regina, que tentava se afastar, encabulada.

— Então... — Regina levantou as sobrancelhas, culpada.

Sabrina sorriu:

— Vai, continuem o que vocês estavam fazendo... Tomara que vocês casem e me deem muitos sobrinhos! — E se afastou, rindo.— Me liga amanhã, Rê!

Guilherme pressionou o próprio corpo no de Regina:

— Onde nós estávamos mesmo?

* * *

Sentada no chão do quarto de Guilherme, ela roía as unhas:

— E agora?

— Eu não sei Paixão, eu não sei... — Guilherme, na cama, chacoalhava as pernas.

— O que a gente vai fazer? O que eu vou fazer?

— A gente vai casar.

— Que vai casar o que?! Cala a boca Guilherme! — explodiu.

Um profundo silêncio se instalou no cômodo. Ela permaneceu encarando o palito por vários minutos, como se pudesse alterar seu resultado com o olhar.

— Não precisa ser estúpida assim. — ele pediu quando ela pareceu se acalmar um pouco. — Nós...

— Vou ser estúpida sim toda vez que você falar absurdos. Eu tô gravida Guilherme! Não vamos piorar a situação.

— Então me diz o que você quer fazer, eu concordo com tudo.

— Ah, você concorda com tudo? Não vamos discutir e decidir juntos?

— Não. Você sabe que eu aceito qualquer coisa pra não te perder...

* * *

Brigite não se movia.

Cido deu um murro na mesa, se levantou e foi para o quintal, fumar um inédito segundo cigarro naquele dia.

Guilherme apertava a mão de Regina, que continuava a encarar os próprios pés.

— Eu vou ser tia! — Sabrina começou a dançar no meio da sala, exatamente como havia feito uma semana antes, ao receber a notícia em primeira mão.

O pai de Guilherme segurou uma risada. Já a mãe fez Sabrina interromper a dança e iniciou um sermão sobre irresponsabilidade...

* * *

Regina se levantou com dificuldade da cadeira e Luciana sorriu:

— Você está tão bonitinha.

— Rá, rá, rá. Só não vou te xingar, porque eu não xingo.

— Aposto com você que se for parto normal, você vai xingar.

As duas caminharam em direção à lanchonete da escola, aproveitando a gravidez de Regina para passar na frente da fila.

— Oi meninas! — Tariel, de mãos dadas com a namorada, estava sendo atendido.

— Tudo bom? — Regina sorriu para o casal e eles se cumprimentaram com beijos no rosto.

— Tudo. — Ele pegou o pedido no balcão e apontou para a colega — E aí, será que você aguenta até as provas finais?

— Eu aguento. — ela alisou a própria barriga — Quero ver se ela aguenta.

Os quatro se separaram e Luciana e Regina se encostaram numa mureta.

— Você tem que aguentar até sábado, minha festa de aniversário, isso sim.

— Só que eu não consegui pensar em nenhuma fantasia. — Regina começou a beber sua água de coco.

— Já falei pra você ir de bola do filme "O Náufrago".

A loira gargalhou:

— Você sabe muito bem que eu não vou sair de barriga de fora.

— Rê! Se liberta!

— Vou mandar fazer uma camiseta com essa frase, isso sim. Se você soubesse o tanto de vezes que já ouvi isso na vida... E olha aqui o que "me libertar" andou me causando.

— O que? Uma coisa maravilhosa? O Kauã, apesar de eu estar casada, também não foiexatamente planejado, mas olha, eu te garanto que nada disso importa. Quando ela nascer você vai descobrir que tudo valeu a pena. Ela vai ser tão linda, tão fofa! Você vai ver que tudo pelo que você passou na vida te traria exatamente para aquele momento, que você não sabia que era aquilo o que você tanto buscava, mas era sim. Vai ser FE-NO-ME-NAL.

Luciana era o tipo de pessoa que sempre via o lado bom das coisas. Ela havia feito aquele discurso emocionante falando cada vez mais rápido e gesticulando entre uma frase e outra, deixando Regina com os olhos marejados.

— Eu acredito.

— E... eu tenho uma novidade pra te contar...

Regina abriu um sorriso, desconfiando da novidade.

— Qual?

— Eu também tô gravida! De uma menina! Confirmei ontem!

As duas trocaram gritinhos de empolgação:

— Elas vão ser melhores amigas!

* * *

— Só mais um pouco Regina... Vai... Força...

— Tá doendo muito !!! — Em seguida interrompeu as palavras coerentes para emitir um urro.

Guilherme, aos prantos, olhava atônito os movimentos que a barriga da namorada fazia:

— Aí meu Deus! Ai meu Deus!

— Tá tudo bem, pai! — a enfermeira tentava acalmá-lo, entretanto ao ouvir a palavra "pai" dita por outra pessoa, ele ficou ainda mais assustado.

— Ela tá vindo! Vai! Isso... Isso!

Todo o som da sala de parto pareceu cessar e o choro mais bonito do mundo chegou aos ouvidos de Guilherme e Regina.

— Bem vinda ao mundo, Maria Júlia!

* * *

Bocejando, Regina acabava de colocar a roupa em Majú. O edredom estava embolado e ela não teria tempo de arrumar a cama naquele momento, não que o resto do cômodo estivesse muito melhor. Há meses ela e os pais  haviam trocado de quarto, para que ela, Guilherme e Majú tivessem mais espaço.

O namorado abriu a porta do quarto, com os cabelos pingando e arremessou a toalha molhada em cima do edredom embolado:

— Bom dia Paixão! — deu um selinho em Regina.

— Bom dia!

— Papai, papai! Eu não quero pentear o cabelo! — a garotinha de cabelos escuros esticou os braços e ele a pegou no colo.

— É mesmo? E se a vovó pentear?

— Aí eu quero.

Ele piscou para Regina, rindo, e desceu em direção à cozinha.

Regina suspirou e quase sorriu ao ouvir a conversa animada de Maria Júlia com Guilherme e Brigite. Tirou a toalha molhada de cima da cama, colocou no lugar correto e também seguiu para o andar inferior.

Sentou na cadeira ao lado de Cido e respirou fazendo barulho:

— Hum...

— Hum. — ele concordou.

* * *

Regina se acomodou ao lado de Guilherme no sofá, sem dizer nada. Ele assistia uma reprise de "Velozes e Furiosos" aproveitando a ausência de Majú que tinha sido levada pelos avós para brincar num parque.

— Quanto tempo faz que a gente não transa? — Ela falou sem rodeios.

— Ãh? — Guilherme virou o pescoço na direção dela.

Regina esticou o braço e, pegando o controle remoto, desligou a televisão.

— Faz tempo.

— Você quer transar agora, Paixão? É pra já! — Ele sorriu, mas não se movimentou.

Regina segurou a mão de Guilherme e ao suspirar, os olhos de ambos se encheram de lágrimas. Os dois apoiaram as cabeças no encosto do sofá e permaneceram longos minutos em silêncio, se observando.

— Tem muita gente que é amiga e depois começa a namorar. A gente não pode ser namorados que viraram amigos? — Ele sugeriu.

Regina deu um meio sorriso e levantou os ombros, demonstrando seu desconhecimento das regras de relacionamentos. Guilherme continuou a falar:

— Por que a gente tem que ser colocado em caixinhas padronizadas?

— Não sei...

Depois de mais algum tempo de silêncio, Regina questionou:

— E você vai continuar morando aqui?

— Eu faço o que você achar melhor.

Ela revirou os olhos:

— Você nunca tem opinião para nada?!

— Não adianta que você não vai conseguir brigar comigo.

Ela suspirou, cansada de insistir no fato de que Guilherme preferia estar infeliz do que contrariá-la.

— E a Majú?

— Vai dar tudo certo no final.

Regina se permitiu sorrir um sorriso:

— Porque nós somos amigos.

— Isso. — Ele se inclinou e deu um selinho nela.

— Os nossos futuros namorados e namoradas não vão entender isso muito bem.

— Se eles não entenderem, eles não servem pra gente.

— Simples assim?

— Simples assim.

