Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

- Parte II -

— Você entendeu alguma coisa?

Nalan foi surpreendido pela pergunta de Liandro, e teria que buscar expressar confiança, mesmo que ela não existisse.

— Só sei que temos que obedecer — disse, voltando sua atenção para o cenário ao redor. — A mãe deve ter planejado isso, só não nos contou.

— Faz sentido, talvez ela soubesse que você poderia estragar tudo — Liandro concluiu sarcasticamente, e recebeu um olhar de reprimenda por tais palavras.

Sabendo do perigo que corriam por estarem fora de casa no meio da noite sem um motivo plausível, os dois adiantaram o passo a foram na direção leste do vilarejo, havia um armazém na extremidade, e ele lhes serviria como guia. A região também era cercada pela baixa muralha que os aldeões construíam, e se percorressem um pouco mais o caminho estreito até o armazém, avistariam o limite da muralha com blocos a serem colocados.

Pouco depois de terem iniciado a fuga, ambos encontraram a primeira tirênia patrulhando o local, aparentemente estava sozinha. A baixa luminosidade não os permitia ver as coisas com detalhes, mas a lança na mão da figura revelava sua identidade.

— Ela vai nos ver — Liandro cochichou para Nalan em sua frente, os dois se escondiam na parede de uma casa. O irmão quase ousou respondê-lo, mas temeu que a mulher escutasse.

Nalan tentou a única coisa que sua mente foi capaz de elaborar, andou de fininho até uma outra casa, dando passos na ponta dos dedos como se estivesse pisando sobre um vidro. O barulho foi o menor possível, e por sorte pôde contar com os grilos noturnos para abafar seu mau jeito. Depois disso, virou-se para trás, e sinalizou com a mão para que Liandro o acompanhasse. Claro que o menino hesitou, mas não viu outra alternativa.

— Olá, espero que esteja tendo uma excelente noite — disse Alória, esbanjando cordialidade. — Qual o seu nome?

Lorina nunca havia trocado palavras com a mulher, tampouco com qualquer outra tirênia. Era verdade que sentia medo da presença dela, quem no vilarejo não sentiria? Pouco mais gentil que as demais, Alória trazia um sorriso quando dialogava com as pessoas, mesmo quando estivesse prestes a matá-las.

— Você é surda? — perguntou, arqueando a sobrancelha e torcendo para que não estivesse sendo grosseira.

— Lorina. — Ela engoliu em seco, seu rosto já se encontrava coberto pelo suor. — Meu nome é Lorina.

— Belo nome — sorriu. — Quem mais mora com você nessa casa?

— Ninguém. Moro sozinha. — O empenho que assumiu para mentir era visível.

Alória manteve-se quieta observando-a, buscando a certeza de que a razão de estar ali era mesmo real. Não que isso fosse importante.

— Certo. Que tal nos deixar entrar para darmos uma olhada?

Nesse momento, a mulher pôs a mão na fechadura da porta e a puxou, fechando-a, mantendo-se entre ela e as tirênias. Alória estreitou os olhos como um felino desconfiado, e sua paciência começou a ser testada.

Por sua vez, Lorina concentrou-se nos ensinamentos que seu pai lhe deu quando tinha seus quinze anos de idade. Fazia mais de uma década que não se permitia a isso, mas desta vez aceitou fazer o que seu corpo sempre pediu.

Em paralelo, nas vielas da vila, Nalan alternava sua fuga entre corridas apressadas e passos na surdina, olhava para todos os lados na busca das vigias, mas até então teve a incrível sorte de não ser visto por nenhuma delas.

— Cuidado! — Liandro cochichou atrás de si, e o segurou pelo ombro antes que ele avançasse para outra casa.

Nesse instante, o menino percebeu que uma tirênia estava a poucos metros de distância, e seu coração começou a saltar em seu peito pelo susto de quase ter sido visto. No entanto, ambos foram capazes de escutar em seguida passos aproximando-se sobre pedregulhos. Os dois se abaixaram encostados na parede da casa e ficaram em alerta, recuando à medida que o som aumentava. Nalan alarmou-se em estar prestes a ser descoberto, e sua mente borbulhou de alternativas para escapar. Pensou em sair em disparada para o seu destino, mas certamente seria perseguido por aquela e mais outras. Cogitou voltar, mas teria que repetir o mesmo cuidado que adotou para chegar até ali.

Foi nesse momento que Liandro pegou uma pedra perto de si e a jogou contra outra casa ao longe, produzindo um alto ruído que se espalhou pelo breu. Quase deram graças quando ouviram os passos pararem, e em seguida apressarem-se rumo a outra direção. Nalan detestava revelar medos internos, mas não foi capaz de esconder seu alívio através de um longo suspiro, coisa que Liandro também fez, mas se deram conta de que o tempo que obtiveram era escasso, e por isso prosseguiram.

As pupilas amarelas de Alória dilataram e ela pôde ter certeza de que os pelos em seus braços se arrepiaram, o que a causou estranheza pois não se lembrava da última vez que tivera tal sensação. No entanto, há de se concordar que algo anormal acontecia por ali, já que a mulher na frente da porta passou a ter um comportamento nada esperado.