— Não vai ser simples assim. — Ela entortou a boca, em discordância.

— Regina, mulher de pouca fé. — Ele religou a televisão.— Você precisa conversar mais com a sua vó.

* * *

Enquanto andavam pelo corredor do aeroporto , Majú não parava de falar:

— Contei pra todas as minhas amigas que meu pai vai morar na Austrália!

— Majú, o que o pai te falou? É só uma experiência e se não der certo eu vou voltar.

— Mas a gente vai te visitar nas férias! Né mãe?

Regina caminhava em silêncio, ao lado de Sabrina que estava aos prantos por causa da partida do irmão.

— Vamos ver filha, vamos ver.

No último ponto possível eles se despediram e, quando Regina abraçou Guilherme, ele sussurrou em seu ouvido:

— Liga pra ele.

Ela se afastou, rindo e se engasgando com o choro:

— Boa sorte.

* * *

— Sorriam! — Marcela brincou ao apontar a câmera para os cinco pares de pés que formavam um círculo.

As amigas riram e depois se afastaram pegando cada qual sua taça de espumante em cima do balcão da cozinha.

— Um brinde aos nossos quinze anos de formatura! — Babí foi a primeira a levantar a taça.

— Aê!

— Saúde!

— Saúde! Rê, se você não quiser tomar a sua, pode me dar... — Amanda avisou, animada.

— Não! Hoje eu vou me permitir! O Guilherme tá responsável de buscar a Majú numa festinha de aniversário, ela vai dormir na casa dele e nós vamos comemorar!

— Isso aí! — Sabrina gritou.

— A Maria Júlia já vai em festinhas sozinha?— Marcela arregalou os olhos.

— Nem me fale... — Sabrina colocou a mão no próprio peito, exagerando no olhar dramático — Minha sobrinha me contou semana passada que já deu beijo na boca!

— Meu Deus, eu tô velha! — Marcela virou o conteúdo da taça de uma só vez.

Rindo, Sabrina olhou o próprio celular:

— Ó, o Andrei falou que eles vão encontrar com a gente lá na pizzaria.

— Certeza que os quatro passaram a tarde bebendo e vão chegar lá bêbados. — Regina chacoalhou a cabeça

— E nós não? — Babí provocou.

— Eu não! — Amanda mostrou a língua para a amiga, rindo.

* * *

Majú apoiou as pernas em cima de uma das malas, Regina a cutucou e ela as recolheu, resmungando. Guilherme se aproximou falando algo e a garota tirou os fones de ouvido:

— Que? Repete que eu não ouvi porra nenhuma.

— Olha a boca, Maria Júlia! — Regina repetiu a frase dita no mínimo uma vez por dia.

Ele riu e sentou entre as duas:

— O voo tá atrasado mesmo.

— Ah vá, jura? — Majú voltou a colocar os fones de ouvido e pegou o celular.

Guilherme olhou para Regina, rindo:

— A gente também era chato assim quando tinha quinze anos?

— Eu não, eu sempre fui uma lady.

— Lady, sei... Não na cama.

Regina arregalou os olhos e deu dois tapinhas em seu ombro.

— Guilherme! Olha a Majú aí do lado!

Ele gargalhou.

A garota tirou novamente os fones:

— Pai, amiga minha tá falando aqui que o irmão dela tá em Dublin. É perto de onde você vai?

— Dublin é na Irlanda e eu tô indo pra Inglaterra, Majú. É perto, mas não é o mesmo país.

— Que bosta.

Regina bufou:

— Guilherme, pelo amor de Deus! Leva essa menina com você dessa vez?

Ele riu e passou os braços pelos ombros de ambas:

— Daqui dois anos eu vou levar mesmo e você vai se arrepender do que está falando agora.

O celular de Regina vibrou e ela se afastou, sussurrando. Guilherme apertou os olhos e se virou para a filha:

— Sua mãe tá namorando?

— Ãh? Sei lá pai! Não... Ela nunca... — e Majú franziu a testa — Acho que ela não quis.

* * *

— Majú, se você falar que quer vir, você vem. Se não quiser filha, sem problemas, tá? Se você quiser fazer o último ano do colégio aí no Brasil, com seus amigos, com as suas bagunças, a gente vai entender.

Guilherme, apreensivo, conversava por vídeo com Majú.

— Pai, eu estudo na escola que minha mãe é diretora! Eu nem posso fazer bagunça.

Regina, preparando o almoço, deixou escapar uma risada, denunciando que estava atenta à conversa, apesar de dizer que não se intrometeria. Ao mesmo tempo queria que a filha tivesse essa maravilhosa oportunidade, mas sabia que a saudade a atormentaria como ela sequer poderia imaginar.

— É claro que eu quero ir pai! — respondeu para a tela do celular e depois se virou para Regina — Eu vou, né mãe?

— Vai, vai sim. Mas olha, só pode ir depois do meu aniversário!

— Lógico mãe! Tem um monte de coisa pra providenciar. Dã!

Regina sorriu e limpou rapidamente uma das tantas lágrimas de despedida que ainda derramaria.

Abriu os olhos e aspirou o ar com força, como se estivesse se afogando e de repente tivesse emergido.

A cabeça latejava.

Atordoada, obrigou-se a ficar em pé e se mover até a gaveta de documentos, que ficava em seu guarda-roupas. De uma vez, jogou todo o conteúdo em cima do cobertor embolado e começou a arremessar ao chão papéis irrelevantes naquele momento. Quando encontrou o que procurava, seus olhos correram pelos dados: Maria Júlia Medeiros de Castro, nascimento 29 de junho de 2003, mãe: Regina do Prado Medeiros, pai: Guilherme da Silva Castro.

Sua mão novamente começou a tremer:

— Mas e a Clarinha? Cadê a Clarinha?

Folheava cada papel, frente e verso, em busca de outra certidão de nascimento, uma com a data de 01 de setembro de 2016, e quem sabe também uma de casamento.

— Não! Cadê? Cadê?! — berrava.

No quarto ao lado uma música animada demais começou a ser emitida por seu celular. Ao perceber que ele não pararia de tocar, foi buscá-lo e viu que era Angélica:

— Prima! Eu não posso falar agora.

— Regina! Não desliga! Você usou a poção?

— Que?! — ela gritou de forma aguda — Angélica... Você sabe? A vó... A Clarinha... A Majú...

— Você tá na sua casa?

— Acho que tô... — Ela se debruçou na janela, confirmando que estava no mesmo endereço — Tô sim. Angélica, o que que tá acontecendo?

— A gente tá indo praí.

E desligou.

Regina sentou na cama de Majú, observando chocada os detalhes que agora lhe pareciam tão familiares. Ela lembrava nitidamente da filha mais velha, de detalhes como quando ela engoliu uma moeda, ou quando não queria ir pra escola na primeira série, ou quando lhe deu uma placa de "melhor mãe do mundo".

Lágrimas desciam por seu rosto initerruptamente.

—  Como é possível? Como eu já amo tanto a Maria Júlia se só a conheço faz dez minutos?

Seus olhos baixaram para a tela do celular, ao fundo havia uma foto das duas abraçadas, belamente maquiadas e em vestidos de festa. Seus olhos baixaram para a tela do celular, ao fundo havia uma foto das duas abraçadas, belamente maquiadas e em vestidos de festa. As bocas eram idênticas, o nariz, a cor da pele e os cabelos eram de Guilherme, já os olhos... Os olhos eram só de Majú.

Abriu o whatsapp e passou o olho por algumas mensagens:

Grupo: Classe D - Frente e Fundos

Babí 15:32: pessoal, esse link aqui é do álbum que fiz com as fotos de ontem. Podem ir adicionando as de vocês.

Amanda 15:33: Pelo amor de Deus, não tem foto de mim abraçada com todas as garrafas de vinho não né?

Andrei 15:39: huahuahua Claro que tem, o Eduardo tirou.

Silveira 15:39: hahahahahaha

Amanda 15:40: Pô Andrei, mancada seu marido que não bebe registrar esses momentos.

Regina 15:41: Mancada nada! Tá certinho! Nós, os sóbrios, sabemos de tudo!

Ricardo 15:43: Gente, aproveitando, taí o link do vídeo da Miscelânea. Repassem pros amigos pra ter bastante visualização.

Bina 15:44: caramba! Mas já tem mais de mil visualizações em um dia?!

Diogo 15:45: Não me surpreendo, rs. Vocês são foda.

Grupo: The Girls

Babí 15:33: E aí Marcela, o que aconteceu depois da festa?

Marcela 15:43: hehehe não conto.

Amanda 15:44: como não conta?! Conta sim!

Marcela 15:44: tá, eu conto... Senhoras e senhoras: após vinte fucking anos, Diogo Ferreira e eu ficamos.

Babí 15:45: aeeee caraleo!

Amanda 15:45: hahahaha Sabia!

Bina 15:46: Sabia 2!

Regina 15:46: Mas só deram beijinho na boca?

Marcela 15:48: é... mais ou menos... uma mãozinha aqui e outra alí...

Regina deixou escapar um riso ao ver um gif de um cachorro lambendo a boca de um gato.

Seu dedo clicou no link das fotos. O local era o mesmo e as roupas dos participantes do churrasco de reencontro eram semelhantes ao que se lembrava... Exceto Marcela que usava um decote que lhe caia muito bem e Regina, que ao invés de estar com a camisa listrada e discreta, usava uma com animal print, de muito bom gosto.

Saiu do arquivo das fotos e abriu o aplicativo do facebook, no qual digitou: "Tiago da Rocha Oliveira". Uma foto dele, muito mal tirada, apareceu. Regina abriu o perfil, constatando que os dois eram amigos na rede social, que ele postava raras vezes, que ainda era bastante amigo de Douglas e que... Ele era divorciado.

As têmporas começaram a doer novamente e ela fechou os olhos.

Regina estava sentada entre Angélica e Ingrid:

— Liga pro Tiago! — a ruiva insistiu.

— Eu não vou ligar pra ele... — franziu a testa — Ele deve ter mudado de ideia no dia seguinte, por isso não me ligou nem mandou mensagem. Ele pediu meu telefone na hora da empolgação. — Concluiu.

— Regina! Que que tem? Você não gostou dele? — Angélica a cutucava.

— Gostei, mas sei lá... Foi sexo casual, não sei como são as regras disso.

— Nossa! "Sexo casual", que jeito de falar. — E eu tenho uma filha, não posso me envolver com qualquer um que conheço numa balada.

— Ah, pronto! — Ingrid chacoalhou as mãos e bateu uma palma — faz o seguinte, liga pra ele, sai com ele, depois você decide se vale a pena apresentar ele pra Majú ou pra família.

— Aí... Sei lá gente.

— Bom, você quem sabe.

Regina deu um sorrisinho e chacoalhou a cabeça se afastando para se servir da sobremesa. Majú a chamou do quintal e ela seguiu atrás da filha.

Mais uma vez abriu os olhos ao mesmo tempo que sugava todo o ar que conseguia.

Se sentia tonta, por isso permaneceu sentada e alguns minutos depois continuou a ler as mensagens no celular. Eram muitas informações para serem assimiladas, se é que eram reais, se é que ela não estava num eterno sonho, se é que não estava perdendo a lucidez:

Grupo: Primos Prado

Ivan 16:32: alguém tem planos pra hoje?

Regina 16:34: Curtir minha filha.

Angélica 16:34: Ficar com os pés pra cima.

Ingrid 16:34: Tô desembarcando, acho que vou pra casa descansar.

Ivan 16:37: Afff que decadentes vocês. Tô indo pra um barzinho com o Guto se vocês mudarem de ideia.

Ingrid 16:38: Tá de carro?

Ivan 16:39: Nããããão... Cacete!

Angélica 16:41: hahahaha Não aguento vocês dois.

Grupo: Primas sem o Ivan

Ingrid 18:32: Gente... Que grupo é esse? Aliás, que grupo é aquele com o Ivan?!

Angélica 18:41: Regina foi você?

Angélica 18:51:Regina!!! Vou te ligar.


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