Lorina encolheu-se no mesmo lugar em que estava, não andou um passo sequer para nenhuma direção, por mais que essa pudesse ser a reação natural de qualquer pessoa naquela situação. Sim, pois as tirênias já empunhavam suas lanças negras na expectativa de se defenderem de seja lá o que viesse. Geralmente, Alória ordenaria que atacassem o inimigo antes de ele agir, mas desta vez a mulher ficou calada, parada e assistindo a moradora se contorcer, como se sofresse de alguma dor latejante, porém sem emitir gritos ou grunhidos.

Os cabelos de Lorina cobriram seu rosto quando caíram para baixo, poucos punhados de fios quebrados. Ela acolheu lentamente as mãos para perto de si, como se fosse criar algo dali. Fechou os olhos e sussurrou algumas palavras, Alória até chegou a virar a orelha para ela, mas não foi capaz de compreender os cochichos. Depois de alguns segundos, percebeu que não só as mãos, mas todo o seu corpo começou a estremecer, forte como um rigoroso calafrio. E somente após o surgimento das primeiras fagulhas azuladas, foi que Alória enfim compreendeu.

— Cercar! — ela ordenou ferozmente, fazendo as tirênias assumirem a posição de guarda com as lanças apontadas para o alvo.

Mas não seriam capazes de resistir, pois Lorina foi enfática quando endireitou-se de uma única vez e permitiu a saída do inquieto poder que guardava. Ela abriu os braços simultaneamente e soltou um urro de dor e liberdade, o que gerou uma onda de luz azulada coberta de resquícios verdes, ambos entrelaçados por amor. As tirênias mal puderam reagir quando foram arremessadas para trás como marionetes sem vida, por um momento os olhos de Alória deixaram de ser dourados e o azul a contaminou por completo, arrastando-a fortemente para trás, por mais que tentasse se manter firme. As lanças fugiram de suas mãos e rolaram por todos os lados, e cada uma gemeu quando caíram no solo terroso e foram cobertas de poeira.

A onda de energia foi suficiente para iluminar toda a região central do vilarejo, um fenômeno nunca visto pelos moradores, reluzente como a própria lua brilhante no céu.

Depois de liberar seu dom, Lorina arfou fartamente e observou incrédula o que havia acabado de fazer. Mais de dez anos guardando sua verdadeira natureza, e agora se mostrou capaz de derrubar três temidas tirênias de uma vez, nunca considerou tal coisa, nem mesmo quando era uma adolescente sonhadora que corria pelos campos imaginando as maravilhas que seria capaz de fazer. Quando olhou para as palmas de suas mãos, viu que estavam puras e limpas, sem nenhuma queimação, o resultado de enfim abraçar seu eu, e não mais negá-lo. Sorriu. Sorriu alegremente por enfim estar liberta, e gostaria muito de olhar-se no reflexo das águas para ver que sua beleza de fato voltara.

Mas Alória não permitiria isso. Em contraste das demais algozes caídas e lamuriantes, a comandante das Tirênias foi rápida em reagir perante a ameaça. Rolou para o lado e estendeu o braço, apanhou uma lança por perto e mesmo ajoelhada foi capaz de arremessá-la ferozmente em direção ao seu alvo.

A alegria de Lorina a impediu de reagir, e viu-se tendo o seu estômago atravessado por uma longa arma de metal escuro, fria e mortal. A ponta da lança atravessou a porta de madeira e a rachou, espalhando farpas por dentro da casa. Já Lorina, soltou um gemido silencioso, e poupou-se de gritar ou se escandalizar.

Alória se pôs de pé e caminhou altivamente rumo a sua presa, mantendo os olhos fixos na mulher que tentava arrancar a lança com seus braços enfraquecidos. Lorina cuspiu sangue, e o líquido escorreu por seu queixo até o vestido, que também passou a ser contaminado pelo tom carmesim. Cuspiu outra vez, expressou dor em seu rosto, e as mãos já não reagiam a seu instinto de puxar a lâmina para fora.

— Andilar — disse Alória, silvando como uma serpente. — E conseguiu se esconder por todo esse tempo? Fascinante. — Lorina olhou nos olhos dela, lutando para dar os últimos suspiros, mas até isso se tornou arduamente difícil. — Tem mais de você por aqui? Hum?

Seria uma grande surpresa se ela falasse alguma verdade, mas ver a agonia de suas vítimas já era satisfatório para Alória. Sendo assim, Lorina não tentou mais resistir, e permitiu que suas mãos se afrouxassem do cabo da lança e caíssem, moles e mortas. Depois disso, não sustentou mais sua cabeça, e inclinou o tronco, dando assim um último suspiro de vida e deixando que seu rosto fosse coberto pelos poucos cabelos rejuvenescidos.

Alória a analisou, moveu-se sutilmente de um lado para o outro, e constatou que estava realmente morta. Somente assim as outras duas tirênias aproximaram-se dela, ilesas mesmo após o ataque mágico. Alória segurou na lança e a empurrou para frente, abrindo a porta com o corpo da mulher pendurado, assim ordenou que suas subordinadas inspecionassem a casa.




.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro